Bifonazol creme é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade ao bifonazol ou a outro componente da formulação.
Para se atingir a cura, o tratamento com Bifonazol creme deve ser realizado no período adequado.
Bifonazol creme deve ser aplicado uma única vez por dia, preferencialmente à noite, antes de deitar, espalhando uma fina camada sobre a área afetada. Habitualmente, é necessária apenas uma pequena quantidade de creme para uma superfície correspondente à palma da mão.
Para melhores resultados, recomenda-se como medida higiênica, lavar e secar bem a área afetada antes de usar Bifonazol creme.
Recomenda-se trocar as toalhas e roupas que tiverem contato com as áreas infectadas. Esta medida impede que a micose se espalhe para outras partes do seu corpo e para outras pessoas. A troca de toalhas e peças do vestuário que tiverem contato com as áreas infectadas impede que a infecção fúngica se dissemine.
As seguintes reações adversas foram identificadas durante o uso de bifonazol após o início da sua comercialização e foram reportadas voluntariamente por uma população de tamanho indefinido, sendo difícil estimar com segurança suas frequências.
Essas reações adversas são reversíveis após a descontinuação do tratamento.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Não há risco de intoxicação aguda, considerando a baixa probabilidade de ocorrer overdose após aplicação cutânea única (aplicação sobre uma grande área em condições favoráveis de absorção) ou ingestão acidental.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Dados limitados sugerem uma possível interação entre bifonazol de uso tópico e varfarina, levando a um aumento no INR. Pacientes em terapia com varfarina devem ser adequadamente monitorados quando bifonazol é usado.
Pacientes com histórico de reações de hipersensibilidade a outros agentes antifúngicos imidazólicos (por ex.: econazol, clotrimazol e miconazol) devem ter cautela ao utilizar medicamentos que contenham bifonazol.
Se os sintomas persistirem após tratamento, procure orientação médica. Mantenha fora do alcance das crianças.
Deve-se evitar o contato de Bifonazol creme com os olhos. Não ingerir o produto.
Não foram realizados estudos aprofundados em crianças. A partir do levantamento de dados clínicos relatados, não existem indicativos de efeitos prejudiciais do uso de Bifonazol creme em crianças. Em bebês e crianças, Bifonazol creme deve ser utilizado somente com orientação médica.
Estudos pré-clínicos, não demonstraram evidências de que o bifonazol comprometa a fertilidade masculina ou feminina.
Dados de farmacocinética e estudos de segurança pré-clínicos em humanos não demonstraram efeitos prejudiciais à mãe e à criança quando bifonazol é utilizado durante a gravidez. Entretanto, não existem dados clínicos disponíveis.
Como medida de precaução é preferível evitar o uso de bifonazol durante o primeiro trimestre de gravidez.
Categoria de risco na gravidez: B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Não se sabe se o bifonazol é excretado no leite materno. A excreção de bifonazol no leite materno tem sido estudada em animais. Dados farmacodinâmicos toxicológicos disponíveis, realizados em animais demonstraram excreção de bifonazol/ metabólitos no leite. Portanto, a amamentação deve ser descontinuada durante o tratamento com bifonazol.
Bifonazol creme não influencia a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Os resultados dos estudos realizados mostram claramente que bifonazol em diferentes formulações caracteriza-se por boa eficácia nas indicações estudadas quando aplicado uma vez por dia e por um período de tratamento relativamente curto, de 2 a 3 semanas. Na tabela está documentada a resposta clínica de 924 pacientes com dermatomicoses tratados com as formulações creme e solução.
Tabela: Resultados do tratamento com bifonazol 1%
Tratamento | Diagnóstico | # Pacientes | Resposta Clínica* (%) |
Creme | Candidíase | 154 | 88,9 |
Tinha | 301 | 86,0 | |
Pitiríase versicolor | 79 | 92,5 | |
Eritrasma | 28 | 100 | |
Solução | Candidíase | 62 | 71,0 |
Tinha | 215 | 88,8 | |
Pitiríase versicolor | 62 | 91,9 | |
Creme + solução | Candidíase | 4 | 75,0 |
Tinha | 19 | 89,9 |
(*) Cura + melhora.
Referência bibliográfica:
Stettendorf S: Tolerability and efficacy of bifonazole in dermatomycoses. Arzneimittel-Forschung. Drug Res 1983; 33 (5): 750-4.
O bifonazol, princípio ativo do Bifonazol creme é um derivado imidazólico com amplo espectro de ação antimicótica que inclui dermatófitos, leveduras, bolores e outros fungos, tais como Malassezia furfur. Além disso, atua sobre Corynebacterium minutissimum.
O bifonazol exerce ação antifúngica por meio de inibição da biossíntese de ergosterol em dois níveis distintos, diferenciando-o tanto de outros derivados azólicos, quanto de outros antifúngicos, os quais atuam em apenas um nível. A inibição da síntese de ergosterol provoca dano estrutural e funcional da membrana citoplasmática.
A situação de resistência ao bifonazol é favorável. Alterações da resistência primária de espécies sensíveis de fungos são muito raras. As investigações não são suficientes para evidenciar qualquer desenvolvimento de resistência secundária em cepas primariamente sensíveis.
O bifonazol tem boa penetração nas camadas infectadas da pele. Seis horas após a administração são alcançadas concentrações nas diversas camadas da pele, a partir de 1000 μg/cm3 na camada mais externa da epiderme (estrato córneo), até 5 μg/cm3 na derme papilar. Todas as concentrações determinadas estão dentro da faixa da atividade antimicótica confiável.
Os dados de segurança pré-clínicos não revelam danos especiais aos humanos baseados em estudos convencionais de toxicidade e genotoxicidade de dose única. Apenas em exposições acima da exposição máxima em humanos foram observadas alterações hepáticas (indução enzimática e degeneração gordurosa) em estudos de toxicidade de dose repetida com administração oral, indicando pouca relevância para o uso clínico. Não foram realizados estudos de carcinogenicidade com bifonazol.
Estudos de toxicidade reprodutiva em coelhos, doses orais de 30 mg / kg de peso corpóreo, resultaram em embriotoxicidade incluindo letalidade. Em ratos, doses orais de até 100 mg /kg de peso corpóreo não foram embriotóxicas, no entanto observou-se retardo no desenvolvimento esquelético dos fetos com dose de 100 mg/ kg. Este efeito sobre o desenvolvimento esquelético fetal pode ser considerado como um efeito secundário resultante da toxicidade materna (redução de peso corpóreo).
Dada a baixa absorção do princípio ativo na pele, estes resultados têm pouca relevância no uso clínico. Não foi observado comprometimento da fertilidade masculina ou feminina em ratos nas doses orais de até 40 mg / kg de peso corpóreo.
O bifonazol atravessa a barreira placentária em ratos. Foi demonstrado através de estudo com ratas lactantes que bifonazol administrado por via intravenosa, foi excretado no leite.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 16 de Março de 2023