Saúde

O que é Bulimia: sintomas, causas, tratamento, cura e mais

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 29/06/2017Última atualização: 03/11/2022
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 29/06/2017Última atualização: 03/11/2022
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Transtornos alimentares como a bulimia causam um grande prejuízo à vida do (a) paciente. Além dos riscos e danos ao organismo, também trazem sofrimento emocional que prejudica a vida profissional e pessoal.

Para saber mais sobre a bulimia, causas, sintomas e como é feito o diagnóstico, continue acompanhando o artigo!

Índice – neste artigo você irá encontrar as seguintes informações:

  1. O que é Bulimia
  2. Quais as causas da bulimia?
  3. Fatores de risco
  4. Quais são os sintomas da bulimia?
  5. Como é feito o diagnóstico?
  6. Qual o tratamento para a bulimia?
  7. Convivendo: como controlar a bulimia?
  8. Há complicações?
  9. Prevenção e cuidados com os transtornos alimentares
  10. Perguntas frequentes

O que é Bulimia 

 

Bulimia Nervosa (CID 10 - F50) é uma desordem alimentar que gera na pessoa uma compulsão muito grande em ingerir muita comida – normalmente bastante calórica. Em seguida, ela é tomada por um sentimento de arrependimento ou de culpa, fazendo com que recorra a meios de eliminar o que foi ingerido.

Dentre esses meios, os mais comuns são a indução de vômitos, o consumo de laxantes e diuréticos ou a excessiva prática de exercícios.

A condição pode ser classificada em duas maneiras:

  • Bulimia com expurgação: a pessoa regularmente auto-induz o seu vômito ou faz uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas após comer compulsivamente;
  • Bulimia sem expurgação: utilização de outros métodos para se manter livre das calorias e evitar o ganho de peso, como a prática do jejum, dieta rigorosa ou exercício excessivo.
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Quais são as causas da bulimia?

As principais causas que envolvem a bulimia tem relação com aspectos psicológicos, ambientais, genéticos e fisiológicos. 

Psicológicos

Estão relacionados com a preocupação com o peso corporal, tendo grande  influência na autoestima . Além disso, podem apresentar sintomas depressivos, ansiedade social e ansiedade excessiva na infância com relação ao peso e imagem corporal.

Ambientais

A idealização do corpo magro aumenta o risco da preocupação excessiva com o peso e, consequentemente, há a possibilidade de desenvolver bulimia nervosa. Nesse contexto, crianças que sofreram trauma ou físico também têm maior risco de desenvolver bulimia.

Genéticos e fisiológicos

A genética familiar pode influenciar na bulimia nervosa, assim como condições psicológicas podem tornar o (a) paciente vulnerável a desenvolver a bulimia.  Outros fatores que influenciam são a obesidade infantil e a maturação da puberdade precoce.

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Fatores de risco

Mais de um fator pode causar bulimia, como é o caso dos fatores genéticos, psicológicos, traumáticos, familiares, sociais e culturais. A seguir, você confere os grupos mais acometidos pela condição:

  • Sexo feminino: adolescentes e jovens adultas são mais propensas a terem bulimia – o que não exclui os homens de também desenvolverem a doença;
  • Genética: não é algo que seja comprovado, mas supõe-se que pessoas com parentes de primeiro grau com algum tipo de transtorno alimentar podem ser mais propensos a desenvolvê-lo também;
  • Problemas psicológicos e emocionais: pessoas com transtornos psicológicos ou baixa autoestima podem desenvolver mais facilmente a bulimia. Gatilhos como estresse, dieta restritiva, tédio ou auto imagem pobre do corpo fazem com que a pessoa busque maneiras de se sentir melhor com a sua própria imagem e/ou vida;
  • Mídia e pressão social: revistas de programas televisivos ou de moda apresentam um padrão de beleza universal que faz com que muitas pessoas (em sua maioria meninas) associam a magreza com sucesso e popularidade;
  • Esportes, trabalho ou pressões artísticas: atletas e profissionais do meio artístico em geral, como atores e dançarinos, possuem maior risco de desenvolverem transtornos alimentares. Treinadores ou pais podem, involuntariamente, incentivar essas pessoas a perderem peso e manter, assim, um peso baixo.

Quais são os sintomas da bulimia?

Muitas vezes, os sintomas não são enxergados por outras pessoas. Isso acontece por conta de a pessoa esconder – para si mesma e para os outros – que ela possui o transtorno em questão. Porém, quando há  uma atenção maior, alguns sinais podem ser identificados, como:

Sinais mais visíveis

  • Não se alimentar na frente de outras pessoas;
  • Mesmo estando com o peso ideal, a pessoa controla todas as calorias que ingere e revelando o seu medo excessivo de engordar;
  • Faz exercícios compulsivamente e se mostra culpada quando não o faz;
  • Dissimula a aparência, usando roupas mais folgadas;
  • Afasta-se das pessoas, podendo se tornar desconfiada e agressiva;
  • Apresenta sintomas de desnutrição, tais como: tontura, desmaio, fadiga, sono ou insônia e inchaço no corpo;
  • Emagrecimento súbito.

Sinais menos visíveis

  • Vômitos após as refeições: a pessoa pode ir ao banheiro logo após se alimentar e permanece por lá por muito tempo;
  • Uso de laxantes e diuréticos: alguns sinais podem ser apresentados por conta dessa prática, como queixas de cólicas abdominais, inflamações anais ou descontrole intestinal.
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Como é feito o diagnóstico?

Para o diagnóstico da bulimia, o médico a ser consultado é o clínico geral. Na consulta, ele poderá perguntar algumas coisas para ajudar no diagnóstico preciso, como:

  • Há quanto tempo há essa preocupação com o peso?
  • Você faz prática de exercícios físicos?
  • Você come quantas vezes por dia?
  • Que meios são utilizados para a perda de peso?

Feito as perguntas, o especialista poderá, ainda, realizar alguns exames físicos no (a) paciente, que podem demonstrar os seguintes sinais:

  • Vasos sanguíneos quebrados nos olhos;
  • Boca seca;
  • Bolsas oculares que se assemelham ao “olhar para as bochechas”;
  • Erupções cutâneas e espinhas (acne);
  • Pequenos cortes e calos nos dedos, por conta da auto indução do vômito.

Caso o (a) médico (a) ainda não tenha certeza do quadro clínico do (a) paciente, ele poderá solicitar exames de sangue, urina e fezes a fim de descobrir se há sinais de desequilíbrio eletrolítico ou de desidratação.

Qual o tratamento para a bulimia?

Como já mencionado, muitas vezes quem sofre de bulimia não quer mostrar aos outros esse problema. Porém, para que a doença seja tratada, é preciso que o (a) próprio (a) paciente admita para si mesmo que precisa de ajuda.

Após isso, tratamentos nutricionais e psicológicos são feitos a fim de fazer com que o conjunto de fatores que desencadeou a doença seja revertido.

Passos para a recuperação da Bulimia

  1. Admita que você tem um problema: o primeiro passo para o tratamento da bulimia é admitir que a sua relação com a comida é distorcida e fora de controle;
  2. Fale com alguém: à primeira vista, falar com alguém sobre a situação pode parecer difícil. Porém, esse passo é fundamental para a recuperação, até porque isso faz você perceber que não está sozinho nessa batalha;
  3. Mantenha distância de pessoas, lugares ou atividades que desencadeiam a tentação da compulsão ou expurgação: esse passo pode ser complicado no início, mas é preciso que você se afaste de gatilhos que irão desencadear os sintomas que a bulimia tem como características;
  4. Procure ajuda profissional: o aconselhamento e apoio profissional é muito importante para que você consiga recuperar integralmente a sua saúde.

Procurando ajuda profissional

Não é raro encontrar pessoas que tenham bulimia e que também apresentarem quadros de depressão. Nesse caso, é importante que um acompanhamento psicológico e psiquiátrico seja realizado ao longo do decorrer de todo o tratamento – este depende da gravidade da bulimia, bem como da resposta da pessoa aos tratamentos.

Alguns exemplos de como tratar essa doença são:

  • Nutricionista;
  • Grupos de apoio;
  • Terapia cognitivo-comportamental ou outra abordagem;
  • Uso de antidepressivos prescritos pelo (a) médico (a) responsável.

Leia maisPsicólogo: para que serve, quando buscar e tipos de abordagens 

Convivendo: como controlar os transtornos alimentares?

Para que o tratamento seja efetivo, é necessário considerar as seguintes recomendações:

  • Siga uma dieta saudável, devidamente orientada por um especialista;
  • Informe-se bastante sobre a bulimia, frequente os grupos de apoio existentes e conheça as complicações que podem ser causadas pela doença;
  • Procure ajuda médica novamente caso tenha alguma recaída;
  • Tenha paciência com você mesmo;
  • Exercite-se, mas com cautela.

Há complicações?

A bulimia é uma doença perigosa e pode levar a sérias consequências quando não tratada da devida maneira:

  • Lesão permanente no esôfago (por conta do ácido gástrico gerado em decorrência do vômito);
  • Desidratação – que posteriormente pode ocasionar insuficiência renal;
  • Problemas cardíacos;
  • Cárie dentária grave;
  • Ausência ou irregularidade da menstruação;
  • Inflamação na garganta;
  • Constipação;
  •  Ansiedadedepressão;
  • Abuso de álcool ou drogas;
  • Pensamentos suicidas.

Prevenção e cuidados com os transtornos alimentares

Ainda não há maneiras totalmente eficientes de prevenir a bulimia, mas evitar contato com alguns fatores de risco já ajuda no processo. Poderá ser realizado por meio de:

  • Cultivar sempre a ideia de um corpo saudável, independentemente da silhueta ou do peso de seu corpo;
  • Converse com o pediatra do seu filho, pois por ele ser especialista, podem notar desde cedo se há alguma indicação de que a criança está tendo distúrbios alimentares;
  • Converse com um (a) médico (a) caso saiba que algum familiar próximo teu já teve ou tem algum tipo de distúrbio alimentar.

Perguntas frequentes

Quanto tempo dura o tratamento para bulimia?

Não há um tempo padrão. Alguns (as) especialistas consideram que o transtorno alimentar é uma condição que precisa de tratamento para o resto da vida, o que  não significa que seja necessário o uso de medicamentos para sempre ou que nunca haverá melhoras.

Portanto,  em algum momento, a pessoa irá melhorar, parar com as crises de vômito ou compensação alimentar, podendo inclusive estar emocionalmente estável.

Mas assim como outros transtornos psicológicos, a bulimia pode ser novamente desencadeada por diversos fatores externos. Por isso, o acompanhamento é sempre constante, evitando que haja recaídas futuras.

Dieta é a causa da bulimia?

Não é uma relação direta, mas pode ser um dos fatores desencadeantes quando a pessoa já tem predisposição.

Em geral, são as dietas rígidas e restritas que agravam os riscos. Por isso, mudanças alimentares, sem orientação médica ou nutricional, podem ter impactos grandes na saúde física e psicológica.

O que é crise bulímica?

Chama-se crise bulímica quando o (a) paciente entra em períodos de compulsão alimentar seguidos de compensação. Esses episódios podem ser pontuais e bastante espaçados, mas também podem ser diários — ocorrendo mais de 1 grande ingestão alimentar por dia.

Qual o melhor tratamento para bulimia?

O melhor tratamento é o acompanhamento psicológico, que pode ou não ser associado ao uso de medicamentos. A linha de abordagem, a frequência e o uso de remédios dependem da avaliação profissional. Por isso, não há um único tratamento.

Qual o melhor remédio para bulimia?

Há casos em que é preciso recorrer à medicação, seja ela para aliviar quadros depressivos, ansiosos, ou para amenizar as crises de compulsão.

Por isso, não há um medicamento especificamente para a bulimia, mas sim para os sintomas associados.

Se eu fizer tratamento, vou engordar?

Não. O tratamento visa eliminar as crises de compulsão, a distorção de imagem e o sofrimento do (a) paciente. No decorrer da terapia, é possível que haja recuperação de peso, quando a pessoa está muito magra, ou manutenção dele.


A bulimia é uma condição caracterizada pela ingestão acentuada de alimentos, e em seguida o (a) paciente é acometido pelo sentimento de culpa ou arrependimento, com isso, faz com que ele recorra a meios de eliminar o que foi comido.

Se você ou alguém que você conhece está passando por essa situação, procure a ajuda de um (a) médico (a), nutricionista ou psicólogo (a).

Para mais informações sobre saúde mental, continue acompanhando o site e redes sociais do Minuto Saudável!


Referências

Imagem do profissional Thayna Rose
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Este artigo foi escrito por:

Esp. Thayna Rose

CRP: CRP/PR 08/28789Bacharel em Psicologia com especialização em Neuropsicologia.Leia mais artigos de Esp. Thayna
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