Saúde

Psoríase: quais as causas? Veja tratamentos para cada tipo

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 27/08/2018Última atualização: 01/09/2020
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 27/08/2018Última atualização: 01/09/2020
Foto de capa do artigo
Os cuidados com a pele são rotina comum a muitas pessoas. Usar cremes, evitar a exposição ao sol e regular a alimentação faz parte da vida de quem quer uma pele bonita e saudável.Mas, às vezes, condições ou alterações do organismo podem afetar o tecido, causando desconforto, por exemplo, a psoríase, uma doença crônica que pode ser bastante incômoda.Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:
  1. O que é psoríase
  2. Quais os tipos de psoríase?
  3. Psoríase no couro cabeludo ou capilar
  4. Psoríase leve
  5. Qual a causa da psoríase?
  6. Fatores de risco
  7. Quais são os sintomas da psoríase?
  8. Como é feito o diagnóstico da psoríase?
  9. Doença psoríase: tem cura?
  10. Qual o tratamento?
  11. Medicamentos
  12. Qual  tratamento caseiro?
  13. Convivendo
  14. Prognóstico
  15. Complicações
  16. Como posso me prevenir da psoríase?
  17. Fotos
  18. Perguntas frequentes
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O que é psoríase?

Psoríase é uma doença de pele crônica, não contagiosa e de causas ainda desconhecidas. A dermatose é caracterizada por vermelhidão que forma placas na pele e descamação.É uma doença que dura toda a vida, mas que pode se manifestar de forma intermitente, ou seja, pode se passar vários anos entre os episódios. É mais comum que apareça antes dos 30 anos ou após os 50.Segundo dados da entidade Psoríase Brasil, atualmente, aproximadamente 1,3% dos brasileiros são atingidos pela doença. Isso representa um número aproximado de 2 milhões e meio de pessoas com a dermatose.Como existem inúmeros tipos de doenças de pele com sintomas parecidos, é muito importante se informar e conhecer cada uma delas para que você tenha mais chances de chegar ao diagnóstico correto.Essa importância é ressaltada ainda mais se considerarmos que os sintomas podem se agravar especialmente em quadros de infecção, como resfriados ou faringite. Também é muito comum que os sintomas se manifestem durante o inverno, depois do consumo de álcool ou de situações de tensão.Entretanto, mesmo se tratando de uma doença bastante incômoda, com o tratamento adequado, os pacientes tem um bom prognóstico. Segundo uma pesquisa realizada pela Lilly em 2018, aproximadamente 64% dos pacientes com psoríase se dizem satisfeitos com os resultados do tratamento.A doença pode ser encontrada no Classificação Internacional de Doenças através dos seguintes códigos:
  • CID 10 - L40 - Psoríase;
  • CID 10 - L40.0 - Psoríase Vulgar;
  • CID 10 - L40.1 - Psoríase Pustulosa Generalizada;
  • CID 10 - L40.2 - Acrodermatite Contínua;
  • CID 10 - L40.3 - Pustulose Palmar e Plantar;
  • CID 10 - L40.4 - Psoríase Gutata;
  • CID 10 - L40.5 - Artropatia Psoríaca;
  • CID 10 - L40.8 - Outras formas de Psoríase;
  • CID 10 - L40.9 - Psoríase não especificada.
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Quais são os tipos de psoríase?

A maioria das pessoas imagina que psoríase existe apenas de um jeito, mas isso não é verdade. A doença se apresenta em diferentes variedades. Entenda:

Psoríase em placa (ou vulgar)

A psoríase em placa, ou vulgar, é a forma mais comum da doença. Atinge aproximadamente 80% das pessoas que possuem essa dermatose e se manifesta principalmente nos cotovelos, joelhos, costas e couro cabeludo.É caracterizada por lesões delimitadas e de tamanhos variados, apresentando normalmente uma coloração avermelhada, com escamas secas e esbranquiçadas ou prateadas.Muitas vezes, pode acontecer dessas feridas começarem a coçar, causar dor ou então até mesmo atingir todas as partes do corpo, incluindo os genitais e a parte interna na boca.Quando a doença se apresenta de forma grave, especialmente a pele ao redor das articulações sofre e pode apresentar rachaduras e sangramentos.

Psoríase gutata

A psoríase gutata é caracterizada por pequenas feridas ou pontos vermelhos na pele em forma de gota, que são cobertas por uma fina escama esbranquiçada. Normalmente, essas feridas aparecem no tronco, pernas, braços e couro cabeludo.Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a psoríase gutata é mais frequente em crianças e jovens com menos de 30 anos e geralmente é desencadeada por infecções bacterianas.

Psoríase pustulosa

A psoríase pustulosa é caracterizada pelo aparecimento de manchas concentradas em alguma região, como os pés e as mãos, ou em todas as partes do corpo. Seu desenvolvimento é rápido e vem acompanhado de bolhas cheias de pus que surgem poucas horas depois da pele se tornar vermelha.Normalmente, dentro de 2 ou 3 dias essas bolhas tendem a secar por conta própria, porém, podem aparecer novamente durante vários dias ou semanas, causando febre, calafrios, fadiga e coceira intensa.O tipo pustulosa pode ocorrer por dois motivos: complicação da psoríase em placa ou resultado da interrupção do tratamento à base de corticóides dessa doença. Trata-se de uma forma relativamente rara da doença e aparece em menos de 5% das pessoas que a possuem.

Psoríase inversa ou invertida

A psoríase inversa é a variação menos comum da doença. Ela se manifesta através de manchas vermelhas, brilhantes e lisas em torno das dobras da pele, normalmente nas axilas, virilha, sob o seio ou ao redor dos órgãos genitais.Pessoas com obesidade podem ter o quadro agravado, assim como quando há sudorese excessiva ou muito atrito na região das feridas.

Psoríase eritrodérmica

A psoríase eritrodérmica é uma das variações mais raras, porém, das mais graves. É caracterizada por lesões generalizadas. Na maioria das vezes, acomete até 75% do corpo com manchas vermelhas que podem coçar ou arder de forma intensa. Em casos mais graves, a extensão das manchas pode ser ainda maior do que ¾ do corpo.O fatores desencadeantes dessa variação da dermatose são inúmeros, e dentre eles podemos destacar o tratamento com uso ou retirada abrupta de corticoides, infecções, queimaduras graves ou o controle mal feito de psoríases anteriores.

Psoríase Ungueal

Esse tipo de psoríase afeta especialmente os dedos e unhas das mãos e dos pés. Quando presente, faz com que as unhas cresçam de maneira anormal, engrossem, escamem, percam a cor, dando surgimento a depressões ou manchas amareladas. Em casos mais graves, a unha pode se descolar ou esfarelar.

Psoríase palmo-plantar

A psoríase palmo-plantar é caracterizada pelo aparecimento de lesões nas palmas das mãos e na sola dos pés.
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Psoríase do couro cabeludo ou capilar

A condição da psoríase do couro cabeludo representa entre 50% e 80% dos casos. A doença varia de leve a muito grave e seus sintomas incluem manchas vermelhas na pele e coceira.É bastante importante notar que existe uma diferença entre a psoríase do couro cabeludo e a caspa.Ambas são condições muito comuns e apresentam sintomas semelhantes, mas a caspa acontece por conta do excesso de oleosidade no couro cabeludo, enquanto a psoríase está relacionada a questões do sistema imune.Se você tem dúvidas se é caspa ou psoríase, não existe em procurar um médico. Ele é o profissional que vai saber analisar o caso, chegar ao diagnóstico e fornecer o tratamento adequado para tratar do seu problema, seja ele caspa ou psoríase.

Psoríase leve

Psoríase leve pode ser amenizada e controlada com medidas simples, que devem ser adotadas no dia a dia.Manter a boa hidratação da pele, com produtos indicados pelo dermatologista, e expor a pele ao sol — em horários e por tempo adequados — é essencial. Em geral, isso basta para que as placas vermelhas sejam gradualmente reduzidas e desapareçam.Os cuidados com o banho também são importantes, mesmo nos casos leves da psoríase. Vale lembrar que banhos muito quentes, demorados ou com o uso de produtos (como sabonetes) irritantes podem agravar o quadro.A condição, às vezes, pode ser confundida com outras doenças, como alergias, sobretudo quando não manifesta sintomas intensos. Por isso, os quadros leves podem demorar para serem identificados.Em geral, as chamadas exacerbações da doença — ou seja, quando as lesões pioram subitamente — são mais comuns em pacientes já com quadros mais graves.Porém, quem tem um caso leve da doença também pode passar por crises em que a lesão piora bastante e fica difícil de ser controlada.
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Qual a causa da psoríase?

Ainda não se sabe exatamente qual a causa da psoríase, entretanto, é possível que o fator genético tenha grande influência em pelo menos 30% dos casos. Trata-se de uma doença crônica, autoimune (em que o organismo ataca a si mesmo), não contagiosa e possivelmente recorrente.Tudo acontece por conta dos linfócitos T (também chamados de células T), que são um grupo de glóbulos brancos (células sanguíneas) responsáveis pela defesa e proteção do nosso organismo contra agentes desconhecidos, como vírus e bactérias.Toda vez que surge uma ferida ou quando o corpo apresenta alguma infecção, os linfócitos T desempenham papel ativo na cicatrização e no combate do problema.No caso da psoríase, acredita-se que ela se desenvolva quando os linfócitos T liberam substâncias inflamatórias e formadoras de vasos sanguíneos no organismo.Nesses casos, respostas imunológicas ocorrem, causando dilatação dos vasos e acumulando células de defesa chamadas de neutrófilos. Esses, por sua vez, fazem com que a produção celular da pele aumente, tendo como consequência a produção de escamas, pois as células mortas não conseguem ser eliminadas corretamente.Ainda assim, existem outras suspeitas do que pode acarretar o problema e proporcionar o surgimento das feridas. São elas:
  • Estresse;
  • Infecções da garganta e da pele;
  • Lesões na pele;
  • Variações climáticas;
  • Tabagismo;
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Uso de medicamentos para o tratamento de transtorno bipolar, pressão alta e malária;
  • Alterações bioquímicas.

Fatores de risco

Apesar de não se saber exatamente o que causa a psoríase, existem alguns fatores de risco já identificados pela comunidade científica que podem te deixar mais ou menos predisposto a desenvolver ou agravar os sintomas dessa dermatose. São eles:

Histórico familiar

O parentesco com algum paciente que possui a doença provavelmente é o maior fator de risco para o desenvolvimento da psoríase. Estudos observam que aproximadamente 1 em cada 3 pessoas com psoríase têm um parente com a doença.Acredita-se que até 10% da população possa herdar 1 ou mais genes que estão relacionados ao desenvolvimento da psoríase. Apesar desses números, apenas 2% a 3% dessas pessoas acabam desenvolvendo a doença.

Cor da pele

Pessoas com a pele mais clara possuem um risco maior de desenvolver a psoríase, enquanto as pessoas com a pele negra têm uma propensão menor.

Infecção bacteriana ou viral

É sabido que pessoas que passam por quadros constantes de infecção possuem mais chances de serem diagnosticadas com psoríase. Em especial, infecções pelas bactérias do tipo estreptococos demonstram grande ligação com a psoríase gutata.

HIV

Pessoas que possuem o vírus HIV e estão com o sistema imune comprometido são mais propensas a desenvolver a psoríase.

Estresse

O aumento dos níveis de estresse é relacionado com a psoríase, pois muitos pacientes relatam o surgimento ou piora das lesões logo depois de situações estressantes.Por outro lado, a própria psoríase é uma grande causadora de estresse emocional, pois o paciente se sente constrangido em relação às próprias lesões da doença e acaba ficando estressado por conta disso.Trata-se, portanto, de um fator de risco que também pode se apresentar como uma complicação.

Obesidade

A obesidade pode estar relacionada à psoríase na medida em que causa um estado pró-inflamatório, ou seja, é mais fácil que a doença se manifeste.Além disso, a própria obesidade pode ser uma consequência da psoríase, uma vez que ocorrem desregulações metabólicas causadas pela doença, pois a dermatose promove um estado pró-inflamatório que favorece o acúmulo de tecido adiposo.

Tabagismo

O uso de tabaco, além de todos os males já conhecidos para a saúde, pode ajudar a comprometer o sistema imune, deixando o paciente mais sujeito ao desenvolvimento da psoríase.

Quais são os sintomas da psoríase?

Muitas vezes, os sintomas da psoríase podem ser confundidos apenas com uma alergia, portanto, preste bastante atenção aos sinais e, em qualquer caso de dúvida, procure um dermatologista.As manifestações costumam variar bastante de pessoa para pessoa, entretanto, dentre elas, podemos destacar:
  • Lesões avermelhadas na pele cobertas por uma camada esbranquiçada descamativa;
  • Coceira e queimação;
  • Pequenas manchas vermelhas;
  • Pele seca, com facilidade de sangramento;
  • Unhas espessas e esfareladas, com alteração na superfície;
  • Inchaço nas articulações;
  • Articulações rígidas e doloridas;
  • Placas e descamações no couro cabeludo, cotovelos e joelhos.

Como é feito o diagnóstico da psoríase?

O diagnóstico da psoríase é feito, primordialmente, pelo dermatologista. Nesses casos, o acompanhamento médico é de fundamental importância assim que surgem os primeiros sintomas no paciente, pois a doença pode evoluir rapidamente.Durante a consulta médica, o dermatologista faz um exame físico, analisando os aspectos da pele, unhas e couro cabeludo, verificando a intensidade dos sintomas e a maneira como eles se apresentam.O profissional também vai levantar e considerar o histórico médico do paciente, levando em conta questões como alergias, e o histórico familiar.Em caso de dúvidas, ele pode solicitar a realização de uma biópsia da área afetada para confirmar o diagnóstico.

Doença psoríase: tem cura?

Não. Infelizmente, a psoríase não tem cura. Entretanto, tem tratamento. Através do auxílio médico adequado, o paciente pode tratar a doença, evitando a sua reincidência e amenizando os sintomas.

Qual o tratamento para psoríase?

Por mais que a doença não tenha cura e também não se conhece uma forma efetiva de preveni-la, mas há tratamento e modos de controlar a reincidência.O tratamento vai depender do tipo de psoríase que ataca o paciente, variando entre os seguintes objetivos:
  • Reduzir a inflamação e formação de placas;
  • Regular e normalizar a aparência da pele.
A partir disso, é possível escolher, de modo geral, 3 opções de tratamento: o tópico (cremes e pomadas), o sistêmico (medicamentos de via oral ou injetável) ou a fototerapia. A escolha vai depender muito do tipo de psoríase e do histórico médico do paciente.Nos casos mais leves e moderados, o controle se faz através da utilização de medicação local, hidratação da pele e exposição ao sol, ou seja, uso de medicamentos tópicos e fototerapia feita preferencialmente à base da luz solar.Nos casos mais graves, entretanto, o uso de medicamentos via oral ou injetável é fundamental para melhorar os sintomas da doença e diminuir a reincidência.Seu uso deve ser feito até que ocorra melhora clínica completa (remissão) ou parcial. Depois disso, os medicamentos sistêmicos devem ser suspensos e deve-se iniciar novamente o tratamento tópico.Os remédios de via oral ou injetável só devem ser utilizados novamente se houver um novo quadro de psoríase.

Fototerapia

Pessoas que não conseguem se expor ao sol diariamente têm como possibilidade tomar banhos de raio UVA e UVB em clínicas especializadas, sob a expressa orientação médica.A esse tratamento se dá o nome de fototerapia. Nela, utilizam-se lâmpadas especiais capazes de emitir justamente os raios UVA ou UVB. Apesar da técnica não ser indicada para crianças, muitas vezes ela é utilizado em recém-nascidos para tratar condições como a hiperbilirrubinemia (condição que causa amarelamento da pele).Esse tratamento também tem sido muito utilizado com fins estéticos, buscando promover o rejuvenescimento e o combate a pequenas manchas de pele que podem ser curadas pelo sol.Além disso, a fototerapia pode ser utilizada no tratamento das seguintes condições:
  • Linfoma cutâneo de células T;
  • Esclerodermia (enrijecimento da pele e dos tecidos conjuntivos);
  • Caspa;
  • Líquen plano (inflamação da pele e das membranas mucosas);
  • Eczema crônico;
  • Urticária crônica;
  • Púrpura (doença autoimune que causa diminuição no número de plaquetas).

Medicamentos usados para o tratamento da psoríase

Como dito anteriormente, o tratamento medicamentoso se divide, essencialmente, em dois tipos: o tratamento tópico, feito com cremes e pomadas, ou o sistêmico, feito com medicamentos de via oral ou injetável.Os remédios normalmente são indicados para aliviar a coceira e a inflamação, mas também ajudam no processo de cicatrização das lesões. Entenda a diferença:

Tratamento tópico

O tratamento tópico consiste no uso de pomadas e hidratantes, além da exposição à luz solar. Muitas das pomadas utilizadas contêm corticóides e outras substâncias, sempre visando diminuir a intensidade dos sintomas.O tipo de pomada ou hidratante também vai depender do local afetado pela psoríase. Quando a doença atinge o couro cabeludo, por exemplo, pode ser necessário o uso de outras medicações. Entenda:

Pomadas para psoríase no corpo

As pomadas para psoríase no corpo são diversas e podem contar ou não com a presença de corticóides e outras substâncias que visam diminuir a irritação. Sempre converse com seu dermatologista para ver qual opção é a mais adequada para você.Confira algumas marcas:

Pomadas para psoríase no couro cabeludo

Existem pomadas específicas para o couro cabeludo e elas também só devem ser usadas sob orientação médica. Entre as principais marcas estão Daivobet e Psorex Solução Capilar.Os preços podem variar de R$37,00 até R$150,00 dependendo da apresentação do produto e da farmácia. Por isso, sempre use um comparador de preços como o Consulta Remédios na hora de fazer suas compras!

Tratamento sistêmico

O tratamento sistêmico, ao contrário do tópico, visa combater o que há de errado no corpo de modo geral ao invés de tratar o local lesionado somente. Por isso, normalmente é feito por via oral ou injetável.As classes de medicamentos sistêmicos usados para o tratamento da psoríase são:
  • Imunossupressores: são remédios que agem no sistema imunológico para diminuir o ataque do organismo contra si mesmo;
  • Medicamentos biológicos: a engenharia genética produz moléculas destinadas ao tratamento de doenças autoimunes. Esses medicamentos são indicados especialmente nos casos de psoríase e artrite psoríaca que não podem recorrer aos tratamentos convencionais.
Entre os principais medicamentos utilizados nesses casos estão:

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Qual o tratamento caseiro?

Além dos medicamentos indicados pelo dermatologista, também é uma boa investir em tratamentos caseiros para auxiliar ou otimizar o resultado. Vale lembrar que eles não substituem as recomendações do seu dermatologista e que, antes de iniciar qualquer terapia por conta própria, é importante consultar o seu médico.Confira os principais métodos caseiros para ajudar a tratar da psoríase:
  • Consumir alimentos depurativos do sangue, como agrião, açafrão e água de coco, pois eles auxiliam na eliminação de toxinas;
  • Usar pomadas ou cremes à base de Aloe Vera;
  • Usar creme hidratante de gérmen de trigo;
  • Tomar banho de imersão com água e sal marinho;
  • Consumir ômega-3 e camomila, por conta de suas propriedades anti-inflamatórias;
  • Fazer compressa de malva no local das lesões.
Em caso de suspeitas de psoríase em você ou em alguém que você conheça, procure um médico. O conhecimento das opções de tratamento e o que fazer nos momento de uma crise é muito importante para o paciente e também sua família.

Convivendo

Apesar de ser uma doença crônica, é possível controlar a psoríase com o tratamento adequado. É muito importante que o paciente entenda que a doença pode desaparecer por um tempo e voltar depois, por isso, a atenção à própria saúde é de extrema importância.Também é preciso manter em mente que os fatores que levam ao aparecimento das feridas são os mais diversos, desde infecções até uma inesperada baixa na imunidade, fazendo com que os sintomas sejam geralmente bastante incômodos, afetando inclusive a autoestima do paciente.Confira as dicas abaixo para tentar viver melhor com esses problemas:

Tenha uma dieta saudável

A alimentação saudável e balanceada faz toda a diferença para o bom funcionamento do organismo.Através dela, é possível prevenir o sobrepeso e a obesidade, e contribuir para um melhor funcionamento do sistema imune. Como vimos anteriormente, esses são fatores de risco para a piora dos sintomas da psoríase.É muito importante que você evite o consumo de alimentos processados, ultraprocessados e ricos em gorduras saturadas e trans, pois favorecem a produção de substâncias pró-inflamatórias no organismo, o que pode agravar os quadros da psoríase.Uma dica para manter a dieta saudável é acompanhar e planejar a alimentação. Para isso, é possível fazer um diário nutricional e analisar melhor a qualidade das refeições.Nessa hora, é importante ingerir mais frutas, verduras, cereais integrais, laticínios com baixo teor de gordura, carnes magras e peixes. Além disso, é essencial diminuir a ingestão de carne vermelha, álcool, gordura e açúcar refinado.Entretanto, vale lembrar que, antes de iniciar qualquer mudança na dieta, é muito importante que você fale com seu médico e que consulte um nutricionista para fazer essa adequação alimentar, levando em conta suas restrições ou possibilidades.

Evite o estresse

Como vimos anteriormente, o estresse é um fator que pode piorar os sintomas da psoríase. E o pior é que o paciente pode entrar em um ciclo vicioso, uma vez que a própria doença pode ser bastante estressante.Mesmo que nem sempre dê para evitar o estresse, é bastante possível praticar o autoconhecimento e tentar fazer exercícios para relaxar. Assim, você aprender a lidar melhor com as situações da vida.Buscar um tempo para si ou tentar iniciar a prática de técnicas que acalmam, como a meditação e a yoga, são boas pedidas para quem quer diminuir o impacto do estresse.Conversar com seus familiares e pessoas próximas também é fundamental. Dessa forma você pode lidar melhor com seus sentimentos em vez de simplesmente deixá-los de lado. Além de conversar abertamente com essas pessoas, é possível recorrer também à ajuda profissional, como um psicólogo.

Escolha roupas confortáveis

A psoríase causa feridas que podem ser agravadas devido ao contato com as roupas. Por isso, é importante focar em tecidos que não causem muito atrito na pele, como o algodão, pois vão reduzir a sensação incômoda.Tecidos mais ásperos, como a lã, ou sintéticos, como o nylon, podem causar irritações e piorar as feridas, além de não deixar a pele respirar da maneira apropriada. Por isso, busque sempre por tecidos macios e respiráveis.

Cuidado com medicamentos

Diversos medicamentos e produtos para a pele podem ter impacto direto nos sintomas da psoríase. Portanto, busque manter um contato próximo com o seu médico e informe-o sobre os medicamentos e cosméticos que vem utilizando.Também busque por produtos que se adequam a sua situação, pois muitos deles podem ajudar a tratar o problema.Uma dica interessante é utilizar sabonetes especiais, especialmente aqueles com propriedades hidratantes. Então, sabonetes de glicerina, vegetais e para bebês são boas opções, pois quanto menos agressivo for o produto, melhor.O ideal é usar o produto sem esfregar ou arranhar a pele, enxaguando logo em seguida. Confira alguns dos sabonetes hidratantes mais populares:

Cuide da sua mente

É fato que o estresse, depressão ou qualquer tensão emocional muito exacerbada podem desencadear ou até piorar os sintomas da psoríase. Portanto, busque o equilíbrio emocional.Uma forma de fazer isso é praticar a meditação, relaxamento, caminhadas, yoga, terapia ou qualquer coisa que lhe dê prazer.Acaso você não estiver conseguindo aliviar o estresse com facilidade, não hesite em procurar ajuda profissional com um psicólogo.

Prognóstico

O prognóstico da psoríase normalmente é bom. Apesar de não ter cura, a doença tem tratamento e, com a devida atenção médica, é possível para o paciente manter a qualidade de vida.Mesmo assim, muitos dos pacientes podem se sentir pressionados socialmente e passar por situações em que ficam constrangidos. Isso pode ter um grande impacto na saúde mental, fazendo com que se afastem dos amigos e familiares por vergonha ou medo e resultando em um prognóstico ruim associado a fatores emocionais.O importante a se ressaltar é que essas situações são, em sua grande maioria, contornáveis, mesmo que seja necessário o auxílio de profissionais da saúde mental, como psicólogos e psiquiatras.

Complicações

Se não tratada, a psoríase pode trazer diversas complicações para o organismo.Como bem lembra o Dr. Ricardo Romiti, dermatologista e coordenador dos Ambulatórios de Psoríase, Colagenoses e Tricologia do Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da USP, “podem ocorrer formas graves e generalizadas da doença”, conheça mais:

Artrite psoriásica

Também chamada de psoríase artropática, estima-se que 30% das pessoas que possuem psoríase também desenvolvem a artrite psoriásica. Essa doença é caracterizada por dor, rigidez e inchaço em torno das articulações.É mais comum que ela afete as articulações dos dedos dos pés e das mãos, a coluna e as juntas dos quadris, causando rigidez progressiva e até mesmo deformidades permanentes.Um estudo demonstrou que 84% dos pacientes que sofrem de artrite psoríaca desenvolvem lesões cutâneas em média 12 anos antes da artrite, por isso, a psoríase pode ser um sinal de que a artrite está chegando. Então não se esqueça de fazer seu check-up anual!

Distúrbios Mentais

A psoríase é especialmente preocupante quando acomete pacientes que já sofrem de algum transtorno mental. O Dr. Romiti explica que ela “pode ter grande impacto sobre o estado mental dos pacientes acometidos com quadros de ansiedade, depressão e mesmo ideação suicida”.Pois o paciente pode se sentir estigmatizado por conta da sua condição, e isso pode fazer com que a depressão se agrave. Por isso é tão importante que campanhas de conscientização sejam feitas e que o debate seja estimulado.“Elas visam diminuir o preconceito que cerca a psoríase, procurando orientar as pessoas de que não se trata de uma doença contagiosa e que ela não apresenta risco de contágio”, ressalta Romiti.

Obesidade

Já foi observado que pessoas com psoríase, especialmente aquelas com formas mais graves da doença, também são mais propensas a desenvolver a obesidade.A relação entre a obesidade e psoríase ainda não é completamente clara, mas isso pode estar relacionado ao fato dos pacientes com psoríase não praticarem atividades físicas com regularidade por conta dos sintomas da doença.Outra explicação envolve uma dupla relação: pessoas com obesidade têm potencial de níveis inflamatórios mais elevados (facilitando a manifestação da dermatose) e, também, os eventos que desencadeiam a psoríase podem provocar o desbalanço hormonal, facilitando o acúmulo de tecido adiposo, ou seja, gordura.Além disso, também é sabido que pessoas com obesidade têm maior chance de adquirir as formas mais graves da psoríase.

Doenças cardiovasculares

Alguns pesquisadores descobriram que os pacientes que possuem psoríase têm risco maior de sofrer infarto do miocárdio. Além disso, taquicardia e outras doenças cardiovasculares têm mais chance de se manifestar em pacientes com psoríase.Especula-se que isso aconteça por conta de um excesso de inflamações ou por conta de efeitos colaterais de alguns tratamentos.Também é possível que essa relação entre a psoríase e o maior risco de doenças cardiovasculares seja explicado pelas chances aumentadas que os pacientes têm de desenvolver obesidade, um dos principais fatores para o desenvolvimento de doenças que afetam o sistema cardíaco e circulatório.

Problemas oculares

Alguns problemas oculares, como conjuntivite, blefarite (inflamação da pálpebra) e uveíte (inflamação da camada média do olho) são mais comuns em pessoas que sofrem de psoríase.

Diabetes tipo 2

Pessoas com psoríase possuem um risco maior de desenvolver diabetes tipo 2, pois a dermatose gera processos inflamatórios que podem ter como consequência um desbalanceamento hormonal, causando, dentre outras coisas, riscos ao diabetes.

Outras complicações

Além de todas essas complicações, pacientes com psoríase ainda podem ser acometidos por:
  • Doença celíaca (intolerância ao glúten);
  • Doença de Parkinson
  • Doença de Crohn (inflamação crônica do revestimento do trato digestivo).

Como posso me prevenir da psoríase?

Por mais que não haja uma maneira efetiva de se prevenir contra a doença, acredita-se que manter a pele sempre limpa e hidratada já é um ótimo passo para tal. Além disso, a alimentação pode ser um fator muito importante para a prevenção da psoríase, como explica o Dr. Ricardo Romiti.“Uma dieta saudável aliada à uma boa qualidade de vida, evitando álcool e tabagismo, são as melhores formas de prevenir a psoríase.”Confira agora as principais dicas para prevenir o aparecimento das feridas:

Hidratação da pele

Para os pacientes com psoríase, o uso de hidratantes corporais é essencial. Vale lembrar que todo produto deve ser aprovado antes pelo seu médico dermatologista, para que se evite riscos.Entretanto, podemos dizer que os pacientes com psoríase se beneficiam mais com produtos que não tenham perfume nem cor, pois eles diminuem as chances de alergias.

Não esfolie

Definitivamente, fique longe da esfoliação. O procedimento pode causar rompimento da pele, desencadeando uma nova crise, um fenômeno tão conhecido que possui até um nome: fenômeno de Koebner.

Cuidado com a depilação

Para os homens está liberado fazer a barba com lâmina normalmente, desde que se tome cuidado com traumas que podem provocar lesões.Deve-se sempre optar por métodos que sejam o menos traumáticos para a pele quanto possível. Se você tem alergia à lâmina, por exemplo, deve evitar o uso deste produto. Já se você tem alergia à cera, tente a lâmina.Não existe resposta certa. Cada paciente é único e o mais correto é sempre conversar com o dermatologista.

Banhos rápidos e frios

Os banhos do paciente com psoríase devem ser rápidos e sem buchas! O sabonete utilizado deve ser neutro, para diminuir os riscos de irritação e alergia. A toalha deve ser macia e o paciente deve se secar sem esfregar, tomando sempre cuidado redobrado com a região lesionada.

Tatuagem e piercing

O paciente com psoríase sempre deve estar atento aos riscos dos traumas que uma tatuagem ou piercing podem causar, pois pode acontecer o surgimento de lesões crônicas.

Fotos

As lesões de pele podem se manifestar por todo o corpo:Ou ficar localizada:

Perguntas frequentes

Psoríase coça?

Sim. Um dos possíveis sintomas além da ferida é a coceira, que pode vir acompanhada, inclusive, das sensações de queimação e dor.

A psoríase é contagiosa?

Não. A psoríase é uma doença que afeta o sistema imunológico de modo não transmissível, ou seja, não pode passar de pessoa para pessoa.

O SUS tem remédio para psoríase?

Sim! O Sistema Único de Saúde fornece os medicamentos para psoríase de forma gratuita desde 2013. No total, são oito tipos de fármaco que podem ser utilizados. Confira:
  • Ácido salicílico: pomada a 5%;
  • Alcatrão mineral: pomada a 1%;
  • Clobetasol: creme a 0,05%;
  • Clobetasol: solução capilar a 0,05%;
  • Dexametasona: creme a 0,1%;
  • Calcipotriol: pomada a 0,005%;
  • Acitretina: cápsulas de 10mg e 25mg;
  • Metotrexato: comprimidos de 2,5mg e ampolas de 50mg/2mL;
  • Ciclosporina: cápsulas de 10mg, 25mg, 50mg e 100mg e solução oral de 100mg/mL frasco de 50mL.
Para retirar o medicamento, é preciso receber o diagnóstico e prescrição do medicamento pelo seu médico. Caso o medicamento indicado faça parte dessa lista e você queira retirá-lo gratuitamente no SUS você deve levar:
  • Cópia do Cartão Nacional de Saúde;
  • Cópia do Documento de Identidade (RG) e o original;
  • Cópia do comprovante de residência;
  • Laudo de solicitação de Medicamentos (LME) preenchido pelo seu médico;
  • Termo de Esclarecimento e Responsabilidade assinado e verificar se há algum outro procedimento (como exames) necessário a ser realizado de acordo com a particularidade de cada Estado.
Em caso de dúvidas, converse com o seu médico para obter outras orientações sobre como ter acesso à medicação.

A psoríase é mais comum em homens ou mulheres?

A incidência da psoríase é igual tanto em homens quanto em mulheres.

O que pode ativar ou piorar os sintomas da psoríase?

As razões pela qual as feridas da psoríase surgem vão variar de pessoa para pessoa e podem incluir o estresse, lesões na pele, uso de certos medicamentos, diminuição da imunidade ou infecções.

Quais são as partes do corpo mais afetadas?

A psoríase pode atingir qualquer parte do corpo, mas ela é mais comum no couro cabeludo, nos joelhos, cotovelos e tronco.

Os sintomas da psoríase podem piorar no inverno?

Sim. Durante o inverno, ficamos com a pele naturalmente mais seca. Além disso, a exposição à luz solar fica diminuída e as baixas temperaturas podem favorecer o aparecimento de novas feridas.

Em qual idade a maioria das pessoas desenvolve a psoríase?

A psoríase não tem idade para aparecer, mas a maioria das pessoas começa a manifestar sintomas a partir dos 35 anos de idade.

A psoríase é hereditária?

Não é possível afirmar que a psoríase seja de fato hereditária, porém, vale ressaltar que 1 em cada 3 pessoas com psoríase relata ter parentes com a doença.
A psoríase é uma condição crônica e não contagiosa. Com o tratamento adequado, os pacientes podem se recuperar e evitar que os sintomas se manifestem novamente.Saiba mais sobre a psoríase e outras condições da pele no Minuto Saudável!

Fontes consultadas

  • Dr. Ricardo Romiti (CRM 75298), dermatologista e coordenador dos Ambulatórios de Psoríase, Colagenoses e Tricologia do Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da USP
  • Dr. Paulo Caproni (CRM/PR 27.679 | CRM/SC 25.853 | CRM/SP 144.063), graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Residência Médica em Medicina Preventiva e Social pela USP-SP (PROAHSA). MBA em Gestão Hospitalar e de Sistemas de Saúde (CEAHS) pela FGV-SP
  • Psoríase na infância e na adolescência - Ricardo Romiti, Luciana Maragno, Marcelo Arnone e Maria Denise Fonseca Takahashi
  • Psoríase e sua relação com aspectos psicológicos, stress e eventos da vida - Kênia de Sousa Silva e Eliana Aparecida Torrezan da Silva 
Publicado originalmente em: 29/06/2017 | Última atualização: 27/08/2018
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Este artigo foi escrito por:

Dr. Paulo Caproni

CRM/PR: 27679CompletarLeia mais artigos de Dr. Paulo
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