Saúde

Sarampo: confira sintomas, tratamento, campanha de vacinação

Publicado em: 21/05/2018Última atualização: 23/11/2022
Publicado em: 21/05/2018Última atualização: 23/11/2022
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O sarampo é uma doença viral contagiosa bastante conhecida pela população, sendo comumente associada à infância. 

Considerada uma doença controlada em território brasileiro por muitos anos, os casos da condição voltaram a ser registrados desde 2018, causando preocupação para as entidades e órgãos de saúde do país. 

O Minuto Saudável preparou um artigo contendo as principais informações a respeito da condição, como ocorre a transmissão, sintomas, diagnóstico e tratamento. Confira!

Índice – neste artigo você encontrará as seguintes informações:

  1. O que é o sarampo?
  2. Causas e transmissão
  3. Grupos e fatores de risco
  4. Sintomas
  5. Quais as fases do sarampo?
  6. Como é feito o diagnóstico?
  7. Qual o tratamento para o Sarampo?
  8. Tem cura?
  9. Complicações
  10. Prognóstico
  11. Convivendo
  12. Como prevenir o sarampo?
  13. Campanha de vacinação: dia D
  14. Sarampo em bebês
  15. Epidemia de sarampo
  16. Certificado de erradicação do sarampo
  17. Perguntas frequentes

O que é o sarampo?

Sarampo é uma infecção viral altamente contagiosa que pode infectar igualmente adultos ou crianças, mas que costuma ter maior prevalência na fase infantil.

Listada sob o CID-10 B05, a infecção pode ser classificada ainda como:

  • B05.0 - Sarampo complicado por encefalite;
  • B05.1 - Sarampo complicado por meningite;
  • B05.2 - Sarampo complicado por pneumonia;
  • B05.3 - Sarampo complicado por otite média;
  • B05.4 - Sarampo com complicações intestinais;
  • B05.8 - Sarampo com outras complicações;
  • B05.9 - Sarampo sem complicação.
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Causas e transmissão

O sarampo é causado por um vírus que pertence à família Paramyxoviridae e ao subgrupo Morbillivirus.

A transmissão ocorre por vias aéreas, por meio de gotículas do nariz, da boca ou da garganta que são disseminadas no ar quando a pessoa infectada espirra, tosse e fala

Portanto, o contágio pode ocorrer por meio do contato direto com a pessoa infectada e ao tocar em secreções, superfícies ou objetos contaminados pelo vírus e, posteriormente, levar as mãos à boca, olhos ou nariz.

Quando a pessoa é exposta e infectada pelo vírus, ocorre um período de incubação de aproximadamente 12 dias, ou seja, o (a) paciente irá apresentar sintomas apenas após esse período. Isso quer dizer que a pessoa pode transmitir o vírus mesmo sem apresentar nenhum sinal ou sintoma. 

Leia também: Catapora (bebê, adulto): como pega? Veja como é o tratamento

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Grupos e fatores de risco

Entre os grupos e fatores considerados de risco para a condição estão:

  • Pessoas que não foram vacinadas contra o sarampo;
  • Pessoas que nunca contraíram o vírus;
  • Profissionais de saúde;
  • Turistas e pessoas que lidam com estrangeiros (trabalhadores de aeroportos, por exemplo);
  • Crianças pequenas, com menos de 2 anos;
  • Grávidas;
  • Pacientes imunossuprimidos;
  • Pacientes com desnutrição.

Sintomas

Após o período de incubação do vírus, a primeira manifestação de sintomas decorrentes da doença ocorre com febre alta, irritação ocular, coriza, tosse e mal-estar.

Além disso, durante o início dos sintomas, pequenas feridas ou manchas esbranquiçadas surgem na boca, geralmente na parte interna da bochecha e nas gengivas. 

Com o decorrer da infecção, há o aparecimento do exantema, uma erupção de pele caracterizada por pequenas manchas avermelhadas e o sintoma mais evidente do sarampo.

Ademais, podem ocorrer diversas manifestações durante o período de infecção, como:

  • Diarreia;
  • Sensibilidade à luz;
  • Infecção no nariz;
  • Conjuntivite;
  • Vômito e náuseas;
  • Infecção nos ouvidos;
  • Convulsões e olhar fixo;
  • Lesão cerebral.
A febre é um dos sintomas da condição.

Sarampo coça?

O sarampo causa menos coceira que outras doenças, como a catapora. No entanto, é possível que na fase de exantema, em que ocorrem as erupções de pele, o paciente sinta ardências e coceira.

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Quais as fases do sarampo?

A condição pode ser dividida em fases, de acordo com a manifestação dos sintomas. Como mencionado anteriormente, nos primeiros dias após a infecção, o organismo ainda não apresenta sinais ou sintomas, pois o vírus se encontra na fase de incubação. Descubra mais sobre cada uma das fases a seguir: 

Fase prodrômica ou pródromo

Essa fase consiste nas primeiras manifestações do sarampo, logo após o período de incubação do vírus. Durante esse período há a presença de sintomas como inflamações das mucosas do nariz, faringe, laringe e brônquios, além de irritação dos olhos

Também é possível notar os olhos vermelhos e doloridos, muitas vezes com tendência a lacrimejar. Nessa fase, a doença pode até ser confundida com uma gripe ou resfriado, devido a ocorrência de sintomas semelhantes como tosse, espirros, nariz escorrendo e rouquidão.

Cerca de 3 dias após os sintomas iniciais, o (a) paciente pode apresentar febre, dores de cabeça e muscular, diminuição do apetite e mal-estar.

Por fim, entre 12 e 72 horas, surgem lesões no céu da boca e na parte interna da bochecha, semelhantes a aftas. 

Fase exantemática

Durante essa fase, há o aparecimento do sintoma mais característico do sarampo: as erupções de pele com aspecto avermelhado. As lesões normalmente começam nas regiões próximas à orelha e cabeça, e seguem se disseminando por todo o corpo. 

Além disso, durante a fase exantemática, pode ocorrer a piora dos sintomas, o que a caracteriza como a fase aguda da doença. Entre as outras manifestações da fase estão:

  • Aumento de secreções nas vias respiratórias superiores;
  • Elevada produção de muco nos pulmões;
  • Voz rouca;
  • Faringe e boca inflamadas;
  • Elevação da febre;
  • Mal-estar agravado.

Fase descamativa

Na fase descamativa as manchas escurecem, provocando uma descamação fina na pele. Contudo, a febre e a tosse diminuem. Entre os principais sinais da fase estão:

  • Conjuntivite intensa;
  • Pneumonia;
  • Infecção no ouvido;
  • Diarreia;
  • Encefalite.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da condição é clínico e é feito a partir da avaliação médica dos sinais e sintomas, em especial, o exantema. Os (as) profissionais mais capacitados (as) para realizar o diagnóstico do sarampo são o (a) clínico (a) geral, infectologista, pediatra e dermatologista.

Além disso, é recomendável que todos os casos suspeitos realizem o teste laboratorial para a documentação de casos para a saúde pública e para o controle de epidemias. 

O exame mais utilizado para a confirmação laboratorial do sarampo é o ELISA (Enzyme Linked Immunosorbent Assay), que consiste em uma coleta de sangue tradicional para analisar os anticorpos presentes na amostra. Esses anticorpos aparecem pois o organismo está produzindo células de defesa para combater a doença.

Qual o tratamento para o sarampo?

Não existe um tratamento específico para o sarampo, portanto, o tratamento disponível visa melhorar os sintomas causados pela doença. 

Para isso, pode ser recomendado o uso de medicamentos anagésicos e antitérmicos como o paracetamol para a febre intensa e dores. 

Colírios lubrificantes também podem ser indicados para auxiliar na lubrificação dos olhos, amenizando o desconforto e a irritação ocular.

Geralmente, é recomendado que crianças utilizem suplementação de vitamina A para evitar o agravamento do quadro, seguindo dosagens e determinações especificados pelo (a) médico (a).

É importante ressaltar que o uso de medicamentos só deve ser feito mediante orientação e acompanhamento médico, visto que a automedicação pode trazer malefícios à saúde. 

Tem cura?

Sim. De modo geral, a infecção não apresenta complicações severas para a maioria dos (as) pacientes, salvo os casos em que há HIV positivo, desnutrição ou outras doenças que comprometem o sistema imune.

Complicações

Em alguns casos, a doença pode ter graves complicações. Nos casos não tratados, em crianças menores de 5 anos ou pacientes com problemas de imunidade, a condição pode ser fatal. 

Para as gestantes, as complicações envolvem o risco elevado de aborto durante o 1º trimestre de gestação, parto prematuro e maiores riscos de malformação do feto.

As complicações mais severas associadas ao sarampo são:

Encefalite

A cada 1 mil a 2 mil crianças diagnosticadas com sarampo, cerca de um caso de encefalite ocorre. O quadro é uma infecção cerebral que pode ser breve, tendo uma boa recuperação, ou prolongado, resultando em lesões cerebrais e até morte.

Sangramento excessivo

Após o organismo combater a infecção, os níveis de plaquetas (responsáveis pela coagulação sanguínea quando ocorrem ferimentos) no sangue podem baixar drasticamente, ocasionando a trombocitopenia

Nesse caso, são observadas manchas roxas na pele do (a) paciente, além de sangramentos ou dificuldade de coagulação.

Panencefalite esclerosante subaguda

A condição é rara e ocasiona lesões progressivas no cérebro, geralmente representando severos riscos à vida.

O vírus do sarampo pode infectar o cérebro e causar a encefalite, além disso, é possível que o vírus permaneça no órgão por anos e não manifeste nenhum sintoma. Porém, anos mais tarde, ele pode ser reativado, causando a panencefalite esclerosante subaguda. 

Pneumonia

A pneumonia ocorre quando há um comprometimento pulmonar severo. Em média, 5% dos (as) pacientes desenvolvem o quadro, sendo uma das principais causas de morte de bebês e crianças pequenas.

Prognóstico

O prognóstico do sarampo é geralmente bom se o (a) paciente não apresentar quadros de desnutrição ou problemas imunológicos.

Em geral, a doença não se apresenta de modo grave ou com complicações, a não ser que o paciente tenha outras doenças que afetam a imunidade. Nesse caso, a evolução do sarampo pode ser bastante agressiva e apresentar riscos à vida.

Convivendo

Algumas medidas podem ser tomadas para que o período de infecção tenha menores transtornos e desconforto ao (à) paciente. 

É recomendado que o (a) paciente utilize roupas leves e confortáveis para reduzir o desconforto das erupções da pele. 

Além disso, a hidratação do organismo também é essencial, por isso, é preciso ingerir bastante líquido, sobretudo se o quadro apresentar febre. Já a alimentação deve ser leve e nutritiva. 

Como o sarampo exige que o (a) paciente fique temporariamente afastado do convívio social, é preciso organizar as atividades para as necessidades diárias. Por exemplo, manter alimentos, telefones de emergência e medicamentos acessíveis.

As roupas de cama, cobertores, pijamas ou demais tecidos que o paciente utilizou devem ser lavados separadamente, de preferência com água quente. 

As pessoas que moram junto com o (a) paciente devem intensificar os cuidados com a higiene, buscando lavar as mãos com frequência e utilizar álcool em gel.

Para os pais e mães de crianças pequenas o distanciamento é mais complicado, devido aos cuidados necessários. Nesse caso, é recomendado manter os ambientes bem arejados e utilizar luvas e máscaras.

Como prevenir o sarampo?

O método mais eficaz de prevenção da doença é a vacina contra o sarampo. No Brasil, são indicadas duas aplicações do imunizante que pode ser encontrado tanto em clínicas particulares, quanto em Unidades Básicas de Saúde (UBS). 

O cenário nacional do sarampo mudou drasticamente com a vacinação, visto que, antes da imunização entrar para o calendário de vacinas, considerava-se que quase todas as crianças iriam ser infectadas.

Como a contaminação era grande, muitas delas apresentavam complicações da doença e o número de vítimas também era alto.

Atualmente, o calendário de vacinação prevê que crianças de 12 meses sejam vacinadas com uma dose da tríplice viral e, aos 15 meses, recebam uma segunda dose chamada de tetra viral, que inclui, além da imunização para sarampo, a imunização para a caxumba, varicela e rubéola.

VacinaEm que idade fazerProtege contra o que?
Tríplice Viral12 meses Sarampo, caxumba e rubéola
Tetra viral15 meses até os 4 anosSarampo, caxumba, rubéola e varíola

Adultos que não receberam a vacina na idade indicada devem recebê-la em qualquer idade. Já gestantes ou mulheres que possam engravidar dentro de 90 dias não devem ser vacinadas. 

Ademais, a imunização ocorre entre 14 e 21 dias após a aplicação da vacina e mesmo que imunizados, é recomendado que não haja a exposição direta ao (à) paciente contaminado (a), sobretudo sem proteção.

A vacinação é a maneira mais eficaz de prevenir a doença.

Contraindicações

Alguns casos precisam ser avaliados por um (a) médico (a) para verificar se podem receber a vacina. 

Entre eles estão as gestantes, pessoas com doenças imunossupressoras, que fazem uso de medicamentos que afetem a imunidade ou com alergia a componentes da vacina.

No caso de alergia, é preciso que esta seja conhecida pelo (a) profissional de saúde que irá ministrar a dosagem correta para que, se reações severas ocorrerem, o atendimento seja feito rapidamente.

Reações e efeitos colaterais

Entre as possíveis reações e efeitos colaterais da vacina contra o sarampo estão:

  • Vermelhidão, ardência e dor no local da aplicação;
  • Febre acima de 38 ºC;
  • Inchaço no local da aplicação;
  • Reações cutâneas, como erupção e lesões.

Recomendações sobre a vacinação

Alguns grupos devem redobrar a atenção em períodos de surto ou disseminação da doença. São eles: 

Profissionais da área de saúde

Devido ao fluxo intenso de pessoas e o contato direto com doenças diversas, os profissionais da área de saúde são incentivados a verificar as condições de imunização.

Trabalhadores das diversas áreas de saúde que não se comprometem com as campanhas de imunização podem trazer riscos à própria saúde e à dos outros, podendo transmitir e disseminar a infecção para os (as) pacientes que, em geral, já estão com as condições imunológicas comprometidas.

Viajantes e turistas

Turistas ou pessoas que irão viajar para regiões com casos de sarampo devem estar atentos à imunização.

Quando a carteira de vacinação não garantir que o paciente, maior de 6 meses, foi imunizado, é preciso alertar sobre a necessidade de tomar a dose da vacina com antecedência, pelo menos, 2 semanas antes da viagem.

Além disso, crianças menores de 6 meses, lactantes, gestantes e pessoas com deficiência imunológica devem evitar viajar em períodos de risco.

Campanha de vacinação: dia D

É importante lembrar que as vacinas contra sarampo são ofertadas durante todo o ano para as pessoas dentro da faixa etária indicada no calendário de vacinação.

O chamado Dia D promove um dia, dentro da campanha de vacinação, para reforçar a imunização de doenças específicas. Além disso, a data possibilita que aquelas que não puderam receber a vacina atualizem a caderneta.

Para saber o calendário de imunização da sua cidade, consulte o site da prefeitura!

Leia também: Como agem as vacinas no organismo? Veja como são feitas

Sarampo em bebês

A primeira dose da vacina contra o sarampo deve ocorrer aos 12 meses, por isso, antes dessa idade, o bebê está mais sensível à infecção.

Se o bebê necessitar viajar às áreas de risco, tiver sido exposto ao vírus ou se ocorrerem surtos da doença, a vacina pode ser administrada antes do período previsto sob orientação médica.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), pode ser administrada uma dose entre os 6 e 12 meses de idade, sendo esta considerada uma vacinação extra, ou seja, não substitui as duas doses que constam no calendário oficial. 

Os cuidados com os bebês doentes são os mesmos recomendados aos adultos e devem seguir as recomendações médicas. No caso dos bebês, choros frequentes e intensos são comuns devido ao incômodo das lesões de pele e à febre. 

Ademais, é preciso evitar o contato do paciente com outras crianças, mantendo a atenção à alimentação, hidratação e higienização.

Epidemia de sarampo

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), antes do surgimento da vacina e da posterior implantação dela nos programas de imunização, ocorriam epidemias de sarampo a cada 2 a 3 anos. 

No Brasil, a última epidemia de sarampo ocorreu em 1997 e contabilizou 53 mil casos de infecção e 61 óbitos. Na época, a vacina já estava disponível para comercialização e a maioria dos casos acometeu pacientes que não foram imunizados ou que tomaram apenas uma dose da vacina.

Em 1991, o Brasil lançou o Plano de Erradicação do Sarampo, visando reduzir os casos de infecção e erradicar a doença até os anos 2000.

Certificado de erradicação do sarampo

Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de região livre do sarampo endêmico, junto com outros países da América, devido ao fato de que nenhum caso da doença havia sido registrado em território nacional durante os anos de 2015 e 2016.

Porém, dados de 2018 apontam que uma nova disseminação da doença se iniciou, com cerca de 10.346 casos registrados no país. E em 2019, com a continuidade da circulação, o Brasil perdeu o certificado. 

A queda na cobertura vacinal foi expressiva, o que possibilitou que a doença voltasse a circular.

Os casos da doença continuaram a ser registrados no ano de 2020 e 2021 e, devido a isso, o Ministério da Saúde recomenda que o calendário de vacinação contra a doença continue e que o maior número de pessoas possível seja vacinado. 

Perguntas frequentes

Listamos a seguir, algumas das principais perguntas da população a respeito da condição. No caso de maiores dúvidas, entre em contato com um (a) médico (a). Confira:

O que fazer quando há suspeitas de sarampo?

O (a) paciente deve procurar atendimento médico quando perceber a presença de sintomas característicos, como mal-estar e erupções de pele, para que seja feita uma avaliação do seu estado. Havendo suspeitas de sarampo, serão solicitados exames para confirmar o diagnóstico.

Mesmo os quadros de suspeita ainda não confirmados devem ser notificados à Secretaria de Estado de Saúde.

O (a) paciente deverá ser afastado de suas atividades, mantendo-se isolado de outras pessoas até que o diagnóstico seja feito. Se confirmado, o isolamento deve permanecer até que a infecção não seja mais transmissível.

A vacina do sarampo causa autismo?

Não. Há uma disseminação de informações incorretas sobre as vacinas, o que cria um ambiente de desincentivo à imunização. A dosagem determinada é segura e não representa riscos à população, salvo grávidas e imunodeprimidos.

O boato de que a vacina pode causar autismo tem origem em um estudo publicado em 1998 pelo médico britânico Andrew Wakefield, que apontava o autismo como uma consequência da vacina tríplice viral.

Tempo depois foi verificado que o ex-pesquisador, na verdade, fraudou os laudos dos pacientes estudados e adulterou os resultados. Como consequência disso, Andrew Wakefield perdeu o registro médico e foi acusado de má conduta em troca de dinheiro. O britânico recebeu cerca de 435 mil libras (mais de 2 milhões) para fraudar os resultados.

Quem deve tomar a vacina de sarampo?

Todas as pessoas devem ser imunizadas contra o sarampo. O esquema de vacinação ofertado pelo Ministério da Saúde indica que crianças entre 12 meses e 5 anos recebam 2 doses. Já os adultos entre 30 e 49 anos precisam tomar apenas uma.

Ainda, quem não foi vacinado ou não tem certeza, pode receber um reforço. E, como mencionado anteriormente, as vacinas são encontradas gratuitamente nas unidades de saúde.

Sarampo mata?

Sim. O sarampo pode desencadear complicações severas e levar à morte, sobretudo nos (as) pacientes com baixa imunidade ou comprometimento do organismo (doenças associadas ou desnutrição, por exemplo). 

Quais os motivos para os novos casos?

Apesar de haver políticas para a vacinação, casos da doença ainda são registrados. Países com IDH baixo apresentam riscos de aumento da doença, pois a taxa populacional vacinada ainda é baixa.

Mesmo nos países desenvolvidos, é na população mais carente que o acometimento do sarampo é maior, devido a má alimentação e desnutrição aliadas à falta da imunização.

Porém, uma recente manifestação de pessoas antivacina tem preocupado a comunidade médica e as autoridades. Nesses casos, pais ou responsáveis decidem não imunizar as crianças por serem contrários à vacinação.

A justificativa dos grupos é, sobretudo, a disseminação de notícias falsas (como a de que a vacina contra sarampo causa autismo), e a crença de que medicamentos e vacinas trazem malefícios à saúde.

É importante ressaltar que, assim como qualquer vacina, a contra o sarampo é segura e é a melhor forma de prevenir surtos da doença


Hoje, há campanhas mundiais que visam reduzir e esgotar os casos de sarampo, consequentemente reduzindo os agravantes da doença.

A imunização é segura, simples e faz parte do calendário nacional de vacinação e é a medida mais eficaz para prevenir a infecção.

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Referências

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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