Saúde

Vitiligo: conheça as causas e tratamentos (remédio, pomadas)

Publicado em: 19/03/2019Última atualização: 02/09/2020
Publicado em: 19/03/2019Última atualização: 02/09/2020
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Em 1993, o rei do pop Michael Jackson deu uma entrevista para a apresentadora Oprah Winfrey e relatou ao mundo possuir vitiligo. A declaração fez com que a doença fosse mais comentada e conhecida pelas pessoas.Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), 0,5% da população mundial possui a doença, caracterizada pela perda de pigmentos da pele.A origem dessa condição vem da genética, portanto, não é uma doença transmissível.Para os pacientes, os riscos maiores não envolvem a saúde do organismo, mas sim questões emocionais, devido às alterações da aparência.Entenda como ocorre essa doença em nosso corpo e como é possível conviver com ela.Índice – neste artigo você encontrará as seguintes informações:
  1. O que é a doença vitiligo?
  2. Tipos de vitiligo
  3. Manchas: como afetam o corpo?
  4. Quais são as causas do vitiligo?
  5. É transmissível?
  6. Vitiligo emocional: o estresse pode desencadear a doença?
  7. Fatores de risco
  8. Sintomas do vitiligo
  9. Vitiligo coça?
  10. Diagnóstico
  11. Vitiligo tem cura?
  12. Tratamento para vitiligo
  13. Vitiligo e terapia psicológica
  14. Medicamentos para vitiligo
  15. Prognóstico
  16. Convivendo
  17. Modelos que possuem vitiligo
  18. Complicações
  19. Prevenção
  20. Fotos vitiligo
  21. Vitiligo em cães
  22. Perguntas frequentes
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O que é a doença vitiligo?

Vitiligo é uma doença caracterizada pela perda de melanina no corpo, que é o pigmento responsável por dar cor à pele, olhos e cabelo.A condição se manifesta quando os melanócitos (células formadoras de melanina), morrem ou se reproduzem em menor quantidade. Então a pele passa a apresentar manchas brancas, características da doença.Considerada uma condição autoimune, em que o próprio sistema imunológico destrói as células e tecidos saudáveis, ainda não se sabe exatamente o que desencadeia a ação, além da predisposição genética.Ou seja, quando há casos na família, existe maior probabilidade para que a doença se manifeste.Além da predisposição genética, possivelmente há fatores desencadeantes — como algum momento de vida muito estressante — que servem como um gatilho.Os gatilhos do vitiligo são relacionados a questões emocionais e a fatores externos, como utilizar roupas muito apertadas (que agridem a pele), lesões ou traumas, por exemplo, ocasionados por quedas e ferimentos.O vitiligo pode se manifestar independente da idade ou sexo, porém, é mais comum entre os 10 e 30 anos.Infelizmente, ainda não há cura para essa doença, mas devido aos avanços da medicina e da área estética, há diferentes tratamentos para repigmentar a área afetada.As opções podem incluir medicamentos orais, terapias de luz e cirurgia de enxerto de pele.O vitiligo não é uma doença transmissível, mas ainda assim há pessoas que não sabem disso e têm medo.Pensando em conscientizar a população, o dia 25 de junho foi escolhido como o Dia Mundial do Vitiligo, em que são realizadas campanhas informativas sobre a doença.Na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10), o vitiligo pode ser encontrado pelo código L80.
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Tipos de Vitiligo

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, há dois tipos de vitiligo, o não segmentar e segmentar. Confira a diferença entre eles:

Vitiligo não segmentar ou bilateral

O vitiligo do tipo não segmentar é o mais comum de ocorrer, chegando a cerca de 90% dos casos.A condição se caracteriza por manchas iguais em ambos os lados do corpo, como nos dois braços ou pés, mas também pode acometer a axila, virilha e área retal.Geralmente, a despigmentação ocorre em ciclos. Ou seja, há épocas em que as manchas surgem e crescem, e outros períodos em que elas se estagnam.

Vitiligo segmentar ou unilateral

O vitiligo do tipo segmentar, também chamado de unilateral, manifesta-se em cerca de 10% dos pacientes.Esse tipo pode se espalhar rapidamente ou permanecer estável em apenas uma área, mas geralmente surge em áreas da pele ligadas aos nervos, como a coluna.No geral, o tipo segmentar tem uma boa resposta aos tratamentos.
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Vitiligo: como afeta o corpo?

Alguns autores e pesquisadores ainda subdividem o vitiligo não segmentar em:

Focal

Se caracteriza por pequenas lesões (manchas) em uma região do corpo, geralmente em poucas regiões, como mãos, pés e pálpebras.

Segmentar

Lesões localizadas na pele próxima aos nervos da coluna vertebral, na região das costas, geralmente semelhantes a faixas ou linhas.

Mucosal

O vitiligo ocorre nas mucosas, como os lábios e a região genital.

Acrofacial

Essas manchas se caracterizam por aparecer em volta da boca, dos dedos, olhos, ânus e também genitais.

Misto ou comum

Podem surgir geralmente nas pernas, braços, pescoços, axilas, tórax, abdômen e também nas nádegas.

Generalizado ou universal

As manchas possuem a característica de serem de um mesmo tamanho, aparecendo em locais iguais nos dois lados por quase todo o corpo, de forma que é fácil notar as partes que ainda não foram afetadas.

Quais são as causas do Vitiligo?

A causa do vitiligo ainda não foi descoberta pela ciência, mas estudos demonstraram que a doença passa a se manifestar quando as células produtoras de pigmento param de produzir melanina (que dá cor à pele) ou quando morrem.Existem diversas possibilidades apontadas pelos especialistas e pesquisadores sobre a doença e sua causa. Em geral, elas ocorrem associadas e dependem de gatilhos emocionais ou traumáticos (como lesões de pele).Entre as possibilidades estão:

Teoria autoimune

Uma das causas apontadas inclui fatores autoimunes, em que os próprios anticorpos combatem células saudáveis do organismo e não se sabe exatamente o motivo disso ocorrer.Além disso, estudos observam que a doença está associada a outras condições autoimunes, entre elas, tireoidite, anemia perniciosa e diabetes.Em geral, pacientes com alguma doença autoimune têm maior predisposição para desenvolver outros quadros do mesmo tipo.

Teoria autotóxica

Essa teoria se baseia na ideia que o fenol (composto orgânico e tóxico encontrado em alimentos e produtos) pode machucar os melanócitos, responsáveis por produzir o pigmento da pele.

Teoria neurogênica

Nesse caso, qualquer infecção ou condição que possa afetar o funcionamento neuronal pode estar relacionado à manifestação do vitiligo.Bactérias causadoras da sífilis ou hanseníase, por exemplo, podem estar envolvidas, pois qualquer condição que afete a pele e o sistema nervoso poderia, nessa teoria, afetar os melanócitos (que produzem melanina).Como consequência, a melanina é prejudicada em pacientes que têm predisposição genética.
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É transmissível?

Não. Por ser considerada uma doença autoimune, ela não é possível desenvolver ou pegar vitiligo por meio de toque, espirro ou contato com algum paciente.

Vitiligo emocional: o estresse pode desencadear a doença?

Pode, se houver predisposição para a condição. Então, quando o indivíduo passa por um fato estressante, isso pode ser uma espécie de gatilho para que a doença se manifeste.Além dele, outros fatores emocionais também podem estar associados à manifestação, como a ansiedade e depressão. Por isso, o quadro emocional está amplamente envolvido com a doença.Em pessoas que já possuem vitiligo, pode ocorrer que, em períodos de estresse ou dificuldades emocionais, as lesões aumentam de tamanho.

Fatores de risco

Esta doença pode acometer qualquer pessoa e em qualquer idade. Apesar de não se saber exatamente a causa, algumas condições podem favorecer a manifestação do vitiligo nas pessoas que têm predisposição. São eles:
  • Histórico familiar da doença;
  • Outras doenças autoimunes;
  • Danos à pele, devido algum corte ou queimadura;
  • Exposição a produtos químicos;
  • Queimaduras solares ou exposição intensa ao sol;
  • Infecções que acometem a pele (como sífilis).

Sintomas do Vitiligo: como identificar?

O vitiligo é caracterizado pelas manchas brancas que surgem na pele. Elas começam pequenas, de formato irregular e, com o tempo, podem se desenvolver e aumentar o tamanho.Outros sinais da doença são:

Despigmentação dos fios

A doença pode se manifestar nos fios de cabelo e couro cabeludo. Nesses casos, podem ocorrer despigmentação em parte da cabeça (couro cabeludo) e afetar os fios, fazendo surgir cabelos grisalhos ou brancos.Nos homens, a barba também pode ser afetada.Os cílios e sobrancelhas também podem ficar brancos ou despigmentados quando o vitiligo afeta a região da face.

Manchas nas mucosas

Podem surgir manchas nas mucosas, afetando lábios, áreas genital e anal.

Vermelhidão e inflamação

Apesar de ser raro, alguns relatos indicam que podem surgir bordas vermelhas e levemente inflamadas, durante a despigmentação da pele, no começo do vitiligo.Em geral, elas tendem a melhorar espontaneamente e sem complicações ao paciente.

Vitiligo coça?

As manchas causadas pelo vitiligo não doem, descamam, coçam e nem são contagiosas. Mas alguns pacientes relatam sentir um pouco de coceira, que pode ocorrer por outros motivos, como a má hidratação da pele ou o contato com tecidos.Leia mais: Alergia na pele: causas e como identificar os sintomas

Diagnóstico

O dermatologista e o clínico geral podem realizar o diagnóstico do vitiligo.Para fazer o diagnóstico, o médico deve fazer o exame físico, avaliando e observando as manchas, e poderá solicitar exames que visam confirmar o vitiligo ou descartar outras doenças:

Lâmpada de Wood

A lâmpada de Wood faz parte do exame físico do paciente. Nesse caso, o médico utiliza um aparelho que emite luz UV na pele do paciente.No caso de diagnóstico de vitiligo, a luz refletida na pele altera a cor e permite identificar as manchas, sobretudo as de difícil detecção.

Biópsia cutânea

A biópsia cutânea consegue mostrar se há a falta de melanócitos nas áreas que surgiram as manchas.Esse exame é feito com a ajuda de uma lâmina pequena, que coleta uma amostra da pele, por meio de uma pequena raspagem na parte afetada.O exame é geralmente simples e pode ser utilizado anestesia para realizar a coleta.

Coleta de sangue

Não há exame de sangue específico para o vitiligo, mas é possível descartar outras doenças, infecções ou condições que possam estar causando as manchas de pele.Além disso, é possível detectar algumas doenças autoimunes que podem estar associadas, levantado a suspeita de vitiligo.Em geral, o exame consiste em uma retirada simples de sangue, que é enviada ao laboratório para análise.

Vitiligo tem cura?

Ainda não foi descoberta a cura para o vitiligo. Mas existem tratamentos que podem auxiliar na aparência da pele afetada, melhorando a qualidade de vida do paciente.

Tratamento para Vitiligo

Os tratamentos têm como objetivo repigmentar as áreas afetadas pela doença. Não há apenas uma forma de tratar o vitiligo, por isso, a melhor alternativa deve sempre ser avaliada pelo dermatologista. Entre as opções estão:

Medicamentos

No tratamento para vitiligo podem ser utilizados medicamentos orais, como corticoides, que auxiliam a estabilizar a doença.Medicamentos imunomoduladores (substâncias que interferem no sistema imunológico) também auxiliam a evitar a progressão da doença e, em geral, têm menos efeitos adversos do que os corticoides.

Terapia de luz (PUVA)

Existe um tratamento chamado terapia de luz, em que é possível dar cor às manchas que surgem na pele por meio da radiação ultravioleta (UVA), luz UVB ou luz excimer (tipos de radiação).Junto, é utilizada uma substância chamada psoraleno, que deriva de plantas e auxilia a terapia de luz a apresentar resultados.Esse procedimento pode ser feito até 3 vezes na semana, de 6 a 12 meses.

Despigmentação

Outra opção é despigmentar as áreas de pele que ainda não foram atingidas pelo vitiligo, para uniformizar o tom.O procedimento é feito com a aplicação de uma pomada, que age lentamente clareando a pele. Antes são realizados testes de sensibilidade para ver a reação do produto na pele.Geralmente, é feita em casos de vitiligo generalizado, em que a doença afetou corpo todo.Dependendo da pessoa, podem ocorrer efeitos colaterais, como inchaço, coceira, pele seca e vermelhidão.Além disso, após as sessões de despigmentação, a pele ficará extremamente sensível à luz do sol, por isso será necessário sempre se proteger mais.Leia mais: Como usar o protetor solar todos os dias e em qualquer situação

Micropigmentação

Este procedimento é bastante parecido com o método usado para fazer tatuagens, com o objetivo de camuflar as manchas, mas feita de uma modo bem mais superficial.O médico utiliza um instrumento especial (dermógrafo), em que dentro do dispositivo é colocado um pigmento de acordo com o tom de pele do paciente, cobrindo as áreas afetadas pela doença.

Tratamentos cirúrgicos

A cirurgia ainda pode ser uma opção quando a terapia de luz e os remédios não funcionam. Ela também pode ser usada em conjunto com essas terapias, caso paciente e médico sintam necessidade.Em geral, a recomendação é que sejam feitas em pacientes após a adolescência (pois há riscos físicos e emocionais envolvidos), com quadros estáveis da doença.Entre as opções estão:

Enxerto de pele

O médico remove pequenas partes da pele não afetadas pelo vitiligo e coloca sobre as regiões do corpo que já perderam a cor.Esse procedimento é recomendado para casos em que a doença está estabilizada.Como é um método cirúrgico, o procedimento está sujeito a contraindicações.Também é importante considerar que o procedimento pode gerar cicatrizes queloidiana (crescimento excessivo de pele no local) e até hiperpigmentação (quando a área fica escura).

Enxerto por bolhas

Nesse procedimento, o médico induz a formação de bolhas sob a pele pigmentada por meio de táticas específicas.Após essa reação, as bolhas formadas são transportadas para os locais em que a doença afetou a pele, camuflando a mancha.Em geral, a resposta à terapia é boa e a repigmentação é rápida.

Vitiligo e terapia psicológica

Quando as primeiras manchas de vitiligo surgem, lidar com elas nem sempre é simples. A preocupação aliada à ansiedade e estresse podem alterar a vida da pessoa.O vitiligo é uma doença que não tem cura, mas tem alguns recursos terapêuticos.Ainda que não haja nenhum dano à saúde do paciente, o vitiligo pode ter um peso emocional bastante grande, sobretudo quando acomete áreas grandes ou bastante expostas do corpo.Por isso, o acompanhamento psicológico é, geralmente, indicado e compreende um processo bastante importante na vida e rotina.Nesse processo, o paciente aprende a lidar de maneira mais confortável com o próprio corpo. Mas não apenas isso, pois nem sempre optar pelo tratamento é um processo fácil também.Por isso, é importante que haja um trabalho progressivo em busca da conscientização do paciente, para que ele possa escolher os melhores recursos, avaliando os riscos e os benefícios que eles vão trazer.A terapia é sempre individualizada, por isso, a frequência ou abordagem devem sempre ser indicadas pelo profissional.

Medicamentos para vitiligo

Os medicamentos utilizados para tratar o vitiligo têm o objetivo de estabilizar a progressão da doença e repigmentar as áreas afetadas.A eficácia depende do tamanho das manchas e dos locais em que apareceram e dependem de uma avaliação bastante criteriosa e individual do quadro do paciente.Podem ser utilizados:

Medicamentos orais

Alguns dos medicamentos usados são corticosteroides que, geralmente, são utilizados quando a doença está no início. Os principais são a dexametasona, betamesonahidrocortisona.Alguns dos medicamentos utilizados no tratamento de vitiligo, para a repigmentação de pequenas áreas são:

Pomadas e cremes

Existem cremes e pomadas que podem auxiliar no tratamento de vitiligo, a função deles geralmente é fazer as manchas retornarem à cor natural.Podem ser utilizadas pomadas como imiquimodtacrolimus e pimecrolimus, que mostram bons resultados. Em estudos preliminares, os medicamentos conseguiram repigmentar ao menos 50% da área afetada.Atenção!NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Prognóstico

Dependendo de qual for o tipo e tamanho das manchas de vitiligo, é possível haver estabilidade no quadro a partir dos tratamentos medicamentosos ou, ainda, de maneira espontânea.O resultado das terapias e procedimentos pode apresentar variar bastante em cada caso. Em geral, é possível repigmentar a área afetada e suavizar as manchas com bons resultados.

Convivendo

É possível ter qualidade de vida ao ser diagnosticado com vitiligo, para isso é necessário que alguns cuidados sejam tomados para evitar que a pele sofra danos:

Proteja-se sempre

Como a pele com vitiligo é mais sensível que as demais, é necessário o cuidado com a proteção sempre.Por isso, utilize o protetor solar todos os dias, independente da estação (verão, inverno etc).O indicado é utilizar um protetor que possua fator solar de no mínimo 30, considerado produto de alta proteção.Leia mais: O que significa o FPS do protetor solar? Como escolher?Existe também no mercado a opção de protetor solar com cor, que auxilia na camuflagem das manchas brancas.

Cuidado com lesões

Quem possui vitiligo precisa estar atento não só ao aparecimento de novas manchas na pele, mas também ao cuidado com as que já existem.Os pacientes devem cuidar com lesões e traumas na pele, pois isso pode ser um fator desencadeante das manchas.

Hidrate sua pele

É importante manter a pele sempre hidratada. Quem possui vitiligo precisa redobrar esse cuidado, principalmente no inverno.Nessa época, devido aos banhos quentes ou tempo frio, a pele pode ficar mais sensível e ressecada, ficando suscetível a infecções e alergias.Opte pelo creme de sua preferência, que contenha benefícios, como vitaminas e minerais.Leia mais: Hidratação da Pele: importância, como hidratar, produtos e dicas

Alimente-se corretamente

Alguns alimentos possuem propriedades benéficas, podendo ajudar na saúde da pele.Inclua na sua dieta alimentos com vitamina A (como batata-doce e mamão), E (espinafre, brócolis, abacate), C (laranja, limão, abacaxi), e ácido fólico (lentilha, feijão, quiabo cozido) que auxiliam na melhora das manchas e lesões.Além disso, produtos ricos em betacaroteno, como cenoura, beterraba, auxilia na formação de melanina, responsável por proteger a pele dos raios ultravioletas e por aumentar a imunidade da pele.

Descubra como se sentir bem

As manchas causadas pelo vitiligo podem incomodar em algumas ocasiões a ponto de mexer com a autoestima da pessoa, mas a maquiagem pode ser um recurso para ajudar.Leia mais: 13 dicas de como melhorar a autoestimaExiste, no vasto mundo da maquiagem, a técnica chamada de “camuflagem”, que auxilia na aparência da pele, neutralizando espinhas, tatuagens, marcas de idade e até as manchas provocadas pelo vitiligo.O ideal é aconselhar-se com seu dermatologista, para que ele indique a melhor opção de cosméticos.

Cuide de sua saúde mental

Por ser uma doença que afeta a aparência, o vitiligo pode provocar estresse, ansiedade e até casos de depressão no paciente.É preciso que nesses casos ocorra um acompanhamento com um médico especialista, como um psicólogo, para trabalhar e auxiliar na aceitação e autoestima, melhorando a qualidade de vida.Além disso, existem grupos de apoio na internet, que compartilham experiências de como conviver com vitiligo, dicas, depoimentos mostrando que ninguém está só e oferecendo um apoio amigo.

Modelo com vitiligo

Em 2017, a modelo Winnie Harlow trouxe representatividade aos pacientes, demonstrando superação e autoestima ao ser a primeira modelo com vitiligo a cruzar a passarela da famosa grife Victoria’s Secret.Mas o caminho até essa passarela não foi fácil. Ainda aos 7 anos, Winnie começou a notar o aparecimento das manchas pelo corpo. Aos 14, devido à pressão emocional sofrida, ela largou a escola.Voltou a frequentar o colégio aos 16 e, aos 19, participou do reality “America’s Next Top Model”, onde começou a chamar a atenção pela sua beleza e confiança ao exibir as marcas do vitiligo.Winnie acabou não vencendo o reality show, mas participar dele foi o suficiente para fazer com que ela ficasse conhecida. O que acabou surgindo convites de grandes marcas para trabalhar como modelo em suas campanhas.Desde então, Winnie trabalha como modelo e sempre tenta conscientizar as pessoas sobre o vitiligo, demonstrado que não há nada errado em conviver com as manchas causadas pela doença.Mas, além dela, outras celebridades com vitiligo fazem sucesso. Entre elas, Luiza Brunet, que possui a doença desde os 2 anos de idade e já realizou diferentes tratamentos, mas não obteve grande resultado.Agora, a modelo assume as marcas do vitiligo, assim como a cantora de MPB Tiê e o ator norte-americano Jon Hamm, famoso pelo seu papel na série “Mad Men”.

Complicações

O vitiligo, em geral, não causa grandes complicações à vida do paciente. As condições que podem ocorrer, normalmente, se relacionam com:

Queimadura solar

Quem possui vitiligo precisa tomar muito cuidado ao ter contato com os raios solares. Devido à ausência de melanina, que protege a pele contra os raios UV e UVB, a exposição ao sol pode causar queimaduras intensas.

Envelhecimento da pele

A falta de pigmentação, que protege naturalmente a pele, pode provocar um envelhecimento acelerado do tecido. Por isso é necessário cuidar e hidratar a pele.

Complicações emocionais

A principal complicação do vitiligo é o aspecto emocional, fazendo com quadros de depressão, ansiedade ou afastamento social ocorram.A autoestima e a saúde das relações afetivas precisam ser priorizadas, sempre acompanhadas de um profissional capacitado.

Prevenção

Infelizmente não é possível prevenir o vitiligo por ser uma doença de causas genéticas e hereditárias. Mas, sobretudo se houver casos na família, alguns cuidados podem ser tomados:
  • Evite o estresse;
  • Use tecidos confortáveis;
  • Evite o atrito da pele;
  • Leve uma vida tranquila;
  • Cuide da saúde mental;
  • Passe protetor solar diariamente;
  • Visite periodicamente o dermatologista;
  • Cuidar da saúde em geral.

Fotos vitiligo

Estes são exemplos de como são as manchas causadas pelo vitiligo:

Vitiligo em cães

Assim como ocorre com as pessoas, os cães também podem sofrer de vitiligo.As causas ainda não foram compreendidas, mas o vitiligo costuma dar indício quando aparecem manchas brancas no focinho e na face do cachorro.Em alguns casos, até a retina (interior do globo ocular) e o pelo do cão podem ficar brancos com o passar do tempo.Os fatores que podem desencadear são associados ao estresse, alterações neurológicas, exposição a toxinas e algumas doenças.O vitiligo pode ser diagnosticado por meio do teste de raspagem de pele, que vai para análise e, assim como os humanos, não é transmissível.Algumas raças têm um risco maior de desenvolver essa condição, são elas: rottweilers, pastores alemães, belgas e dachshunds.

Perguntas frequentes

Quem tem vitiligo pode tomar a vacina da febre amarela?

Pode. Às vezes, são os medicamentos ou terapias utilizados no tratamento do vitiligo que podem gerar efeito colateral ou interação com a vacina. Por isso, é fundamental sempre consultar um profissional de saúde.

Pode fazer tatuagem em cima de vitiligo?

Não. Não é recomendável que a pessoa que possua vitiligo faça uma tatuagem em cima da mancha provocada pela doença, pois a pele do paciente com vitiligo é mais sensível que o normal. Por isso, ao fazer uma tatuagem, ela pode ficar traumatizada e ocasionar cicatrizes, agravando o quadro de vitiligo.

Como o vitiligo se manifesta?

A melanina é o pigmento responsável por dar cor à pele, olhos e cabelo. O vitiligo se manifesta quando os melanócitos (células formadoras de melanina), morrem e deixam de se reproduzir. Então a pele passa a apresentar manchas brancas que se caracterizam como vitiligo.
O vitiligo é uma doença de pele que necessita de muito cuidado em relação à proteção, mas é possível viver tranquilamente tomando os cuidados necessários que a condição indica.Você já tinha ouvido falar em vitiligo?  Compartilhe esse texto e ajude a mais pessoas saberem sobre essa doença.Publicado originalmente em: 30/06/2017 | Última atualização: 01/03/2019

Fontes consultadas

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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