Antes de iniciar o tratamento com Didrogesterona (substância ativa) para sangramento anormal, a etiologia do sangramento deve ser esclarecida. Hemorragias e sangramentos de escape podem ocorrer durante os primeiros meses de tratamento. Se a hemorragia ou sangramento de escape aparecer após algum tempo de tratamento, ou continuar após a descontinuação do tratamento, o motivo deve ser investigado, a qual pode incluir biópsia endometrial para excluir uma malignidade endometrial.
Se qualquer uma das condições seguintes estiver presente, tenha ocorrido previamente e/ou se agravou durante a gravidez ou tratamento hormonal anterior, a paciente deve ser supervisionada atentamente.
Didrogesterona (substância ativa) contém lactose monoidratada.
Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de Lapp de lactase ou má-absorção de glicose-galactose não devem tomar esse medicamento.
Para o tratamento dos sintomas da pós-menopausa, a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) deve ser iniciada somente para sintomas que afetarem adversamente a qualidade de vida. Em todos os casos, uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios deve ser realizada pelo menos anualmente, e a TRH deve ser continuada apenas se o benefício exceder o risco.
Evidências sobre os riscos associados à TRH no tratamento da menopausa precoce são limitadas. Devido ao baixo nível de risco absoluto em mulheres mais jovens, contudo, o equilíbiro entre benefícios e riscos para estas mulheres pode ser mais favoráveis do que em mulheres mais velhas.
Antes de iniciar a TRH ou quando seu uso é retomado após uma interrupção, deve-se realizar um histórico médico completo (incluindo histórico da família). Exame físico (incluindo exame ginecológico e de mamas) deve ser realizado conforme histórico, contraindicações e advertências para uso. Durante o tratamento são recomendados exames periódicos, cuja frequência e natureza são adaptadas individualmente. As mulheres devem ser informadas sobre quais alterações nas mamas devem ser relatadas para o seu médico.
Exames apropriados de imagem, incluindo mamografia, devem ser realizados de acordo com as práticas atualmente aceitas, e modificadas para as necessidades médicas individual de cada mulher.
Em mulheres com útero intacto o risco de hiperplasia e carcinoma endometrial é aumentado quando estrogênios são administrados isoladamente por períodos prolongados.
A adição de um progestagênio como a Didrogesterona (substância ativa) ciclicamente por pelo menos 12 dias por um ciclo de 28 dias/mês ou terapia contínua combinada de estrogênio-progestagênio em mulheres não histerectomizadas pode prevenir o excesso de risco associado com estrogênio isolado na TRH.
A evidência geral sugere um aumento no risco de câncer de mama em mulheres que tomam estrogênioprogestagênio combinado e, possivelmente, também estrogênio isolado na TRH, que é dependente da duração da TRH.
Um estudo randomizado placebo-controlado, o “Women’s Health Initiative Study” (WHI) e estudos epidemiológicos são consistentes na busca de um aumento no risco de câncer de mama em mulheres que tomam estrogênios-progestagênios combinados para a TRH que torna-se aparente depois de cerca de 3 anos. O excesso de risco torna-se aparente dentro de poucos anos de uso, mas retorna para o nível pré-tratamento dentro de poucos anos (no máximo de 5 anos) após o tratamento ser descontinuado. A TRH, especialmente o tratamento com estrogênioprogestagênio combinado, aumenta a densidade de imagens mamográficas, o que pode afetar adversamente a detecção radiológica do câncer de mama.
O câncer ovariano é muito mais raro que o câncer de mama. Evidências epidemiológicas de uma grande meta-análise sugerem um risco ligeiramente aumentado em mulheres tomando estrogênio isolado ou uma combinação estrogenio-progestogenio para TRH, que se torna evidente dentro de 5 anos de uso e diminui ao longo do tempo após a interrupção do tratamento. Em alguns outros estudos, incluindo o estudo WHI sugerem que o uso da TRH combinada pode estar associada a um risco similar ou levemente menor.
A TRH está associada a um risco de 1,3 a 3 vezes mais alto de desenvolvimento de tromboembolismo venoso (TEV), por exemplo, trombose venosa profunda ou embolismo pulmonar. A ocorrência de tal evento é maior no primeiro ano de TRH do que nos anos posteriores.
Pacientes com estado trombofílicos conhecido têm um risco aumentado de TEV e a TRH pode aumentar esse risco. A TRH é, portanto, contraindicada para estes pacientes.
Os fatores de risco geralmente reconhecidos para TEV incluem: uso de estrogênios, idade avançada, cirurgia importante, imobilização prolongada, obesidade (Índice de Massa Corporal > 30 kg/m2), gravidez / período pós-parto, lupus eritematoso sistêmico (LES) e câncer. Não há um consenso sobre o possível papel das veias varicosas no TEV.
Como em todas as pacientes em pós-operatórios, medidas profiláticas precisam ser consideradas para prevenir o TEV pós-cirúrgico. Se imobilização prolongada é seguida de uma cirurgia eletiva, recomendase a suspensão temporária da TRH de 4 a 6 semanas antes da cirurgia. O tratamento não deve ser reiniciado até que a paciente tenha recuperado totalmente a sua mobilidade.
Em mulheres sem histórico pessoal de TEV, mas com um parente de primeiro grau com história de trombose em idade jovem, a triagem pode ser oferecida após aconselhamento cuidadoso sobre suas limitações (apenas uma proporção de defeitos trombofílicos é identificada pela triagem). Se um defeito trombofílico é identificado em um membro da família ou se o defeito é grave (por exemplo: antitrombina, deficiência de proteína S ou proteína C ou uma combinação de defeitos) a TRH é contraindicada.
Mulheres que já estejam em tratamento crônico com anticoagulantes requerem uma avaliação cuidadosa dos riscos-benefícios no uso de TRH.
Se o TEV desenvolve-se depois de iniciada a terapia, a administração do medicamento deve ser descontinuada. As pacientes devem ser avisadas a contatar seu médico imediatamente se elas sentirem um sintoma potencialmente tromboembólico (por exemplo: inchaço doloroso de uma perna, dor torácica súbita, dispneia).
Não há evidência em estudos clínicos controlados randomizados de proteção contra infarto do miocárdio em mulheres com ou sem DAC existente que receberam TRH combinada de estrogênio e progestagênio ou terapia com estrogênio isolado.
Terapia combinada de estrogênio e progestagênio: o risco relativo de DAC durante o uso da TRH combinada é levemente aumentado. Como o limiar de risco absoluto de DAC é fortemente dependente da idade, o número de casos extras de DAC devido a terapia combinada de estrogênio e progestagênio é bem pequeno em mulheres saudáveis próximas da menopausa, mas aumentará com a idade mais avançada.
TRH combinada de estrogênio e progestagênio e terapia com estrogênios isolados estão associadas com um aumento de 1,5 vezes no risco de ataque isquêmico. O risco relativo não se alterou com a idade ou tempo desde a menopausa. Entretanto, como o risco limiar de ataque é fortemente dependente da idade, o risco de ataque em mulheres que utilizam a TRH geralmente aumentará com a idade.
Estima-se que mais de 10 milhões de grávidas foram expostas à Didrogesterona (substância ativa). Até o momento, não existem indicações de um efeito nocivo do uso da Didrogesterona (substância ativa) durante a gravidez.
Alguns progestagênios têm relatado na literatura para ser associado com um aumento no risco de hipospadia. No entanto, devido a fatores de confusão durante a gravidez, nenhuma conclusão definitiva pode ser retirada em relação à contribuição de progestagênios à hipospadia. Estudos clínicos, nos quais um número limitado de mulheres foi tratado com Didrogesterona (substância ativa) no início da gravidez, não mostraram nenhum aumento no risco. Outros dados epidemiológicos não estão disponíveis até o presente momento.
Efeitos em estudos embrionário-fetal e desenvolvimento pós-natal não clínicos estavam em linha com o perfil farmacológico. Efeitos indesejáveis ocorreram apenas em exposições que excederam a exposição máxima humana consideravelmente, indicando pouca relevância para o uso clínico.
A Didrogesterona (substância ativa) pode ser usada durante a gravidez se claramente indicada.
Categoria de risco na gravidez: B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Não existem dados sobre a excreção da Didrogesterona (substância ativa) no leite materno. Experiência com outros progestagênios indica que progestagênios e os metabólitos passam para o leite materno em pequenas quantidades. Se existe um risco para a criança, este não é conhecido. Portanto, a Didrogesterona (substância ativa) não deve ser usada durante a amamentação.
Não há evidências de que a Didrogesterona (substância ativa) diminua a fertilidade em doses terapêuticas.
Didrogesterona (substância ativa) não apresenta influência significativa na habilidade de conduzir e operar máquinas.
Raramente, a Didrogesterona (substância ativa) pode causar sonolência leve e/ou tonturas, especialmente nas primeiras horas após a ingestão. Portanto, cuidados devem ser tomados ao conduzir ou utilizar máquinas.
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