As injeções de Etomidato (substância ativa) só devem ser administradas por via intravenosa. A anestesia com Etomidato (substância ativa) pode ser administrada a pacientes portadores de epilepsia, glaucoma ou porfiria, ou com história de hipertermia maligna sem riscos adicionais.
A indução com Etomidato (substância ativa) pode ser acompanhada de uma queda ligeira e transitória da pressão sanguínea, devido à diminuição da resistência vascular periférica, principalmente após administração prévia de outros agentes hipotensores.
Quando Etomidato (substância ativa) é usado, um equipamento de ressuscitação deve estar disponível para tratar uma eventual apneia.
As doses de indução de Etomidato (substância ativa) têm sido associadas à redução da concentração plasmática de cortisol e aldosterona. Esta redução não está associada a modificações nos sinais vitais ou evidência de aumento na mortalidade; no entanto, em pacientes submetidos a estresse grave, especialmente os que apresentam disfunção da glândula suprarrenal, a suplementação com cortisol exógeno deve ser considerada.
Supressão prolongada do cortisol e aldosterona endógenos podem ocorrer como consequência direta do Etomidato (substância ativa) administrado por infusão contínua ou em doses repetidas e que, portanto, deve ser evitado. Em tais situações, a estimulação da glândula adrenal com hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) não é útil.
Em pacientes com cirrose hepática, ou naqueles que tenham recebido neurolépticos, opioides ou agentes sedativos, a dose de Etomidato (substância ativa) deve ser reduzida.
Movimentos espontâneos podem ocorrer em um ou mais grupos de músculos, particularmente quando nenhuma pre-medicação foi administrada. Estes movimentos podem ser atribuídos a perda da inibição subcortical. Tais movimentos podem ser amplamente prevenidos pela administração intravenosa de pequenas doses de fentanila associada a diazepam 1 a 2 minutos antes da indução com Etomidato (substância ativa).
Mioclonia e dores decorrentes da injeção, incluindo dor venosa, são observadas durante a administração de Etomidato (substância ativa), especialmente quando injetada em veias de pequeno calibre. Isto pode ser amplamente evitado com a aplicação IV de uma dose baixa de um opioide apropriado, como a fentanila, 1 a 2 minutos antes da indução.
A administração de Etomidato (substância ativa) em infusão, com finalidade sedativa em unidades de terapia intensiva, provoca uma diminuição dos níveis plasmáticos de cortisol, podendo levar a uma diminuição da resistência orgânica ao stress e às infecções, principalmente em doentes com estado geral já comprometido. As consequências clínicas dessa situação podem ser controladas pela administração de doses suplementares de esteróides e pela cuidadosa proteção do paciente contra eventuais agentes infecciosos ou estressantes.
Recomendamos evitar o uso de Etomidato (substância ativa) em infusões prolongadas. A administração de Etomidato (substância ativa), durante a fase de manutenção, leva a uma diminuição dos níveis de cortisol plasmático, que progride com o tempo de uso, mas permanece ainda dentro dos limites da normalidade, mas que retorna aos valores pré-anestésicos dentro de 3 a 4 horas após o final da infusão.
Esta situação parece originar distúrbios clinicamente importantes. Contudo, a administração do Etomidato (substância ativa) nas doses preconizadas para a indução, 0,2 a 0,3 mg/kg de peso corporal, dificilmente apresenta efeito depressor dos níveis plasmáticos do cortisol, quando comparado com a indução por outros agentes anestésicos. Entretanto, no pós-operatório imediato, os níveis de ACTH estão altos e o usual aumento dos níveis de cortisol - como também observado com outros agentes de indução - pode ser retardado até cerca de 3 horas.
Como Etomidato (substância ativa) não apresenta ação analgésica, analgésicos devem ser administrados durante procedimentos cirúrgicos.
Etomidato (substância ativa) deve ser usado com cautela em pacientes idosos devido ao potencial para reduzir o débito cardíaco, relatado com doses maiores que as recomendadas.
Em crianças com idade inferior a 15 anos, a dose deve ser aumentada: uma dose suplementar de até 30% da dose normal em adultos é muitas vezes recomendada para a obtenção da mesma profundidade e duração do sono, como obtido para adultos.
Mesmo que o paciente volte ao estado normal de alerta 30 a 60 minutos após acordar, recomenda-se que o paciente não dirija ou opere máquinas por pelo menos 24 horas após a administração de Etomidato (substância ativa).
Categoria B
Em animais, não foram observados efeitos sobre a fertilidade, teratogênicos ou embriotóxicos primários. Etomidato (substância ativa) só deve ser usado durante a gravidez se o benefício potencial justificar os riscos ao feto.
Durante anestesia obstétrica, o Etomidato (substância ativa) atravessa a barreira placentária. Os escores de Apgar de recém-nascidos cujas mães receberam Etomidato (substância ativa) são comparáveis àqueles de recém-nascidos cujas mães receberam outros agentes hipnóticos. Foi observada diminuição transitória nos níveis de cortisol, com duração de cerca de 6 horas, nos recém-nascidos cujas mães receberam Etomidato (substância ativa); contudo, esse decréscimo não ultrapassou os níveis de normalidade.
O Etomidato (substância ativa) foi identificado no leite materno. O efeito do Etomidato (substância ativa) em recém-nascidos é desconhecido. A lactação deve ser descontinuada durante o tratamento e por um período de aproximadamente 24 horas após o tratamento com Etomidato (substância ativa).
Em estudo de reprodução em animais, os resultados mostraram que Etomidato (substância ativa) não apresenta qualquer efeito sobre a fertilidade, nas doses recomendadas
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
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