Hipersensibilidade conhecida ao Mesilato de Codergocrina ou a qualquer outro excipiente da formulação.
Via oral.
3 a 6 mL da solução oral de 1 mg/mL, divididas em 3 doses diárias, preferencialmente antes das refeições ou em dose única diária.
Nos pacientes com deterioração mental, o alívio dos sintomas é normalmente gradual, manifestando-se após 3 a 4 semanas. Nestes casos, recomenda-se uma terapia prolongada (3 meses ou mais) e o tratamento pode ser repetido conforme for necessário.
Uma dose inicial mais baixa deve ser considerada em pacientes com insuficiência renal grave.
Uma dose inicial mais baixa deve ser considerada, e uma dose de manutenção mais baixa pode ser necessária em pacientes com insuficiência hepática.
Não há evidência para sugerir o ajuste da dose em pacientes idosos.
Não foram realizados estudos pediátricos. A segurança e a eficácia de Mesilato de Codergocrina em pacientes pediátricos não foram estabelecidas.
As reações adversas abaixo foram extraídas de várias fontes, incluindo a experiência pós-comercialização com Mesilato de Codergocrina.
Como as reações adversas pós-comercialização foram relatadas voluntariamente por uma população de tamanho incerto, não é possível estimar com segurança as suas frequências, e foram, portanto, classificadas como desconhecida.
Tabela 1 – Reações adversas
Frequência | Reação adversa |
Distúrbios do metabolismo e nutrição | |
Desconhecida | Diminuição do apetite |
Distúrbios do sistema nervoso | |
Raras | Vertigens, cefaleia |
Desconhecida | Hipoestesia |
Distúrbios oculares | |
Desconhecida | Visão borrada |
Distúrbios cardíacos | |
Rara | Bradicardia |
Distúrbios vasculares | |
Rara | Hipotensão |
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais | |
Rara | Obstrução nasal |
Distúrbios gastrintestinais | |
Raras | Náuseas, desconforto estomacal, vômito e diarreia |
Muito rara | Fibrose retroperitoneal |
Desconhecida | Dor abdominal |
Distúrbios de pele e tecido subcutâneo | |
Rara | Rash (erupção cutânea) |
Desconhecida | Hiperidrose |
Distúrbios gerais | |
Desconhecida | Mal-estar, astenia |
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
Há um número pequeno de relatos de superdose com Mesilato de Codergocrina. A maioria dos casos foram assintomáticos ou envolviam sintomas inespecíficos e não graves. Há relatos isolados de alucinações.
No caso de superdose, é recomendada a administração de carvão ativado. O tratamento deve ser sintomático.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Componentes do Mesilato de Codergocrina tem demonstrado ser tanto substratos quanto inibidores da CYP3A4.
Precaução é, portanto, requerida quando Mesilato de Codergocrina é utilizado concomitantemente com inibidores potentes da CYP3A4 – como antibióticos macrolídeos (por ex.: troleandomicina, eritromicina, claritromicina), inibidores de HIV protease ou de transcriptase reversa (por ex.: ritonavir, indinavir, nelfinavir, delavirdina), ou antifúngicos azólicos (por ex.: cetoconazol, itraconazol, voriconazol) – pois a exposição à codergocrina pode aumentar e efeitos predominantemente dopaminérgicos exacerbados podem ser induzidos.
Inibidores moderados a fracos da CYP3A4, como a cimetidina, clotrimazol, fluconazol, suco de toranja, quinupristina/ dalfopristina e zileutona podem aumentar a exposição ao Mesilato de Codergocrina.
Medicamento (tais como nevirapina, rifampicina) induzindo a CYP3A4 podem conduzir a uma diminuição da ação farmacológica de Mesilato de Codergocrina.
Mesilato de Codergocrina não foi avaliado para uso em manifestações agudas de derrame cerebral, acidente vascular cerebral e hemorragia subaracnoide. Portanto, o risco-benefício de Mesilato de Codergocrina nesses pacientes é desconhecido e não é recomendado o uso deste medicamento.
Entre os pacientes com di-hidroergocriptina (um dos componentes do Mesilato de Codergocrina), particularmente no tratamento a longo prazo e com alta dose, têm sido relatadas ocasionalmente efusões pleural e pericárdica, assim como fibrose pleural e pulmonar, pericardite constritiva e doença valvular do coração. No entanto, não há evidências suficientes para determinar se existe um risco aumentado. Portanto, os pacientes que apresentam distúrbios cardíacos e pleuro-pulmonares inexplicados devem ser examinados cuidadosamente, e deve ser considerada a descontinuação do tratamento com Mesilato de Codergocrina.
Recomenda-se que para os pacientes aos quais o tratamento a longo prazo com Mesilato de Codergocrina é planejado, deve ser realizada ecocardiografia pré-tratamento para descartar qualquer evidência de valvulopatia cardíaca pré-existente.
Particularmente no tratamento a longo prazo e com alta dose, foram relatados casos raros de fibrose retroperitoneal.
Para assegurar o reconhecimento da fibrose retroperitoneal em um estágio inicial reversível, recomenda-se que o médico do tratamento esteja atento aos sinais e sintomas (por exemplo, dor nas costas, edema dos membros inferiores, insuficiência da função renal) nesta categoria de pacientes. Mesilato de Codergocrina deve ser descontinuado se alterações fibróticas no retroperitônio forem diagnosticadas ou suspeitas.
É necessário cautela em pacientes com bradicardia grave.
Pacientes com insuficiência hepática devem ser adequadamente monitorados. Uma dose inicial mais baixa deve ser considerada e uma dose de manutenção mais baixa pode ser requerida.
Pacientes com insuficiência renal grave devem ser adequadamente monitorados.
É preciso cautela quando Mesilato de Codergocrina é administrado a pacientes que apresentam patologias do sistema nervoso central, relacionadas ao sistema dopaminérgico e serotoninérgico.
Deve-se ter cautela na coadministração de Mesilato de Codergocrina com inibidores potentes da CYP3A4 - como os antibióticos macrolídeos (por exemplo, troleandomicina, eritromicina, claritromicina), protease do HIV ou inibidores da transcriptase reversa (por exemplo, ritonavir, indinavir, nelfinavir, delavirdina), ou antifúngicos azólicos (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, voriconazol), que podem aumentar a exposição do Mesilato de Codergocrina.
Não há informações disponíveis para sugerir recomendações especiais para às mulheres em idade fértil.
Em animais, foi demonstrado que o Mesilato de Codergocrina e os alcaloides do ergot 9-10 di-hidrogenados possuem pouca influência no desenvolvimento embrionário ou fetal e isso está correlacionado aos seus potenciais reduzidos de vasoconstrição em comparação com os alcaloides do ergot insaturados.
Os dados sobre o uso de Mesilato de Codergocrina em mulheres grávidas são muito limitados. Casos isolados de malformações fetais foram, contudo, relatados.
Mesilato de Codergocrina deve ser usado durante a gravidez somente se o benefício esperado superar o risco potencial para o feto.
Em ratos, efeitos embrio/fetotóxicos foram observados, mas apenas doses elevadas de codergocrina que foram tóxicas para o animal materno e em grande excesso da dose clínica.
Este medicamento pertence à categoria de risco na gravidez D, portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Não se sabe se Mesilato de Codergocrina passa para o leite materno, mas é provável que sim porque outros alcaloides passam para o leite materno. O Mesilato de Codergocrina tem propriedades de agonista dopaminérgico e a di-hidroergocriptina (um dos seus constituintes) demonstrou inibir a lactação. Mesilato de Codergocrina não deve, portanto, ser administrado a mulheres que estejam amamentando.
Não há informações disponíveis sobre os efeitos de Mesilato de Codergocrina sobre a fertilidade humana.
Mesilato de Codergocrina pode causar vertigens, portanto, deve-se ter cautela ao dirigir ou operar máquinas. Pacientes que apresentarem vertigens não devem dirigir ou operar máquinas.
Ensaios clínicos controlados mostraram que Mesilato de Codergocrina é eficaz na melhora de muitos dos sintomas de deterioração mental, especialmente sintomas relacionados à idade, nas áreas de cuidado pessoal, comportamento social, estado emocional e desempenho mental.
Considera-se que seu efeito benéfico em distúrbios vasculares periféricos e em sintomas subjetivos associados a hipertensão arterial seja devido a seu efeito dilatador sobre os esfíncteres pré-capilares e sua atividade alfa-bloqueadora.
Referência Bibliográfica
Weil, C. Hydergine® - Pharmacologic and clinical facts. Editor: Springer-Verlag, 1988.
Grupo farmacoterapêutico: vasodilatador periférico.
Código ATC: C04A E01.
Os estudos em animais demonstraram que Mesilato de Codergocrina modifica a neurotransmissão cerebral, e há evidências de um efeito estimulante sobre os receptores de dopamina e serotonina e de um efeito bloqueador ao nível dos alfa-adrenoceptores.
Mesilato de Codergocrina melhora a função metabólica cerebral comprometida, um efeito que se reflete em alterações na atividade elétrica do cérebro, especialmente no padrão de potenciais do eletroencefalograma.
Este efeito benéfico sobre a função cerebral foi confirmado em estudos experimentais no homem. Também foi observado que Mesilato de Codergocrina encurta o tempo de circulação cerebral.
A absorção dos componentes de Mesilato de Codergocrina após administração oral é de 25%.
Concentrações plasmáticas máximas são obtidas após 0,5 a 1,5 horas. Devido ao efeito de primeira passagem, a biodisponibilidade oscila entre 5 e 12%.
O volume de distribuição é de 1.100 litros (16 L / kg aproximadamente) e a fixação às proteínas plasmáticas é de 81%.
Experimentos in vitro sugerem que a CYP3A4 é a principal isoenzima do citocromo P450 responsável pelo metabolismo dos componentes ergocriptídicos do Mesilato de Codergocrina.
A eliminação é bifásica, com meia-vida curta de 1,5 a 2,5 horas (fase alfa) e outra mais longa, de 13 a 15 horas (fase beta).
Os componentes de Mesilato de Codergocrina são excretados principalmente com a bile nas fezes. A eliminação com a urina chega a 2% para o princípio ativo inalterado e seus metabólitos e a menos de 1% para o princípio ativo inalterado isolado. O clearance (depuração) total é de cerca de 1.800 mL/min.
Em pacientes com insuficiência renal leve a moderada, a redução da dose é raramente necessária, pois quantidades limitadas do medicamento e seus metabólitos são eliminados pelos rins. No entanto, a exposição e o tempo para atingir o pico da concentração são significativamente maiores em pacientes com insuficiência renal crônica. Uma dose inicial mais baixa deve ser considerada para pacientes com insuficiência renal grave.
A exposição a Mesilato de Codergocrina pode estar aumentada na insuficiência hepática leve a moderada devido aos níveis reduzidos de CYP3A4. A exposição de Mesilato de Codergocrina é significativamente superior em pacientes com cirrose hepática. Desta forma, é necessário ter precaução em pacientes com insuficiência hepática.
Não existem dados farmacocinéticos em crianças disponíveis para Mesilato de Codergocrina.
Em pacientes idosos, as concentrações plasmáticas são um pouco maiores do que em indivíduos mais jovens (em indivíduos saudáveis idosos o clearance (depuração) total do plasma é reduzido em aproximadamente 30% em comparação com os adultos mais jovens e há um aumento de 2,5 vezes da biodisponibilidade, possivelmente como resultado de uma relação de extração reduzida).
Os dados de segurança pré-clínicos para Mesilato de Codergocrina não revelam riscos especiais para humanos baseando-se em estudos de segurança farmacológica convencionais, de toxicidade de dose única e repetida, genotoxicidade, mutagenicidade, potencial carcinogênico, toxicidade na reprodução ou tolerância local.
Efeitos nos estudos pré-clínicos foram observados somente em doses significativamente maiores do que as doses terapêuticas.
As reações adversas podem ser atribuídas à atividade farmacodinâmica de Mesilato de Codergocrina ou à sensibilidade espécie-específica dos animais de teste.
Valores de DL50 após injeção intravenosa única de Mesilato de Codergocrina foram 180 mg/kg em camundongos; 86 mg/kg em ratos e 18,5 mg/kg em coelhos.
Mesilato de Codergocrina é desprovido de toxicidade aguda ou toxicidade crônica potencial após administração oral. Não há toxicidade a um órgão específico. Reações adversas, ocorridas com altas doses, foram atribuídas à atividade farmacodinâmica de Mesilato de Codergocrina ou à sensibilidade espécie-específica dos animais de teste. Em geral, derivados do ergot 9-10 di-hidrogenados são menos tóxicos que alcaloides naturais e apresentam potencial reduzido de vasoconstrição e embriotoxicidade.
Margens de segurança suficientes existem entre os níveis de efeito não tóxico em experimentos animais e doses humanas terapêuticas (aproximadamente 0,1mg/Kg/dia por via oral ou 0,02 mg/kg/dia por via intravenosa).
Não há evidências de que Mesilato de Codergocrina tenha qualquer potencial mutagênico ou carcinogênico em exposições relevantes para utilização clínica.
Não há evidências de que Mesilato de Codergocrina tenha potencial teratogênico em ratos e coelhos. Foram observados efeitos fetais limítrofes em ratas grávidas tratadas com 10 mg/kg/dia de Mesilato de Codergocrina (aproximadamente 100 vezes a dose oral pretendida em humanos em mg/kg/dia). Toxicidade materna e no desenvolvimento, como ganho de peso reduzido em progenitoras, fetos com peso reduzido e um aumento do número de fetos com ossificação tardia foram observados em 30 e 100 mg/kg/dia. Esses efeitos não foram observados em coelhas grávidas que receberam doses orais de até 30 mg/kg/dia.
O Mesilato de Codergocrina e os alcaloides do ergot 9-10 di-hidrogenados demonstraram possuir um pequeno potencial de afetar o desenvolvimento embriogênico e fetal. Isto está correlacionado com seu baixo potencial de vasoconstrição em comparação com os alcaloides do ergot insaturados.
Nos descendentes dos ratos que receberam Mesilato de Codergocrina oralmente a partir do dia 17 da gestação ao dia 21 pós-parto com 3 e 10 mg/kg/dia, o ganho de peso corporal diminuiu significativamente. Esta observação foi atribuída à supressão da liberação de prolactina pelo Mesilato de Codergocrina, que está associada com a produção de leite diminuída. Esses efeitos não foram observados com doses de 0,3 e 1 mg/kg/dia.
A fertilidade de ratos machos não foi negativamente afetada pelo tratamento com Mesilato de Codergocrina. Efeitos sobre a taxa de gravidez em ratas foram observados apenas em exposições consideradas suficientemente superiores à exposição humana máxima, indicando pouca relevância para a utilização clínica.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 28 de Fevereiro de 2023