O risco letal associado ao tétano na terapia pós-exposição a ferimentos elimina esta potencial contraindicação.
Este medicamento é contraindicado para menores de 6 semanas.
Devido ao fato da vacina ser adsorvida, é recomendado que a administração seja realizada por via intramuscular, diminuindo possíveis reações locais. Os locais recomendados são a região anterolateral superior da coxa em bebês e crianças e a região do músculo deltóide em adultos.
A via subcutânea profunda também pode ser usada. A via intradérmica não deve ser utilizada.
Agitar bem antes de usar até obter uma suspensão homogênea.
Na presença de pequenos ferimentos, deve-se determinar antecipadamente o risco de contaminação por Clostridium tetani no local do ferimento.
Além da desinfecção, debridamento do ferimento e administração da vacina tétano, a imunização passiva com imunoglobulina humana antitetânica deve ser administrada em local distinto do corpo, quando necessário (vide tabela abaixo).
Tipo de Ferimento |
Paciente não imunizado ou parcialmente imunizado |
Paciente totalmente imunizado Tempo desde a última dose |
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5 a 10 anos |
> 10 anos |
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Pequeno - Limpo |
Início ou complementação da vacinação: Vacina Contra Tétano 1 dose | Sem aplicações |
Vacina Contra Tétano 1 dose |
Ferimentos maiores ou propensos ao tétano |
Em um braço: Imunoglobulina humana, 250 UI* |
Vacina Contra Tétano 1 dose |
Em um braço: Imunoglobulina humana, 250 UI* |
No outro braço: Vacina Contra Tétano** 1 dose* |
No outro braço: Vacina Contra Tétano** 1 dose* |
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Propenso ao tétano com debridamento tardio ou incompleto |
Em um braço: Imunoglobulina humana, 500 UI * |
Vacina Contra Tétano 1 dose |
Em um braço: Imunoglobulina humana, 500 UI* |
No outro braço: Vacina Contra Tétano ** 1 dose* |
No outro braço: Vacina Contra Tétano** 1 dose* |
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Terapia com Antibiótico |
Terapia com Antibiótico |
Terapia com Antibiótico |
* Usar seringas, agulhas e locais de injeção diferentes.
** Atualização da vacinação de acordo com calendário de vacinação.
A imunização primária deve ser indicada também em indivíduos que tiveram tétano, pois a resposta de anticorpo clinicamente gerada pela doença não é suficiente.
Mulheres grávidas que não foram imunizadas devem receber duas injeções sucessivas com pelo menos 4 semanas de intervalo; a primeira deve ser preferencialmente administrada 90 dias ou mais antes do nascimento.
Em bebês e crianças, a vacinação primária contra o tétano é baseada na combinação de vacinas que, com uma dose, fornece proteção adicional contra outras doenças infecciosas (difteria, pertussis, poliomielite, infecção invasiva contra Haemophilus influenzae b). Esta inclui 3 doses sucessivas com o intervalo de um ou dois meses seguido de uma quarta dose (primeiro reforço) administrada um ano após a terceira aplicação. Em seguida há uma aplicação de reforço entre 5 e 6 anos de idade.
Em adultos é também conveniente usar vacinas combinadas para vacinação primária contra o tétano. O calendário de vacinação correspondente inclui duas doses sucessivas da vacina tétano com o intervalo de um ou dois meses seguido de uma terceira dose (primeiro reforço) administrada 12 meses após a segunda aplicação.
Uma dose de 0,5mL 10 anos após a imunização primária e depois, a cada 10 anos.
Como todo medicamento, a vacina tétano também pode causar algumas reações adversas.
Baseado em relatos espontâneos, os eventos adversos a seguir foram relatados durante o uso comercial da vacina tétano. Estes eventos foram raramente (<0,01%) relatados, entretanto a incidência exata não pode ser calculada.
Todas estas reações foram observadas mais frequentemente em indivíduos hiperimunizados particularmente nos casos de alta frequência de doses de reforço.
Os eventos adversos potenciais são aqueles que foram relatados para outras vacinas contendo um ou mais constituintes antigênicos da Vacina Contra Tétano e não diretamente para esta vacina.
Em casos de eventos adversos notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – Notivisa, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Não há estudos específicos sobre este assunto. Em caso de superdosagem do medicamento, recomenda-se entrar em contato com o Serviço de Informação sobre Vacinação (SIV) para que o devido acompanhamento possa ser dado.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Não há problema conhecido na administração da vacina tétano na mesma sessão de vacinação de outras vacinas comumente utilizadas.
Não injetar pela via intravascular ou intradérmica. Assegure que a agulha não penetrou nenhum vaso sanguíneo.
Um tratamento médico apropriado e supervisão devem estar disponíveis para uso imediato em caso de uma rara reação anafilática após a administração da vacina.
A imunogenicidade da vacina tétano pode ser reduzida por algum tratamento imunossupressor ou imunodeficiência. É recomendado, portanto, aguardar o término do tratamento ou assegurar que o paciente está efetivamente protegido. No entanto, a vacinação de indivíduos com imunodeficiência crônica é recomendada, como a infecção pelo HIV, mesmo que a resposta de anticorpos seja limitada.
Com a intenção de prevenir reações de hipersensibilidade, deve-se evitar a administração de vacina a pessoas que receberam a imunização primária completa ou a dose de reforço nos últimos 5 anos. Se a Síndrome de Guillan-Barré ou neurite braquial ocorrer em indivíduos após a administração de vacinação prévia contendo toxoide tetânico, a decisão de vacinar com qualquer vacina contendo toxoide tetânico deve ser cuidadosamente avaliada considerando os potenciais benefícios e possíveis riscos da vacinação.
O uso da vacina tétano em mulheres grávidas para prevenir o tétano neonatal não indicou nenhum efeito teratogênico no feto ou no neonato.
Considerando os dados clínicos e experimentais disponíveis atualmente, a vacina tétano pode ser administrada durante a gravidez se necessária.
Esta vacina não deve ser utilizada em mulheres grávidas sem orientação médica.
Os anticorpos contra o tétano são excretados no leite materno e podem contribuir para a transferência de anticorpos protetores ao neonato.
A vacina estimula a produção de antitoxinas.
A resposta imune é ativada logo após a segunda dose; é reforçada após a terceira dose e persiste por 5 a 10 anos após a quarta dose.
A vacina é preparada a partir de toxoide tetânico detoxificado com formaldeído e então, purificada.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 04 de Setembro de 2020