Bula do Tronvaz
Princípio Ativo: Cumarina + Troxerrutina
Classe Terapêutica: Vasoprotetores Sistêmicos
Tronvaz, para o que é indicado e para o que serve?
Tronvaz® é indicado no tratamento da insuficiência venosa e suas complicações, como síndromes varicosas e varizes. Também é indicado para reduzir sintomas da insuficiência venosa como linfedemas e edemas.
Como o Tronvaz funciona?
Tronvaz® melhora a circulação periférica venosa e linfática, diminuindo também o inchaço decorrente de problemas dos vasos linfáticos e venosos.
Quais as contraindicações do Tronvaz?
Tronvaz® não deve ser usado por pacientes com alergia conhecida aos componentes da fórmula e por portadores de doenças graves do fígado, ou pacientes que tenham apresentado doenças hepáticas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Como usar o Tronvaz?
Posologia média recomendada:
1 comprimido revestido, 3 vezes ao dia. Qualquer mudança nessa posologia ficará a critério médico. Estudos clínicos recentes têm demostrado a eficácia do produto com doses diárias que variam entre um a seis comprimido revestidos (2 comprimido revestidos, 3 vezes ao dia).
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Tronvaz?
Caso você tenha se esquecido de tomar uma dose, tome o medicamento assim que possível. Se tiver muito perto do horário da próxima dose, aguarde e tome somente uma única dose. Não tome duas doses ao mesmo tempo ou uma dose extra para compensar a dose perdida.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Tronvaz?
O uso durante o primeiro trimestre de gestação e por períodos prolongados com doses altas deve ser avaliado pelo seu médico. O uso do medicamento deve ser interrompido e o médico informado, se houver o aparecimento de sintomas como náuseas acompanhadas por urticária, urina escura ou amarelamento da pele e/ou do globo ocular.
O uso de altas doses (mais de três comprimido revestidos ao dia) de Tronvaz® em tratamentos prolongados (mais de um mês de duração) deve ser acompanhado de criteriosa avaliação médica da função hepática.
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.
Informe ao seu médico se estiver amamentando.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Tronvaz?
- Reação comum (ocorre entre 1 a 10% dos pacientes): aumento das enzimas do fígado (alterações em exames bioquímicos do fígado como transaminases, gama-GT), especialmente no início do tratamento, que melhora com a descontinuação do tratamento.
- Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes): queixas gastrintestinais (diarreia vômito, dores abdominais, dor de estômago e náuseas); hepatite com ou sem icterícia, reversível com a descontinuação do tratamento.
Informe ao seu médico o aparecimento de reações desagradáveis tais como:
Problemas no estômago e nos intestinos, dor de cabeça e vermelhidão da pele. Têm sido relatados casos isolados de hepatite acompanhada ou não de icterícia, que foram reversíveis com a descontinuação do tratamento.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Apresentações do Tronvaz
Comprimido revestido – (15 mg + 90 mg) – Embalagens contendo 20 ou 60 comprimidos revestidos de liberação prolongada.
Uso oral.
Uso adulto.
Qual a composição do Tronvaz?
Cada comprimido revestido de Tronvaz® contém:
Cumarina (benzopirona) | 15 mg |
Troxerrutina | 90 mg |
Excipientes q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: lactose monoidratada, povidona, hipromelose, amido, estearato de magnésio, dióxido de silício, álcool povilínico, macrogol, talco, corante óxido de ferro amarelo, corante amarelo n°10, dióxido de titânio, álcool etílico e água purificada.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Tronvaz maior do que a recomendada?
Na eventualidade da ingestão acidental de doses muito acima das preconizadas, recomenda-se adotar as medidas habituais de controle das funções vitais.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Tronvaz com outros remédios?
A administração simultânea de drogas que prejudicam a função hepática pode levar ao aumento de possíveis reações hepáticas.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.
Interação Alimentícia: posso usar o Tronvaz com alimentos?
Não existem restrições quanto à ingestão de alimentos e bebidas.
Qual a ação da substância do Tronvaz?
Resultados de Eficácia
No tratamento das afecções venosas com ou sem participação linfática, indica-se além do tratamento básico o tratamento com fármacos flebotônicos como Cumarina + Troxerrutina. Um estudo clínico avaliou a eficácia de Cumarina + Troxerrutina em 7.900 pacientes com diferentes tipos de doenças venosas e linfáticas e relatou que o produto se mostrou muito eficaz como flebotônico, destacando a eficácia vasoativa, que se apresentou sob a forma de aumento da circulação sanguínea e aceleração do ciclo linfático, aumento do tono venoso e eficácia antiedematosa, anti-inflamatória e analgésica.1 A eficácia e a segurança da associação Cumarina + Troxerrutina foi avaliada em 226 pacientes com insuficiência venosa crônica por meio de um estudo duplo-cego, aleatorizado, comparado com placebo. Detectou-se um efeito protetor contra o edema no grupo de tratamento ativo, mas não no de placebo. A recorrência de aumento de volume das pernas após a suspensão do uso de meias compressivas foi de 6,5±12,1mL com uso de Cumarina + Troxerrutina e de 36,7±12,1 com placebo (p=0,0402). Diferenças significativas foram observadas com a associação nos escores de queixas locais e nos aspectos gerais da qualidade de vida (p=0,0041).2 Uma revisão de 38 estudos clínicos mostrou redução de 55±7,8% dos edemas em um ano (p<0,001), indicando que, quanto maior o edema, maior a redução com o uso de Cumarina + Troxerrutina.3 Vários estudos clínicos com doses elevadas de Cumarina + Troxerrutina (correspondentes a mais de 26 comprimidos revestidos de liberação prolongada por dia) e por tempo prolongado (seis meses a dois anos) demonstraram ausência de sinais clínicos ou laboratoriais de toxicidade hepática.
Referências Bibliográficas
1. Lacativa AS. O Venalot® no tratamento das flebopatias. Die Medizinische Welt. 1980; 31(19):727-9.
2. Vanscheidt W, et al. Guidelines for testing drugs for chronic venous insufficiency. VASA. 2000; 29; 274-8.
3. Casley-Smith JR. Benzo-pyrones in the treatment of limphoedema. Int Angiol. 1999,18:31-41.
Características Farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
Os agentes cumarina (uma benzopirona) e troxerrutina contidos em Cumarina + Troxerrutina favorecem a microcirculação e apresentam efeito protetor do endotélio capilar, melhorando a capacidade do fluxo sanguíneo por meio de ações hemodinâmicas e antitrombóticas. Com isso, a exsudação de plasma para o interstício diminui. Obtém-se assim melhora do fluxo capilar apoiada pelos efeitos hemodinâmicos, demonstrado especialmente pela troxerrutina, para a flexibilidade dos eritrócitos. No caso de insuficiência venosa crônica, obtêm-se a diminuição da adesão de leucócitos, que danifica as paredes capilares e causa inflamações, assim como da agregação de trombócitos, que entre outros, é o centro dos processos patológicos.
Cumarina + Troxerrutina tem também efeito antiedematoso, antiflogístico, protetor de tecido e linfocinético. A cumarina estimula o efeito proteolítico dos macrófagos, em edemas locais ricos em proteínas. Com a proteólise ocorre uma rápida remissão dos edemas e do processo inflamatório, pois a proteína do edema, responsável pela retenção de água intersticial causadora e mantenedora do processo inflamatório é dividida em pequenas moléculas e frações de moléculas. Estas são transportadas através de capilares sanguíneos e linfáticos, obtendo-se um aumento da capacidade de transporte linfático pelo visível efeito linfocinético da cumarina e da troxerrutina.
Em modelos de inflamação definidos farmacologicamente, a cumarina influencia a inflamação aguda em medidas comparáveis à dos antiflogísticos clássicos. Os mecanismos de ação básicos podem ser considerados comprovados: a inibição do "respiratory burst" de leucócitos ativados pela cumarina e pela troxerrutina e as propriedades captadoras de espécies reativas de oxigênio, especialmente da cumarina, como também a inibição do metabolismo de prostaglandina e leucotrieno, exercem um papel importante. A fibrose do tecido afetado, que determina o processo terminal da doença, é diminuída. Estas ações formam o núcleo dos efeitos antiedematosos, antiflogísticos e protetores das paredes capilares, prevenindo assim a formação de tecido fibrótico. Assim, a combinação Cumarina + Troxerrutina promove a melhoria da perfusão sanguínea e linfática por meio do efeito hemodinâmico.
Propriedades farmacocinéticas
Após administração oral, a cumarina é rapidamente absorvida e biotransformada por hidroxilação. Seu principal metabólito ativo, 7- hidroxicumarina, tem meia-vida de alguns minutos. O metabólito principal é ligado ao ácido glicurônico e eliminado na urina. A biodisponibilidade plasmática da cumarina após administração de seis comprimidos revestidos de liberação prolongada de Cumarina + Troxerrutina é de 0,84% daquela com administração intravenosa de 90mg. Isto se deve provavelmente à eliminação présistêmica, que é marcante na administração oral. A biodisponibilidade do metabólito (7- hidroxicumarina) após administração oral é de 120,6% da ocorrente com administração intravenosa.
Os resultados da 7-hidroxicumarina mostram que o preparado é completamente absorvido e que a biodisponibilidade do princípio ativo está assegurada.
Aproximadamente 10% de troxerrutina é absorvida após a administração oral, sendo eliminada em sua maior parte na bílis, e uma parte menor por via renal. Na biotransformação não surgem os metabólitos conhecidos da rutina, especialmente a quercetina.
Como devo armazenar o Tronvaz?
Tronvaz® deve ser conservado em sua embalagem original à temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC), protegido da luz. T
Tronvaz® possui prazo de validade de 24 meses a partir da data da sua fabricação desde que observados os cuidados de conservação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
Tronvaz® é um comprimido circular com revestimento de coloração amarela.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Tronvaz
Reg. M.S.: 1.1560.0236
Farm. Resp.:
Dra. Michele Caldeira Landim
CRF/GO: 5122
Registrado por:
Cifarma – Científica Farmacêutica Ltda.
Rod. BR 153 Km 5,5 – Jardim Guanabara
CEP: 74675-090 – Goiânia / GO
CNPJ: 17.562.075/0001-69
Indústria Brasileira
Venda sob prescrição médica.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Cumarina + Troxerrutina
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 17 de Abril de 2024.
Tronvaz 15mg + 90mg, caixa com 60 comprimidos revestidos de liberação prolongada
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