Bula do Mounjaro
Princípio Ativo: Tirzepatida
Classe Terapêutica: Antidiabéticos Agonistas de GLP-1

Mounjaro, para o que é indicado e para o que serve?
Mounjaro é indicado para melhorar o controle glicêmico de adultos com diabetes mellitus tipo 2 em conjunto com dieta e exercícios.
Como o Mounjaro funciona?
Mounjaro melhora o controle da glicemia (quantidade de açúcar no sangue), reduzindo a quantidade de glicose (açúcar) de jejum e pós-prandial (após a refeição) em pacientes com diabetes tipo 2 por meio:
- Do aumento da liberação de insulina (hormônio responsável por diminuir a quantidade de açúcar no sangue);
- Da melhora da sensibilidade à insulina, o que pode ser atribuída à redução do peso corporal;
- Da redução da concentração de glucagon (hormônio responsável por aumentar a quantidade de açúcar no sangue) de jejum e da exposição ao glucagon após uma refeição mista;
- Do atraso do esvaziamento gástrico, o que pode reduzir a velocidade da absorção da glicose após a refeição e pode ter um efeito benéfico sobre a glicemia após a refeição.
Quais as contraindicações do Mounjaro?
Não utilize Mounjaro caso seja alérgico à tirzepatida ou a qualquer um dos componentes da fórmula.
Mounjaro não é indicado para pacientes com histórico pessoal ou familiar de carcinoma medular de tireoide (um tipo raro de tumor maligno na tireoide) ou em pacientes com neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (NEM2), uma síndrome genética caracterizada pela presença de tumores envolvendo algumas glândulas endócrinas.
Como usar o Mounjaro?
Mounjaro é administrado por via subcutânea no abdome, coxa ou braço. Alterne o local de injeção de cada dose. Administrar Mounjaro em qualquer horário do dia, independente das refeições.
Quando utilizar Mounjaro com insulina, administrar como injeções separadas e nunca misturar. É possível administrar Mounjaro e insulina na mesma região do corpo, mas as injeções não devem ser próximas uma da outra.
Para maiores informações sobre como utilizar a caneta aplicadora de uso único, ler atentamente e seguir as recomendações descritas nas instruções de uso que acompanham este medicamento.
Posologia do Mounjaro
A dose inicial de Mounjaro é 2,5 mg uma vez por semana. Após 4 semanas, a dose deve ser aumentada para 5 mg uma vez por semana. Se necessário, aumentos de dose podem ser feitos em acréscimos de 2,5 mg após o mínimo de 4 semanas na dose atual. A dose máxima de Mounjaro é 15 mg uma vez por semana.
Populações especiais
Não é necessário ajustar a dose com base na idade, gênero, raça, etnia, peso corporal ou insuficiência hepática ou renal (incluindo doença renal em estágio terminal). A segurança e eficácia de Mounjaro não foi estabelecida em pacientes menores de 18 anos de idade.
Alteração do cronograma de administração semanal
O dia da administração semanal pode ser alterado, se necessário, contanto que o intervalo entre as duas doses seja de pelo menos 3 dias (72 horas).
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Mounjaro?
Se uma dose for esquecida, ela deverá ser administrada assim que possível dentro de 4 dias (96 horas) após o esquecimento da dose. Caso mais de 4 dias tenham se passado, a dose esquecida não deverá ser administrada, e a próxima dose deverá ser administrada no dia do cronograma usual. Em cada caso, os pacientes poderão retomar o seu cronograma usual de administração uma vez por semana.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Mounjaro?
Risco de tumores de células C da tireoide
Não se sabe se Mounjaro causa tumores de células C da tireoide em humanos. Converse com o seu médico para obter mais informações sobre os sintomas de tumores da tireoide, como: massa no pescoço, disfagia (dificuldade para engolir), dispneia (falta de ar) e rouquidão persistente. Informe ao seu médico caso tenha nódulos na tireoide.
Pancreatite (inflamação do pâncreas) aguda
Mounjaro não foi estudado em pacientes com histórico de inflamação no pâncreas e deve ser utilizado com cautela nesses pacientes. Converse com o seu médico para obter mais informações sobre os sintomas da pancreatite. Se você estiver com suspeita de pancreatite e em tratamento com Mounjaro, informe ao seu médico e interrompa o tratamento. Se houver a confirmação de pancreatite, Mounjaro não deverá ser reiniciado.
Hipoglicemia (nível de açúcar no sangue mais baixo que o normal)
Pacientes em tratamento com Mounjaro combinado a um secretagogo (medicamento que faz liberar insulina), por exemplo, sulfonilureia, ou à insulina podem apresentar um risco aumentado de hipoglicemia. Informe ao seu médico se fizer uso de sulfonilureia ou insulina, pois o risco de hipoglicemia pode ser diminuído por meio da alteração da dose desses outros medicamentos.
Reações de hipersensibilidade
Ao iniciar o tratamento com Mounjaro você pode apresentar reações de hipersensibilidade, como por exemplo urticária (vergões avermelhados na pele) e eczema (inflamação na pele). Caso ocorra uma reação de hipersensibilidade, interrompa o uso de Mounjaro e informe ao seu médico. Informe seu médico caso possua histórico de angioedema (inchaço repentino sob a pele) e anafilaxia (reação alérgica grave) com o uso de outros medicamentos para diabetes.
Efeitos gastrointestinais
Ao iniciar o tratamento com Mounjaro você pode apresentar náusea (enjoo), vômito e diarreia. Esses eventos podem levar à desidratação (perda de líquidos), o que pode diminuir a função renal. É importante aumentar a ingestão de líquidos para evitar a desidratação. Converse com seu médico.
Aspiração pulmonar
Mounjaro retarda o esvaziamento do estômago. Foi reportada aspiração pulmonar (broncoaspiração) em pacientes submetidos a anestesia geral ou sedação profunda e que fazem uso de medicamentos da mesma classe de Mounjaro. Antes da realização desses procedimentos, informe seu médico imediatamente sobre o uso desta classe de medicamentos.
Doença gastrointestinal grave
Mounjaro não foi estudado em pacientes com doença gastrointestinal grave (doença dos órgãos digestivos), incluindo gastroparesia (desordem que atrasa o esvaziamento do estômago) grave. Foram reportados eventos relacionados com atraso no esvaziamento gástrico, incluindo gastroparesia grave. Caso tenha sintomas de doença gastrointestinal grave informe ao seu médico, pois ele poderá modificar a sua dose ou descontinuar o seu tratamento.
Desnutrição
Foram reportados eventos relacionados à desnutrição (diminuição da absorção de nutrientes), podendo ser graves. Informe ao seu médico caso apresente sintomas como: deficiência de vitaminas e minerais, deficiência de proteína, diminuição de peso corporal, entre outros. Seu médico poderá solicitar suplemento nutricional ou descontinuação do tratamento em casos graves ou persistentes.
Retinopatia diabética (doença ocular diabética)
Mounjaro não foi estudado em pacientes com retinopatia diabética grave ou que estivessem em tratamento. Informe ao seu médico caso tenha retinopatia diabética (doença ocular diabética).
Doença aguda da vesícula biliar
Doenças agudas da vesícula biliar, como colelitíase (presença de pedras no interior da vesícula biliar) e colecistite (inflamação da vesícula biliar), foram relatadas nos estudos clínicos com Mounjaro. Informe ao seu médico caso tenha alguma doença da vesícula biliar.
Ideação suicida
Comportamento e pensamento suicida foram reportados com o uso de produtos que induzem a perda de peso. Fale imediatamente com o seu médico caso possua histórico de tentativa de suicídio, apresente surgimento ou piora no quadro de depressão, pensamentos ou comportamentos suicidas e/ou quaisquer mudanças incomuns de humor ou comportamento. O seu médico irá avaliar se você poderá iniciar ou continuar o tratamento.
Gravidez
Caso esteja grávida, informe ao seu médico. Mounjaro somente deve ser utilizado em gestantes se o benefício potencial para a mãe justificar o risco para o bebê.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Amamentação
Caso esteja amamentando, informe ao seu médico. A quantidade de Mounjaro no leite materno foi considerada indetectável a muito baixa. Ainda que presente no leite materno, não é esperado que seja absorvido pelo bebê. Mounjaro somente deve ser utilizado em lactantes se o benefício potencial para a mãe justificar o risco para o bebê.
O uso deste medicamento no período da lactação depende da avaliação e acompanhamento do seu médico ou cirurgião-dentista. Uso criterioso no aleitamento ou na doação de leite humano.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Se fizer uso de Mounjaro junto com uma sulfonilureia ou insulina, pode ocorrer hipoglicemia, o que pode reduzir a sua habilidade de concentração. Converse com seu médico para tomar precauções para evitar a hipoglicemia ao dirigir veículos e operar máquinas. Evite dirigir veículos ou operar máquinas se tiver qualquer sinal de hipoglicemia.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Mounjaro?
Durante os estudos clínicos que foram conduzidos com Mounjaro, as seguintes reações adversas foram identificadas:
- Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): náusea e diarreia. Hipoglicemia (nível de açúcar no sangue mais baixo que o normal) quando Mounjaro é utilizado em combinação com insulina basal (com ou sem metformina) ou em combinação com sulfonilureia (com ou sem metformina e/ou inibidor de SGLT-2).
- Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): dor abdominal, vômito, dispepsia (indigestão), constipação (prisão de ventre), distensão abdominal, eructação (arroto), flatulência (gases), doença do refluxo gastroesofágico (retorno do alimento do estômago para o esôfago), doença aguda da vesícula biliar, fadiga, reação no local da injeção, reação de hipersensibilidade e redução do apetite. Quando Mounjaro é utilizado em combinação com metformina e inibidor de SGLT2, hipoglicemia.
- Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): disgeusia (alteração no paladar). Quando Mounjaro é utilizado em combinação com metformina apenas, hipoglicemia.
Distúrbio gastrointestinal
Os eventos gastrointestinais foram na sua maioria de gravidade leve ou moderada. A incidência de náusea, vômito e diarreia foi maior durante o período de aumento de dose e diminuiu com o tempo.
Sinais vitais
O tratamento com Mounjaro resultou em redução na pressão arterial e em aumento na frequência cardíaca.
Enzimas pancreáticas
O tratamento com Mounjaro resultou em aumento das enzimas pancreáticas.
Dados pós-comercialização
As seguintes reações adversas ao medicamento são baseadas em relatos pós-comercialização de Mounjaro.
- Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): disestesia (enfraquecimento ou alteração na sensibilidade dos sentidos).
- Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): reação anafilática (reação alérgica grave generalizada) e angioedema (inchaço que acomete as camadas mais profundas da pele e geralmente região dos olhos e boca).
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Apresentações do Mounjaro
Solução injetável 2,5 mg, 5 mg, 7,5 mg, 10 mg, 12,5 mg e 15 mg
Cada embalagem contém 4 canetas aplicadoras de 0,5 mL. Caneta de uso único.
Uso subcutâneo.
Uso adulto.
Qual a composição do Mounjaro?
Cada 0,5 mL de solução contém:
2,5 mg, 5 mg, 7,5 mg, 10 mg, 12 mg ou 15 mg de tirzepatida.
Excipientes: cloreto de sódio, fosfato de sódio dibásico heptaidratado, ácido clorídrico, hidróxido de sódio e água para injetáveis.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Mounjaro maior do que a recomendada?
Em caso de superdosagem, o tratamento de suporte adequado deverá ser iniciado conforme os sinais e sintomas clínicos do paciente. Um período de observação e tratamento para esses sintomas poderá ser necessário, levando em conta a meia-vida de Mounjaro (aproximadamente 5 dias).
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Mounjaro com outros remédios?
Mounjaro atrasa o esvaziamento do estômago e, por isso, tem o potencial de afetar a absorção de medicamentos orais administrados ao mesmo tempo. Não é esperado que o tratamento com Mounjaro impacte significativamente medicamentos orais (isto é, atorvastatina, digoxina, etinilestradiol, lisinopril, metformina, metoprolol, norelgestromina, paracetamol, sitagliptina e varfarina). Não é necessário ajustar a dose de medicamentos orais administrados ao mesmo tempo.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Qual a ação da substância do Mounjaro?
Resultados de Eficácia
A segurança e a eficácia de Tirzepatida foram avaliadas em cinco estudos de fase 3, globais, randomizados e controlados (SURPASS 1-5)1-5 cujo objetivo primário foi mensurar a eficácia glicêmica em 6.263 pacientes com diabetes tipo 2 (4.199 tratados com Tirzepatida). Os objetivos secundários incluíram perda de peso, glicemia de jejum e proporção de pacientes atingindo a meta de hemoglobina glicada (HbA1c). Todos os cinco estudos de fase 3 avaliaram Tirzepatida 5 mg, 10 mg e 15 mg. Todos os pacientes tratados com Tirzepatida iniciaram com 2,5 mg por 4 semanas. Em seguida a dose de Tirzepatida aumentou 2,5 mg a cada 4 semanas até atingir a dose designada.
Em todos os estudos, o tratamento com Tirzepatida demonstrou reduções de HbA1c e peso corporal sustentadas, estatisticamente e clinicamente significativas em relação ao período basal em comparação com placebo ou com o tratamento controle (semaglutida, insulina degludeca ou insulina glargina) por até 1 ano. Em um estudo, esses efeitos foram mantidos por até 2 anos. Os resultados dos estudos fase 3 estão apresentados abaixo com base na população com intenção de tratar modificada (modified intent-to-treat, mITT), que consiste em todos os pacientes selecionados aleatoriamente que foram expostos a pelo menos uma dose do tratamento em estudo, excluindo pacientes que interromperam o tratamento devido a recrutamento inadvertido. A análise alinhada à estimativa de eficácia para uma variável contínua longitudinal empregou um modelo misto para medidas repetidas.
SURPASS 1 – Monoterapia1
Em um estudo de 40 semanas, duplo-cego e controlado por placebo, 478 pacientes com controle glicêmico inadequado com dieta e exercícios foram randomizados para Tirzepatida 5 mg, 10 mg ou 15 mg uma vez por semana ou placebo. No início do estudo, os pacientes tinham uma duração média de diabetes de 5 anos.
Tabela 1: SURPASS 1: Resultados na semana 40
- | Tirzepatida 5 mg | Tirzepatida 10 mg | Tirzepatida 15 mg | Placebo |
População (n) com intenção de tratar modificada (mITT) | 121 | 121 | 120 | 113 |
HbA1c (%) | ||||
Período basal (média) | 7,97 | 7,88 | 7,88 | 8,08 |
Alteração em relação ao período basal | -1,87## | -1,89## | -2,07## | +0,04 |
Diferença em relação ao placebo [IC 95%] | -1,91** [-2,18; -1,63] | -1,93** [-2,21; -1,65] | -2,11** [-2,39; -1,83] | - |
Pacientes (%) atingindo a meta de HbA1c | ||||
< 7,0% | 86,8** | 91,5** | 87,9** | 19,6 |
≤ 6,5% | 81,8†† | 81,4†† | 86,2†† | 9,8 |
< 5,7% | 33,9** | 30,5** | 51,7** | 0,9 |
Glicemia em jejum (mg/dL) | ||||
Período basal (média) | 153,7 | 152,6 | 154,6 | 155,2 |
Alteração em relação ao período basal | -43,6## | -45,9## | -49,3## | +12,9# |
Diferença em relação ao placebo [IC 95%] | -56,5** [-66,8; -46,1] | -58,8** [-69,2; -48,4] | -62,1** [-72,7; -51,5] | - |
Peso corporal (kg) | ||||
Período basal (média) | 87,0 | 85,7 | 85,9 | 84,4 |
Alteração em relação ao período basal | -7,0## | -7,8## | -9,5## | -0,7 |
Diferença em relação ao placebo [IC 95%] | -6,3** [-7,8; -4,7] | -7,1** [-8,6; -5,5] | -8,8** [-10,3; -7,2] | - |
Pacientes (%) atingindo a meta de perda de peso | ||||
≥ 5% | 66,9†† | 78,0†† | 76,7†† | 14,3 |
≥ 10% | 30,6†† | 39,8†† | 47,4†† | 0,9 |
≥ 15% | 13,2† | 17,0† | 26,7† | 0,0 |
* p < 0,05; ** p < 0,001 para superioridade, ajustado para multiplicidade.
† p < 0,05; †† p < 0,001 comparado ao placebo, não ajustado para multiplicidade.
# p < 0,05; ## p < 0,001 comparado ao período basal.
Figura 1: Alteração média da HbA1c (%) e do peso corporal (kg) em relação ao período basal até a semana 40
SURPASS 2 – Terapia combinada com metformina2
Em um estudo de 40 semanas, aberto e ativo-controlado (duplo-cego em relação à atribuição da dose de Tirzepatida), 1.879 pacientes foram randomizados para Tirzepatida 5 mg, 10 mg ou 15 mg uma vez por semana ou semaglutida 1 mg uma vez por semana, todos em combinação com metformina. No período basal, os pacientes tinham uma duração média de diabetes de 9 anos.
Tabela 2: SURPASS 2: Resultados na semana 40
- | Tirzepatida 5 mg | Tirzepatida 10 mg | Tirzepatida 15 mg | Semaglutida 1 mg |
População (n) com intenção de tratar modificada (mITT) | 470 | 469 | 469 | 468 |
HbA1c (%) | ||||
Período basal (média) | 8,33 | 8,31 | 8,25 | 8,24 |
Alteração em relação ao período basal | -2,09## | -2,37## | -2,46## | -1,86## |
Diferença em relação à semaglutida [IC 95%] | -0,23** [-0,36; -0,10] | -0,51** [-0,64; -0,38] | -0,60** [-0,73; -0,47] | - |
Pacientes (%) atingindo a meta de HbA1c | ||||
< 7,0% | 85,5* | 88,9** | 92,2** | 81,1 |
≤ 6,5% | 74,0† | 82,1† | 87,1†† | 66,2 |
< 5,7% | 29,3†† | 44,7** | 50,9** | 19,7 |
Glicemia em jejum (mg/dL) | ||||
Período basal (média) | 174,2 | 174,6 | 172,3 | 170,9 |
Alteração em relação ao período basal | -56,0## | -61,6## | -63,4## | -48,6## |
Diferença em relação à semaglutida [IC 95%] | -7,3† [-11,7; -3,0] | -13,0†† [-17,4; -8,6] | -14,7†† [-19,1; -10,3] | - |
Peso corporal (kg) | ||||
Período basal (média) | 92,6 | 94,9 | 93,9 | 93,8 |
Alteração em relação ao período basal | -7,8## | -10,3## | -12,4## | -6,2## |
Diferença em relação à semaglutida [IC 95%] | -1,7** [-2,6; -0,7] | -4,1** [-5,0; -3,2] | -6,2** [-7,1; -5,3] | - |
Pacientes (%) atingindo a meta de perda de peso | ||||
≥ 5% | 68,6† | 82,4†† | 86,2†† | 58,4 |
≥ 10% | 35,8†† | 52,9†† | 64,9†† | 25,3 |
≥ 15% | 15,2† | 27,7†† | 39,9†† | 8,7 |
* p < 0,05, ** p < 0,001 para superioridade, ajustado para multiplicidade.
† p < 0,05, †† p < 0,001 comparado a semaglutida 1 mg, não ajustado para multiplicidade.
# p < 0,05, ## p < 0,001 comparado ao período basal.
Figura 2: Alteração média da HbA1c (%) e do peso corporal (kg) em relação ao período basal até a semana 40
SURPASS 3 – Terapia combinada com metformina, com ou sem iSGLT2 (inibidor do cotransportador de sódio-glicose 2)3
Em um estudo de 52 semanas, aberto e ativo-controlado, 1.444 pacientes foram randomizados para Tirzepatida 5 mg, 10 mg ou 15 mg uma vez por semana ou insulina degludeca, todos em combinação com metformina com ou sem um iSGLT2. 32% dos pacientes estavam usando iSGLT2 no período basal. O paciente tratado com insulina degludeca começou com uma dose de 10 U/dia, que foi ajustada usando um algoritmo para uma meta de glicemia em jejum de < 90 mg/dL. No período basal, os pacientes tinham uma duração média de diabetes de 8 anos.
Tabela 3: SURPASS 3: Resultados na semana 52
- | Tirzepatida 5 mg | Tirzepatida 10 mg | Tirzepatida 15 mg | Insulina degludeca tituladaa |
População (n) com intenção de tratar modificada (mITT) | 358 | 360 | 358 | 359 |
HbA1c (%) | ||||
Período basal (média) | 8,17 | 8,19 | 8,21 | 8,13 |
Alteração em relação ao período basal | -1,93## | -2,20## | -2,37## | -1,34## |
Diferença em relação à insulina degludeca [IC 95%] | -0,59** [-0,73; -0,45] | -0,86** [-1,00; -0,72] | -1,04** [-1,17; -0,90] | - |
Pacientes (%) atingindo a meta de HbA1c | ||||
< 7,0% | 82,4** | 89,7** | 92,6** | 61,3 |
≤ 6,5% | 71,4†† | 80,3†† | 85,6†† | 44,4 |
< 5,7% | 29,3†† | 38,6†† | 48,4†† | 5,4 |
Glicemia em jejum (mg/dL) | ||||
Período basal (média) | 171,8 | 170,7 | 168,4 | 166,4 |
Alteração em relação ao período basal | -48,2## | -54,8## | -59,2## | -55,7 |
Diferença em relação à insulina degludeca [IC 95 %] | 7,5† [2,4; 12,5] | 0,8 [-4,3; 5,9] | -3,6 [-8,7; 1,5] | - |
Peso corporal (kg) | ||||
Período basal (média) | 94,5 | 94,3 | 94,9 | 94,2 |
Alteração em relação ao período basal | -7,5## | -10,7## | -12,9## | +2,3## |
Diferença em relação à insulina degludeca [IC 95 %] | -9,8** [-10,8; -8,8] | -13,0** [-14,0; -11,9] | -15,2** [-16,2; -14,2] | - |
Pacientes (%) atingindo a meta de perda de peso | ||||
≥ 5% | 66,0†† | 83,7†† | 87,8†† | 6,3 |
≥ 10% | 37,4†† | 55,7†† | 69,4†† | 2,9 |
≥ 15% | 12,5† | 28,3†† | 42,5†† | 0,0 |
a A dose média de insulina degludeca na semana 52 foi 49 unidades/dia.
* p < 0,05, ** p < 0,001 para superioridade, ajustado para multiplicidade.
† p < 0,05, †† p < 0,001 comparado à insulina degludeca, não ajustado para multiplicidade.
# p < 0,05, ## p < 0,001 comparado ao período basal.
Figura 3: Alteração média da HbA1c (%) e do peso corporal (kg) em relação ao período basal até a semana 52
Monitoramento contínuo de glicose (MCG)6
Um subgrupo de pacientes (N = 243) participaram na avaliação do perfil de glicose durante 24 horas com MCG cego. Em 52 semanas, os pacientes tratados com Tirzepatida (10 mg e 15 mg combinados) passaram significativamente mais tempo com valores de glicose na faixa euglicêmica definida como 71 a 140 mg/dL em comparação com pacientes tratados com insulina degludeca, com 73% e 48% dentro da faixa no período de 24 horas, respectivamente.
Na semana 52, os pacientes em todos os 3 grupos de dose de Tirzepatida passaram uma proporção maior do período de 24 horas com glicemia na faixa de 71 a 180 mg/dL do que os pacientes tratados com insulina degludeca: Tirzepatida (faixa), 84,9% a 91,2%; insulina degludeca, 75,0%.
Conteúdo de gordura hepática (CGH) e tecido adiposo7
Um subconjunto de pacientes (N = 296) participou de uma avaliação de CGH, tecido adiposo visceral e tecido adiposo subcutâneo abdominal avaliado por imagem de ressonância magnética. Em 52 semanas, os pacientes tratados com Tirzepatida (10 mg e 15 mg combinados) demonstraram reduções médias estatisticamente e significativamente maiores no conteúdo de gordura hepática em comparação com a insulina degludeca, -8,09% versus -3,38%, respectivamente, a partir do período basal de 15,67% e 16,58%. Os pacientes tratados com Tirzepatida 5 mg, 10 mg e 15 mg tiveram reduções significativamente maiores no volume de tecido adiposo visceral (-1,10, -1,53 e -1,65 L, respectivamente) e tecido subcutâneo abdominal ( 1,40, -2,25 e -2,05 L, respectivamente) em relação ao período basal geral de 6,6 L e 10,4 L, respectivamente, em 52 semanas em comparação com um aumento no grupo da insulina degludeca (0,38 e 0,63 L).
SURPASS 4 – Terapia combinada com 1-3 antidiabéticos orais: metformina, sulfonilureias ou iSGLT24
Em um estudo aberto, ativo-controlado de até 104 semanas (desfecho primário de 52 semanas), 2.002 pacientes com diabetes tipo 2 e risco cardiovascular aumentado foram randomizados para Tirzepatida 5 mg, 10 mg ou 15 mg uma vez por semana ou insulina glargina uma vez por dia como adjuvante a metformina (95 %) e/ou sulfonilureias (54 %) e/ou iSGLT2 (25 %). O paciente tratado com insulina glargina iniciou com uma dose de 10 U/dia, que foi ajustada por meio de um algoritmo com meta de glicemia em jejum de < 100 mg/dL. No período basal os pacientes tinham uma duração média de diabetes de 12 anos.
Tabela 4: SURPASS 4: Resultados na semana 52
- | Tirzepatida 5 mg | Tirzepatida 10 mg | Tirzepatida 15 mg | Insulina glargina tituladaa |
População (n) com intenção de tratar modificada (mITT) | 328 | 326 | 337 | 998 |
HbA1c (%) | ||||
Período basal (média) | 8,52 | 8,60 | 8,52 | 8,51 |
Alteração em relação ao período basal | -2,24## | -2,43## | -2,58## | -1,44## |
Diferença em relação à insulina glargina [IC 95%] | -0,80** [-0,92; -0,68] | -0,99** [-1,11; -0,87] | -1,14** [-1,26; -1,02] | - |
Pacientes (%) atingindo a meta de HbA1c | ||||
< 7,0% | 81,0** | 88,2** | 90,7** | 50,7 |
≤ 6,5% | 66,0†† | 76,0†† | 81,1†† | 31,7 |
< 5,7% | 23,0†† | 32,7†† | 43,1†† | 3,4 |
Glicemia em jejum (mg/dL) | ||||
Período basal (média) | 172,3 | 175,7 | 174,2 | 168,7 |
Alteração em relação ao período basal | -50,4## | -54,9## | -59,3## | -51,4## |
Diferença em relação à insulina glargina [IC 95 %] | 1,0 [-3,7; 5,7] | -3,6 [-8,2; 1,1] | -8,0†† [-12,6; -3,4] | - |
Peso corporal (kg) | ||||
Período basal (média) | 90,3 | 90,7 | 90,0 | 90,3 |
Alteração em relação ao período basal | -7,1## | -9,5## | -11,7## | +1,9## |
Diferença em relação à insulina glargina [IC 95 %] | -9,0** [-9,8; -8,3] | -11,4** [-12,1; -10,6] | -13,5** [-14,3; -12,8] | - |
Pacientes (%) atingindo a meta de perda de peso | ||||
≥ 5% | 62,9†† | 77,6†† | 85,3†† | 8,0 |
≥ 10% | 35,9†† | 53,0†† | 65,6†† | 1,5 |
≥ 15% | 13,8† | 24,0†† | 36,5†† | 0,0 |
a A dose média de insulina glargina na semana 52 foi 44 unidades/dia.
* p < 0,05, ** p < 0,001 para superioridade, ajustado para multiplicidade.
† p < 0,05, †† p < 0,001 comparado à insulina glargina, não ajustado para multiplicidade.
# p < 0,05, ## p < 0,001 comparado ao período basal.
Figura 4: Alteração média da HbA1c (%) e do peso corporal (kg) em relação ao período basal até a semana 52
SURPASS 5 – Terapia combinada com insulina basal titulada, com ou sem metformina5
Em um estudo de 40 semanas, duplo-cego e controlado por placebo, 475 pacientes com controle glicêmico inadequado usando insulina glargina com ou sem metformina foram randomizados para Tirzepatida 5 mg, 10 mg ou 15 mg uma vez por semana ou placebo. As doses de insulina glargina foram ajustadas por meio de um algoritmo com meta de glicemia em jejum de < 100 mg/dL. No período basal, os pacientes tinham uma duração média de diabetes de 13 anos.
Tabela 5: SURPASS 5: Resultados na semana 40
- | Tirzepatida 5 mg | Tirzepatida 10 mg | Tirzepatida 15 mg | Placeboa |
População (n) com intenção de tratar modificada (mITT) | 116 | 118 | 118 | 119 |
HbA1c (%) | ||||
Período basal (média) | 8,29 | 8,34 | 8,22 | 8,39 |
Alteração em relação ao período basal | -2,23## | -2,59## | -2,59## | -0,93## |
Diferença em relação ao placebo [IC 95%] | -1,30** [-1,52; -1,07] | -1,66** [-1,88; -1,43] | -1,65** [-1,88; -1,43] | - |
Pacientes (%) atingindo a meta de HbA1c | ||||
< 7,0% | 93,0** | 97,4** | 94,0** | 33,9 |
≤ 6,5% | 80,0†† | 94,7†† | 92,3†† | 17,0 |
< 5,7% | 26,1†† | 47,8†† | 62,4†† | 2,5 |
Glicemia em jejum (mg/dL) | ||||
Período basal (média) | 162,2 | 162,9 | 160,4 | 164,4 |
Alteração em relação ao período basal | -61,4## | -67,9## | -67,7## | -38,9## |
Diferença em relação ao placebo [IC 95%] | -22,5** [-29,5; -15,4] | -29,0** [-36,0; -22,0] | -28,8** [-35,9; -21,6] | - |
Peso corporal (kg) | ||||
Período basal (média) | 95,5 | 95,4 | 96,2 | 94,1 |
Alteração em relação ao período basal | -6,2## | -8,2## | -10,9## | +1,7# |
Diferença em relação ao placebo [IC 95%] | -7,8** [-9,4, -6,3] | -9,9** [-11,5; -8,3] | -12,6** [-14,2; -11,0] | - |
Pacientes (%) atingindo a meta de perda de peso | ||||
≥ 5% | 53,9†† | 64,6†† | 84,6†† | 5,9 |
≥ 10% | 22,6†† | 46,9†† | 51,3†† | 0,9 |
≥ 15% | 7,0† | 26,6† | 31,6†† | 0,0 |
a A mediana da dose geral de insulina glargina no período basal foi de 34 unidades/dia. A mediana da dose de insulina glargina na semana 40 foi de 38, 36, 29 e 59 unidades/dia para Tirzepatida 5 mg, 10 mg, 15 mg e placebo, respectivamente.
* p < 0,05; ** p < 0,001 para superioridade, ajustado para multiplicidade.
† p < 0,05; †† p < 0,001 comparado ao placebo, não ajustado para multiplicidade.
# p < 0,05; ## p < 0,001 comparado ao período basal.
Figura 5: Alteração média da HbA1c (%) e do peso corporal (kg) em relação ao período basal até a semana 40
Avaliação cardiovascular8
O risco cardiovascular foi avaliado por meio de uma meta-análise de pacientes com pelo menos uma adjudicação confirmada de evento cardiovascular adverso maior (MACE)8. O desfecho composto de MACE-4 incluiu morte cardiovascular, infarto do miocárdio não fatal, acidente vascular cerebral não fatal ou hospitalização por angina instável.
Em uma meta-análise primária dos estudos de registro fase 2 e 3, um total de 116 pacientes (Tirzepatida: 60 [n = 4.410]; todos os comparadores: 56 [n = 2.169]) experimentaram pelo menos uma adjudicação confirmada de MACE-4: Os resultados mostraram que Tirzepatida não esteve associado com aumento de risco para eventos cardiovasculares em comparação aos comparadores agrupados (HR: 0,81; IC: 0,52 a 1,26).
Uma análise adicional foi realizada especificamente para o estudo SURPASS-4 que envolveu pacientes com doença cardiovascular estabelecida. Um total de 109 pacientes (Tirzepatida: 47 [n = 995]; insulina glargina: 62 [n = 1.000]) experimentaram pelo menos uma adjudicação confirmada de MACE-4: Os resultados mostraram que Tirzepatida não esteve associado com aumento de risco para eventos cardiovasculares em comparação à insulina glargina (HR: 0,74; IC: 0,51 a 1,08).
Pressão sanguínea
Nos estudos de fase 3 controlados por placebo, o tratamento com Tirzepatida resultou em uma redução média da pressão arterial sistólica e diastólica de 6 a 9 mmHg e de 3 a 4 mmHg, respectivamente. Houve uma redução média da pressão arterial sistólica e diastólica de 2 mmHg cada, em pacientes tratados com placebo.
Frequência cardíaca
Nos estudos de fase 3 controlados por placebo, o tratamento com MOUNAJRO resultou em um aumento médio da frequência cardíaca de 2 a 4 batimentos por minuto. Houve um aumento médio da frequência cardíaca de 1 batimento por minuto em pacientes tratados com placebo.
Intervalo QTc
Tirzepatida não prolonga o intervalo QTc em doses de até 15 mg.
Outras informações1-5
Glicemia em jejum
O tratamento com Tirzepatida resultou em reduções significativas da glicemia em jejum em relação ao período basal (as alterações em relação ao período basal até o desfecho primário foram de -43,24 mg/dL a -68,46 mg/dL). Reduções significativas da glicemia em jejum em relação ao período basal podem ser observadas a partir de 2 semanas. A melhora da glicemia em jejum foi sustentada durante o período do estudo mais longo de 104 semanas.
Glicemia pós-prandial
O tratamento com Tirzepatida resultou em reduções significativas na média da glicemia pós prandial após 2 horas (média das 3 refeições principais do dia) em relação ao período basal (alteração em relação ao período basal até o desfecho primário foram -60,35 mg/dL a -87,38 mg/dL).
Experiência do paciente
Os resultados relatados pelos pacientes foram medidos em todos os estudos de fase 3. Em todas as medidas de qualidade de vida, os resultados de Tirzepatida mostraram melhora em relação ao período basal para a grande maioria dos escores de medição (para todos, exceto um dos 108 escores de medição de resultados relatados pelo paciente).
Tirzepatida 5 mg, 10 mg e 15 mg melhoraram significativamente o funcionamento físico em comparação à semaglutida injetável 1,0 mg.
Tirzepatida 5 mg, 10 mg, 15 mg melhoraram significativamente a satisfação com o tratamento em comparação à insulina degludeca ou insulina glargina.
Enzimas pancreáticas
Nos estudos de fase 3 controlados por placebo, o tratamento com Tirzepatida resultou em um aumento médio das enzimas pancreáticas amilase e lipase em relação ao período basal de 33% a 38% e 31% a 42%, respectivamente. Os pacientes tratados com placebo tiveram um aumento da amilase em relação ao período basal de 4% e nenhuma alteração da lipase foi observada. Na ausência de outros sinais e sintomas de pancreatite aguda, elevações nas enzimas pancreáticas sozinhas não são preditivos de pancreatite aguda.
Triglicerídeos
Em todos os estudos SURPASS 1-5, Tirzepatida 5 mg, 10 mg e 15 mg resultou na redução dos triglicerídeos séricos de 15 a 19%, 18 a 27% e 21 a 25%, respetivamente.
No estudo de 40 semanas versus semaglutida 1 mg, Tirzepatida 5 mg, 10 mg e 15 mg resultou em 19%, 24% e 25% de redução nos níveis de triglicerídeos séricos, respectivamente, em comparação com 12% de redução com semaglutida 1 mg.
Proporção de pacientes atingindo HbA1c < 5,7% sem hipoglicemia clinicamente significativa
Nos 4 estudos em que Tirzepatida não foi combinado com a insulina basal, 93,6% a 100% dos pacientes em tratamento de Tirzepatida que alcançaram no desfecho primário uma glicemia normal de HbA1c < 5,7%, o fizeram sem hipoglicemia clinicamente significativa. No estudo SURPASS-5, 85,9% dos pacientes tratados com Tirzepatida que atingiram HbA1c < 5,7% o fizeram sem hipoglicemia clinicamente significativa.
Referências Bibliográficas
1) Rosenstock J, Wysham C, Frías JP, Kaneko S, Lee CJ, Fernández Landó L, Mao H, Cui X, Karanikas CA, Thieu VT. Efficacy and safety of a novel dual GIP and GLP-1 receptor agonist tirzepatide in patients with type 2 diabetes (SURPASS-1): a double-blind, randomised, phase 3 trial. Lancet. 2021 Jul 10;398(10295):143-155. doi: 10.1016/S0140-6736(21)01324-6. Epub 2021 Jun 27. Erratum in: Lancet. 2021 Jul 17;398(10296):212.
2) Frías JP, Davies MJ, Rosenstock J, Pérez Manghi FC, Fernández Landó L, Bergman BK, Liu B, Cui X, Brown K; SURPASS-2 Investigators. Tirzepatide versus Semaglutide Once Weekly in Patients with Type 2 Diabetes. N Engl J Med. 2021 Aug 5;385(6):503-515. doi: 10.1056/NEJMoa2107519.
3) Ludvik B, Giorgino F, Jódar E, Frias JP, Fernández Landó L, Brown K, Bray R, Rodríguez Á. Once-weekly tirzepatide versus once-daily insulin degludec as add-on to metformin with or without SGLT2 inhibitors in patients with type 2 diabetes (SURPASS-3): a randomised, open label, parallel-group, phase 3 trial. Lancet. 2021 Aug 14;398(10300):583-598. doi: 10.1016/S0140-6736(21)01443-4.
4) Del Prato S, Kahn SE, Pavo I, Weerakkody GJ, Yang Z, Doupis J, Aizenberg D, Wynne AG, Riesmeyer JS, Heine RJ, Wiese RJ; SURPASS-4 Investigators. Tirzepatide versus insulin glargine in type 2 diabetes and increased cardiovascular risk (SURPASS-4): a randomised, open-label, parallel-group, multicentre, phase 3 trial. Lancet. 2021 Nov 13;398(10313):1811-1824. doi: 10.1016/S0140-6736(21)02188-7.
5) Dahl D, Onishi Y, Norwood P, Huh R, Bray R, Patel H, Rodríguez Á. Effect of Subcutaneous Tirzepatide vs Placebo Added to Titrated Insulin Glargine on Glycemic Control in Patients With Type 2 Diabetes: The SURPASS-5 Randomized Clinical Trial. JAMA. 2022 Feb 8;327(6):534 545. doi: 10.1001/jama.2022.0078.
6) Battelino T, et al. Efficacy of once-weekly tirzepatide versus once-daily insulin degludec on glycaemic control measured by continuous glucose monitoring in adults with type 2 diabetes (SURPASS-3 CGM): a substudy of the randomised, open-label, parallel-group, phase 3 SURPASS-3 trial. Lancet Diabetes Endocrinol. Published Online April 22, 2022.
7) Gastaldelli A, et al. Effect of tirzepatide versus insulin degludec on liver fat content and abdominal adipose tissue in people with type 2 diabetes (SURPASS-3 MRI): a substudy of the randomised, open-label, parallel-group, phase 3 SURPASS-3 trial. Lancet Diabetes Endocrinol. Published Online April 22, 2022.
8) Sattar N, McGuire DK, Pavo I, et al. Tirzepatide cardiovascular event risk assessment: a pre specified meta-analysis. Nature Medicine. 2022 Mar;28(3):591-598. DOI: 10.1038/s41591-022 01707-4.
Características Farmacológicas
Descrição
Tirzepatida é um agonista de ação prolongada dos receptores de GIP e GLP-1. É uma sequência de aminoácidos com um fragmento de diácido graxo de 20 carbonos que permite a ligação da albumina e prolonga a meia-vida.
Mecanismo de ação
Tirzepatida é altamente seletivo aos receptores de GIP e GLP-1 humanos, para os quais apresenta alta afinidade. A atividade de Tirzepatida sobre o receptor de GIP é similar à do hormônio GIP natural. A atividade de Tirzepatida sobre o receptor de GLP-1 é inferior à do hormônio GLP-1 natural.
Tirzepatida aumenta a sensibilidade de células β à glicose, aumentando a secreção de insulina de primeira e segunda fase e reduzindo os níveis de glucagon, ambos de modo dependente da glicose.
Tirzepatida melhora a sensibilidade à insulina, retarda o esvaziamento gástrico, sendo que esse efeito diminui com o tempo, e reduz a ingestão de alimentos.
Propriedades Farmacodinâmicas
Controle glicêmico
Tirzepatida melhora o controle glicêmico, reduzindo a concentração de glicose de jejum e pós-prandial em pacientes com diabetes tipo 2 por diversos mecanismos.
- Tirzepatida 15 mg aumentou a taxa de secreção de insulina de primeira e segunda fase em 466% e 302%, respectivamente (ver Figura 6).
- Tirzepatida 15 mg melhorou a sensibilidade à insulina em todo o corpo em 63%, medida pelo Valor M, uma medida de captação de glicose pelos tecidos. Tirzepatida reduz o peso corporal em pacientes com diabetes tipo 2, o que pode contribuir à melhora da sensibilidade à insulina (ver Figura 7).
- Tirzepatida 15 mg reduziu a concentração de glucagon de jejum em 28% e a área sob a curva (ASC) de glucagon após uma refeição mista em 43%.
Atraso no esvaziamento gástrico
Tirzepatida adia o esvaziamento gástrico, o que pode reduzir a velocidade da absorção da glicose após a refeição e pode levar a um efeito benéfico sobre a glicemia pós-prandial. Tirzepatida retarda a absorção da glicose pós-prandial, reduzindo a glicose pós-prandial. O atraso é maior após a primeira dose e esse efeito diminui com o tempo.
Figura 6: Concentração média de insulina em 1-120 minutos durante o clamp hiperglicêmico no período basal e na semana 28
Figura 7: Sensibilidade à insulina (Valor M do clamp euglicêmico hiperinsulinêmico) no período basal e na semana 28
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
Após a administração, a concentração máxima de Tirzepatida é alcançada entre 8 e 72 horas. A exposição no estado de equilíbrio é alcançada após 4 semanas de administração uma vez por semana. A exposição à Tirzepatida aumenta de modo proporcional à dose. Foi obtida exposição similar com a administração subcutânea de Tirzepatida no abdome, coxa ou braço. A biodisponibilidade absoluta de Tirzepatida subcutânea foi de 80%.
Distribuição
O volume de distribuição aparente médio no estado de equilíbrio de Tirzepatida após a administração subcutânea em pacientes com diabetes tipo 2 é de aproximadamente 10,3 L. Tirzepatida apresenta alta ligação à albumina plasmática (99,06%).
Metabolismo
Tirzepatida é metabolizado por clivagem proteolítica do esqueleto peptídico, beta-oxidação do fragmento diácido graxo de 20 carbonos e hidrólise da amida.
Eliminação
O clearance aparente médio populacional de Tirzepatida é de aproximadamente 0,06 L/h com uma meia-vida de eliminação de aproximadamente 5 dias, permitindo a administração uma vez por semana.
Excreção
Tirzepatida é eliminado por metabolização. As vias de excreção primárias dos metabólitos de Tirzepatida são a urina e as fezes. Não se observa Tirzepatida intacto na urina nem nas fezes.
Populações específicas
Os fatores intrínsecos de idade, sexo, raça, etnia, peso corporal ou comprometimento renal ou hepático não têm um efeito clinicamente relevante sobre a farmacocinética de Tirzepatida.
Como devo armazenar o Mounjaro?
Armazenar em geladeira de 2°C a 8°C. Manter na embalagem original para proteger da luz. Não congelar.
Mounjaro pode ser armazenado fora de refrigeração a temperaturas abaixo de 30°C por até 21 dias.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
Mounjaro é uma solução injetável, transparente e incolor a levemente amarela.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
Dizeres Legais do Mounjaro
Registro: 1.1260.0202
Produzido por:
Eli Lilly and Company
Indianápolis – EUA
Ou
Vetter Pharma - Fertigung GmbH & Co. KG
Ravensburg – Alemanha
Importado e Registrado por:
Eli Lilly do Brasil Ltda.
Av. Morumbi, 8264 – São Paulo, SP
CNPJ 43.940.618/0001-44
SAC
0800 701 0444
sac_brasil@lilly.com
Venda sob prescrição.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Tirzepatida
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 12 de Maio de 2025.

Mounjaro 2,5mg/mL, caixa com 4 seringas preenchidas com 0,5mL de solução de uso subcutâneo + 4 canetas aplicadoras
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