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Remédios para Ameaça de Aborto

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O que é Ameaça de aborto?

Para entender o que exatamente uma ameaça de aborto quer dizer, é importante levar em consideração o que significa o termo aborto. Ele pode ser usado para se referir tanto ao feto, que é o resultado da concepção eliminado durante o abortamento, quanto ao abortamento em si.

A ameaça de aborto, segundo o Classificação Internacional de Doenças é codificado como CID 10 - O20 e se refere à Hemorragia do Início da Gravidez.

O aborto espontâneo ocorre quando há a interrupção da gestação, podendo ser classificado como precoce, quando ocorre antes de 12 semanas de gestação, ou tardio, quanto acontece entre 12 e 22 semanas.

Ainda dentro das classificações quanto ao tipo de aborto, ele pode ser considerado:

  • Incompleto: quando há expulsão de partes dos produtos da concepção (feto e placenta);
  • Completo: quando ocorre a expulsão total da placenta e do feto;
  • Oculto: quando ocorre a perda gestacional, mas não há expulsão, sangramento ou dilatação, ou seja, não há sinais da ocorrência de um aborto.

Levando essas informações em consideração, o abortamento pode ser definido como inevitável ou ameaça.

O aborto é considerado inevitável quando há hemorragia vaginal com dilatação do colo do útero. Nesse caso, não existe possibilidade de evolução gestacional.

Já uma ameaça de aborto, é caracterizada pelo sangramento vaginal, sem dilatação cervical e, na maioria das vezes, indolor. Em uma ameaça de aborto, a gestação continua sendo viável, porém alguns cuidados serão necessários para que ela continue sem novas intercorrências.

Estima-se que cerca de 30% das gestantes tem sangramento nas primeiras semanas de gravidez, no entanto, apenas metade delas realmente estão sofrendo um aborto espontâneo.

Esses casos podem, ainda, serem subnotificados, pois o sangramento caracteristico de um aborto espontâneo pode ser confundido com uma menstruação que estava atrasada e veio de forma tardia.

Sintomas

Uma situação de ameaça de aborto traz, geralmente, apenas 2 sintomas: sangramento vaginal e dor pélvica, semelhante a cólica. Esses sintomas podem vir juntos ou isolados.

Também pode haver variação nos sintomas, dependendo do tipo de aborto e de cada organismo. Por exemplo, alguns casos, além do sangramento e dor abdominal, podem acompanhar náuseas, vômitos, febre, distensão abdominal, entre outros.

Complicações

Se a ameaça de aborto não for acompanhada adequadamente por um ginecologista obstetra e as orientações não forem seguidas a risca, pode haver dificuldade para manter a gestação evoluindo de forma saudável.

Outra complicação que pode ocorrer em grávidas que tiveram ameaça de aborto é o parto prematuro, quando o bebê nasce antes do tempo previsto. Quando isso acontece, o neném pode apresentar graves problemas de saúde.

Por isso, é importante fazer o pré-natal, ter hábitos saudáveis e, em caso de dúvidas, procurar auxílio médico.

Diagnóstico

O diagnóstico pode ocorrer com a utilização de diferentes formas de avaliação, que podem ser utilizadas em conjunto ou de forma separada, para confirmar se há uma ameaça de aborto ou não.

O tipo de avaliação necessário será definido pelo médico, com base em cada paciente e em cada caso.

Avaliação Clínica

Anamnese

Na avaliação clínica, um dos primeiros passos é a anamnese, que é a colheita de informações a respeito do histórico médico do paciente, como, por exemplo, se houve alguma intercorrência prévia durante a gestação, dor pélvica e/ou sangramento.

Além disso, leva-se em consideração a idade da mãe, idade gestacional, se a grávida possui alguma doença pré-existente, entre outros questionamentos.

Exame Ginecológico

Outro tipo de avaliação é o exame ginecológico, em que é utilizado o espéculo, uma ferramenta ginecológica que permite a observação do colo do útero. Esse exame pode acompanhar a palpação abdominal, quando o médico usa as pontas dos dedos para suavemente apalpar o abdômen da gestante.

Avaliação Laboratorial

Exame de Imagem

O exame de imagem é feito através da ultrassonografia. Esse tipo de exame pode ser dividido em dois tipos:

  • Extrauterina: também conhecida como ecografia, esse exame usa um transdutor, aparelho que emite e capta ondas sonoras quando em contato com a pele;
  • Intrauterina: também chamada de transvaginal. Nesse exame usa-se um aparelho que adentra o canal vaginal para captar as imagens.

Exame de sangue

Podem ser solicitados exames que avaliam informações específicas do organismo através da análise do sangue. Alguns exames que podem ser solicitados são o β-HCG, hemograma e hematócrito.

Tratamento

O tratamento para uma ameaça de aborto, geralmente, é feito com repouso e intervenção medicamentosa, com remédio para aborto espontâneo. Em alguns casos, pode ser solicitado a suplementação da progesterona, um hormônio naturalmente produzido pelo corpo e que diminui as contrações uterinas.

Também pode ser orientado a abstinência sexual e internamento para observação. Quem irá determinar o tratamento ideal e os cuidados necessários é o médico ginecologista obstetra.

É importante destacar que apesar da dor ser semelhante a uma cólica, os remédios para cólica menstrual, só devem ser usados durante uma ameaça de aborto ou abortamento se indicado pelo médico.

Prevenção

A melhor forma de prevenir uma ameaça de aborto é seguir as orientações médicas para uma gestação saudável. O ideal é manter uma rotina com bons hábitos de saúde, como alimentação balanceada, com alimentos ricos em nutrientes. Se exercitar também é essencial.

Além disso, o passo mais importante para ter uma gestação tranquila é o acompanhamento através do pré-natal.

No entanto, há outros fatores que também podem causar uma ameaça de abortamento, nesse caso os cuidados indicados por um profissional de saúde podem auxiliar a ter uma recuperação mais fácil e proporcionar a progressão da gestação.


Como saber se a gravidez está a evoluir?

A melhor forma de saber se uma gravidez está evoluindo como deve é fazer o pré-natal, um acompanhamento médico, em que através de exames clínicos e de imagem o médico verifica a progressão gestacional.

No pré-natal, há visitas mensais ao obstetra, que também solicita ecografias regulares, mede o crescimento da barriga e ausculta o coração do bebê. Nesse período o médico também avalia a saúde da mãe.

Qual o período de maior risco na gravidez?

O período de maior risco na gravidez é o primeiro trimestre de gestação. Nesse período ocorrem a maioria dos abortos, pois é uma fase essencial para o desenvolvimento da gravidez, já que o saco gestacional, onde o embrião irá se desenvolver, está se fixando na parede uterina.

Algumas das causas de abortamento nesse período são consumo de álcool e cafeína, tabagismo, automedicação, falta de hábitos saudáveis, entre outros fatores.

É possível ter sangramento e não perder o bebê?

Sim, é possível ter sangramento e não perder o bebê, pois nem sempre o sangramento vaginal indica que algo não está bem com o feto. Ele pode ter outras causas, como o aumento do fluxo sanguíneo no útero, que pode ocorrer nos três primeiros meses.

No entanto, é importante observar a coloração, intensidade e duração do sangramento e se acompanha dor ou não. Em caso de dúvidas, o ideal é procurar orientação médica, pois apenas o médico pode confirmar ou descartar a ameaça de aborto ou o abortamento.

Pode acontecer de perder o bebê e não ter sangramento?

Sim, pode acontecer de perder o bebê e não ter sangramento. Em casos de aborto retido ou oculto, não há sangramento pois não há dilatação nem expulsão do feto. Por isso, é de extrema importância fazer acompanhamento médico e procurar auxílio se tiver dúvidas.

O que pode provocar a perda do bebê?

Alguns fatores que podem provocar a perda do bebê são uso de drogas lícitas e ilícitas, como consumo de álcool e tabagismo, automedicação, falta de hábitos saudáveis, fatores genéticos, defeito congênito, anomalia nas estruturas reprodutivas e lesão abdominal.

O acompanhamento médico é essencial para diagnósticos, tratamentos adequados e orientações que possam possibilitar a evolução da gestação.


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