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Vitiligo: causas, tratamentos e cuidados

O vitiligo é uma condição dermatológica que se destaca pela perda de pigmentação na pele. 

Essa ausência de cor é resultado da diminuição ou completa ausência de melanócitos, as células especializadas responsáveis pela produção do pigmento melanina, que confere a tonalidade à pele.

A causa está associada a uma resposta autoimune, na qual o sistema imunológico erroneamente ataca e destrói os melanócitos.

As manifestações não estão relacionadas a qualquer tipo de dor ou desconforto físico. No entanto, as implicações emocionais e sociais podem ser significativas, uma vez que as alterações visíveis na pele podem afetar a autoestima e a qualidade de vida dos indivíduos afetados.

Acompanhe a leitura para saber mais sobre o assunto!

Definição

As lesões características do vitiligo se manifestam como áreas de despigmentação, onde a pele perde sua cor natural. Essas regiões afetadas podem variar em tamanho e forma, formando manchas distintas que contrastam com a pigmentação normal da pele ao seu redor.

É essencial destacar que o vitiligo pode afetar pessoas de qualquer cor de pele, embora as manifestações da doença possam ser mais perceptíveis em indivíduos com tonalidades de pele mais escuras.

A despigmentação torna-se mais evidente nessas circunstâncias, atraindo maior atenção visual.

Tipos

Existem duas formas principais de apresentação do vitiligo: a segmentar ou unilateral, que se manifesta em apenas uma parte do corpo, geralmente durante a juventude, e a não segmentar ou bilateral, que é o tipo mais comum, afetando ambos os lados do corpo. 

Segmentar

Essas condições muitas vezes se iniciam em uma região específica, afetando apenas uma parte do corpo, podendo inclusive envolver áreas capilares. Esta forma de vitiligo tende a se manifestar em idades mais jovens.

Não segmentar

As manchas frequentemente surgem inicialmente em extremidades como mãos, pés, nariz e boca. Caracterizado por ciclos de perda de cor, nos quais a doença pode progredir, seguidos por períodos de estagnação.

Estes ciclos podem persistir ao longo da vida, sendo que a duração dos ciclos e a extensão das áreas despigmentadas tendem a aumentar com o tempo.

Complicações

Embora a maior parte das pessoas com vitiligo não apresente outros sintomas além da despigmentação da pele, há relatos de sensibilidade e desconforto na área afetada. 

Algumas possíveis complicações relacionadas à condição são:

  • Maior suscetibilidade a queimaduras solares;
  • Um risco aumentado de câncer de pele;
  • Sensibilidade e dor na região afetada;
  • Além dos traumas psicológicos e emocionais relacionados à condição. 

Causas

As causas do vitiligo ainda não são completamente entendidas, embora haja indícios de que alterações emocionais ou traumas possam desempenhar um papel tanto no desencadeamento quanto na intensificação da doença.

Fatores autoimunes têm sido associados ao vitiligo, sugerindo que o sistema imunológico pode atacar erroneamente os melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina. 

Ademais, influências genéticas também podem desempenhar um papel, já que a predisposição genética parece contribuir para a suscetibilidade ao vitiligo.

Sintomas

Caracterizado principalmente sobre a hipopigmentação da pele, resultando em manchas brancas de dimensões diversas.

A perda de pigmentação associada ao vitiligo pode abranger diversas regiões do corpo, incluindo a boca, os cabelos e os olhos. As áreas afetadas podem variar de tamanho e intensidade.

Quando a despigmentação atinge a região oral, pode resultar em manchas brancas nos lábios, gengivas e mucosa bucal.

Além dos pelos e cabelos, que podem ser impactados pela perda de pigmentação resultante em manchas brancas, é possível observar o surgimento de áreas onde os cabelos perdem completamente sua coloração.

Os olhos não estão isentos, e o vitiligo pode impactar a região periocular, levando à perda de cor na pele ao redor dos olhos. Embora a despigmentação na área dos olhos seja menos comum do que em outras partes do corpo.

Diagnóstico

O diagnóstico do vitiligo é fundamentalmente clínico, baseando-se principalmente na observação visual das manchas com pouca pigmentação, as quais tendem a surgir em áreas específicas e distintas do corpo.

O histórico familiar é extremamente relevante, pois é necessário uma atenção redobrada se há casos de vitiligo na família.

A natureza característica dessas lesões, marcadas pela ausência de cor e pela formação de manchas brancas, geralmente torna o diagnóstico relativamente evidente para profissionais de saúde experientes.

Frequentemente se manifestando inicialmente em áreas expostas ao sol, como mãos, pés, face e regiões perioculares. A observação dessas características distintivas é crucial para diferenciar o vitiligo de outras condições dermatológicas.

A biópsia cutânea revela a ausência de melanócitos, exceto nas bordas da lesão. O uso da lâmpada de Wood é usado para detectar áreas de vitiligo em pessoas de pele branca. 

Análises sanguíneas, incluindo estudo imunológico, podem revelar doenças autoimunes associadas. 

O diagnóstico e o tipo específico de vitiligo são determinados por um dermatologista, que também avalia doenças autoimunes e prescreve o tratamento adequado.

Tratamento

Aqui estão algumas opções de tratamento para o vitiligo.

  • Corticosteróides descritos: Estes são cremes ou pomadas contendo corticosteróides que podem ajudar a repigmentar áreas afetadas pela condição.
  • Fototerapia (PUVA): pode ser utilizada para estimular a pigmentação da pele. Este tratamento envolve uma aplicação de psoralenos (substâncias sensíveis à luz) seguida de exposição à luz UVA;
  • Cremes imunomoduladores: alguns medicamentos descritos podem influenciar na atuação do sistema imunológico, podem ser usados ​​para repigmentação;
  • Terapia de laser: lasers como excimer, por exemplo, visam repigmentar a pele afetada;
  • Despigmentação: nos casos em que o vitiligo afeta uma grande parte do corpo, algumas pessoas podem optar pela despigmentação para uniformizar a cor da pele. Este procedimento envolve o uso de produtos químicos para remover a pigmentação da pele restante.

Cada caso é único, e o tratamento deve ser adaptado às características individuais do paciente. É imprescindível contar com a orientação de um médico especializado em dermatologia ou saúde da pele para garantir uma abordagem eficaz e segura.

Medicamentos

Medicamentos para o Vitiligo

Medicação

Medicamentos frequentemente usados são cremes ou pomadas contendo corticosteróides que podem ser prescritos para reduzir a inflamação e estimular a repigmentação da pele. 

  • Tacrolimo e Pimecrolimo: são medicamentos imunomoduladores que podem ser aplicados topicamente. Eles ajudam a modular a resposta imunológica da pele e podem ser úteis na repigmentação.
  • Inibidores de Janus Quinase (JAK): como o tofacitinibe, visam modificar a resposta imunológica.
  • Corticosteróides sistêmicos: em casos mais graves, ou quando o vitiligo está progredindo rapidamente, o médico pode prescrever corticosteróides sistêmicos. No entanto, esses medicamentos têm efeitos colaterais potenciais e são geralmente usados ​​com cautela.
  • Suplementos de vitamina D: alguns estudos sugeriram que a vitamina D pode ter um papel na repigmentação da pele em casos de vitiligo.
  • Injeções de corticosteróides ou imunomoduladores: injeções diretas de medicamentos na pele afetada podem ser usadas em alguns casos, especialmente quando as áreas afetadas são pequenas.

As informações aqui apresentadas têm um propósito meramente informativo e não devem ser interpretadas como substitutos de orientações médicas específicas para cada situação. 

Preocupações comuns

Como evitar o Vitiligo?

Importante deixar que o vitiligo não tem causa exata, mas pode ter fatores que contribuem para a evolução da doença. A fim de evitar a progressão, é indicado:

  • Usar protetor solar de amplo espectro;
  • Evitar lesões na pele;
  • Controlar o estresse diário;
  • Manter uma dieta saudável;
  • Uso de roupas que não causem atrito ou pressão excessiva sobre a pele.

O Vitiligo é perigoso?

Em termos de riscos à saúde, não implica ameaça direta à saúde dos indivíduos que a possuem, nem apresenta riscos para aqueles ao seu redor. Do ponto de vista médico, não há complicações graves associadas, tornando-o uma condição, em grande parte, benigna.

O vitiligo não é contagioso e não representa uma ameaça à saúde física ou à saúde das pessoas ao redor.

O principal impacto do vitiligo reside, predominantemente, no aspecto estético que muitas vezes resulta em experiências de preconceito por parte da sociedade. 

Qual a idade que aparece o vitiligo?

O início do vitiligo pode ocorrer em qualquer fase da vida, embora seja mais comum se manifestar antes dos 30 anos de idade. É importante observar que a idade de aparecimento varia consideravelmente entre os indivíduos afetados.

O que acelera o vitiligo?

Alguns eventos podem desencadear uma resposta imunológica e possivelmente afetar a produção de melanócitos, como lesões aparentes, abrasões ou traumas na pele e estresse emocional.

Quais são os primeiros sinais de vitiligo?

É comum que o vitiligo comece como uma única mancha, muitas vezes pequena e claramente definida, em áreas do corpo mais expostas à luz solar, como mãos, rosto, braços ou lábios. 

Se o tratamento não for iniciado ou se a condição não for controlada, essas manchas podem aumentar de tamanho e multiplicar-se, afetando áreas mais extensas da pele. 


Referências

  1. Vitiligo — Biblioteca Virtual em Saúde MS;
  2. Vitiligo — SBD;
  3. Vitiligo — Manual MSD.

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