Propentofilina
(1)Preço
Tipo de receita
- Receita Simples - Veterinário
Forma farmacêutica
- Comprimido
Categoria
- Medicamentos
- Medicamentos Veterinários
- Medicamentos para Cachorros
Dosagem
- 50mg
Fabricante
- União Química
Princípio ativo
- Propentofilina
Tipo do medicamento
- Outros
Quantidade
- 30 Unidades
Revimax para Cães Agener União 50mg, caixa com 30 comprimidos palatáveis
Indisponível
União Química
Propentofilina
Bula do Propentofilina
Propentofilina, para o que é indicado e para o que serve?
Propentofilina está indicado para o tratamento das afecções decorrentes da má circulação periférica e cerebral, melhorando a qualidade de vida do paciente geriátrico.
O medicamento possui amplo perfil farmacológico, gerando as seguintes ações positivas para o cão idoso:
- Aumenta o fluxo sanguíneo cerebral e atua diretamente contra o processo neurodegenerativo, melhorando as funções cognitivas e reduzindo as alterações comportamentais do animal senil.
- Eleva o fluxo sanguíneo e reduz a resistência vascular periférica, aumentando o débito cardíaco e tratando doenças isquêmicas dos membros e das extremidades.
- Possui um efeito inotrópico positivo discreto, elevando a força de contração e a frequência cardíacas de forma dose-dependente. Apresenta um efeito vasodilatador misto (arteriovenoso) moderado que potencializa todas as suas ações.
- Possui efeito broncodilatador.
Nos casos em que os sintomas gerais do cão idoso estiverem associados a alguma alteração orgânica como, por exemplo, insuficiência cardíaca, será necessário estabelecer um tratamento etiológico específico para a causa de base.
Este produto é destinado especialmente para o tratamento de cães, não sendo aprovado para uso em felinos. A indicação pode se estender a outras espécies de animais domésticos ou silvestres a critério do Médico Veterinário responsável pelo tratamento.
Quais as contraindicações do Propentofilina?
O medicamento é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida à propentofilina, a outras metilxantinas ou a qualquer outro componente da fórmula.
Devido a experiências insuficientes, a administração da propentofilina não deve ser realizada durante a prenhez, lactação ou em fêmeas destinadas à reprodução. Da mesma forma, não se recomenda o uso em filhotes.
O produto não deve ser utilizado em animais com insuficiência cardíaca grave (classes III e IV). O produto é contraindicado para o tratamento de arritmias graves e de arteriosclerose coronariana avançada.
O produto não é recomendado a pacientes com hipertensão intracraniana acentuada (decorrente de alterações estruturais como anormalidades congênitas ou neoplasias, por exemplo) ou com hemorragias intracerebrais agudas (traumas e acidentes vasculares cerebrais).
A terapia deverá ser descontinuada se sinais de hemorragia surgirem. O medicamento é contraindicado em caso de diátese hemorrágica de qualquer origem.
Tipo de receita
Como usar o Propentofilina?
O produto deve ser administrado 1 hora antes da alimentação, mantendo-se o aporte de água normal. Os comprimidos podem ser fornecidos inteiros ou fragmentados, de acordo com a dose adequada ao peso do animal.
Atenção: assegure-se de que o cão deglutiu toda a quantidade do medicamento fornecido.
Tabela de dosificação
A dose preconizada é de 3 a 5 mg/kg de peso corporal, de 12 em 12 horas, durante 4 a 6 semanas, de acordo com a tabela a seguir:
Peso do animal | Dose* |
Maior que 2,5 kg e menor que 5 kg | ¼ comprimido |
5 kg | ¼ a ½ comprimido |
10 kg | ½ a 1 comprimido |
15 kg | 1 a 1 e ½ comprimido |
20 kg | 1 e ½ a 2 comprimidos |
30 kg | 2 a 3 comprimidos |
40 kg | 2 e ½ a 4 comprimidos |
*Cálculo aproximado.
Em animais com insuficiência renal aguda ou crônica, a dose deverá ser reduzida.
O Médico Veterinário deverá reavaliar clinicamente o animal 2 a 3 semanas após o início do tratamento. A terapia poderá se prolongar em função dos resultados obtidos ou a critério do Médico Veterinário.
Em alguns casos, os efeitos benéficos aparentes da terapia podem demorar algumas semanas para surgir. Deve-se aguardar pelo menos 4 semanas para a reavaliação do quadro cínico e, se não houver melhora dos sintomas decorrentes da má circulação, o tratamento deverá ser suspenso.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Propentofilina com outros remédios?
Nenhuma interação medicamentosa grave foi descrita até o presente momento. A propentofilina pode potencializar os efeitos de agentes que combatem a hipertensão, de drogas que diminuem a capacidade de coagulação e pode alterar ainda o efeito de agentes hipoglicemiantes orais. No caso do uso concomitante com drogas simpatolíticas, ganglioplégicas e vasodilatadoras, o produto pode intensificar a queda de pressão sanguínea e, portanto, recomenda-se a monitoração regular.
Quais cuidados devo ter ao usar o Propentofilina?
Os efeitos colaterais em cães parecem ser bastante limitados e ocorrem excepcionalmente (como, por exemplo, em animais debilitados) na forma de reações alérgicas, intolerância digestória, náuseas, dores epigástricas e excitação. Nestes casos, recomenda-se suspender imediatamente o tratamento e notificar o Médico Veterinário responsável.
A dose do medicamento deve ser reduzida em casos de insuficiência renal. Pacientes com doenças hepáticas e renais graves deverão ser particularmente monitorados.
Medicamentos com prazos de validade vencidos não devem ser utilizados.
O produto não deve ser utilizado sem o conhecimento de um Médico Veterinário responsável. Pode ser perigoso para a saúde de seu animal.
Qual a ação da substância do Propentofilina?
A adenosina é um nucleosídeo que desempenha papel importante no processo de transferência de energia (sob a forma de trifosfato de adenosina – ATP ou difosfato de adenosina – ADP) e de sinalização intracelular (como monofosfato de adenosina cíclico – cAMP ou monofosfato de guanosina cíclico – cGMP). Além disso, a adenosina atua como um neurotransmissor no sistema nervoso central e periférico, havendo diversos tipos de receptores distribuídos nos tecidos orgânicos. Integrando as moléculas de ATP, ADP, cAMP, cGMP ou atuando como neurotransmissor, a adenosina está presente em virtualmente todas as células, com destaque para a sua ação nos neurônios, células da glia, plaquetas, hemácias, neutrófilos e células endoteliais. A adenosina também exerce um papel relevante na proteção do tecido nervoso ao inibir o efeito deletério dos radicais livres.
A propentofilina é uma metilxantina, classe de medicamentos utilizada em medicina humana no tratamento de doenças neurológicas relacionadas à senilidade ou situações em que ocorre o comprometimento da circulação sanguínea. A ação da propentofilina envolve basicamente o aumento da atividade da adenosina nos meios extracelular e intracelular por meio de 2 mecanismos distintos. Em primeiro lugar, a propentofilina impede a recaptação da adenosina nos neurônios, aumentando suas concentrações no meio extracelular, particularmente nas fendas sinápticas e terminações nervosas. Outro modo de ação relaciona-se à inibição de enzimas intracelulares responsáveis pela degradação do cAMP e cGMP (fosfodiesterases I, II e IV), havendo potencialização dos efeitos farmacológicos gerados por essas moléculas.
No sistema cardiovascular, a propentofilina promove vasodilatação e inibe a agregação plaquetária, melhorando o fluxo e a viscosidade do sangue. Esse efeito é mediado pela ação da adenosina sobre os receptores do tipo A2A presentes nas células do endotélio vascular e nas plaquetas. A consequência é a melhor perfusão tecidual global, que traz efeitos positivos para o funcionamento cardíaco.
No sistema nervoso, a propentofilina melhora a circulação, como nos demais órgãos, mas também exerce um efeito neuroprotetor. Essas propriedades justificam o seu emprego em doenças degenerativas ou acompanhadas de comprometimento circulatório em seres humanos e animais idosos, com resultados favoráveis quanto à recuperação das funções cognitivas e nível de atividade física. O efeito neuroprotetor da propentofilina é gerado pelo aumento de adenosina no meio extracelular. Sabe-se que a adenosina tem ação oposta aos radicais livres e à substância amilóide beta, os quais se formam com o avanço da idade, nas doenças isquêmicas e nos processos degenerativos. Mecanismos complementares de neuroproteção da adenosina incluem a redução do cálcio intracelular e a inibição da produção de interleucina 1b e do fator de necrose tumoral. Adicionalmente, a adenosina pode exercer um efeito trófico sobre o sistema nervoso, por estimulação do fator de crescimento neuronal.
Fontes consultadas
- Folheto informativo do medicamento veterinário Revimax.
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