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Brometo de Piridostigmina

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O campo de indicações do Brometo de Piridostigmina compreende afecções nas quais se deseja obter uma estimulação do sistema nervoso parassimpático e uma ação favorável sobre a transmissão do influxo na junção mioneural. É principalmente usado, por via oral, no diagnóstico e tratamento da miastenia grave, por seu efeito prolongado e poucos distúrbios gastrointestinais formando alívio sintomático mais sustentado, particularmente à noite. Pode ser usado nos casos de doença de Little , esclerose múltipla e na esclerose lateral amiotrófica , mioatrofias espinhais e paresias consecutivas à poliomielite. Também pode ser usado na prevenção dos distúrbios pós-punção lombar e do meningismo pós-eletroencefalografia.

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  • Comprimido
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  • Aparelho Digestivo
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  • 60mg
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  • Cellera/Delta
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  • Brometo de Piridostigmina
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  • Similar
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  • 60 Unidades

Bula do Brometo de Piridostigmina

Brometo de Piridostigmina, para o que é indicado e para o que serve?

O campo de indicações do Brometo de Piridostigmina compreende afecções nas quais se deseja obter uma estimulação do sistema nervoso parassimpático e uma ação favorável sobre a transmissão do influxo na junção mioneural.

É principalmente usado, por via oral, no diagnóstico e tratamento da miastenia grave, por seu efeito prolongado e poucos distúrbios gastrointestinais formando alívio sintomático mais sustentado, particularmente à noite.

Pode ser usado nos casos de doença de Little, esclerose múltipla e na esclerose lateral amiotrófica, mioatrofias espinhais e paresias consecutivas à poliomielite.

Também pode ser usado na prevenção dos distúrbios pós-punção lombar e do meningismo pós-eletroencefalografia.

Quais as contraindicações do Brometo de Piridostigmina?

O Brometo de Piridostigmina está contraindicado nos casos de obstáculo mecânico ao nível do trato gastrointestinal ou nas vias urinárias, bem como nos casos de conhecida hipersensibilidade à droga.

O Brometo de Piridostigmina não deve ser administrado em associação com os miorrelaxantes despolarizantes, como o suxametônio.

Brometo de Piridostigmina deve ser administrado com extrema precaução a pacientes com bradicardia, asma brônquica, diabetes mellitus e após intervenções cirúrgicas sobre o estômago e intestino.

A ausência de resposta ao tratamento com Brometo de Piridostigmina pode eventualmente estar relacionada a uma superdosagem.

Deve-se também observar o princípio médico de não se administrar medicamentos durante a gravidez e a lactantes, a não ser em casos de extrema necessidade e mesmo assim utilizando-se dose bem ajustada e sob observação médica.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. (Categoria C).

Tipo de receita

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

Como usar o Brometo de Piridostigmina?

Durante o tratamento com Brometo de Piridostigmina, deve-se levar em consideração que o efeito se estabelece de forma progressiva, em geral, 15 a 30 minutos após administração oral.

Atonia intestinal, constipação atônica

1 comprimido a intervalos regulares (4/4 horas, por exemplo).

Miastenia gravis pseudoparalítica

1 a 3 comprimidos 2 a 4 vezes ao dia; nos casos mais graves a posologia pode ser aumentada.

Na miastenia gravis, o efeito de uma dose dura cerca de 4 horas durante o dia e até aproximadamente 6 horas durante a noite, devido à diminuição da atividade física.

Doença de Little, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, mioatrofias espinhais, paresias consecutivas à poliomielite - 1 a 6 comprimidos de 60 mg por dia.

Prevenção dos distúrbios pós-punção lombar e do meningismo pós-eletroencefalografia - 1 comprimido de 60 mg, 15 minutos antes de punção ou de exame.

Recomenda-se administrar o Brometo de Piridostigmina de forma que seu efeito máximo coincida com o período de maior esforço físico, por exemplo ao levantar-se ou durante as refeições.

Em casos especiais para antagonizar o efeito do curare pode-se utilizar preferencialmente a neostigmina em lugar de Brometo de Piridostigmina. Nos casos de alterações da função renal, devido à idade ou patologia específica, o intervalo entre as doses deve ser mais espassado ou, caso necessário, reduzir as doses subsequentes.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Brometo de Piridostigmina?

O Brometo de Piridostigmina, bem como todos os medicamentos colinérgicos, pode apresentar repercussões funcionais indesejáveis sobre o sistema neurovegetativo. Os efeitos secundários do tipo muscarínico podem traduzir-se por náuseas, vômitos, diarreia, cólicas abdominais, aumento do peristaltismo e das secreções brônquicas, hipersalivação e ainda bradicardia e miose.

Foram ainda eventualmente relatados sintomas nicotínicos, tais como:

  • Lacrimejamento, miose, diplopia, hiperemia conjuntival, espasmo de acomodação;
  • Convulsões, disartria, disfonia, tontura, cefaleia, vertigem;
  • Aumento de secreções tráqueo-brônquicas, laringo espasmos.

Na superdose: paralisia respiratória, muscular e central, parada respiratória, bronco espasmo e morte. Também podem ocorrer arritimias, bradicardia, bloqueio A-V, parada cardíaca.

  • Fraqueza muscular, fasciculações, cãibras;
  • Aumento da freqüência urinária;
  • Alopécia.

Como os produtos que contêm bromo, Brometo de Piridostigmina em casos raros, pode provocar o aparecimento de erupções cutâneas que, em geral, desaparecem rapidamente após a suspensão da medicação. Neste caso, o retorno do tratamento com Brometo de Piridostigmina ou por qualquer outro produto que contenha bromo está formalmente contraindicado.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos - VIGIMED, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Brometo de Piridostigmina com outros remédios?

O Brometo de Piridostigmina antagoniza a ação dos miorrelaxantes não despolarizantes do tipo curare.

A atropina anula os efeitos colinérgicos do Brometo de Piridostigmina, especialmente a bradicardia e a hipersecreção. Antibióticos aminoglicosídeos - pela ação própria de bloqueio não despolarizante dessas drogas.

Corticosteroides - reduz o efeito anticolinesterase dessas drogas.

Relaxantes musculares despolarizantes (succinilcolina, decametônio) - somente utilizar nos pacientes miastênicos recebendo Brometo de Piridostigmina quando absolutamente necessário, dada a ação depressiva respiratória.

Anestésicos, antiarítmicos e drogas anticolinesterásicas - somente utilizar em miastênicos quando necessário, dada a ação sinérgica. Magnésio - pode antagonizar o efeito benéfico do colinérgico.

Quais cuidados devo ter ao usar o Brometo de Piridostigmina?

Brometo de Piridostigmina é principalmente excretado inalterado pelo rim. Doses menores podem ser necessárias para pacientes com patologias renais e o tratamento deve ser feito com base na titulação da dosagem e seu efeito.

Usar com cautela na epilepsia, hipertiroidismo, úlceras pépticas, oclusão coronária, arritmias cardíacas.

Advertências do Brometo de Piridostigmina


Crise miastênica/Crise colinérgica

A superdose de Brometo de Piridostigmina pode resultar na crise colinérgica, caracterizada por fraqueza muscular progressiva e paralisia dos músculos respiratórios levando à morte. A crise miastênica resultante do agravamento da miastenia pode levar à fraqueza muscular intensa sendo difícil o diagnóstico diferencial, que é de crucial importância para o tratamento.

O tratamento da crise miastênica requer o aumento de dose do colinérgico e o da crise colinérgica se faz com a retirada imediata do Brometo de Piridostigmina e o uso de atropina (1 mL de atropina IV).

Uso na gravidez

A segurança do uso de Brometo de Piridostigmina durante a gravidez não foi estabelecida. Embora aparentemente seguras para o feto, podem afetar o neonato: fraqueza muscular transitória em cerca de 20% das crianças de mães utilizando essas drogas na gravidez. As drogas anticolinérgicas podem causar irritabilidade uterina e induzir trabalho de parto quando administradas IV em mulheres no pré-parto.

Uso na lactação

Não está determinado se essas drogas são excretadas no leite materno. Dado o risco de efeitos maléficos sobre o latente, o uso em lactantes deve pesar risco/benefício e a importância do medicamento para a mãe.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. (Categoria C).

Qual a ação da substância do Brometo de Piridostigmina?

Resultados de Eficácia


Um estudo de um ano com um novo análogo da prostigmina, o Brometo de Piridostigmina, mostrou em 7 dos 11 pacientes do estudo ser mais eficaz devido à sua superior capacidade de controlar os fenômenos miastênicos e à ausência de efeitos adversos após uso prolongado.

Referências Bibliográficas

Canad M A J 75:98- 100,1956. MESTINON (PYRIDOSTIGMINE BROMIDE) IN MYASTHENIA GRAVIS. SCHWARZ H.

Características Farmacológicas


Propriedades e efeitos

O Brometo de Piridostigmina, princípio ativo do Brometo de Piridostigmina, é um inibidor eficaz da colinesterase. Ele se diferencia por um lento início de ação, pela uniformidade de efeito, duração de ação relativamente longa e uma diminuição progressiva do efeito colinérgico.

Farmacocinética

O Brometo de Piridostigmina, como os demais medicamentos pertencentes ao mesmo grupo, é absorvida apenas parcialmente pelo trato gastrintestinal. A biodisponibilidade, após administração oral, é de 3 a 8%. As concentrações plasmáticas máximas, estando o paciente em jejum, são alcançadas entre 1 1/2 a 2 horas, após a ingestão de 120 mg de Brometo de Piridostigmina. Quando o produto é ingerido juntamente com as refeições, a concentração aumenta mais lentamente.

O volume médio de distribuição é de 1,4 litros/kg de peso. O Brometo de Piridostigmina não se liga fortemente às proteínas plasmáticas e não atravessa a barreira hematoencefálica.

Com respeito ao tempo de meia-eliminação, os valores médios estão situados em torno de 1 1/2 hora. Em alguns casos, este tempo pode triplicar. A clearance plasmática média em indivíduos sadios, varia entre 0,36 a 0,65 L/h/kg.

Não existem dados conclusivos sobre a possibilidade de acúmulo do Brometo de Piridostigmina inalterada ou de metabólitos ativos no organismo. Na prática clínica este ponto reveste-se de menor importância, uma vez que a posologia do Brometo de Piridostigmina deve ser sempre adaptada a cada caso em particular.

O Brometo de Piridostigmina é eliminada em sua maior parte (75 - 81%) sob forma inalterada por via renal. Uma pequena fração (18 - 21%) aparece na urina sob a forma de metabólito 3-hidroxi-N-metil-piridina. Outros metabólitos não identificados representam 1 a 4% do total e revestem-se de pouca importância.

As concentrações plasmáticas necessárias para a obtenção do efeito terapêutico no tratamento da miastenia gravis são de 20 a 60 ng/mL.

As alterações da função hepática não exercem qualquer influência importante sobre a cinética do Brometo de Piridostigmina. No caso de insuficiência renal devido a idade ou em decorrência de uma doença, o tempo de meia-eliminação pode estar quadruplicado, e a Clearance plasmática pode reduzir-se à quinta parte de seu valor normal.

DCB (Denominação Comum Brasileira)

07161.

Fontes consultadas

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Mestinon®.

Nomes comerciais

Especialidades Médicas

Imunologia clínica

Neurologia

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