Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica
(1)Preço
Tipo de receita
- Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)
Classe terapêutica
- Soro Antidiftérico
Forma farmacêutica
- Solução injetável
Categoria
- Medicamentos
- Soros Hospitalares
Dosagem
- 1000UI/mL + 1000UI/mL
Fabricante
- Instituto Butantan
Princípio ativo
- Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica
Tipo do medicamento
- Biológico
Quantidade
- 5 x 10 mL
Soro Antidiftérico Instituto Butantan 1000UI/mL, caixa com 5 frascos-ampolas com 10mL de solução de uso intravenoso
Indisponível
Instituto Butantan
Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica
Bula do Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica
Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica, para o que é indicado e para o que serve?
Este produto é destinado ao tratamento de pacientes com difteria. O Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica é o único medicamento efcaz para a neutralização das toxinas secretadas pelo bacilo diftérico (Corynebacterium diphtheriae).
Os anticorpos (imunoglobulinas específcas) contidos no soro ligam-se especifcamente à toxina não ainda fxada nos tecidos eletivos, neutralizando-a. Nestas condições, quanto mais precoce for a administração do soro maior é o seu potencial terapêutico, indicando que o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível.
Quais as contraindicações do Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica?
Este produto é destinado ao tratamento de pacientes com difteria. O Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica é o único medicamento efcaz para a neutralização das toxinas secretadas pelo bacilo diftérico (Corynebacterium diphtheriae). Os anticorpos (imunoglobulinas específcas) contidos no soro ligam-se especifcamente à toxina não ainda fxada nos tecidos eletivos, neutralizando-a. Nestas condições, quanto mais precoce for a administração do soro maior é o seu potencial terapêutico, indicando que o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível.
Tipo de receita
Como usar o Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica?
O Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica deve ser administrado sob supervisão médica, por via intravenosa, nas doses estipuladas de acordo com a forma clínica ou gravidade, em uma única aplicação:
Forma leve (nasal, cutânea, amigdaliana) |
40.000 UI |
Forma moderada (laringoamigdaliana ou mista) |
60.000 a 80.000 UI |
Forma grave ou tardia (4 dias de doença) |
80.000 a 120.000 UI |
A aplicação do soro por via intravenosa deve ser feita lentamente, diluído em 100 mL de soro fsiológico. Deve-se observar, entretanto, a possível sobrecarga de volume em pacientes com insufciência cardíaca. As doses do soro antidiftérico não devem ser fracionadas. A frequência de reações à soroterapia parece ser menor quando o soro é administrado diluído.
Recomendações especiais
- O Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica é um medicamento efcaz apenas para o tratamento da difteria;
- Antibioticoterapia deve ser introduzida como medicação auxiliar para eliminar o C. diphtheriae e, com isso, interromper a produção da toxina diftérica;
- A interrupção do tratamento somente deverá ser efetuada com a orientação médica;
- Adultos e crianças recebem a mesma dose de soro para o tratamento da difteria.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica?
Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
As reações imediatas e precoces podem ocorrer durante a infusão e nas duas horas subsequentes, e até 24 horas após a administração do soro.
Na maioria das vezes, são leves. As proteínas heterólogas, além de liberar histamina, podem levar à formação de agregados de proteínas ou de imunocomplexos, ativando o sistema complemento. Este, por sua vez, pode levar à formação de anaflatoxinas e provocar a liberação de mediadores químicos de mastócitos e basóflos. Os sinais e sintomas mais frequentes são prurido, urticária, rubor facial, angioedema, exantema morbiliforme, taquicardia, rinorreia, espirros, tosse, náuseas, cólica abdominal e diarreia.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
A reação tardia, também conhecida como Doença do Soro, e pode ocorrer 5 a 24 dias após a aplicação do soro de origem heteróloga. A reação é caracterizada inicialmente com febrícula, urticária, erupções cutâneas de diferentes tamanhos e distribuição irregular. Pode haver comprometimento articular, às vezes exuberante, e geralmente atinge grandes articulações onde aparecem edemas sem rubor, dor espontânea e à pressão, e difculdade de movimentação. O enfartamento linfoganglionar produz adenopatias generalizadas de intensidade variável, resultando em gânglios palpáveis, móveis e dolorosos. Normalmente evoluem para a cura e sem sequelas. Raramente podem ocorrer vasculite e nefrite.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
A reação pirogênica, descrita com frequência cada vez menor, ocorre durante o uso do soro, podendo levar a febre alta (até 39ºC), acompanhada de calafrios e sudorese. Nesses casos, a infusão deve ser interrompida e administrado antitérmico. Após a remissão dos sintomas, a soroterapia deve ser reinstituída.
Caso haja recorrência deste quadro, a solução que contém o soro deve ser desprezada e preparada nova solução.
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
As reações imediatas podem raramente evoluir para quadros graves, nos quais se evidenciam: palidez, dispneia, edema de glote, insufciência respiratória com hipoxemia, taquicardia intensa, bradicardia, hipotensão arterial que podem evoluir para choque e síncope, perda da consciência e colapso circulatório persistente.
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Não descrita na literatura.
Prevenção das reações
- Solicitar informações ao paciente quanto ao uso anterior de soro heterólogo (antitetânico, antidiftérico, antirrábico ou antiofídico) e problemas alérgicos de naturezas diversas;
- A ausência de antecedentes alérgicos não exclui a possibilidade de reações adversas. Não há consenso sobre a pré-medicação com bloqueadores dos receptores da histamina na prevenção ou redução das manifestações alérgicas. Assim, é facultada ao médico a administração de anti-histamínicos (antagonistas H1 e H2) e corticosteroides com 15 minutos de antecedência da dose de soro recomendada;
- O teste de sensibilidade não deve ser realizado, pois não é capaz de detectar a sensibilidade do paciente, podendo desencadear reações, pois si mesmo. Além disso, o tempo gasto na execução retarda a aplicação da soroterapia.
Tratamento das reações precoces
Instalada a reação, interromper a soroterapia temporariamente e iniciar o seu tratamento. No caso de urticária generalizada, crise asmatiforme, edema de glote e choque deve-se proceder a administração imediata de adrenalina aquosa (1:1.000, milesimal, 1 mg/mL), intramuscular (IM), na face anterolateral da coxa (músculo vasto lateral), na dose de 0,01 mg/kg (0,01 mL/kg) até a dose máxima de 0,5 mL. Caso não haja resposta, pode-se repetir a mesma dose em intervalos de 5 a 15 minutos. Os corticosteroides e anti-histamínicos exercem papel secundário no controle dessas reações, podendo também ser utilizados. Em pacientes com manutenção broncoespasmo, podem ser empregados β2 agonistas inalatórios, como o fenoterol. Após a remissão do quadro de hipersensibilidade, reinstituir a soroterapia.
Diante de reações precoces graves (raras), que geralmente cursam com hipotensão, choque e/ ou insufciência respiratória, o paciente deve ser colocado em posição supina, se estiver hipotenso ou em choque (se o mesmo tolerar a posição e não estiver em insufciência respiratória), ou decúbito lateral esquerdo, se estiver vomitando. A reposição volêmica com SF IV (20 mL/kg) deve ser iniciada balizando a oferta de acordo com a resposta. A entubação orotraqueal pode ser eventualmente necessária nos casos de insufciência respiratória grave.
Nota: Uma vez controlada a reação precoce grave, a soroterapia deve ser reiniciada.
Em caso de eventos adversos, notifque ao Sistema de Notifcações em Vigilância – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica com outros remédios?
Nenhuma medicação concomitante constituirá contraindicação para o uso do Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica, porém todo medicamento que esteja sendo utilizado pelo paciente deverá ser informado ao médico.
Quais cuidados devo ter ao usar o Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica?
O Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica deve ser aplicado sob supervisão médica, por via intravenosa.
Conservar o Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica sob refrigeração entre +2°C e +8ºC. Não congelar.
Uma vez aberto o frasco-ampola, o Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica deve ser usado imediatamente.
Notas
- O sucesso da soroterapia no tratamento da difteria está diretamente relacionado com a aplicação das doses corretas o mais precocemente possível após o início dos sintomas, requerendo assim, um diagnóstico rápido;
- As doses indicadas são as mesmas para idosos, adultos ou crianças. Quanto a grupos de risco, são considerados os pacientes com antecedentes alérgicos ou sensíveis a soros de origem equina;
- A interrupção do tratamento somente deverá ser efetuada com orientação médica.
Qual a ação da substância do Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica?
Resultados de Eficácia
Não há ensaios clínicos controlados para a avaliação de efcácia do Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica, que é de origem equina (heteróloga), porém a sua capacidade em neutralizar as atividades tóxicas da toxina é comprovada através de modelos animais de laboratório e pelo uso sistêmico em pacientes.
Características Farmacológicas
O Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica é uma solução isotônica de imunoglobulinas heterólogas específcas de origem equina (IgG), purifcadas por digestão enzimática, não pirogênica. As imunoglobulinas derivam do plasma de cavalos sadios hiperimunizados com anatoxina diftérica. A atividade biológica neutralizante do Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica contra a toxina diftérica é avaliada pela proteção conferida a cobaias, após inoculação subcutânea de misturas de volumes diferentes de soro com quantidade fxa de toxina diftérica de referência.
O poder neutralizante do Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica deverá ser, no mínimo, de 1.000 Unidades Internacionais (UI), por mL de soro.
O plasma equino digerido enzimaticamante pela ação da pepsina reduz o peso molecular da IgG de 160 kDa para 90 kDa ou 100 kDa eliminando da molécula a fração Fc responsável pela ativação do sistema complemento por via clássica. Obtém-se desse modo, uma molécula mais pura e menos reatogênica quanto a efeitos de natureza alérgica induzidos no paciente. A atividade neutralizante dos sítios combinatórios das moléculas de imunoglobulina tratada pela pepsina mantêm-se inalterada e, ainda, a possibilidade de formação espontânea de agregados proteicos, responsáveis também por reações alérgicas indesejáveis, é substancialmente mais reduzida.
Apesar do elevado grau de purifcação do soro, continua existindo, em potencial baixo, a possibilidade de indução a reações alérgicas em indivíduos hipersensíveis. Entre as reações indesejáveis o choque anaflático pode ocorrer pela degranulação de mastócitos ou ativação do sistema complemento, embora o choque anaflático letal seja muito raro.
Uma vez fxada aos tecidos, a toxina diftérica não é neutralizada pelo Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica.
O Soro Antidiftérico + Imunoglobulina Heteróloga Contra Toxina Diftérica neutraliza a toxina diftérica circulante, porém não elimina o C. diphtheriae da corrente sanguínea.
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