Basiliximabe
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Tipo de receita
- Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)
Classe terapêutica
- Inibidores Da Interleucina
Forma farmacêutica
- Pó para solução injetável
Categoria
- Imunossupressores
- Medicamentos
- Medicamentos Alto Custo
Dosagem
- 20mg
Fabricante
- Novartis
Princípio ativo
- Basiliximabe
Tipo do medicamento
- Biológico
Quantidade
- 1 Unidades
- 5 mL
Simulect 20mg, caixa com 1 frasco-ampola de pó para solução de uso intravenoso
Indisponível
Novartis
Basiliximabe
Bula do Basiliximabe
Basiliximabe, para o que é indicado e para o que serve?
Basiliximabe está indicado na profilaxia da rejeição aguda de órgãos em transplante renal de novo, em adultos e pacientes pediátricos. É para ser utilizado em tratamento imunossupressor concomitante com ciclosporina para microemulsão e corticosteroides ou em um regime triplo de manutenção imunossupressora contendo ciclosporina para microemulsão, corticosteroide e azatioprina ou micofenolato de mofetila.
Quais as contraindicações do Basiliximabe?
Este medicamento está contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao basiliximabe ou a qualquer outro componente da formulação.
Tipo de receita
Como usar o Basiliximabe?
Método de administração
Basiliximabe reconstituído pode ser administrado tanto sob a forma de infusão intravenosa durante 20 - 30 minutos como em injeção em bolus.
Instruções para utilização
Basiliximabe 20 mg
Para preparar a solução para infusão/injeção, adicionar 5 mL de água para injetáveis da ampola que acompanha o frasco contendo o pó de Basiliximabe. Agitar cuidadosamente o frasco para dissolver o pó. A concentração final é de 4 mg/mL.
Utilizar a solução reconstituída, incolor e límpida assim que possível, mas esta pode ser estocada por 24 horas à temperatura de 2 a 8 °C ou em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C) por 4 horas. Descartar a solução reconstituída se não for utilizada no período de 24 horas.
A solução reconstituída é isotônica e pode ser administrada sob a forma de injeção em bolus ou diluída em um volume igual ou superior a 50 mL com soro fisiológico ou dextrose a 5% para infusão. A concentração final é de 0,4 mg/mL ou menor.
Por ausência de dados sobre a compatibilidade de Basiliximabe com outras substâncias intravenosas, Basiliximabe não deve ser misturado com outras medicações/substâncias e deve ser sempre administrado através de um sistema de infusão separado.
Verificou-se a compatibilidade de uso com os sistemas de infusão a seguir mencionados:
Bolsa de infusão
- Baxter minibag NaCl 0,9%.
Sistemas de infusão
- Luer Lock, H. Noolens;
- Sistema i.v. estéril com ventilação, Abbott;
- Sistema de infusão, Codan;
- Infusomat, Braun;
- Sistema de infusão R 87 plus, Ohmeda;
- Lifecare 5000 Plumset Microdrip, Abbott;
- Sistema básico com ventilação, Baxter;
- Dispositivo Flashball, Baxter;
- Sistema de administração primário com ventilação, Imed.
Não se testou a compatibilidade de uso com outros sistemas de infusão comercializados.
Posologia
Adultos
A dose total padrão é de 40 mg, administrada em duas doses de 20 mg cada. A primeira dose de 20 mg deve ser administrada no período de 2 horas antes da cirurgia de transplante. Basiliximabe somente deve ser administrado sob absoluta certeza de que o paciente receberá o enxerto e concomitante terapia imunossupressora.
A segunda dose de 20 mg deve ser administrada 4 dias após o transplante. A segunda dose não deve ser administrada se ocorrerem reações graves de hipersensibilidade ao Basiliximabe ou perda do enxerto.
Populações especiais
Pacientes pediátricos (1-17 anos)
Em pacientes pediátricos com peso corporal inferior a 35 kg, a dosagem recomendada é de 20 mg, administrada em duas doses de 10 mg. Em pacientes pediátricos com peso corporal igual ou superior a 35 kg, a dosagem recomendada é a mesma de adultos, ou seja, uma dosagem total de 40 mg, administrada em duas doses de 20 mg.
A primeira dose deve ser administrada no período de 2 horas antes da cirurgia de transplante. Basiliximabe somente deve ser administrado sob absoluta certeza de que o paciente receberá o enxerto e concomitante terapia imunossupressora. A segunda dose deve ser administrada 4 dias após o transplante.
A segunda dose não deve ser administrada se ocorrerem reações graves de hipersensibilidade ao Basiliximabe ou perda do enxerto.
Pacientes geriátricos (≥ 65 anos)
Os dados disponíveis sobre a utilização de Basiliximabe no idoso são limitados; no entanto não há evidência de que os pacientes idosos requeiram uma posologia diferente da utilizada em pacientes adultos.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Basiliximabe?
Resumo do perfil de segurança
Basiliximabe foi analisado em pacientes submetidos a transplantes renais, em quatro estudos randomizados duplo-cegos e placebo-controlados: em dois estudos os pacientes foram tratados concomitantemente com ciclosporina para microemulsão e corticosteroides (346 e 380 pacientes), em outro estudo os pacientes foram tratados concomitantemente com ciclosporina para microemulsão, azatioprina e corticosteroides (340 pacientes), e em outro estudo os pacientes foram tratados concomitantemente com ciclosporina para microemulsão, micofenolato de mofetila e corticosteroides (123 pacientes).
Basiliximabe também foi comparado a uma preparação de imunoglobulina policlonal antilinfócito T (ATG/ALG) em um estudo ativo controlado, em pacientes submetidos a transplante renal; todos os pacientes foram concomitantemente tratados com ciclosporina para microemulsão, micofenolato de mofetila e corticosteroides (135 pacientes). Dados de segurança em pacientes pediátricos foram obtidos de um estudo de farmacodinâmica e farmacocinética aberto em pacientes de transplante renal (41 pacientes).
Incidência de eventos adversos
Basiliximabe não demonstrou potencializar os eventos adversos observados em pacientes de transplante em consequência da doença de base e da administração concomitante de imunossupressores e outros medicamentos. Em quatro estudos placebo-controlados, os eventos adversos comuns observados em 590 pacientes tratados com a dose recomendada de Basiliximabe foram indistinguíveis dos observados com os 595 pacientes tratados com placebo. Basiliximabe não aumentou a incidência de eventos adversos sérios observados quando comparado ao placebo.
A incidência total dos eventos adversos relacionados ao tratamento entre todos os pacientes nos estudos individuais não apresentou diferença significante entre o grupo de tratamento com Basiliximabe (7,1% a 40%) e com placebo (7,6% a 39%).
No estudo controlado-ativo, menos pacientes apresentaram eventos adversos relacionados ao tratamento com Basiliximabe (11,4%) do que com ATG/ALG (41,5%).
Experiência com adultos
Os eventos mais comuns relatados (>20%) durante a terapia dupla ou tripla em ambos os grupos de tratamento (Basiliximabe versus placebo ou ATG/ALG) foram: constipação, infecção no trato urinário, dor, náusea, edema periférico, hipertensão, anemia, cefaleia, hipercalemia, hipercolesterolemia, complicações de ferimentos pós-operatórios, aumento de peso, aumento da creatinina no sangue, hipofosfatemia, diarreia, infecções no trato respiratório superior.
Experiência pediátrica
Os eventos mais comuns relatados (>20%) durante a terapia dupla nos dois grupos (peso <35 kg versus ≥35 kg) foram: infecções no trato urinário, hipertricose, rinite, pirexia, hipertensão, infecção no trato respiratório superior e infecção viral, sepsis e constipação.
Incidência de neoplasmas malignos
A incidência total de malignidade entre todos os pacientes nos estudos individuais apresentou similaridade entre Basiliximabe e os outros grupos comparativos de tratamento.
No geral, linfoma/distúrbio linfoproliferativo ocorreu em 0,1% (1/701) dos pacientes no grupo de Basiliximabe comparado com 0,3% (2/595) no grupo de placebo e 0% nos pacientes ATG/ALG.
Outras malignidades foram relatadas em 1,0% (7/701) dos pacientes do grupo de Basiliximabe em comparação com 1,2% (7/595) com placebo e 4,6% (3/65) com ATG/ALG.
Não foram encontradas diferenças na incidência de malignidades e DLPs entre Basiliximabe 7% (21/295) e placebo 7% (21/291) em uma análise combinada de dois estudos de extensão com duração de cinco anos.
Incidência de episódios de infecções
A incidência total e o perfil de episódios de infecções entre os pacientes submetidos à terapia dupla e tripla foi similar entre os grupos de tratamento com Basiliximabe e placebo (Basiliximabe = 75,9%, placebo ou ATG/ALG = 75,6%). A incidência de infecções sérias foi de 26,1% no grupo de Basiliximabe e 24,8% no grupo comparativo. A incidência de infecções por CMV foi similar nos dois grupos (14,6% versus 17,3%), quer se usasse terapia dupla ou tripla.
A incidência e causas de mortes com terapia dupla ou tripla foram similares nos grupos de Basiliximabe (2,9%) e placebo ou ATG/ALG (2,6%), com a causa mais comum de morte em ambos os grupos de tratamento sendo infecções (Basiliximabe = 1,3%, placebo ou ATG/ALG = 1,4%).
Em uma análise combinada de dois estudos de extensão com duração de cinco anos, a incidência e a causa de morte foram similares em ambos os grupos de tratamento (Basiliximabe 15%, placebo 11%), sendo a causa primária de morte os distúrbios cardíaco-relacionados, como insuficiência cardíaca e infarto do miocárdio (Basiliximabe 5%, placebo 4%).
Reações adversas na pós-comercialização, a partir de relatos espontâneos
As seguintes reações adversas foram identificadas com base em relatórios de pós-comercialização espontâneos e são organizadas por classes de sistemas de órgãos.
Como estas reações são relatadas voluntariamente por uma população do tamanho incerto, nem sempre é possível estimar suas frequências de maneira confiável.
Disfunções no sistema imunológico
Hipersensibilidade/reações do tipo anafilactoide como rash (erupção cutânea), urticária, prurido, espirro, respiração ofegante, broncoespasmo, dispneia, edema pulmonar, insuficiência cardíaca, hipotensão, taquicardia, insuficiência respiratória e síndrome de vazamento capilar e síndrome de liberação de citocinas.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Basiliximabe com outros remédios?
Uma vez que Basiliximabe é uma imunoglobulina, não se prevê a ocorrência de interações metabólicas fármaco-fármaco.
Medicamentos rotineiramente administrados concomitantemente em transplantes de órgãos
Em adição a ciclosporina para microemulsão, esteroides, azatioprina e micofenolato de mofetila, outros medicamentos rotineiros administrados concomitantemente em transplantes de órgãos têm sido administrados em estudos clínicos sem nenhum aumento nas reações adversas.
Essas medicações concomitantes incluem antiviróticos sistêmicos, antibacterianos, antimicóticos, analgésicos, anti-hipertensivos como agentes betabloqueadores ou bloqueadores do canal de cálcio e diuréticos.
Nos estudos de fase III, nos primeiros 3 meses pós-transplante, 14% dos pacientes do grupo de Basiliximabe e 27% dos pacientes do grupo de placebo apresentaram um episódio de rejeição aguda tratado com terapia de anticorpos (OKT-3 ou ATG/ALG) e não houve aumento nos eventos adversos ou infecções no grupo que recebia Basiliximabe comparado ao grupo placebo.
Três estudos clínicos investigaram o uso de Basiliximabe combinado ao regime de terapia tripla, que incluiu azatioprina ou micofenolato de mofetila. O clearance (depuração) total do Basiliximabe teve uma redução em cerca de 22% quando a azatioprina foi incluída na terapia constituída por ciclosporina para microemulsão e corticosteroides.
O clearance (depuração) total do Basiliximabe teve uma redução em cerca de 51% quando o micofenolato de mofetila foi incluído na terapia constituída por ciclosporina para microemulsão e corticosteroides.
A utilização de Basiliximabe em regime de terapia tripla, incluindo a azatioprina ou micofenolato de mofetila, não aumentou os efeitos adversos ou infecções no grupo tratado com Basiliximabe comparativamente ao grupo placebo.
Anticorpos humanos antimurínicos (AHAM)
Respostas de anticorpos humanos antimurínicos (AHAM) foram relatadas em estudo clínico com 172 pacientes tratados com Basiliximabe, sem importância para tolerabilidade clínica. A incidência foi de 2/138 em pacientes não expostos a muromonab-CD3 e de 4/34 em pacientes que recebiam concomitantemente muromonab-CD3.
A utilização de Basiliximabe não impede o tratamento subsequente com preparações de anticorpos antilinfocitários de origem murina.
Quais cuidados devo ter ao usar o Basiliximabe?
Geral
Basiliximabe deve ser prescrito apenas por médicos experientes na utilização de terapia imunossupressora após transplante de órgãos.
Pacientes que recebem Basiliximabe devem ser monitorados em locais equipados com laboratórios adequados e com suporte de recursos médicos, incluindo medicação para o tratamento de reações graves de hipersensibilidade.
Reações de hipersensibilidade
Foram observadas reações agudas graves de hipersensibilidade (menos de 24 horas) no início da exposição a Basiliximabe e em re-exposição durante terapia subsequente. Estão incluídas reações do tipo anafilactoide como rash (erupção cutânea), urticária, prurido, espirros, respiração ofegante, hipotensão, taquicardia, dispneia, broncoespasmo, edema pulmonar, insuficiência cardíaca, insuficiência respiratória e síndrome do vazamento capilar.
A terapia com Basiliximabe deve ser interrompida permanentemente e nenhuma dose adicional deve ser administrada se ocorrerem reações graves de hipersensibilidade.
Deve-se ter cuidado quando pacientes tratados anteriormente com Basiliximabe são re-expostos a uma terapia subsequente com este medicamento.
Há evidências acumuladas de risco aumentado de desenvolvimento de reações de hipersensibilidade em um subgrupo de pacientes. Nestes pacientes, após a administração inicial de Basiliximabe, a imunossupressão foi descontinuada prematuramente devido, por exemplo, ao abandono do transplante ou à perda do enxerto. Reações de hipersensibilidade aguda foram observadas na readministração de Basiliximabe para o transplante subsequente em alguns destes pacientes.
Neoplasmas e infecções
Pacientes transplantados recebendo tratamento com imunossupressores envolvendo associações, com ou sem Basiliximabe apresentam maior risco de desenvolvimento de doenças linfoproliferativos (DLPs) (tais como linfoma) e infecções oportunistas (tais como citomegalovírus - CMV).
Em estudos clínicos, a incidência de infecções oportunistas foi similar em pacientes recebendo tratamento com imunossupressores, com ou sem Basiliximabe.
Em uma análise combinada de dois estudos de extensão com duração de cinco anos não foram encontradas diferenças na incidência de malignidades e DLPs entre tratamentos com imunossupressores, com ou sem Basiliximabe.
Vacinação
Não existem dados disponíveis sobre os efeitos da vacina viva ou inativa ou a transmissão da infecção por vacinas vivas em doentes tratados com Basiliximabe. No entanto, as vacinas vivas não são recomendadas para pacientes imunodeprimidos.
As vacinas inativadas podem ser administradas aos pacientes imunodeprimidos, porém, a resposta à vacina pode depender do grau de imunossupressão.
Mulheres com potencial de engravidar
Mulheres com potencial de engravidar devem fazer uso de método contraceptivo adequado para prevenir gravidez e continuar seu uso por mais 4 meses após a última dose de Basiliximabe.
Gravidez
Não há informações adequadas sobre a utilização em mulheres grávidas. Basiliximabe não deve ser administrado a mulheres grávidas, exceto nos casos em que o benefício potencial para a mãe exceda o risco potencial para o feto.
Lactação
Não há dados disponíveis, animal ou humano, a respeito da excreção de Basiliximabe no leite materno. Entretanto, uma vez que Basiliximabe é um anticorpo-imunogloblina G (IgG1k), poderá atravessar a placenta humana e ser excretado no leite humano. As mulheres tratadas com Basiliximabe não devem amamentar nos 4 meses subsequentes à última dose.
Este medicamento pertence à categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Fertilidade
Não existem dados disponíveis sobre o efeito de Basiliximabe na fertilidade humana.
Estudos formais sobre o efeito potencial de Basiliximabe na fertilidade animal não foram realizados.
Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.
Atenção: Este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de diabetes.
Qual a ação da substância do Basiliximabe?
Resultados da eficácia
A eficácia de Basiliximabe na profilaxia da rejeição de órgãos no transplante renal de novo foi demonstrada em estudos duplo-cegos placebo-controlados. Os resultados dos dois estudos multicêntricos principais com a duração de 12 meses em que se comparou Basiliximabe com placebo mostraram que Basiliximabe, utilizado concomitantemente com ciclosporina para microemulsão e corticosteroides, reduz significativamente a incidência de episódios de rejeição aguda tanto em 6 meses (31% versus 45%, p<0,001) quanto em 12 meses (33% versus 48%, p<0,001) após o transplante. Não houve diferença significativa entre os pacientes tratados com Basiliximabe e placebo em relação à sobrevida do enxerto em 6 e 12 meses [após 12 meses houve 32 perdas de enxerto com Basiliximabe (9%) e 37 perdas com placebo (10%)]. A incidência de episódios de rejeição aguda foi substancialmente mais baixa em pacientes tratados com Basiliximabe e um regime triplo de drogas imunossupressoras.
Os resultados de dois estudos multicêntricos, duplo-cegos, comparando Basiliximabe com placebo demonstraram que Basiliximabe reduz significativamente a incidência de episódios de rejeição aguda em 6 meses após o transplante, quando utilizado concomitantemente com ciclosporina para microemulsão, corticosteroides e azatioprina3 (21% versus 35%, p=0,005 teste exato de Fisher) ou micofenolato de mofetila (15% versus 27%, p=0,046 K-M). A perda de enxerto nos primeiros 6 meses foi de 6% nos pacientes que recebiam Basiliximabe e 10% nos pacientes que recebiam placebo. O perfil dos eventos adversos foi comparável entre os grupos de tratamento.
Um estudo aberto randomizado controlado-ativo com duração de 12 meses comparou Basiliximabe, usado em combinação com ciclosporina para microemulsão iniciada logo após o transplante, e uma preparação de imunoglobulina policlonal antilinfócitos T (ATG/ALG), usada em combinação com ciclosporina para microemulsão com início retardado.
Ambos os grupos receberam corticosteroides e micofenolato de mofetila. A ocorrência de rejeição comprovada por biópsia foi de 19% com Basiliximabe e 20% com ATG/ALG nos pacientes tratados durante 12 meses após o transplante.
Em uma análise combinada de dois estudos de extensão abertos com duração de cinco anos (586 pacientes no total), as taxas de sobrevida do enxerto e do paciente combinadas não foram estatisticamente diferentes para os grupos Basiliximabe e placebo. Os estudos de extensão também mostraram que pacientes que tiveram um episódio de rejeição aguda durante o primeiro ano após o transplante sofreram mais perdas de enxerto e mortes durante o período subsequente de cinco anos do que os pacientes que não tiveram rejeição. Estes eventos não foram influenciados por Basiliximabe.
Basiliximabe foi utilizado concomitantemente com ciclosporina para microemulsão e esteroides em um estudo não controlado em pacientes pediátricos submetidos a transplante renal de novo. Ocorreu rejeição aguda em 14,6% dos pacientes em 6 meses após o transplante, e em 24,3% em 12 meses.
No total, o perfil dos eventos adversos foi consistente com a experiência clínica geral na população pediátrica de transplante renal e com o perfil dos estudos controlados do transplante em adultos.
Dos 339 pacientes submetidos a transplante renal tratados com Basiliximabe e testados para verificação da formação de anticorpos anti-idiotipos, 4 (1,2%) desenvolveram uma resposta anticorpo anti-idiotipo. Em um estudo clínico com 172 pacientes que receberam Basiliximabe, a incidência de AHAM (Anticorpos humanos antimurínicos) em pacientes renais transplantados tratados com Basiliximabe foi de 2/138 em pacientes não expostos a muromonab-CD3 e 4/34 em pacientes que receberam concomitantemente muromonab-CD3. Os dados clínicos disponíveis sobre o uso de muromonab-CD3 em pacientes previamente tratados com Basiliximabe sugerem que nada impede o uso subsequente de muromonab-CD3 ou outras preparações de anticorpos murinos antilinfócitos.
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: inibidor de interleucina.
Código ATC: L04A C02.
Basiliximabe é um anticorpo monoclonal quimérico murino/humano (IgG1k) específico contra a cadeia alfa do receptor de interleucina-2 (antígeno CD25), que se encontra presente na superfície dos linfócitos-T em resposta à estimulação antigênica. Basiliximabe liga-se especificamente com alta afinidade (valor KpKD 0,1 nM) ao antígeno CD25 nos linfócitos- T ativados expressando uma alta afinidade pelo receptor de interleucina-2 e desta maneira impede a ligação da interleucina-2, sinal para a proliferação das células-T. O bloqueio completo e consistente do receptor da interleucina-2 mantém-se enquanto os níveis séricos de basiliximabe forem superiores a 0,2 mcg/mL. Logo que as concentrações descem abaixo desse nível, a expressão do antígeno CD25 retorna aos valores de pré-terapêutica no período de 1 - 2 semanas. Basiliximabe não provoca mielossupressão.
Propriedades farmacocinéticas
Realizaram-se estudos de farmacocinética de dose única e de doses múltiplas com pacientes submetidos a transplante renal. As doses cumulativas variaram de 15 mg até 150 mg.
Absorção
O pico da concentração sérica após uma infusão intravenosa de 20 mg durante 30 minutos é de 7,1 ± 5,1 mg/L. Verificou-se um aumento proporcional à dose na Cmáx e na ASC até à dose única testada mais elevada de 60 mg.
Distribuição
O volume de distribuição no steady state (estado de equilíbrio) é de 8,6 ± 4,1 L. Não se procedeu a um estudo exaustivo da extensão e do grau de distribuição nos vários compartimentos orgânicos. Os estudos in vitro realizados com tecidos humanos indicam que o Basiliximabe se liga apenas aos linfócitos e macrófagos/monócitos.
Metabolismo
Não aplicável.
Eliminação
A meia-vida terminal é de 7,2 ± 3,2 dias. O clearance (depuração) total é de 41 ± 19 mL/h.
Características nos pacientes
Não se observou qualquer influência clinicamente relevante de peso corporal ou de sexo no volume de distribuição ou depuração em pacientes adultos. A meia-vida de eliminação não foi influenciada por idade (20 a 69 anos), sexo ou raça.
A eliminação em pacientes adultos submetidos a transplante hepático caracteriza-se por um volume de distribuição no estado de equilíbrio de 7,5 ± 2,5 L, uma meia-vida de 4,1 ± 2,1 dias e uma depuração de 75 ± 24 mL/h. A perda do fármaco por drenagem do líquido ascítico e hemorragia pós-operatória contribuíram igualmente para a depuração.
Compensando a depuração mais rápida do fármaco, observou-se um menor limiar de concentração de saturação dos receptores equivalente a 0,1 mcg/mL, registrado nessa população. Assim, a duração do bloqueio IL-2R alfa registrada com um dado nível posológico de Basiliximabe é semelhante à observada em pacientes adultos submetidos a transplante renal.
Pacientes pediátricos
A farmacocinética de Basiliximabe foi avaliada em 39 pacientes pediátricos submetidos a transplante renal de novo. Em adolescentes e crianças (com idade entre 1 e 11 anos, n=25), o volume de distribuição no steady state (estado de equilíbrio) foi de 4,8 ± 2,1 L, a meia-vida foi de 9,5 ± 4,5 dias e o clearance (depuração) foi de 17 ± 6 mL/h.
O volume de distribuição e o clearance (depuração) são reduzidos em torno de 50%, comparados aos pacientes adultos submetidos ao transplante renal. Os parâmetros de eliminação não foram influenciados de forma clinicamente importante pela idade (1 a 11 anos), peso corpóreo (9 – 37 kg) ou superfície corpórea (0,44 a 1,20 m2) nesta faixa etária.
Nos adolescentes (com idade entre 12 e 16 anos, n=14), o volume de distribuição no steady state (estado de equilíbrio) foi de 7,8 ± 5,1 L, a meia vida foi de 9,1 ± 3,9 dias e o clearance (depuração) foi de 31 ± 19 mL/h. A eliminação nos adolescentes foi similar àquela em pacientes adultos submetidos a transplante renal. A relação entre concentração sérica e saturação do receptor foi avaliada em 13 pacientes e apresentou-se similar àquela caracterizada em pacientes adultos submetidos a transplante renal.
Dados de segurança pré-clínicos
Não se observou potencial de irritação local em um estudo de sensibilidade, em coelhos, de basiliximabe por via intravenosa com doses de até 4 mg/mL.
Não se observou toxicidade em macacos Rhesus que receberam doses intravenosas de basiliximabe de até 5 mg/kg, duas vezes por semana durante 4 semanas seguido de um período de descanso de 8 semanas ou 24 mg/kg semanalmente por 39 semanas, seguido de um período de 13 semanas de descanso. A dose mais alta correspondeu a cerca de 1000 vezes a exposição sistêmica (ASC) observada em pacientes submetidos a transplante renal que receberam a dose clínica recomendada, juntamente com terapia imunossupressora concomitante.
Não se observou toxicidade materna, embriotoxicidade ou teratogenicidade em macacos cynomolgous 100 dias post coitum, após a administração de injeções intravenosas em bolus de basiliximabe até 5 mg/kg, administradas duas vezes por semana durante o período da organogênese.
Não foram realizados estudos formais pré-clínicos sobre os efeitos potenciais de basiliximabe na fertilidade.
Não se observou potencial mutagênico in vitro.
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