Uso intravenoso.
Cloridrato de Remifentanila deve ser utilizado somente por via intravenosa e não deve ser administrado por injeção epidural nem intratecal.
Cloridrato de Remifentanila somente deve ser usado em ambientes completamente equipados para monitoramento e suporte das funções respiratórias e cardiovasculares por pessoas especializadas na administração de drogas anestésicas, capacitadas para reconhecer e controlar os efeitos adversos dos opiáceos potentes e preparadas, inclusive, para efetuar ressuscitação cardíaca e respiratória. É necessário também prever o estabelecimento e a manutenção das vias aéreas patentes e da ventilação assistida.
Deve-se administrar infusões contínuas de Cloridrato de Remifentanila com equipamento calibrado para uma linha de infusão de fluxo rápido ou para uma linha exclusiva. A linha de infusão deve ser conectada ou estar próxima da cânula venosa para evitar um possível espaço morto (ver, nesta seção, o item Instruções de Uso, inclusive as tabelas com exemplos de velocidades de infusão/peso corporal).
Deve-se evitar a obstrução ou a desconexão das linhas de infusão, esvaziando-se adequadamente essas linhas para remoção de resíduos de Cloridrato de Remifentanila após o uso.
Cloridrato de Remifentanila permanece estável por 24 horas, em temperatura ambiente (25ºC), após a reconstituição e a posterior diluição entre 20 e 250 μg/mL (50 μg/mL é a diluição recomendada para adultos e 20-25 μg/ml para pacientes pediátricos maiores de 1 ano de idade).
Cloridrato de Remifentanila demonstrou também compatibilidade com o propofol quando ambos são administrados em infusão contínua intravenosa concomitante.
Cloridrato de Remifentanila só deve ser administrado com as soluções para infusão mencionadas acima.
Cloridrato de Remifentanila não deve ser diluído com solução de ringer lactato nem de ringer lactato com dextrose a 5%.
Cloridrato de Remifentanila não deve ser misturado ao propofol na mesma solução intravenosa.
Não se recomenda a administração de Cloridrato de Remifentanila com sangue, soro nem plasma na mesma linha intravenosa.
As esterases não específicas no sangue podem levar à hidrólise da Cloridrato de Remifentanila a seus metabólitos inativos.
Cloridrato de Remifentanila não deve ser misturado a outros agentes terapêuticos antes da administração.
As tabelas seguintes fornecem instruções sobre as velocidades de infusão de Cloridrato de Remifentanila.
Tabela 1. Velocidade de infusão de Cloridrato de Remifentanila injetável (mL/kg/h).
Velocidade de distribuição do medicamento (µg/kg/min) |
Velocidade de distribuição da infusão (mL/kg/h) em soluções com concentração de: |
|||
20 µg/mL 1 mg/50 mL |
25 µg/mL 1 mg/40 mL |
50 µg/mL 1 mg/20 mL |
250 µg/mL |
|
0,0125 | 0,038 | 0,03 | 0,015 |
Não recomendável |
0,025 | 0,075 | 0,06 | 0,03 |
Não recomendável |
0,05 | 0,15 | 0,12 | 0,06 |
0,012 |
0,075 | 0,23 | 0,18 | 0,09 |
0,018 |
0,1 | 0,3 | 0,24 | 0,12 |
0,024 |
0,15 | 0,45 | 0,36 | 0,18 |
0,036 |
0,2 | 0,6 | 0,48 | 0,24 |
0,048 |
0,25 | 0,75 | 0,6 | 0,3 |
0,06 |
0,5 | 1,5 | 1,2 | 0,6 |
0,12 |
0,75 | 2,25 | 1,8 | 0,9 |
0,18 |
1,0 | 3,0 | 2,4 | 1,2 |
0,24 |
4,25 | 3,75 | 3,0 | 1,5 |
0,3 |
1,5 | 4,5 | 3,6 | 1,8 |
0,36 |
1,75 | 5,25 | 4,2 | 2,1 |
0,42 |
2,0 | 6,0 | 4,8 | 2,4 |
0,48 |
Tabela 2. Velocidade de infusão de Cloridrato de Remifentanila injetável (mL/h) em uma solução de 20 μg/mL.
Velocidade de infusão (µg/kg/min) |
Peso do paciente (kg) |
||||||
5 |
10 | 20 | 30 | 40 | 50 | 60 | |
0,0125 |
0,188 | 0,375 | 0,75 | 1,125 | 1,05 | 1,875 | 2,25 |
0,025 |
0,375 | 0,75 | 1,5 | 2,25 | 3,0 | 3,75 | 4,5 |
0,05 |
0,75 | 1,5 | 3,0 | 4,5 | 6,0 | 7,5 | 9,0 |
0,075 |
1,125 | 2,25 | 4,5 | 6,75 | 9,0 | 11,25 | 13,5 |
0,1 |
1,5 | 3,0 | 6,0 | 9,0 | 12,0 | 15,0 | 18,0 |
0,15 |
2,25 | 4,5 | 9,0 | 13,5 | 18,0 | 22,5 | 27,0 |
0,2 |
3,0 | 6,0 | 12,0 | 18,0 | 24,0 | 30,0 | 36,0 |
0,25 |
3,75 | 7,5 | 15,0 | 22,5 | 30,0 | 37,5 | 45,0 |
0,3 |
4,5 | 9,0 | 18,0 | 27,0 | 36,0 | 45,0 | 54,0 |
0,35 |
5,25 | 10,5 | 21,0 | 31,5 | 42,0 | 25,5 | 63,0 |
0,4 |
6,0 | 12,0 | 24,0 | 36,0 | 48,0 | 60,0 | 72,0 |
Tabela 3. Velocidade de infusão de Cloridrato de Remifentanila injetável (mL/h) em uma solução de 25 μg/mL.
Velocidade de infusão (µg/kg/min) |
Peso do paciente (kg) |
|||||||||
10 | 20 | 30 | 40 | 50 |
60 |
70 | 80 | 90 | 100 | |
0,0125 | 0,3 | 0,6 | 0,9 | 1,2 | 1,5 |
1,8 |
2,1 | 2,4 | 2,7 | 3,0 |
0,025 | 0,6 | 1,2 | 1,8 | 2,4 | 3,0 |
3,6 |
4,2 | 4,8 | 5,4 | 6,0 |
0,05 | 1,2 | 2,4 | 3,6 | 4,8 | 6,0 |
7,2 |
8,4 | 9,6 | 10,8 | 12,0 |
0,075 | 1,8 | 3,6 | 5,4 | 7,2 | 9,0 |
10,8 |
12,6 | 14,4 | 16,2 | 18,0 |
0,1 | 2,4 | 4,8 | 7,2 | 9,6 | 12,0 |
14,4 |
16,8 | 19,2 | 21,6 | 24,0 |
0,15 | 3,6 | 7,2 | 10,8 | 14,4 | 18,0 |
21,6 |
25,2 | 28,8 | 32,4 | 36,0 |
0,2 | 4,8 | 9,6 | 14,4 | 19,2 | 24,0 |
28,8 |
33,6 | 38,4 | 43,2 | 48,0 |
Tabela 4. Velocidade de infusão de Cloridrato de Remifentanila injetável (mL/h) em uma solução de 50 μg/mL.
Velocidade de infusão (µg/kg/min) |
Peso do paciente (kg) |
|||||||
30 |
40 |
50 | 60 | 70 | 80 | 90 | 100 | |
0,025 |
0,9 | 1,2 | 10,5 | 1,8 | 2,1 | 2,4 | 2,7 | 3,0 |
0,05 |
1,8 | 2,4 | 3,0 | 3,6 | 4,2 | 4,8 | 5,4 | 6,0 |
0,075 |
2,7 | 3,6 | 4,5 | 5,4 | 6,3 | 7,2 | 8,1 | 9,0 |
0,1 |
3,6 | 4,8 | 6,0 | 7,2 | 8,4 | 9,6 | 10,8 | 12,0 |
0,15 |
5,4 | 7,2 | 9,0 | 10,8 | 12,6 | 14,4 | 16,2 | 18,0 |
0,2 |
7,2 | 9,6 | 12,0 | 14,4 | 16,8 | 19,2 | 21,6 | 24,0 |
0,025 |
9,0 | 12,0 | 15,0 | 18,0 | 21,0 | 24,0 | 27,0 | 30,0 |
0,5 |
18,0 | 24,0 | 30,0 | 36,0 | 24,0 | 28,0 | 54,0 | 60,0 |
0,75 |
27,0 | 36,0 | 45,0 | 54,0 | 630 | 72,0 | 81,0 | 90,0 |
1,0 |
36,0 | 48,0 | 60,0 | 72,0 | 84,0 | 96,0 | 108,0 | 120,0 |
1,25 |
45,0 | 60,0 | 75,0 | 90,0 | 105,0 | 120,0 | 135,0 | 150,0 |
1,5 |
54,0 | 72,0 | 90,0 | 108,0 | 126,0 | 144,0 | 162,0 | 182,0 |
1,75 |
63,0 | 54,0 | 105,0 | 126,0 | 147,0 | 168,0 | 189,0 | 210,0 |
2,0 |
72,0 | 96,0 | 120,0 | 144,0 | 168,0 | 192,0 | 216,0 | 241,0 |
Tabela 5. Velocidade de infusão de Cloridrato de Remifentanila injetável (mL/h) em uma solução de 250 μg/mL.
Velocidade de infusão (µg/kg/min) |
Peso do paciente (kg) |
|||||||
30 | 40 | 50 | 60 | 70 | 80 | 90 |
100 |
|
0,1 |
0,72 | 0,96 | 1,20 | 1,44 | 1,68 | 1,92 | 2,16 | 2,40 |
0,15 |
1,08 | 1,44 | 1,80 | 2,16 | 2,25 | 2,88 | 3,24 | 3,60 |
0,2 |
1,44 | 1,92 | 2,40 | 2,88 | 3,36 | 3,84 | 4,32 | 4,80 |
0,25 |
1,80 | 2,40 | 3,00 | 3,60 | 4,20 | 4,80 | 5,40 | 6,00 |
0,5 |
3,60 | 4,80 | 6,00 | 7,20 | 8,40 | 9,60 | 10,80 | 12,00 |
0,75 |
5,40 | 7,2 | 9,00 | 10,80 | 12,60 | 14,40 | 16,20 | 18,00 |
1,0 |
7,20 | 9,60 | 12,00 | 14,40 | 16,80 | 19,20 | 21,60 | 24,00 |
1,25 |
9,00 | 12,00 | 15,00 | 18,00 | 21,00 | 24,00 | 27,00 | 30,00 |
1,5 |
10,80 | 14,40 | 18,00 | 21,60 | 25,20 | 28,80 | 32,40 | 36,00 |
1,75 |
12,60 | 16,0 |
21,0 |
25,20 | 29,40 | 33,60 | 37,80 | 42,00 |
2,0 |
14,40 | 19,20 | 24,00 | 28,80 | 33,60 | 38,40 | 43,20 | 48,00 |
A administração de Cloridrato de Remifentanila durante a anestesia geral deve ser individualizada de acordo com a resposta do paciente. Não se recomenda o uso de Cloridrato de Remifentanila como agente único em anestesia geral.
A tabela seguinte resume a velocidade de infusão inicial e a dose.
Orientação de dosagem para adultos
Indicação |
Bolus de infusão de Cloridrato de Remifentanila (µg/kg) |
Infusão contínua de Cloridrato de Remifentanila (µg/kg/min) |
|
Velocidade inicial |
Limites | ||
Indução da anestesia em paciente ventilados |
1 |
0,5 a 1 | - |
Manutenção da anestesia em paciente ventilados |
|||
Óxido nitroso (66%) |
0,5 a 1 |
0,4 | 0,1 a 2 |
Isoflurabo (dose inicial de 0,5 CAM*) |
0,5 a 1 |
0,25 | 0,05 a 2 |
Propofol (dose inicial de 100 µg/kg/min) |
0,5 a 1 |
0,25 |
0,05 a 2 |
Anestesia com respiração espontânea |
Não recomendável |
0,04 | 0,025 a 0,1 |
Continuação da analgesia no pós-operatório imediato |
Não recomendável |
0,1 |
0,025 a 0,2 |
*CAM = concentração alveolar mínima.
O tempo de administração de Cloridrato de Remifentanila como bolus na indução da anestesia não deve ser menor que 30 segundos.
Nas doses recomendadas, a Cloridrato de Remifentanila reduz significativamente a quantidade de hipnótico necessária para manter a anestesia. Portanto, o isoflurano e o propofol devem ser administrados como descrito acima para evitar anestesia excessivamente profunda. Não há dados disponíveis sobre as dosagens recomendáveis para uso simultâneo de outros hipnóticos e Cloridrato de Remifentanila.
Cloridrato de Remifentanila deve ser administrado com um agente hipnótico, como propofol, tiopental ou isoflurano para indução da anestesia. Pode-se administrar Cloridrato de Remifentanila com velocidade de infusão de 0,5 a 1 μg/kg/min, com ou sem bolus de infusão inicial de 1 μg/kg, por no mínimo 30 segundos. Se a previsão da entubação endotraqueal compreender o período de 8 a 10 minutos após o início da infusão de Cloridrato de Remifentanila, o bolus não será necessário.
Após a entubação endotraqueal, a velocidade de infusão de Cloridrato de Remifentanila deve diminuir de acordo com a técnica anestésica, como indicado na tabela acima. Devido ao início rápido e à curta duração da ação de Cloridrato de Remifentanila, a velocidade de administração durante a anestesia pode ser ajustada em incrementos de 25% a 100% ou em diminuições de 25% a 50%, a intervalos de 2 a 5 minutos, para obter o nível desejável de resposta μ-opiácea. Em resposta à anestesia leve, infusões suplementares na forma de bolus podem ser administradas a intervalos de 2 a 5 minutos.
Nos pacientes anestesiados que respiram espontaneamente (com via aérea protegida) pode ocorrer depressão respiratória. Deve-se ter cuidado especial para ajustar a dose às necessidades do paciente, e talvez seja preciso recorrer ao suporte ventilatório. A taxa de infusão inicial recomendável para analgesia suplementar de pacientes anestesiados que respiram espontaneamente é de 0,04 μg/kg/min, com ajustes para obter o efeito desejado. Estudou-se uma variação de velocidades de infusão de 0,025 a 0,1 μg/kg/min.
Não se recomenda a administração de bolus em pacientes anestesiados que respiram espontaneamente.
Caso não se inicie a analgesia de longa duração antes do final da cirurgia, pode ser necessária a administração de Cloridrato de Remifentanila para manter a analgesia durante o período pós-operatório imediato até que o analgésico de longa duração atinja o efeito máximo.
Nos pacientes ventilados, a velocidade de infusão deve ser ajustada até que se atinja o efeito desejado.
Nos pacientes em respiração espontânea, é necessário reduzir a velocidade de infusão de Cloridrato de Remifentanila, inicialmente, para 0,1 μg/kg/min. Pode-se então aumentar ou diminuir a velocidade de infusão, no máximo em 0,025 μg/kg/min, a intervalos de 5 minutos, para ajustar o nível de analgesia ou a frequência respiratória do paciente. Cloridrato de Remifentanila somente deverá ser administrado em ambientes completamente equipados para monitoramento e suporte das funções respiratórias e cardiovasculares sob restrita supervisão de pessoas especificamente treinadas no reconhecimento e no controle dos efeitos adversos dos opioides potentes.
O uso de injeções de bolus de Cloridrato de Remifentanila no tratamento da dor durante o período pós-operatório não é recomendável para pacientes que respiram espontaneamente.
Cloridrato de Remifentanila diminui as quantidades de anestésicos voláteis, hipnóticos ou benzodiazepínicos necessárias para a anestesia.
As doses de alguns agentes utilizados em anestesia, como isoflurano, tiopental, propofol e temazepam, reduziram-se em 75% quando usadas com a Cloridrato de Remifentanila.
Devido à cessação rápida da ação de Cloridrato de Remifentanila, não restará nenhuma atividade opiácea residual entre 5 e 10 minutos após a descontinuação. Nos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos nos quais se espera a ocorrência de dor pós-operatória, deve-se administrar analgésicos antes ou imediatamente após a suspensão de Cloridrato de Remifentanila.
Deve-se também esperar o tempo necessário para que os analgésicos de longa duração atinjam o efeito máximo. A escolha do analgésico deve adequar-se ao procedimento cirúrgico e ao nível dos cuidados pós-operatórios.
Não existem dados suficientes para fazer recomendações de dosagem.
Diretrizes de dosagem para manutenção de anestesia de pacientes pediátricos (1-12 anos de idade)
Agente anestésico concomitante | Bolus de infusão de Cloridrato de Remifentanila (μg/kg) |
Infusão contínua de Cloridrato de Remifentanila (µg/kg/min) |
|
Velocidade inicial | Velocidade de manutenção típica | ||
Óxido nitroso (7%) |
1 |
0,4 | 0,4 |
Halonato de (dose inicial de 0,3 CAM) |
1 |
0,25 | 0,05 a 1,3 |
Sevoflurano (dose inicial de 0,3 CAM) |
1 |
0,25 |
0,05 a 0,9 |
Isoflurano (dose inicial de 0,5 CAM) |
1 | 0,25 |
0,06 a 0,9 |
Quando Cloridrato de Remifentanila é administrado como bolus, a infusão deve ser de no mínimo 30 segundos. A cirurgia somente deve começar pelo menos 5 minutos após o início da infusão de Cloridrato de Remifentanila caso não se administre uma dose de bolus simultânea. Deve-se monitorar os pacientes pediátricos, ajustando-se a dose para a profundidade de analgesia apropriada ao procedimento cirúrgico.
Nas doses recomendadas acima, a Cloridrato de Remifentanila reduz significativamente a quantidade de hipnótico necessária para manter a anestesia. Portanto, o isoflurano, o halotano e o sevoflurano devem ser administrados de acordo com a tabela acima para evitar anestesia excessivamente profunda. Não há dados disponíveis sobre as dosagens recomendáveis para uso simultâneo de outros hipnóticos e Cloridrato de Remifentanila.
Após a descontinuação da infusão, a compensação do efeito analgésico de Cloridrato de Remifentanila é rápida e similar à dos pacientes adultos. Deve-se prever a necessidade e efetuar a administração de analgésicos apropriados no período pós-operatório.
O perfil farmacocinético da Cloridrato de Remifentanila em neonatos e crianças menores de 1 ano é comparável ao observado nos pacientes adultos após as correções das diferenças de peso corporal. Entretanto, não existem dados clínicos suficientes para estabelecer dosagens adequadas a essa faixa etária.
Orientação de dosagem para anestesia cardíaca
Indicação |
Bolus de infusão de Cloridrato de Remifentanila (μg/kg) |
Infusão contínua de Cloridrato de Remifentanila (µg/kg/min) |
|
Velocidade inical |
Velocidade de infusão típica | ||
Entubação |
Não recomendável |
1 | - |
Manutenção da anestesia |
|||
Isoflurano (dose inicial de 0,4 CAM) |
0,5 a 1 | 1 | 0,003 a 4 |
Propofol (dose inicial de 50 µg/kg/min) |
0,5 a 1 | 1 |
0,01 a 4,3 |
Continuação da analgesia pós-operatória antes da extubção |
Não recomendável |
1 | 0 a 1 |
Após a administração do hipnótico até o começo da perda da consciência, deve-se administrar Cloridrato de Remifentanila em velocidade inicial de infusão de 1 μg/kg/min. Não se recomenda a administração em bolus de Cloridrato de Remifentanila, durante a indução, em cirurgia cardíaca. A entubação endotraqueal só deve ser feita 5 minutos após o início da infusão.
Após a entubação endotraqueal, deve-se ajustar a velocidade de infusão de Cloridrato de Remifentanila de acordo com a condição do paciente. Doses suplementares de bolus também podem ser administradas conforme a necessidade. Para pacientes cardíacos de alto risco, como os que apresentam função ventricular deficiente, a dose máxima em bolus deve ser de 0,5 μg/kg. Essas recomendações de dosagens também se aplicam durante o bypass cardiopulmonar hipotérmico.
Nas doses recomendadas, a Cloridrato de Remifentanila reduz significativamente a quantidade de hipnótico necessária para manter a anestesia. Portanto, o isoflurano e o propofol devem ser administrados conforme a tabela acima para evitar a profundidade excessiva da anestesia. Não há dados disponíveis sobre dosagens recomendadas para uso simultâneo de outros hipnóticos com Cloridrato de Remifentanila.
Recomenda-se a manutenção da infusão de Cloridrato de Remifentanila no nível final intraoperatório durante a transferência do paciente para a área de recuperação pós-anestésica. O nível de analgesia e sedação do paciente deve ser então estritamente monitorado, ajustando-se a velocidade de infusão a suas necessidades particulares.
Antes da descontinuação de Cloridrato de Remifentanila, recomenda-se a administração de agentes sedativos e analgésicos alternativos com antecedência suficiente. A escolha e a dose do analgésico devem adequar-se ao nível de cuidados pós-operatórios necessários ao paciente.
Recomenda-se a descontinuação da infusão de Cloridrato de Remifentanila reduzindo-se sua velocidade em 25%, a intervalos de pelo menos 10 minutos, até fazê-la cessar completamente.
Durante o desmame do ventilador mecânico, não se deve aumentar a infusão de Cloridrato de Remifentanila fazendo-se somente ajustes de diminuição, suplementados com analgésicos alternativos, conforme a necessidade.
Recomenda-se que alterações hemodinâmicas, tais como hipertensão e taquicardia, sejam tratadas com agentes alternativos apropriados.
Não existem dados suficientes para recomendar o uso de Cloridrato de Remifentanila durante cirurgias cardíacas pediátricas.
Cloridrato de Remifentanila pode ser usado isoladamente, de início, para promover analgesia e sedação em pacientes mecanicamente ventilados em unidade de terapia intensiva (UTI).
Recomenda-se que a administração de Cloridrato de Remifentanila tenha início na velocidade de infusão de 0,1 a 0,15 μg/kg/min. Essa velocidade deve ser ajustada em incrementos de 0,025 μg/kg/min até que se atinja o nível ideal de analgesia e sedação. Deve-se manter um intervalo mínimo de 5 minutos entre os ajustes de dose. O nível de analgesia e sedação deve ser cuidadosamente monitorado e reavaliado com regularidade, ajustando-se adequadamente a velocidade de infusão de Cloridrato de Remifentanila. Se o nível de sedação desejável não for alcançado com a velocidade de infusão de 0,2 μg/kg/min, recomenda-se a administração de um agente sedativo apropriado. Deve-se ajustar a dose do agente sedativo até obter o nível ideal de sedação. Pode-se efetuar aumentos posteriores da velocidade de infusão de Cloridrato de Remifentanila em incrementos de 0,025 μg/kg/min caso seja necessária a analgesia adicional.
Cloridrato de Remifentanila tem sido estudado em pacientes de UTI em estudos clínicos bem controlados de até três dias. Os dados adicionais de estudos clínicos levados a efeito por períodos mais longos são limitados.
A tabela abaixo resume a velocidade de infusão inicial e a faixa típica de dosagens de analgesia e sedação para cada paciente.
Diretrizes de dosagem para pacientes sob terapia intensiva
Infusão contínua (µg/kg/min) |
|
Velocidade inical |
Faixa |
0,1 a 0,15 |
0,006 a 0,74 |
Não se recomenda a administração de dose de Cloridrato de Remifentanila em bolus nas unidades de terapia intensiva.
O uso de Cloridrato de Remifentanila pode reduzir a necessidade de administração concomitante de qualquer outro agente sedativo. As dosagens iniciais típicas de agentes sedativos, se necessários, são dadas abaixo.
Dose inicial recomendada de agentes sedativos (se necessários)
Agente sedativo | Bolus (mg/kg) |
Infusão (mg/kg/h) |
Propofol |
Até 0,5 |
0,5 |
Midazolam |
Até 0,03 |
0,03 |
Para efetuar o ajuste isolado dos agentes sedativos, não se deve administrá-los como mistura.
Pode ser necessário aumentar a velocidade de infusão preestabelecida de Cloridrato de Remifentanila para fornecer cobertura analgésica a pacientes em ventilação mecânica submetidos a procedimentos estimulantes e/ou dolorosos, tais como sucção endotraqueal, troca de curativo e fisioterapia. Recomenda-se manter velocidade de infusão de Cloridrato de Remifentanila de pelo menos 0,1 μg/kg/min, no mínimo por 5 minutos, antes do início do procedimento estimulante. Deve-se fazer ajustes de doses posteriores, a intervalos de 2 a 5 minutos e em incrementos de 25% a 50%, como antecipação ou resposta à necessidade de analgesia adicional. Para fornecer anestesia adicional durante os procedimentos estimulantes, tem-se usado a velocidade de infusão média de 0,25 μg/kg/min e máxima de 0,75 μg/kg/min.
Antes da descontinuação de Cloridrato de Remifentanila, deve-se administrar agentes sedativos e analgésicos alternativos com antecedência suficiente. A escolha do agente apropriado e das doses deve ser efetuada e implementada antecipadamente. Para assegurar a superficialização suave do regime à base de Cloridrato de Remifentanila, recomenda-se o ajuste da velocidade de infusão em estágios de 0,1 μg/kg/min, por até 1 hora, antes da extubação.
Após a extubação, a velocidade de infusão deve ser reduzida em decréscimos de 25%, a intervalos de no mínimo 10 minutos, até a descontinuação completa. Durante o desmame do ventilador mecânico, a infusão de Cloridrato de Remifentanila não deve aumentar, fazendo-se somente ajustes de diminuição, suplementados com analgésicos alternativos, conforme a necessidade.
Não estão disponíveis dados sobre o uso de Cloridrato de Remifentanila em pacientes pediátricos internados em UTI.
A dose inicial de Cloridrato de Remifentanila administrada a pacientes com mais de 65 anos de idade deve ser metade da recomendada a adultos. Como entre idosos é maior a sensibilidade aos efeitos farmacológicos deste medicamento, deve-se ajustar as doses seguintes às necessidades de cada paciente. Esse ajuste de dose se aplica a todas as fases da anestesia, inclusive indução, manutenção e analgesia pós-operatória.
Não é necessária a redução da dose inicial.
Não é necessária a redução da dose inicial.
Recomenda-se a redução da dose de Cloridrato de Remifentanila para pacientes obesos com base no peso ideal, pois o clearance e o volume de distribuição da Cloridrato de Remifentanila estão mais bem correlacionados com o peso ideal do que com o peso real nessa população.
Não é necessário, para os pacientes com insuficiência renal, nenhum ajuste das doses usadas em indivíduos adultos sadios, uma vez que o perfil farmacocinético da Cloridrato de Remifentanila permanece inalterado nessa população.
Não é necessário, para os pacientes com insuficiência hepática, nenhum ajuste das doses usadas em adultos sadios, uma vez que o perfil farmacocinético de Cloridrato de Remifentanila permanece inalterado nessa população. Entretanto, os pacientes com comprometimento hepático grave podem ser levemente mais sensíveis ao efeito depressor do sistema respiratório provocado pela Cloridrato de Remifentanila. Esses pacientes devem ser cuidadosamente monitorados, ajustando-se as doses do medicamento a suas necessidades.
As experiências clínicas com pacientes submetidos a neurocirurgia, embora limitadas, mostraram que não são necessárias dosagens especiais.
Uma vez que os efeitos hemodinâmicos dos opiáceos potentes podem ser mais pronunciados em pacientes ASA III/IV, deve-se ter cautela na administração de Cloridrato de Remifentanila a essa população. Recomenda-se redução da dose inicial e subsequente ajuste conforme o efeito.
Não é necessária a redução da dose inicial.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 13 de Julho de 2020
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