Mebeverina é contraindicada para uso por pessoas hipersensíveis à substância ativa ou aos excipientes.
Mebeverina deve ser administrado por via oral.
As cápsulas devem ser ingeridas com uma quantidade suficiente de água (pelo menos 100 mL). As cápsulas não devem ser mastigadas, pois o seu revestimento garante a liberação do medicamento de forma prolongada.
Recomenda-se tomar 1 cápsula de 200 mg, 2 vezes ao dia, a serem administradas 1 cápsula pela manhã e outra à noite.
A duração do tratamento não é limitada.
Em caso de esquecimento de uma ou mais doses, o paciente deve continuar com a próxima dose prescrita; a(s) dose(s) esquecida(s) não deve(m) ser administrada(s) em adição à dose regular.
Não foram realizados estudos posológicos em pacientes idosos ou pacientes com disfunção renal e/ou hepática.
Nenhum risco específico para pacientes idosos ou pacientes com disfunção renal e/ou hepática pôde ser identificado a partir dos dados de pós-comercialização disponíveis. Não é necessário a juste posológico para pacientes idosos ou pacientes com disfunção renal e/ou hepática.
O uso seguro deste medicamento em crianças e adolescentes ainda não foi estabelecido.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Os seguintes eventos adversos foram relatados espontaneamente durante a fase pós-comercialização. Uma frequência precisa não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis.
Reações alérgicas, principalmente, mas não limitadas exclusivamente à pele foram observadas.
É solicitado aos profissionais de saúde que reportem qualquer suspeita de reações adversas através da s autoridades locais.
Em casos de eventos adversos, notifique à empresa e ao Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
Teoricamente pode ocorrer excitabilidade do Sistema Nervoso Central em caso de superdose. Em casos de superdose com Mebeverina, os sintomas foram fracos ou ausentes e rapidamente reversíveis. Os sintomas de superdose observados foram de natureza neurológica e cardiovascular.
Nenhum antídoto específico é conhecido e tratamento sintomático é recomendado. Lavagem gástrica deve ser considerada somente em caso de intoxicação severa descoberta em cerca de uma hora. Medidas para redução da absorção do medicamento não são necessárias.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
Categoria B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médicaou do cirurgião-dentista.
Apenas uma quantidade muito limitada de informações sobre o uso de Mebeverina em mulheres grávidas está disponível. Estudos em animais relativos à toxicidade reprodutiva são insuficientes. Mebeverina não é recomendado durante a gravidez.
Não se sabe se a Mebeverina ou seus metabólitos são excretados no leite humano. Não existem estudos em animais sobre a excreção de Mebeverina no leite. Mebeverina não deve ser utilizado durante a amamentação.
Não existem dados clínicos sobre a influência de Mebeverina na fertilidade feminina ou masculina; entretanto, os estudos disponíveis em animais não indicam efeitos nocivos.
Não foram realizados estudos sobre os efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas. Os perfis farmacodinâmico e farmacocinético, assim como a experiência pós-comercialização, não indicam nenhuma alteração na habilidade de dirigir ou operar máquinas causada pela administração de Mebeverina.
Alguns dados clínicos da Mebeverina foram obtidos durante as décadas de 70 e 80, desde então as recomendações para desenho dos estudos clínicos mudaram consideravelmente.
Em estudos com comparadores ativos, a Mebeverina, assim como os comparadores, melhorou a sintomatologia em relação ao início do tratamento. Na maioria dos estudos, a melhora dos sintomas com o uso de Mebeverina ou comparadores foi semelhante. Os estudos abertos, baseline-controlados, demonstraram que a maioria dos pacientes se beneficiou com o tratamento com Mebeverina. Quase todos os estudos demonstraram melhora geral assim como melhora dos sintomas, particularmente, da dor abdominal. Não houve diferenças relevantes entre a s diferentes formulações testadas.
Referências Bibliográficas:
POYNARD, T.; NAVEAU, S.; MORY, B.; et al.Meta-analysis of smooth muscle relaxants in the treatment of irritable bowel syndrome. Aliment Pharmacol Ther 1994; 8: 499-510.
A Mebeverina é um antiespasmódico musculotrópico com ação direta sobre a musculatura lisa do trato gastrointestinal, sem afetar a motilidade intestinalnormal. O exato mecanismo de ação é desconhecido, m as mecanismos múltiplos, tais como a redução da permeabilidade dos canais de íon, o bloqueio da recaptação de noradrenalina, o efeito anestésico local, alterações na absorção de água podem contribuir para o efeito local da Mebeverina no trato gastrointestinal. Através destes mecanismos, a Mebeverina tem efeitos antiespamódicos, resultando na normalização da motilidade intestinal sem exercer um relaxamento permanente das células do músculo liso no trato gastrointestinal(chamado de hipotonia).Os efeitos colaterais sistêmicos, como observados com anticolinérgicos comuns, estão ausentes.
A Mebeverina é rapidamente e completamente absorvida após administração oral das cápsulas. A formulação de liberação modificada permite a administração em duas doses diárias.
Não ocorre acúmulo significativo após doses múltiplas.
O cloridrato de Mebeverina é metabolizado principalmente pelas esterases, responsáveis inicialmente pela quebra das ligações estéricas em ácido verátrico e Mebeverina alcoólica.
O principal metabólito presente no plasma é o DMAC (ácido carboxílico desmetilado).
A meia-vida de eliminação do DMAC no estado de equilíbrio é de 5,77h.Durante doses múltiplas (200 mg, 2 vezes ao dia) a Cmáx do DMAC é 804 ng/mL e a Tmáx é cerca de 3 horas.
A biodisponibilidade relativa das cápsulas de liberação modificada parece ser ideal com uma proporção média de 97%.
A Mebeverina não é excretada de forma inalterada, mas metabolizada completamente; os metabólitos são excretados quase que completamente. O ácido verátrico é excretado na urina, a Mebeverina alcoólica também é excretada na urina; parcialmente como o correspondente ácido carboxílico (MAC) e parcialmente como ácido carboxílico desmetilado (DMAC).
Não foram conduzidos estudos farmacocinéticos com Mebeverina em crianças.
Efeitos em estudos de dose repetida após doses orais e parenterais indicaram o envolvimento do sistema nervoso central na excitação comportamental, principalmente tremores e convulsões. No cão, a espécie mais sensível, estes efeitos foram observados com doses orais equivalentes a 3 vezes a dose clínica máxima recomendada de 400 mg/dia, baseada em comparações da área de superfície corporal (mg/m2).
A toxicidade reprodutiva da Mebeverina não foi suficientemente investigada em estudos com animais. Não há indicação de potencial teratogênico em ratos e coelhos. Entretanto, efeitos embriotóxicos (redução no tamanho da prole, aumento na incidência de reabsorção) foram observados em ratos com doses equivalentes a duas vezes a dose clínica máxima. Este efeito não foi observado em coelhos.
Efeitos na fertilidade masculina ou feminina não foram observados em ratos com doses equivalentes à dose clínica máxima.
Em testes de genotoxicidade convencionais, a Mebeverina não apresentou efeitos genotóxicos. Não foram realizados estudos carcinogênicos.
Estudos de interação foram realizados apenas com álcool. Estudos in vitro e in vivo em animais demonstraram ausência de qualquer interação entre Mebeverina e álcool.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 29 de Junho de 2022
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