Este medicamento é antisséptico das vias urinárias e agente auxiliar na prevenção dos cálculos urinários por oxalatos.
É contraindicado em pacientes com conhecida hipersensibilidade à droga e seus componentes. A hiosciamina (presente na Beladona) contraindica o uso do produto em presença de glaucoma de ângulo fechado, hipertrofia prostática, íleo paralítico e estenose pilórica. Como medida especial de precaução, deve-se evitar o emprego durante a gravidez e lactação, nas metrorragias e nas menstruações muito abundantes. Este medicamento também é contraindicado para uso em casos de arritmias taquicárdicas, adenoma da próstata com a formação de urina residual, glaucoma de ângulo estreito, edema agudo do pulmão, estenoses mecânicas do trato gastrointestinal e megacólon, devido a presença de Beladona.
A aloína é contraindicada na presença de obstrução intestinal total ou parcial, atonia, inflamação intestinal, apendicite, colite ulcerativa, síndrome do intestino irritável e diverticulite.
Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Como medida especial de precaução, deve-se evitar o emprego durante a gravidez e lactação, nas metrorragias e nas menstruações muito abundantes.
Este medicamento é contraindicado para uso em crianças.
Este medicamento é contraindicado em pacientes com deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase, devido à presença de Azul de Metileno.
Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.
Tomar 03 comprimidos revestidos, via oral, ao dia: 01 comprimido revestido a cada 8 horas, ou a critério médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
A teobromina pode causar como reações mais frequentes nervosismo ou inquietação e menos frequentes taquicardia, tremor das extremidades e distúrbios do sono.
Os efeitos colaterais decorrentes da hiosciamina (substância presente na Beladona) incluem secura na boca, sede, midríase, cicloplegia, fotofobia, aumento da pressão intraocular, rubor e secura da pele, bradicardia seguida de taquicardia com palpitação e arritmias, disúria, redução da motilidade gastrintestinal, vômitos e tonturas.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - Notivisa, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Os efeitos anticolinérgicos da hiosciamina (substância presente na Beladona) podem ser intensificados pela administração concomitante de amantadina, quinidina, disopiramida, certos anti-histamínicos, antidepressivos tricíclicos, butirofenonas, fenotiazinas e outros anticolinérgicos (tiotróprio e ipratrópio). Além disso, a hiosciamina aumenta a absorção de determinadas drogas, tais como a Digoxina, que necessitam de dissolução prolongada na luz intestinal.
Evitar a administração concomitante de aloína com antiarrítmicos, glicosídeos cardíacos, diuréticos de alça, outro agente espoliador de potássio, esteróides e tiazídicos.
Na prova de excreção de fenosulfoftaleína (PSP), a atropina utiliza o mesmo mecanismo de secreção tubular que a PSP, produzindo uma diminuição da excreção urinária de PSP. Em pacientes submetidos à prova de excreção de PSP, não se recomenda o uso simultâneo de medicamentos que contenham atropina.
O teste de secreção de ácido gástrico realizado com pentagastrina ou com histamina para a avaliação da função gástrica sofre interferência devido aos efeitos antagonistas dos anticolinérgicos (presentes na Beladona); recomenda-se não administrar a Aloína + Atropa belladonna + Cloreto de Metilionínio + Costus spicatus + Teobromina 24 horas antes da realização do teste.
O uso do medicamento em pacientes com cardiopatias pode aumentar a frequência cardíaca.
Pacientes com Síndrome de Down podem ter um aumento anormal da dilatação pupilar e aceleração da frequência cardíaca.
Pode haver obstrução e retenção gástrica quando utilizado em pacientes com enfermidade obstrutiva do trato gastrointestinal.
O efeito midriático pode produzir um ligeiro aumento da pressão intraocular em pacientes com glaucoma do ângulo aberto.
Os efeitos antimuscarínicos podem precipitar ou agravar a retenção urinária em pacientes com retenção urinária.
O uso das preparações contendo hiosciamina deve ser cauteloso em pacientes idosos ou febris e naqueles portadores de glaucoma de ângulo fechado ou condições caracterizadas por taquicardia, tais como tireotoxicoses, insuficiência renal ou cardíaca. O uso prolongado pode diminuir o fluxo salivar, contribuindo para o desenvolvimento de cáries, doenças periodontais e candidíase oral.
Não recomenda-se o uso do produto durante a gravidez e lactação. Evitar o uso de álcool ou outros depressores do sistema nervoso central.
Não tomar antiácidos e medicamentos antidiarreicos dentro de 1 hora antes ou depois de tomar este medicamento.
Este medicamento deve ser usado com precaução em pacientes com insuficiência renal grave, devido à presença de azul de metileno.
O risco/benefício da utilização do produto deve ser avaliado, pois os alcalóides da Beladona e a teobromina presentes na Aloína + Atropa belladonna + Cloreto de Metilionínio + Costus spicatus + Teobromina são excretados no leite materno. Além disso, os alcalóides da Beladona atravessam a placenta e podem inibir a lactação.
Não se recomenda o uso durante a gravidez das associações de alcalóides de Beladona (atropina, hiosciamina e escopolamina) com barbitúricos.
Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.
Informe também se está amamentando, pois os lactantes são muito sensíveis aos efeitos anticolinérgicos produzidos pela Beladona.
Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O uso continuado de alcalóides da Beladona pode alterar de forma severa a memória de pacientes geriátricos, especialmente naqueles que já tenham problemas de memória, já que esses fármacos bloqueiam a ação da acetilcolina, que é o responsável por muitas funções cerebrais, incluindo as de memória.
Recomenda-se ter cautela no uso de alcalóides da Beladona em pacientes maiores de 40 anos, devido ao perigo de precipitar um glaucoma não diagnosticado.
Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.
As folhas de Atropa belladonna são utilizadas principalmente para preparações internas, pela ação antiespasmódica, em cólicas do trato gastrintestinal (TGI) e nos canais biliares(1,2,3) e para diminuição das secreções. As preparações de raízes são mais indicadas para uso externo. Suas folhas contém alcalóides, sendo o principal (-)-hiosciamina, uma pequena quantidade de bases voláteis, como nicotina, piridina e N-metilpirrolina, bem como glicosídeos flavônicos e as cumarinas escopolina e escopoletina. São encontrados ainda higrina, higrolina, tropina, ésteres de tropanol e beladonina, entre outros. A droga tem ação antiespasmódica sobre o TGI, vesícula biliar e bexiga, além de diminuir secreções.(1)
A Beladona atua como agente antimuscarínico, o que explica seu uso como antiespasmódico. A Beladona tem propriedade anticolinérgica e é usada para controlar o excesso de atividade motora do tubo digestivo e espasmos do trato urinário.(4)
Azul de metileno como um inibidor da formação de pedra.
A cinética do crescimento e dissolução de oxalato de cálcio monoidratado foram examinados na presença de pequenas concentrações de Azul de Metileno. Os dados apresentados mostram um atraso moderado do crescimento e nas taxas de dissolução. Também foi encontrado que o Azul de Metileno diminuiu a taxa de descalcificação de oxalato de cálcio de cálculos renais.(5)
A Cana-do-brejo (Costus spicatus) é uma planta herbácea rizomatosa, muito comum na Amazônia. É uma planta nativa do Brasil, usada popularmente para o tratamento de problemas renais e do trato urinário.(6)
Quimicamente, a Cana-do-brejo (Costus spicatus) é constituída principalmente por inulina, de ácido oxálico, taninos, sistosterol, saponinas, sapogeninas, mucilagens e pectinas. São atribuídas as preparações de Costus spicatus as propriedades: depurativa, adstringente e diurética. Informações etnofarmacológicas registram o uso das raízes e rizomas como diurético, enquanto a haste tem uso contra problemas da bexiga.(7)
A aloína tem atividade bactericida contra Staphylococcus aureus e Cândida albicans.(8)
A teobromina (C7H8N4O2, 3,7-dimetilxantina ou 3,7-dihidro-3,7-dimetil-1H-purina-2,6- diona) é um alcalóide da família das metilxantinas, da qual também fazem parte a teofilina e a cafeína. No fígado humano, a teobromina é metabolizada em metilxantina e subsequentemente em ácido metilúrico. A teobromina e a teofilina aumentam o débito sanguíneo renal e a filtração glomerular, possuindo atividade diurética; o efeito é mais duradouro para a teobromina. A teobromina induz um relaxamento não específico da musculatura brônquica, das vias biliares e dos uretéres.(9, 10, 11, 12, 13)
A teobromina é dotada de atividade vasodilatadora apresentando também de forma mais acentuada as ações comuns às outras xantinas.(9, 10, 11, 12, 13)
A teobromina tem as propriedades gerais das outras xantinas. É também um estimulante menos potente do músculo liso e tem praticamente nenhum efeito estimulante no sistema nervoso central.(14)
Referências Bibliográficas
1- SIMÕES C.M.O., et al. Farmacognosia da Planta ao Medicamento. 1 a ed. Porto Alegre/Florianópolis: Ed. Universidade/UFRGS/Ed. da UFSC,1999, p. 669-671.
2- BLUMENTHAL, Mark (ed.). The ABC Clinical Guide to Herbs. American Botanical Council: Austin, Texas, Estados Unidos, 2003, p. 73.
3- HEBER, D. PDR For Herbal Medicines. 4ª ed. Thomson, 2007, p.72-73.
4- ROBBERS J. E., et al. Farmacognosia e Farmacobiotecnologia. São Paulo: Editorial Premier. p. 169.
5- AHMED, K., TAWASHI, R. Methylene blue as an inhibitor of stone formation. Urol Res. 1978;6(2):77-81. PMID: 351913 [PubMed - indexed for MEDLINE].
6- FONSECA-KRUEL V.S., PEIXOTO A. L. Etnobotânica na Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo, RJ, Brasil. Acta Bot. Bras., Mar 2004, vol.18, no.1, p.177- 190.
7- LORENZI H., MATOS F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil nativas e exóticas. São Paulo: Instituto Plantarum de estudo da Flora Ltda, 2002, p. 507.
8- LORENZETTI LJ, et al. Bacteriostatic property of aloe vera. J Pharm Sci. 1964,53:1287. 9- CUNHA A.P. et al. Plantas na Terapêutica Farmacologia e Ensaios clínicos. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007, p. 156, 310.
10- MATOS. F.J.A. et al. Constituintes químicos ativos e propriedades biológicas de Plantas Medicinais Brasileiras. 2ªed. Fortaleza, Ceará: Editora Universidade Federal do Ceará – UFC, 2004, p.
11- PENGELLY A. The Constituents of Medicine Plants. 2ª ed. CABI Publishing is a CAB Internatonal,2004, p. 155.
12- FORÈS R. Atlas das Plantas Medicinais e Curativas: a Saúde através das Plantas. Cotia, São Paulo: Editora Vergana Brasil, 2004, p. 49.
13- SIMÕES C.M.O., et al. Farmacognosia da Planta ao Medicamento. 1 a ed. Porto Alegre/Florianópolis: Ed. Universidade/UFRGS/Ed. da UFSC,1999, p. 730 - 732.
14- MARTINDALE. The Extra Pharmacopoeia. 31th Edition. Royal Pharmaceutical Society. London, 1996 p. 1656-1657.
A aloína possui propriedades estimulantes dos movimentos peristálticos. A Beladona é uma espécie vegetal usada nos espasmos do trato urinário, devido à ação dos princípios anticolinérgicos. O cloreto de metiltionínio (azul de metileno) é dotado de ação antisséptica sobre as vias urinárias. A Cana-do-brejo é um fitoterápico muito empregado nas afecções renais. A teobromina tem demonstrado possuir ação dissolvente sobre uratos, além de ser um diurético suave.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Pílulas De-Lussen.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 26 de Outubro de 2020
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