Meropeném
(90)Preço
Tipo de receita
- Branca 2 Vias (Antibiótico - Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)
Classe terapêutica
- Carbapenemes E Penemes
Forma farmacêutica
- Pó para solução injetável
- Solução injetável
- Pó para solução oral
Categoria
- Antibióticos
- Infecção Urinária
- Fibrose Cística
- Meningite
- Medicamentos
- Aparelho Respiratório
- Pele e Mucosa
- Saúde da Mulher
- Aparelho Digestivo
- Doenças do Sangue
Dosagem
- 500mg
- 1g
- 1000mg
- 2g
Fabricante
- BioChimico
- ABL Brasil
- Blau
- Aurobindo Pharma do Brasil
- Eugia Pharma
- Mylan
- Aspen Pharma
- Eurofarma - Momenta
- Pfizer
- Fresenius Kabi
Princípio ativo
- Meropeném
Tipo do medicamento
- Genérico
- Similar Intercambiável
- Novo
Quantidade
- 10 Unidades
- 100 mL
- 30 mL
- 20 mL
- 1 Unidades
- 10 x 100 mL
- 0
- 15 mL
- 10 mL
- 10 x 20 mL
Bula do Meropeném
Meropeném, para o que é indicado e para o que serve?
Pó para Solução Injetável 500mg ou 1g
Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é indicado para o tratamento das seguintes infecções em adultos e crianças, causadas por uma única ou múltiplas bactérias sensíveis e como tratamento empírico antes da identificação do micro-organismo causador:
- Infecções do trato respiratório inferior;
- Infecções urinárias, incluindo infecções complicadas;
- Infecções intra-abdominais;
- Infecções ginecológicas, incluindo infecções pós-parto;
- Infecções de pele e anexos;
- Meningite;
- Septicemia;
- Tratamento empírico incluindo monoterapia inicial para infecções presumidamente bacterianas, em pacientes neutropênicos;
- Infecções polimicrobianas, devido ao seu amplo espectro de atividade bactericida contra bactérias gram-positivas e gram-negativas, aeróbias e anaeróbias, Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é eficaz para o tratamento de infecções polimicrobianas;
- Fibrose cística, Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g intravenoso tem sido utilizado eficazmente em pacientes com fibrose cística e infecções crônicas do trato respiratório inferior, tanto como monoterapia, quanto em associação com outros agentes antibacterianos. O patógeno não tem sido sempre erradicado nestes tratamentos.
Pó para solução injetável 2g
Meropeném Pó para solução injetável 2 G por infusão prolongada está indicado para o tratamento de infecções graves, ocasionadas por bactérias multirresistentes sendo intrinsicamente mais potente contra Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa, tais como:
- Pneumonia associada ao uso de ventiladores mecânicos;
- Meningite bacteriana;
- Septicemia;
- Fibrose cística.
Quais as contraindicações do Meropeném?
Pó para Solução Injetável 500mg ou 1g
Hipersensibilidade ao Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g ou ao carbonato de sódio anidro.
Pacientes com história de hipersensibilidade a antibióticos carbapenêmicos, penicilinas ou outros antibióticos betalactâmicos também podem ser hipersensíveis ao Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V.
Como ocorre com todos os antibióticos beta-lactâmicos, raras reações de hipersensibilidade.
Pó para solução injetável 2g
O uso deste medicamento está contraindicado a pacientes com histórico de hipersensibilidade conhecida ao Meropeném Pó para solução injetável 2 G e/ou qualquer componente da formulação (alergia sem outra especificação). Pacientes com história de hipersensibilidade a antibióticos carbapenêmicos, penicilinas ou outros antibióticos beta-lactâmicos também podem ser hipersensíveis ao Meropeném Pó para solução injetável 2 G. Como ocorre com todos os antibióticos beta-lactâmicos, raras reações de hipersensibilidade foram relatadas. Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Tipo de receita
Como usar o Meropeném?
Pó para Solução Injetável 500mg ou 1g
Adultos
A faixa de dosagem é de 1,5 g a 6,0 g diários, divididos em três administrações.
Dose usual
500 mg a 1 g, por administração intravenosa a cada 8 horas, dependendo do tipo e da gravidade da infecção, da suscetibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das condições do paciente.
Exceções
- Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 1 g a cada 8 horas.
- Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 2 g a cada 8 horas.
Quando tratar-se de infecções conhecidas ou suspeitas de serem causadas por Pseudomonas aeruginosa, recomenda-se doses de pelo menos 1 g a cada 8 horas para adultos (a dose máxima não deve ultrapassar 6 g por dia, divididos em 3 doses) e doses de pelo menos 20 mg/kg a cada 8 horas para crianças (a dose máxima não deve ultrapassar 120 mg/kg por dia, divididos em 3 doses).
Testes regulares de suscetibilidade são recomendados no tratamento de infecções por Pseudomonas aeruginosa.
Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. deve ser administrado como injeção intravenosa em bolus por aproximadamente 5 minutos ou por infusão intravenosa de aproximadamente 15 a 30 minutos. Há dados limitados sobre segurança disponíveis para apoiar a administração de bolus de 2 g.
Dosagem para adultos com função renal alterada
A dose deve ser reduzida em pacientes com clearance de creatinina inferior a 51 mL/min, como esquematizado abaixo:
Clearance de creatinina (mL/min |
Dose (baseada na faixa de unidade de dose de 500 mg a 2,0 g a cada 8 horas) |
Frequência |
26 – 50 |
1 unidade de dose |
A cada 12 horas |
10 – 25 |
1/2 unidade de dose |
A cada 12 horas |
<10 |
1/2 unidade de dose |
A cada 24 horas |
Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. é eliminado através da hemodiálise e hemofiltração, caso seja necessário a continuidade do tratamento com Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V., recomenda-se que no final do procedimento de hemodiálise o tratamento efetivo seja reinstituído na dosagem adequada baseada no tipo e gravidade da infecção.
Não existe experiência com diálise peritoneal.
Uso em adultos com insuficiência hepática
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com disfunção no metabolismo hepático.
Uso em idosos
Não é necessário ajuste de dose para idosos com função renal normal ou com valores de clearance de creatinina superiores a 50 mL/min.
Dosagem para crianças
Para crianças acima de 3 meses de idade e até 12 anos, a dose intravenosa é de 10 a 40 mg/kg a cada 8 horas, dependendo do tipo e da gravidade da infecção, da suscetibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das condições do paciente. Em crianças com peso superior a 50 kg, deve ser utilizada a posologia para adultos.
Exceções
- Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 20 mg/kg a cada 8 horas.
- Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 40 mg/kg a cada 8 horas.
Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. deve ser administrado como injeção intravenosa em bolus por aproximadamente 5 minutos ou por infusão intravenosa de aproximadamente 15 a 30 minutos. Há dados limitados sobre segurança disponíveis para apoiar a administração de bolus de 40 mg/kg para crianças.
Não há experiência em crianças com função renal alterada.
Se deixar de administrar uma injeção de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V., esta deve ser administrada assim que possível. Geralmente, não se deve administrar duas injeções ao mesmo tempo.
Reconstituição e compatibilidade
Preparo de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V.
Para injeção intravenosa em bolus Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. deve ser reconstituído em água estéril para injeção (10 mL para cada 500 mg), conforme tabela abaixo. Essa reconstituição fornece uma solução de concentração final de aproximadamente 50 mg/mL. As soluções reconstituídas são claras ou amarelo-pálidas.
Frasco |
Conteúdo do diluente a ser adicionado |
500 mg |
10 mL |
1 g |
20 mL |
Para infusão intravenosa, os frascos-ampolas de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. podem ser diretamente reconstituídos com um fluido de infusão compatível e, posteriormente, a esta diluição pode ser adicionada a outra solução, também compatível, para infusão conforme necessário.
Utilizar preferencialmente soluções de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. recém-preparadas. Entretanto, as soluções reconstituídas de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. mantêm potência satisfatória em temperatura de 15 e 25ºC ou sob refrigeração (4ºC), de acordo com o item “Armazenamento após a reconstituição”.
Deve-se agitar a solução reconstituída antes do uso.
Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. não deve ser misturado ou adicionado a soluções que contenham outros fármacos.
As soluções de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. não devem ser congeladas.
Pó para solução injetável 2g
Reconstituicão
Deve-se reconstituir o produto em 40 mL de solução diluente e infundir em 100 mL de solução fisiológica. Recomenda-se que as soluções de Meropeném Pó para solução injetável 2 G sejam preparadas imediatamente antes do uso.
Entretanto, as soluções reconstituídas de Meropeném Pó para solução injetável 2 G mantêm estabilidade satisfatória à temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C) ou sob refrigeração (entre 2°C e 8°C), como apresentado na tabela a seguir:
Solução utilizada para reconstituição |
Período de estabilidade (em horas) |
|
15 – 30 °C |
2 – 8 °C |
|
Cloreto de Sódio 0,9% |
6 |
6 |
Solução de Ringer |
6 |
6 |
Solução de Ringer com Lactato |
6 |
6 |
Deve-se agitar a solução reconstituída antes do uso.
Meropeném Pó para solução injetável 2 G não deve ser misturado ou adicionado a soluções que contenham outros fármacos. As soluções de Meropeném Pó para solução injetável 2 G não devem ser congeladas.
Dosagem
Meropeném Pó para solução injetável 2 G deve ser administrado de 8 em 8 horas em infusão prolongada por via intravenosa (IV) para o tratamento de patologias graves contra bactérias multiresistentes Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa, Burkholderia cepacia, e/ou patógenos com CIM elevadas.
Observações
O prolongamento da meia-vida de eliminação do Meropeném Pó para solução injetável 2 G e do metabólito de anel aberto e um aumento no seu clearance renal são observados em pacientes com insuficiência renal sendo necessário o ajuste de dose nestes pacientes.
Para tal, em pacientes com o clearance de creatinina menor que 51 mL/min, a dosagem de Meropeném Pó para solução injetável 2 G deve ser reduzida. Em pacientes com clearance de creatinina na faixa de 26-50 mL/min, as doses de 2 g devem ser administradas a cada 12 horas. Não se deve administrar Meropeném Pó para solução injetável 2 G em pacientes com clearance de creatinina entre 10-25 mL/min e menor que 10 mL/min.
Dosagem em pacientes geriátricos:
Um prolongamento da meia-vida de eliminação foi relatado em pacientes idosos (1,3 h versus 0,8 horas em indivíduos jovens), o qual está relacionado à diminuição da função renal. A redução no clearance não renal também pode ocorrer nos idosos devido ao baixo metabolismo. Estes dados sugerem a necessidade da redução de dose em pacientes idosos. Entretanto, os ajustes de dose não são necessários em pacientes idosos com clearance de creatinina maiores que 50 mL/min.
O Meropeném Pó para solução injetável 2 G é eliminado da circulação por hemodiálise. Caso seja necessária a continuidade do tratamento com Meropeném Pó para solução injetável 2 G, a unidade de dose, baseada no tipo e na gravidade da infecção, é recomendada no final do procedimento de hemodiálise, para reinstituir tratamento efetivo. Não existe experiência com diálise peritoneal.
Meropeném Pó para solução injetável 2 G deve ser administrado por infusão contínua por via intravenosa por um período de três horas.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Meropeném?
Pó para Solução Injetável 500mg ou 1g
Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. é geralmente bem tolerado. As reações adversas raramente levaram à interrupção do tratamento. As reações adversas graves são raras.
As reações adversas a seguir foram identificadas durante os estudos clínicos e experiências pós-comercialização com Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V.
Reações adversas por categoria de frequência SOC (Sistema, Órgão, Classe) e CIOMS listados por ordem decrescente de gravidade médica ou importância clínica dentro de cada categoria de frequência e SOC
Sistema, Órgão, Classe |
Muito comum ≥ 1/10 | Comum ≥ 1/100 a < 1/10 | Incomum ≥ 1/1.000 a < 1/100 | Rara ≥ 1/10.000 a < 1/1.000 | Muito rara < 1/10.000 |
Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) |
Infecções e infestações |
- | - | Candidíase oral e vaginal | - | - | - |
Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático |
- | Trombocitemia | Trombocitopenia, Neutropenia, Leucopenia, Eosinofilia | - | - |
Agranulocitose* , Anemia hemolítica* |
Distúrbios do sistema imune |
- | - | - | - | - |
Manifestações de anafilaxia*, angioedema* |
Distúrbios do metabolismo e nutrição |
- | - | Hipocalemia | - | - | - |
Distúrbios psiquiátricos |
- | - | Alucinação, Depressão | Delirium* | - | - |
Distúrbios de sistema nervoso |
- | Cefaleia | Convulsões, Parestesia, Insônia, Agitação, Confusão, Nervosismo, Ansiedade | - | - | - |
Distúrbios cardiovasculares |
- | - | Insuficiência Cardíaca, Parada Cardíaca, Taquicardia, Hipertensão, Infarto do Miocárdio, Bradicardia, Hipotensão, Síncope | - | - | - |
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino |
- | - | Dispneia, Asma, Tosse, Edema Pulmonar, Embolia Pulmonar | - | - | - |
Distúrbios gastrointestinais |
- | Dor Abdominal, Diarreia, Vômito, Náusea | Anorexia, Flatulência, Dispepsia, Obstrução Intestinal | - | - |
Colite pseudomembran osa* |
- | Aumento da alaninaaminotransamin ase, Aumento das aspartatoaminotransferas e, Aumento da fosfatase alcalina sanguínea, Aumento da desidrogenase láctica sanguínea | Aumento da bilirrubina sanguínea, Aumento da gamaglutamiltransferas | - | - | - | |
Distúrbios da pele e subcutâneos |
- | Rash | Prurido, Urticária | - | - |
Necrólise epidérmica tóxica*, Síndrome de StevensJohnson*, Eritema multiforme*, Reação ao medicamento com eosinofilia e sintomas sistêmicos*, Pustulose exantemática generalizada aguda* |
Distúrbios renais e urinários |
- | - | Disúria, Disfunção Renal, Incontinência Urinária | - | - | - |
Distúrbios gerais e do local de aplicação |
- | Inflamação | Tromboflebites, Dor | - | - | - |
Alterações laboratoriais |
- | - | Creatinina no Sangue Aumentada, Ureia no Sangue Aumentada | - | - | - |
* Reações adversas identificadas pós-comercialização.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos - VIGIMED, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Pó para solução injetável 2g
O Meropeném Pó para solução injetável 2 G é geralmente bem tolerado. Os eventos adversos graves são raros e dificilmente requerem interrupção da terapia.
As reações adversas de Meropeném Pó para solução injetável 2 G agrupadas de acordo com a sua incidência são:
Reações comuns (1-10%)
- Reações locais após injeção intravenosa: inflamação local.
- Pele: Exantema, “rash” cutâneo.
- Trato gastrointestinal: diarréia; náusea/vômito; obstipação intestinal.
Reações incomuns (0,1-1%)
- Reações locais após injeção intravenosa: flebite/tromboflebite; reação no sítio de injeção; dor no local de injeção; edema no local de injeção.
- Sintomas gerais: febre.
- Pele: prurido; urticária.
- Sistema nervoso central: cefaléia.
- Trato ginecológico: vaginite; candidíase vaginal.
- Trato gastrointestinal: monilíase oral; elevação de transaminases (ALT e AST), fosfatase alcalina, desidrogenase láctica e bilirrubinas .
- Trato urinário: elevação da creatinina e uréia
- Sangue: trombocitose; eosinofilia; leucopenia; neutropenia; alteração do tempo de protrombina; alteração do tempo de tromboplastina parcial ativada; anemia.
Reações raras (0,01-0,1%)
- Sintomas gerais: calafrios.
- Pele: urticária; hiperidrose; eritema multiforme; síndrome de Stevens-Johnson; necrólise epidêmica tóxica (NET).
- Imunológico: anafilaxia; hipersensibilidade; angioedema; sepse.
- Respiratório: hipóxia; derrame pleural; edema pulmonar; embolia pulmonar.
- Sistema nervoso central: agitação; convulsões; tontura; desmaio; alucinações; parestesias; neuropatia.
- Trato gastrointestinal: dor abdominal; alteração do paladar; obstrução intestinal; diarreia por Clostridium difficile; hemorragia gastrointestinal; hemoperitôneo não-traumático.
- Trato urinário: disfunção renal; edema periférico.
- Cardiovascular: parada cardíaca; infarto do miocárdio.
- Hepático: icterícia; colestase; insuficiência hepática.
- Sangue: trombocitopenia; alterações nos testes de Coombs direto e indireto; sangramento.
Reações muito raras (<0,01%)
- Sangue: agranulocitose.
Informe seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Meropeném com outros remédios?
Pó para Solução Injetável 500mg ou 1g
A probenecida compete com Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g pela secreção tubular ativa e, então, inibe a excreção renal do Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g, provocando aumento da meia-vida de eliminação e da sua concentração plasmática. Uma vez que a potência e a duração da ação de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g dosado sem a probenecida são adequadas, não se recomenda a coadministração de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. e probenecida. O efeito potencial de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. sobre a ligação de outros fármacos às proteínas plasmáticas ou sobre o metabolismo não foi estudado. No entanto, a ligação às proteínas é tão baixa que não se espera que haja interação com outros fármacos, considerando-se este mecanismo.
Foram relatadas reduções nas concentrações plasmáticas de ácido valproico quando coadministrado com agentes carbapenêmicos resultando na diminuição de 60-100% dos níveis de ácido valproico em aproximadamente dois dias. Devido ao rápido início e ao prolongamento da redução da concentração a coadministração de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. em pacientes estabilizados com ácido valproico não é considerada gerenciável e deve ser evitada,
Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. foi administrado concomitantemente com muitos outros medicamentos sem interações adversas aparentes. Entretanto, não foram conduzidos estudos de interação com fármacos específicos, além do estudo com a probenecida.
Pó para solução injetável 2g
A probenecida compete com o Meropeném Pó para solução injetável 2 G pela secreção tubular ativa e por isso inibe a sua excreção renal, provocando aumento da meia-vida de eliminação e da sua concentração plasmática. Uma vez que a potência e a duração da ação de Meropeném Pó para solução injetável 2 G administrado sem a probenecida são adequadas, não se recomenda a co-administração de Meropeném Pó para solução injetável 2 G com esta substância. O efeito potencial de Meropeném Pó para solução injetável 2 G sobre a ligação de outros fármacos às proteínas plasmáticas ou sobre o metabolismo não foi estudado. O Meropeném Pó para solução injetável 2 G foi administrado concomitantemente com muitos outros medicamentos sem interações adversas aparentes. O Meropeném Pó para solução injetável 2 G pode reduzir os níveis séricos de ácido valpróico. Podem-se atingir níveis subterapêuticos em alguns pacientes. Entretanto, não foram conduzidos estudos de interação com fármacos específicos, além do estudo com a probenecida. Antibióticos que possuem atividade bacteriana contra Salmonella typhi podem interferir com a resposta imunológica à vacina contra a febre tifóide. Conceda um período de 24 horas ou mais de intervalo entre a administração da última dose de Meropeném Pó para solução injetável 2 G e a dose de vacina contra a febre tifóide.
Quais cuidados devo ter ao usar o Meropeném?
Pó para Solução Injetável 500mg ou 1g
As reações adversas cutâneas graves (RACG), como a síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), necrólise epidérmica tóxica (NET), reação ao medicamento com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS), eritema multiforme (EM) e pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA) foram relatadas em pacientes que receberam Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. Se aparecerem sinais e sintomas sugestivos dessas reações, Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g deve ser retirado imediatamente e deve ser considerado um tratamento alternativo
Como acontece com outros antibióticos, pode ocorrer supercrescimento de micro-organismos não sensíveis, sendo então necessárias repetidas avaliações de cada paciente. Raramente, foi relatada a ocorrência de colite pseudomembranosa com o uso de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V., assim como ocorre com praticamente todos os antibióticos. Desse modo, é importante considerar o diagnóstico de colite pseudomembranosa em pacientes que apresentem diarreia em associação ao uso de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V.
Não é recomendado o uso concomitante de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. e ácido valproico/valproato de sódio. Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. pode reduzir os níveis séricos de ácido valproico. Alguns pacientes podem apresentar níveis subterapêuticos.
Foram relatados casos de crises convulsivas durante o tratamento com Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g. Esses casos ocorreram mais frequentemente em pacientes com perturbações do SNC (por exemplo, lesões cerebrais ou história de convulsões) ou com meningite bacteriana e/ou comprometimento da função renal. Recomenda-se o ajuste da dose em pacientes com idade avançada e/ou pacientes adultos com depuração da creatinina inferior a 50 mL/min, ou menor.
Uso pediátrico
A eficácia e a tolerabilidade em neonatos com idade inferior a 3 meses não foram estabelecidas. Portanto, Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. não é recomendado para uso abaixo desta faixa etária.
Uso em idosos e pacientes com insuficiência renal
Vide item Como usar o Meropeném.
Uso em pacientes com doença hepática
Pacientes portadores de alterações hepáticas preexistente devem ter a função hepática monitorada durante o tratamento com Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V.
Um teste de Coombs direto ou indireto poderá apresentar-se positivo.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não foram realizados estudos relacionados com a habilidade de dirigir e operar máquinas. No entanto, ao dirigir ou operar máquinas deve-se levar em conta que foram relatados casos de dores de cabeça, parestesia e convulsões durante do uso de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V.
Fertilidade, gravidez e lactação
Gravidez
A segurança de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. na gravidez humana não foi estabelecida, apesar dos estudos em animais não terem demonstrado efeitos adversos no feto em desenvolvimento. Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. não deve ser usado na gravidez, a menos que os benefícios potenciais para a mãe justifiquem os riscos potenciais para o feto, a critério médico.
Lactação
Foram relatados casos de excreção de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g no leite materno. Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. não deve ser usado em mulheres que estejam amamentando, a menos que os benefícios potenciais justifiquem o risco potencial para o bebê.
Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. é um medicamento classificado na categoria B de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Pó para solução injetável 2g
Como acontece com outros antibióticos, pode ocorrer supercrescimento de microrganismos não-sensíveis, sendo então necessárias repetidas avaliações de cada paciente. Raramente foi relatada a ocorrência de colite pseudomembranosa, assim como ocorre com praticamente todos os antibióticos. Desse modo, é importante considerar o diagnóstico de colite pseudomembranosa em pacientes que apresentem diarréia em associação ao uso de Meropeném Pó para solução injetável 2 G.
Uso durante a gravidez e lactação
Este medicamento é classificado na categoria B de risco na gravidez
A segurança de Meropeném Pó para solução injetável 2 G na gravidez humana não foi estabelecida, apesar de os estudos em animais não terem demonstrado efeitos adversos no feto em desenvolvimento. Meropeném não deve ser administrado durante a gravidez sem orientação médica. a menos que os benefícios potenciais para a mãe justifiquem os riscos potenciais para o feto. O Meropeném Pó para solução injetável 2 G é detectável em concentrações muito baixas no leite de animais. No entanto, não deve ser administrado em mulheres que estejam amamentando, a menos que os benefícios potenciais justifiquem o risco potencial para o bebê.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Este medicamento não deve ser usado em indivíduos com peso inferior a 50 kg.
Meropeném Pó para solução injetável 2 G é exclusivamente de uso intravenoso.
Uso em portadores de insuficiência hepática e/ou renal
Pacientes com disfunção hepática: pacientes portadores de doença hepática preexistente devem ter a função hepática monitorada durante o tratamento com Meropeném Pó para solução injetável 2 G.
Pacientes com insuficiência renal
Vide item Como usar o Meropeném?.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
Não há evidências de que Meropeném Pó para solução injetável 2 G diminua a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas.
Qual a ação da substância do Meropeném?
Resultados de Eficácia
Pó para Solução Injetável 500mg ou 1g
O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é estável em testes de suscetibilidade que podem ser realizados utilizando-se os sistemas de rotina normal. Testes in vitro mostram que Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g pode atuar de forma sinérgica com vários antibióticos. Demonstrou-se que Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g, tanto in vitro quanto in vivo, possui um efeito pós-antibiótico contra microorganismos gram-positivos e gram-negativos.
O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é ativo in vitro contra muitas cepas resistentes a outros antibióticos beta-lactâmicos. Isto é explicado parcialmente pela maior estabilidade às beta-lactamases. A atividade in vitro contra cepas resistentes às classes de antibióticos não relacionadas, como aminoglicosídeos ou quinolonas, é normal.
A prevalência de resistência adquirida pode variar geograficamente e com o tempo para espécies selecionadas, e informações locais sobre resistências são importantes particularmente quando relacionadas ao tratamento de infecções graves. Se necessário, deve-se procurar aconselhamento de um especialista quando a prevalência local da resistência é tal que a utilidade do agente em pelo menos alguns tipos de infecções é questionável.
Pó para solução injetável 2g
A avaliação da eficácia do Meropeném Pó para solução injetável 2 G para o tratamento de pneumonias associadas ao uso de ventiladores mecânicos (PAV) foi realizada comparando três posologias distintas: 2 g por infusão prolongada por 3 horas a cada 8 horas por um período de 24 horas, injeção em bolus de Meropeném Pó para solução injetável 2 G 1 g por 10 minutos a cada 8 horas por um período de 24 h e 1 g por infusão prolongada por 3 horas cada 8 h por um período de 24 h. Foi evidenciada proporcionalidade entre dose e ASC (área sob a curva) por infusão prolongada. O breakpoint utilizado foi o estabelecido pela CLSI, que é a CIM maior de 4,0 µg/mL. Logo, as concentrações séricas médias obtidas após infusão de 1 g de Meropeném Pó para solução injetável 2 G por 3 h ficaram acima de 4,0 µg/mL por aproximadamente 72% do intervalo de dosagens de 8 horas.
Da mesma maneira, quando uma injeção em bolus de 1 g de Meropeném Pó para solução injetável 2 G foi administrada, as porcentagens de T> CIM foram aproximadamente de 60 % do intervalo entre as doses. A CIM para P. aeruginosa isolada de dois pacientes foi > que 4,0 µg/mL. De acordo com as simulações farmacocinéticas com as CIMs para os patógenos, as concentrações médias obtidas através da infusão de 1 g de Meropeném Pó para solução injetável 2 G por 3 horas estavam acima de 8 µg/mL por aproximadamente 58% do período de 8 horas. Entretanto, as concentrações séricas médias quando 2 g de Meropeném Pó para solução injetável 2 G foram administradas por 3 horas ficaram acima das CIMs de 8 e 16 µg/mL por 72% e 57% do intervalo de dose de 8 horas, respectivamente. Deste modo, no tratamento de infecções com microrganismos que apresentam CIM intermediário (resistência intermediária), a dose de Meropeném Pó para solução injetável 2 G administrada por infusão prolongada de 3 h pode ser aumentada até 2 g a cada 8 h. Para o tratamento de infecções causadas por patógenos isolados com resistência intermediária, a infusão por 3 horas de Meropeném Pó para solução injetável 2 G 2 g a cada 8 horas fornece concentrações séricas acima da CIM de 16 µg/mL para quase 60% do intervalo de 8 horas. 1
Em um estudo randomizado, cruzado e prospectivo, quinze paciente criticamente infectados com diagnóstico de pneumonia (n=7), sepse (n=3) ou síndrome da resposta inflamatória sistêmica (n=5) receberam, aleatoriamente, ou uma dose de ataque de 2 g de Meropeném Pó para solução injetável 2 G EV seguida por infusão contínua diária de 3 g por 48 horas, ou administração intermitente de 2 g de Meropeném Pó para solução injetável 2 G EV a cada 8 horas por 2 dias. Os objetivos principais deste estudo foram investigar a farmacocinética do Meropeném Pó para solução injetável 2 G por infusão prolongada versus infusão intermitente em pacientes portadores de infecções graves internados, e comparar os efeitos colaterais dos dois regimes de administração empregados. Os autores concluíram que o racional para usar o Meropeném Pó para solução injetável 2 G por infusão contínua é apoiado pelos dados farmacocinéticos. As concentrações séricas permaneceram acima da CIM para a maioria dos prováveis patógenos em todos os pacientes. Durante a infusão prolongada não foram observados efeitos adversos relacionados a este regime de administração. Desta forma, o Meropeném Pó para solução injetável 2 G pode ser administrado com segurança por este regime. 2
Em um estudo clínico envolvendo 6 indivíduos com fibrose cística, administrou-se o Meropeném Pó para solução injetável 2 G na dosagem de 2 g a cada 8 horas por infusão endovenosa por 30 minutos. Três doses sucessivas foram administradas. O uso do Meropeném Pó para solução injetável 2 G 2 g em regime de infusão maximiza a farmacodinâmica deste antibiótico. Os resultados do estudo mostram que após uma dosagem de 2 g de Meropeném Pó para solução injetável 2 G a cada 8 horas, as concentrações plasmáticas permanecem mais altas por pelo menos 50% dos intervalos entre as dosagens, minimizando a probabilidade de uma resposta clínica desfavorável. 3
Referências Bibliográficas
1. Jaruratanasirikul S, Sriwiriyajan S, Punyo J. Comparison of the pharmacodynamics of Meropeném Pó para solução injetável 2 G in patients with ventilator-associated pneumonia following administration by 3-hour infusion or bolus injection. Antimicrobial Agents and Chemotherapy 2005;v49 (4):1337-1339
2. Thalhammer F, Traunmuller F, Menyawi I, et al. Continuous infusion versus intermittent administration of Meropeném Pó para solução injetável 2 G in critically ill patients. Journal of Antimicrobial chemotherapy 1999; v:43: 523-527.
3. Bui K, Ambrose P, Nicolau D, et al. Pharmacokinetics of high-dose Meropeném Pó para solução injetável 2 G in adult cystic fibrosis patients. Chemotherapy 2001;vol 47: 153-156.
Características Farmacológicas
Pó para Solução Injetável 500mg ou 1g
Propriedades farmacodinâmicas
O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é um antibiótico carbapenêmico para uso parenteral que é estável à deidropeptidase-I humana (DHPI). O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é estruturalmente similar ao imipeném.
O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g exerce sua ação bactericida através da interferência com a síntese da parede celular bacteriana. A facilidade com que penetra nas células bacterianas, seu alto nível de estabilidade a maioria das serinas betalactamases, e sua notável afinidade pelas múltiplas proteínas ligantes de penicilina (PBPs), explicam a potente atividade bactericida de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g contra um amplo espectro de bactérias aeróbicas e anaeróbicas. As concentrações bactericidas estão geralmente dentro do dobro da diluição das concentrações inibitórias mínimas (CIMs).
Mecanismos de resistência
A resistência bacteriana ao Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g pode ser resultado de um ou mais fatores:
- Redução da permeabilidade da membrana externa das bactérias gram-negativas (devido à produção reduzida de porinas);
- Redução da afinidade dos PBPs alvos;
- Aumento da expressão dos componentes da bomba de efluxo; e
- Produção de betalactamases que possam hidrolisar os carbapenêmicos. Em algumas regiões foram relatados agrupamentos localizados de infecções devido à resistência bacteriana a carbapenêmicos.
A suscetibilidade ao Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g de um dado clínico isolado deve ser determinada por métodos padronizados. As interpretações dos resultados dos testes podem ser realizadas de acordo com as doenças infecciosas locais e diretrizes de microbiologia clínica. O espectro antibacteriano do Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g inclui as seguintes espécies, baseadas na experiência clínica e nas diretrizes terapêuticas.
Espécies comumente suscetíveis: Aeróbios gram-positivos
Enterococcus faecalis (note que E. faecalis pode naturalmente apresentar suscetibilidade intermediária), Staphylococcus aureus (apenas cepas suscetíveis à meticilina: estafilococos resistentes à meticilina, incluindo o MRSA [S. aureus resistente à oxacilina] são resistentes ao Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g), Staphylococcus, incluindo espécies Staphylococcus epidermidis (apenas cepas suscetíveis à meticilina: estafilococos resistentes à meticilina, incluindo o MRSE [S. epidermidis resistentes à meticilina] são resistentes ao Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g), Streptococcus agalactiae (Streptococcus grupo B), grupo Streptococcus milleri (S. anginosus, S. constellatus e S. intermedius), Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes (streptococcus grupo A).
Espécies comumente suscetíveis: Aeróbios gram-negativos
Citrobacter freundii, Citrobacter koseri, Enterobacter aerogenes, Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca; Morganella morganii, Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Serratia marcescens.
Espécies comumente suscetíveis: Anaeróbios gram-positivos
Citrobacter freundii, Citrobacter koseri, Enterobacter aerogenes, Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca; Morganella morganii, Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Serratia marcescens.
Espécies comumente suscetíveis: Anaeróbios gram-negativos
Clostridium perfringens, Peptoniphilus asaccharolyticus, Peptostreptococcus species (incluindo P. micros, P anaerobius, P. magnus).
Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser um problema: Aeróbios gram-positivos
Enterococcus faecium (E. faecium pode apresentar naturalmente suscetibilidade intermediária mesmo sem mecanismos de resistência adquiridos).
Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser um problema: Aeróbios gram-negativos
Acinetobacer species, Burkholderia cepacia, Pseudomonas aeruginosa.
Organismos inerentemente resistentes: Aeróbios gram-negativos
Stenotrophomonas maltophiliae espécies de Legionella.
Outros organismos inerentemente resistentes
Chlamydophila pneumoniae, Chlamydophila psittaci, Coxiella burnetii, Mycoplasma pneumoniae.
A literatura médica publicada descreve suscetibilidade ao Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g in vitro de várias outras espécies de bactérias. No entanto, o significado clínico desses achados in vitro é incerto.
Aconselhamento sobre o significado clínico dos achados in vitro deve ser obtido a partir de doenças infecciosas locais, com especialistas em microbiologia clínica local e com diretrizes profissionais locais.
Propriedades farmacocinéticas
Em pacientes saudáveis a meia-vida de eliminação de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é de aproximadamente 1 hora; o volume de distribuição médio é de aproximadamente 0,25 L/kg e a depuração média é de 239 mL/min a 500 mg, caindo para 205 mL/min a 2g. Doses de 500, 1000 e 2000 mg de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g I.V. em uma infusão de 30 minutos, resulta em picos de concentração plasmática de aproximadamente 23 μg/mL para dose de 500 mg; 49 μg/mL para doses de 1 g e 115 μg/mL após dose de 2 g, que corresponde a valores de AUC de 39,3, 62,3 e 153 μg.h/mL respectivamente.
Após infusão por 5 minutos os valores de Cmáx são 52 e 112 μg/mL após doses de 500 e 1000 mg, respectivamente. Quando doses múltiplas são administradas a indivíduos com função renal normal, em intervalos de 8 horas, não há ocorrência de acúmulo de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g.
Um estudo com 12 pacientes com Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g 1000 mg administrado a cada 8 horas para infecções abdominais pós-cirurgia demonstrou um Cmáx e tempo de meia-vida comparáveis como os de pacientes normais, porém apresentou maior volume de distribuição (27 L).
Distribuição
A ligação de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g às proteínas plasmáticas foi de aproximadamente 2%, e foi independente da concentração. O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g tem boa penetração na maioria dos tecidos e fluidos corporais, incluindo pulmões, secreções brônquicas, bile, líquor, tecidos ginecológicos, da pele, fáscia, músculo e exsudato peritoneal.
Metabolismo
O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é metabolizado por hidrólise do anel beta-lactâmico gerando um metabólito microbiologicamente inativo. In vitro o Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g apresenta uma reduzida suscetibilidade para hidrólise por deidropeptidase-1 (DHPI) humana comparada ao imipeném e não é requerida a coadministração de um inibibor de DHP-I.
Eliminação
O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é primariamente excretado pelos rins; aproximadamente 70% (50-70%) da dose é excretada inalterada em 12 horas. Mais de 28% é recuperado como metabólito microbiologicamente inativo. A eliminação fecal representa 2% da dose. A depuração renal medida e efeito da probenecida mostram que o Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g sofre filtração e secreção tubular.
Insuficiência renal
Distúrbios renais resultam em um aumento da AUC plasmática e do tempo de meia-vida. Há aumentos da AUC de 2,4 vezes em pacientes com distúrbios renais moderados (CLCr 33-74 mL/min), aumento de 5 vezes em pacientes com distúrbios renais graves (CLCr 4-23 mL/min) e aumento de 10 vezes em pacientes que fazem hemodiálise (CLCr < 2 mL/min) quando comparado com pacientes saudáveis (CLCr >80 mL/min). A AUC do metabólito microbiologicamente inativo de anel aberto foi também consideravelmente maior em pacientes com distúrbios renais. São necessários ajustes de dose em indivíduos com disfunção renal moderada ou grave.
O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é eliminado por hemodiálise com depuração aproximadamente 4 vezes maior que em pacientes anúricos.
Insuficiência hepática
Um estudo em pacientes com cirrose alcoólica não demonstrou na farmacocinética de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g efeitos relacionados à doença no fígado após doses repetidas.
Adultos
Os estudos farmacocinéticos realizados em pacientes não demonstraram diferenças significativas de farmacocinética versus indivíduos saudáveis com função renal equivalente. A população modelo desenvolvida a partir dos dados de 79 pacientes com infecção intra-abdominal ou pneumonia mostraram que dependem do volume central sobre o peso, da depuração da creatinina e da idade.
Crianças
A farmacocinética em adolescentes e crianças com infecção, a doses de 10, 20 e 40 mg/kg apresentou valores de Cmáx aproximados aos dos valores em adultos nas doses de 500, 1000 e 2000 mg, respectivamente. A comparação demonstrou farmacocinética consistente entre as doses e os tempos de meia-vida semelhante a dos adultos para todos os pacientes, menos os mais novos (< 6 meses t1/2 1,6 horas). As depurações médias do Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g foram 5,8 mL/min/kg (6-12 anos), 6,2 mL/min/kg (2-5 anos), 5,3 mL/min/kg (6-23 meses) e 4,3 mL/min/kg (2-5 meses). Aproximadamente 60% da dose é excretada na urina em até 12 horas como Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g e mais de 12% como metabólito. As concentrações de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g no líquido cefalorraquidiano das crianças com meningite são de aproximadamente 20% dos níveis plasmáticos corrente embora haja uma variabilidade individual significante.
A farmacocinética de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g em neonatos requerendo tratamento anti-infeccioso apresentou aumento da depuração em neonatos com cronologia ou idade gestacional maior, com uma média de tempo de eliminação de 2,9 horas. A simulação de Monte Carlo baseada no modelo de população PK demonstrou que o regime de dose de 20 mg/kg a cada 8 horas atingiu 60% T > CIM para P. aeruginosa em 95% dos neonatos prematuros e em 91% dos neonatos não prematuros.
Idosos
Estudos farmacocinéticos em pacientes idosos saudáveis (65-80 anos) demonstraram redução da depuração plasmática correlacionada com a redução da depuração da creatinina associada à idade e com a pequena redução da depuração não renal. Não é necessário o ajuste de dose em pacientes idosos, exceto em casos de distúrbios renais moderados a graves.
Dados de segurança pré-clínica
Estudos em animais indicam que Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é bem tolerado pelos rins. Evidência histológica de dano tubular renal foi observado em camundongos e em cães apenas em doses de 2000 mg/kg, e em doses superiores.
O Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g é geralmente bem tolerado pelo Sistema Nervoso Central (SNC). Foram observados efeitos apenas com doses muito altas, de 2000 mg/kg ou mais.
A DL50 I.V. de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g em roedores é superior a 2000 mg/kg. Em estudos de doses repetidas de até 6 meses de duração, foram observados apenas efeitos secundários, incluindo um pequeno decréscimo nos parâmetros dos glóbulos vermelhos e um aumento no peso do fígado em cães, com dose de 500 mg/kg.
Não houve evidência de potencial mutagênico nos 5 testes realizados e nenhuma evidência de toxicidade reprodutiva, incluindo potencial teratogênico, em estudos nas doses mais altas possíveis em ratos e macacos (o nível de dose sem efeito de uma pequena redução no peso corpóreo F1 em rato foi 120 mg/kg).
Não houve evidência de suscetibilidade aumentada ao Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g em animais jovens em comparação com animais adultos. A formulação intravenosa foi bem tolerada em estudos em animais. A formulação intramuscular causou necrose reversível no local da injeção.
Um único metabólito de Meropeném Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g teve um perfil similar de baixa toxicidade em estudos em animais.
Pó para solução injetável 2g
Propriedades Farmacodinâmicas
Meropeném Pó para solução injetável 2 G é um antibiótico para uso parenteral, pertencente à classe dos carbapenêmicos. A presença de um anel carbapenêmico confere a esta substância a propriedade de agir com elevada potência contra microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos. Age facilmente nestes microrganismos, pois possui estabilidade frente a todas as beta-lactamases, sendo estável à hidrólise pela enzima ESBL (enzima beta-lactamase de espectro estendido), além de possuir uma boa afinidade pelas proteínas que ligam à penicilina (PBP). Estas propriedades fazem dos carbapenêmicos agentes muito efetivos para o tratamento de infecções bacterianas graves.
Possui atividade antimicrobiana tempo-dependente, ou seja, seu sucesso clínico depende da porcentagem do tempo (%T) em que os níveis do fármaco no local da infecção excedem a CIM (concentração inibitória mínima). Uma maneira de prolongar a %T> CIM é através da infusão prolongada do fármaco, que fornece um tempo maior acima da CIM, se comparado com a administração IV (intravenosa) em bolus. A duração acentuada do efeito antibiótico pode ser particularmente importante em pacientes imunossuprimidos, com infecção grave ou no tratamento de patógenos com CIM alta. Para o Meropeném Pó para solução injetável 2 G, 40% do tempo do intervalo de dose ou mais acima da CIM se correlaciona com o potencial bactericida máximo do fármaco, aumentando a eficácia do produto.
O espectro antibacteriano in vitro do Meropeném Pó para solução injetável 2 G inclui a maioria dos microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos clinicamente significantes e cepas de bactérias aeróbicas e anaeróbicas conforme a relação a seguir:
Gram-positivos aeróbios |
Gram-negativos aeróbios |
Bactérias anaeróbias |
Bacillus spp. |
Achromobacter xylosoxidans Acinetobacter anitratus |
Actinomyces odontolyticus |
Enterococcus faecalis |
Acinetobacter lwoffii |
Actinomyces israellii |
Enterococcus liquifaciens |
Acinetobacter baumannii |
Bacteróides-Prevotella-Porphyromonas ssp |
Lactobacillus spp |
Aeromonas sorbria |
Bacteroides pneumosintes |
Staphylococcus saprophyticus |
Campylobacter coli |
Bacteroides thetaiotaomicron |
Staphylococcus capitis |
Campylobacter jejuni Citrobacter freundii Citrobacter diversus |
Bacteroides eggerthii |
Staphylococcus warneri |
Citrobacter koseri |
Bacteroides corporis |
Staphylococcus hominis |
Citrobacter amalonaticus Enterobacter aerogenes Enterobacter (Pantoea) agglomerans |
Bacteroides gracilis |
Staphylococcus sciuri |
Enterobacter cloacae |
Bacteroides ureolyticus |
Staphylococcus lugdunensis |
Enterobacter sakazakii Escherichia coli Escherichia hermannii |
Prevotella melaninogenica |
Streptococcus pyogenes |
Gardnerella vaginalis |
Prevotella corporis |
Streptococcus equi |
Haemophilus influenzae (incluindo cepas beta-lactamasepositivas) e resistentes a ampicilina) Haemophilus parainfluenzae Haemophilus ducreyi Helicobacter pylori |
Prevotella oralis |
Streptococcus milleri |
Neisseria meningitidis Neisseria gonorrhoeae (incluindo cepas betalactamase-positivas, resistentes a penicilina a espectinomicina) Hafnia alvei |
Prevotella buccae |
Streptococcus salivarius |
Klebsiella pneumoniae |
Prevotella buccae |
Streptococcus morbillorum |
Klebsiella aerogenes |
Prevotella denticola |
Rhodococcus equi |
Morganella morganii |
Bilophila wadsworthia |
- | Proteus mirabilis Proteus vulgaris Proteus penneri |
Clostridium perfringens |
- | Providencia rettgeri |
Clostridium sporogenes |
- | Providencia stuartii Providencia alcalifaciens Pasteurella multocida |
Clostridium cadaveris |
- | Plesiomonas shigelloides |
Clostridium butyricum |
- | Pseudomonas aeruginosa Pseudomonas putida Pseudomonas alcaligenes |
Clostridium clostridiiformis |
- | Burkholderia (Pseudomonas) cepacia |
Clostridium tertium |
- | Pseudomonas fluorescens Pseudomonas stutzeri Pseudomonas pickettii |
Eubacterium lentum |
- | Pseudomonas pseudomallei |
Fusobacterium necrophorum |
- | Pseudomonas acidovorans Salmonella ssp (incluindo Salmonella enteritidis/typhi) Serratia marcescens |
Fusobacterium nucleatum |
- | Serratia liquefaciens |
Mobiluncus mulieris |
- | Serratia rubidaea Shigella sonnei Shigella flexneri |
Peptostreptococcus anaerobius |
- | Shigella boydii Shigella dysenteriae |
Peptococcus saccharolyticus |
- | Vibrio cholerae |
Peptostreptococcus magnus |
- | Vibrio parahaemolyticus Vibrio vulnificus Yersinia enterocolitica |
Peptostreptococcus prevotii |
- | - |
Propionibacterium granulosum |
- | - |
Veillonella parvula |
Propriedades Farmacocinéticas
Em voluntários sadios, a administração de 2 g por infusão prolongada durante 3 h apresenta melhor potencial de cura para infecções causadas por microrganismos menos sensíveis, quando comparada com a dose de 0,5 g neste mesmo regime de infusão, pois garante a %T> CIM superiores. Para confirmar que o estado de equilíbrio (steady-state) foi alcançado, as concentrações séricas do fármaco foram comparadas no tempo t = 0 h imediatamente antes da terceira dose (0,32 ± 0,17 µg/mL para a dosagem de 0,5 g, e 1,92 ± 0,99 µg/mL para a dosagem de 2 g) e no t = 8 h após a terceira dose (0,22 ± 0,11 µg/mL para a dosagem de 0,5 g e 1,58 µg/mL ± 0,53 para a dosagem de 2 g). O perfil sérico foi determinado para a terceira dose administrada em cada posologia. A ausência de diferenças significativas no t = 0 e t = 8 h confirmou o estado de equilíbrio para as duas dosagens (p>0,05). O Meropeném Pó para solução injetável 2 G 2 g apresenta proporcionalidade entre as doses administradas e as concentrações plasmáticas, uma vez que os valores de Cmax e AUCs são 4 vezes maiores para a dose de 2 g se comparado com a dosagem de 0,5 g, confirmando que a farmacocinética é linear, com as concentrações plasmáticas aumentando de acordo com a dose administrada, para estas faixas de dosagem, sendo a AUC igual a 28,35 ± 2,86 µg.h/mL para o Meropeném Pó para solução injetável 2 G 0,5 g e 126,55 ± 28,81 µg.h/mL para o Meropeném Pó para solução injetável 2 G 2 g. Esta mesma proporcionalidade pode ser observada ao se comparar os valores de Cmax para dosagem de 0,5 g este parâmetro médio foi de 9,71 ± 0,76 µg/mL e para dosagem de Meropeném Pó para solução injetável 2 G 2 g, o Cmax foi de 15,24 ± 3,79. Juntamente a estes parâmetros farmacocinéticos, determinou-se o tempo em que as concentrações séricas foram superiores à CIM. Para tanto, considerou-se o breakpoint de resistência para o Meropeném Pó para solução injetável 2 G estabelecido pelo Clinical Laboratory Standard Institute – CLSI, que é > 4 µg/mL para P. aeruginosa. A meta de pelo menos 30% do tempo do intervalo entre as doses acima deste CIM (%T>CIM) é considerada como alvo terapêutico para o Meropeném Pó para solução injetável 2 G.
Deste modo, a infusão por 30 min das doses de 0,5 e 2 g resulta em %T> CIM de 30% e 58%, respectivamente. Estas mesmas doses administradas por infusão prolongada de 3 horas, resultam em metas farmacodinâmicas de 43% e 73%, respectivamente. Quando as CIMs 90 de 32 µg/mL e 16 µg/mL para espécies de Acinetobacter e P. aeruginosa são utilizadas, apenas a infusão por 3 h garante %T> CIM superior a 30% para P. aeruginosa, sendo de 32% para a dose 0,5 g e 48% para a dose de 2 g. Para Acinetobacter, apenas a dose de 2 g nas duas formas de administração (infusão de 30 min e 3 h) garante %T> CIM em torno de 19% do tempo de intervalo. Os resultados indicam que a dose de 2 g administrada como infusão contínua por 3 h apresenta o melhor potencial de cura para infecções ocasionadas por microrganismos com CIM elevadas e intermediárias, pois garante a %T>CIM superiores.
Distribuição
Outros locais de distribuição do Meropeném Pó para solução injetável 2 G:
- Bile: Alcança altas concentrações na bile em pacientes recebendo colangiografia retrógrada endoscópica após doses de 1 g por via intravenosa. No instante da colangiografia, as concentrações plasmáticas e biliares foram de 15 µg/mL em pacientes sem obstrução. Pacientes com obstrução alcançaram níveis de 20 µg/mL e 8 µg/mL no plasma e na bile, respectivamente;
- Fluído cérebro-espinhal: A administração de 2 g por via intravenosa três vezes diariamente resulta em um pico de concentração de 16 µg/mL no fluído cérebro-espinhal. Pacientes recebendo doses de Meropeném Pó para solução injetável 2 G por via intravenosa de 20 mg/kg ou 40 mg/kg, as concentrações cérebro-espinhal variaram de 0,2 a 2,8 mg/L e 0,9 a 6,5 mg/L respectivamente.
Metabolismo e excreção
O Meropeném Pó para solução injetável 2 G é estável à DHP-I (diidropeptidase I), dispensando a co-administração de inibidores desta enzima, consequentemente tornando-se desnecessário associá-lo a cilastatina. In vitro, a reação do Meropeném Pó para solução injetável 2 G com a DHP-I produz um composto com um anel beta-lactâmico aberto, resultante de uma mistura dos isômeros 1-pirrolina e 2-pirrolina. O mesmo metabólito é produzido por hidrólise química sob condições ácidas (pH< 2) e alcalinas (pH>13). A excreção do Meropeném Pó para solução injetável 2 G é predominantemente renal, através de uma combinação de filtração glomerular com secreção tubular ativa, variando de 60-70% da dose administrada. Devido à alta eliminação por excreção renal, o ajuste das doses de Meropeném Pó para solução injetável 2 G deve ser realizado em pacientes com disfunção renal. Pacientes com doença renal em estágio avançado que sofreram nefrectomia apresentaram metabólitos do Meropeném Pó para solução injetável 2 G em seu plasma. Uma vez que estes tipos de pacientes não apresentam “virtualmente” clearance renal, foi concluído que o Meropeném Pó para solução injetável 2 G sofre metabolismo ou degradação extra-renal (este fármaco também sofre metabolismo renal). Quando múltiplas doses são administradas a indivíduos com a função renal normal, em intervalos de 8 horas, não há ocorrência de acúmulo de Meropeném Pó para solução injetável 2 G. A meia-vida de eliminação para estes indivíduos é de aproximadamente 1 hora. Um estudo farmacocinético do Meropeném Pó para solução injetável 2 G em pacientes com fibrose cística mostrou alteração bem consistente com mudanças associadas ao uso de outros agentes antimicrobianos no grupo de pacientes. O tempo de meia-vida de eliminação estava diminuído em 8 pacientes com fibrose cística quando comparada com 8 voluntários saudáveis quando recebendo 15 mg/kg por 30 minutos. Semelhantemente, o clearance renal e total tenderam a ser maior e o volume de distribuição tendeu a ser menor nesta classe de pacientes. Estudos farmacocinéticos em idosos demonstraram uma redução na depuração plasmática de Meropeném Pó para solução injetável 2 G, que se correlacionou com a redução na depuração da creatinina associada à idade.
Estudos farmacocinéticos em pacientes com doença hepática não demonstraram efeitos desta doença sobre a farmacocinética do Meropeném Pó para solução injetável 2 G. Neste mesmo grupo de pacientes foi observado que o clearance total e o clearance renal foram diminuídos com a idade, enquanto que AUC e o tempo de meia-vida tiveram um aumento significante. O clearance renal (média de 8,2 à 13,1 L/h) ocorre principalmente via filtração glomerular mas a secreção tubular também tem uma participação de 54 à 79% da dose original de Meropeném Pó para solução injetável 2 G que é recuperada na forma inalterada na urina, indicando estabilidade da molécula DHP-I; aproximadamente 2% é recuperado nas fezes e a quantidade remanescente é excretada na urina como metabólito inativo. Um estudo realizado em voluntários idosos saudáveis mostrou que o clearance total e o clearance renal foram diminuídos com a idade, enquanto que ASC e o tempo de meia-vida tiveram um aumento significante.
Problemas renais
O déficit da função renal bem como do clearance total resultam no aumento da quantidade do fármaco inalterado e do aumento do tempo de meia-vida plasmática e da diminuição do seu metabólito excretado na urina. O tempo de meia-vida de eliminação aumenta com aumento do dano renal (taxas de clearance de creatinina <0,3 L/h). A ligação às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 2%. O Meropeném Pó para solução injetável 2 G tem boa penetração na maioria dos tecidos e fluídos corporais, incluindo o líquido cefalorraquidiano de pacientes com meningite bacteriana, alcançando concentrações acima das requeridas para inibir o crescimento de microrganismos.
Em indivíduos com alteração renal são necessários ajustes de dose:
Eliminação extracorpórea:
O Meropeném Pó para solução injetável 2 G pode ser removido através de diálise; seu clearance e de seu metabólito ICI 213689 é de 79 e 81 mL/min, respectivamente.
Pode também ser eliminado através da hemofiltração. Em 9 pacientes anúricos, 47% da dose de Meropeném Pó para solução injetável 2 G foi removida através da hemofiltração venosa contínua.
Dados de segurança pré-clínica
Estudos em animais indicam que Meropeném Pó para solução injetável 2 G é bem tolerado pelos rins. Evidência histológica de dano tubular renal foi observada em camundongos e em cães, apenas em doses de 2000 mg/kg e em doses superiores. O Meropeném Pó para solução injetável 2 G é geralmente bem tolerado pelo sistema nervoso central. Foram observados efeitos apenas com doses muito altas, de 2000 mg/kg ou mais. A DL50 intravenosa de Meropeném Pó para solução injetável 2 G em roedores é superior a 2000 mg/kg. Em estudos de doses repetidas de até 6 meses de duração, foram observados apenas efeitos secundários, incluindo um pequeno decréscimo nos parâmetros dos glóbulos vermelhos e um aumento no peso do fígado em cães, com dose de 500 mg/kg. Não houve evidência de potencial mutagênico nos 5 testes realizados e nenhuma evidência de toxicidade reprodutiva, incluindo potencial teratogênico. Em estudos nas doses mais altas possíveis em ratos e macacos (o nível de dose sem efeito de uma pequena redução no peso corpóreo F1 em rato foi 120 mg/kg). Houve um aumento na incidência de abortos com 500 mg/kg em um estudo preliminar em macacos.
Não houve evidência de sensibilidade aumentada ao Meropeném Pó para solução injetável 2 G em animais jovens em comparação com animais adultos. A formulação intravenosa foi bem tolerada em estudos em animais. A formulação intramuscular causou necrose reversível no local da injeção. O único metabólito de Meropeném Pó para solução injetável 2 G teve um perfil similar de baixa toxicidade em estudos com animais.
Fontes consultadas
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Meronem® IV (apresentação Pó para Solução Injetável 500 mg ou 1 g) e Meromax® (apresentação Pó para solução injetável 2 G).
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