Este produto é um antiveneno indicado para o tratamento de acidentes moderados e graves causados por aranhas dos gêneros Loxosceles (aranha marrom) e Phoneutria (aranha armadeira), e escorpiões do gênero Tityus (escorpião marrom, escorpião amarelo). Em geral, acidentes leves não necessitam de tratamento antiveneno. Em casos de acidentes provocados por serpentes, o soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus) não é indicado.
O soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus), quando administrado no paciente picado por aranhas dos gêneros Loxosceles (aranha marrom) e Phoneutria (aranha armadeira) ou por espécies de escorpiões do gênero Tityus (escorpião marrom, escorpião amarelo, etc.) age neutralizando o veneno na circulação sanguínea. O resultado do tratamento com a aplicação das doses recomendadas é mais eficiente quanto mais precocemente essas doses forem administradas. O soro deve ser aplicado por via intravenosa, em ambiente hospitalar e sob cuidados de um profissional médico.
As contraindicações praticamente não existem, porém a aplicação do soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus) deve ser feita em condições de estrita observação médica pelo risco de reações alérgicas.
O soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus) deve ser aplicado por um profissional habilitado, em serviço de saúde, sob supervisão médica, por via intravenosa conforme as doses recomendadas que variam de acordo com a gravidade, o mais rápido possível após o acidente.
Atenção: O soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus) é um medicamento eficaz para o tratamento de picadas de aranhas dos gêneros Loxosceles e Phoneutria, e escorpiões do gênero Tityus. Este medicamento não deve ser utilizado no tratamento de acidentes por picada de serpentes. É importante o diagnóstico do acidente por médico especializado por meio das manifestações clínicas características que o acidentado apresente.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Não há contraindicação relativa à faixa etária.
Não se aplica.
Em caso de dúvidas procure orientação do farmacêutico ou do seu médico ou cirurgião dentista.
Não usar garrotes ou torniquetes.
Não fazer incisões no local da picada.
Não aplicar amoníaco, cáusticos, substâncias irritantes ou contaminadas no local da picada.
Manter-se em repouso.
Procurar o serviço de saúde mais próximo de onde ocorreu o acidente para avaliar a necessidade de uso de soro.
Informe ao médico se você já foi tratado (a) com soros heterólogos (antiofídicos, antitetânico, antidiftérico ou antirrábico). Mesmo que não haja nenhum antecedente alérgico, a reação adversa pode ocorrer e o corpo clínico estará pronto para fazer o atendimento no caso de aparecimento.
Informe ao seu médico, cirurgião dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus) é apresentado em frascos-ampola contendo 5 mL de solução injetável da fração F(ab’)2 de imunoglobulinas heterólogas, específicas e purificadas, capazes de neutralizar no mínimo, 75,0 DMN (Dose Mínima Necrosante) de veneno-referência de Loxosceles gaucho (soroneutralização em coelhos), 7,5 DMM (Dose Mínima Mortal) de veneno-referência de Phoneutria nigriventer (soroneutralização em cobaias) e 7,5 DMM (Dose Mínima Mortal) de veneno referência de Tityus serrulatus (soroneutralização em cobaias). O soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus) é obtido a partir do plasma de equinos hiperimunizados com uma mistura de venenos de aranhas dos gêneros Loxosceles (“aranha-marrom”) e Phoneutria (“aranha-armadeira”) e de venenos de escorpiões do gênero Tityus.
Via de administração: intravenosa.
Uso adulto e pediátrico.
Fenol | 17,5 mg (máximo) |
Solução fisiológica a 0,85% q.s.p. | 5 mL |
Não existem informações de casos e/ou consequências da aplicação de superdoses de soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus).
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
Não ingerir líquidos tóxicos ou bebidas alcoólicas.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se estiver fazendo uso de algum outro medicamento.
Não há ensaios clínicos controlados para a avaliação de eficácia do soro antiaracnídico (Loxoceles, Phoneutria e Tityus), que é de origem equina (heteróloga), porém a sua capacidade em neutralizar as atividades tóxicas dos venenos de escorpiões do gênero Tityus e das aranhas dos gêneros Phoneutria e Loxosceles é comprovada através de modelos animais de laboratório e pelo uso sistemático em pacientes.
O soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus) é uma solução isotônica de imunoglobulinas específicas de origem equina (IgG), purificadas por digestão enzimática, não pirogênica. As imunoglobulinas derivam do plasma de cavalos sadios hiperimunizados com uma mistura de venenos integrais das aranhas dos gêneros Loxosceles e Phoneutria e de escorpiões do gênero Tityus, recebidos de diferentes regiões do Brasil. A atividade biológica neutralizante da letalidade dos venenos, exercida pelo soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus), é avaliada pela proteção conferida às cobaias (frações Phoneutria e Tityus), após inoculação intraperitoneal de misturas de volumes diferentes de soro com quantidade fixa de veneno-referência.
A atividade biológica neutralizante da atividade necrosante do veneno, exercida pelo soro, é avaliada pela proteção conferida a coelhos (frações Loxoceles), após inoculação intradérmica de misturas de volumes diferentes de soro com quantidade fixa de venenoreferência. O poder neutralizante do soro antiaracnídico (Loxoceles, Phoneutria e Tityus) deverá ser no mínimo de 15,0 DMN de veneno-referência de Loxosceles gaucho, 1,5 DMM de veneno-referência de Phoneutria nigriventer e 1,5 DMM de veneno-referência de Tityus serrulatus por mL de soro. O plasma equino digerido enzimaticamante pela ação da pepsina reduz o peso molecular da IgG de 160 kDa para 90 kDa ou 100 kDa, eliminando da molécula de IgG a fração Fc responsável pela ativação do sistema complemento por via clássica. Obtém-se, desse modo, uma molécula mais pura e menos reatogênica quanto a efeitos de natureza alérgica induzidos no paciente.
A atividade neutralizante dos sítios combinatórios das moléculas de imunoglobulinas, tratadas pela pepsina, mantêm-se inalterada e, ainda, a possibilidade de formação espontânea de agregados proteicos, responsáveis também por reações alérgicas indesejáveis, é substancialmente mais reduzida. Apesar do elevado grau de purificação do soro, continua existindo, em potencial baixo, a possibilidade de indução às reações alérgicas em indivíduos hipersensíveis. Entre as reações indesejáveis, a anafilaxia pode ocorrer pela degranulação de mastócitos ou ativação do sistema complemento, embora o choque anafilático letal seja muito raro.
O componente mais importante do veneno loxoscélico é a enzima esfingomielinase-D que, por ação direta ou indireta, atua sobre os constituintes das membranas das células, principalmente do endotélio vascular e hemácias. Em virtude dessa ação, são ativadas as cascatas do sistema complemento e, da coagulação além das plaquetas, desencadeando intenso processo inflamatório no local da picada, acompanhado de obstrução de pequenos vasos, edema, hemorragia e necrose focal. Admite-se, também, que a ativação do sistema complemento participe da patogênese da hemólise intravascular observada nas formas mais graves de envenenamento.
Estudos experimentais demonstram que o veneno de P. nigriventer causa ativação e retardo da inativação dos canais neuronais de sódio. Este efeito pode provocar despolarização das fibras musculares e terminações nervosas sensitivas, motoras e do sistema nervoso autônomo, favorecendo a liberação de neurotransmissores, principalmente acetilcolina e catecolaminas. Também foram isolados peptídeos do veneno de P. nigriventer que podem induzir tanto a contração da musculatura lisa vascular quanto o aumento da permeabilidade vascular, por ativação do sistema calicreína-cininas e de óxido nítrico, independentemente da ação dos canais de sódio.
Estudos bioquímicos experimentais demonstram que os efeitos observados no envenenamento humano são devidos a ações nos canais de sódio, produzindo despolarização das terminações nervosas pósganglionares, com liberação de catecolaminas e acetilcolina. Estes mediadores determinam o aparecimento de manifestações orgânicas decorrentes da predominância dos efeitos simpáticos ou parassimpáticos.
O soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus) somente é encontrado em serviços de saúde de referência para tratamento de pacientes picados. Deve ser armazenado a temperatura entre +2ºC a +8°C. Não deve ser colocado no congelador ou “freezer”; o congelamento é estritamente contraindicado. Uma vez aberto o frasco-ampola, o antiveneno deve ser usado imediatamente.
O prazo de validade do soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus) é de 36 meses a partir da data de fabricação, desde que mantido sob refrigeração à temperatura entre +2ºC e +8°C. Esse prazo é indicado na embalagem e essa condição deve ser respeitada rigorosamente.
O soro com prazo de validade vencido não deve ser utilizado, pois pode não produzir os efeitos desejados.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
O soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus) é uma solução límpida a levemente opalescente e incolor a ligeiramente amarelada. O soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus) não deve ser usado se houver turvação ou presença de precipitado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utiliza-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
MS: 1.2234.0012
Farmacêutica Responsável:
Dra. Patricia Meneguello S. Carvalho
CRF-SP nº 30.538
Registrado e Fabricado por:
Instituto Butantan
Av. Dr. Vital Brasil, 1500, Butantã
CEP: 05503-900 - São Paulo/SP
CNPJ: 61.821.344/0001-56
Indústria Brasileira
SAC
0800 701 2850
e-mail: sac@butantan.gov.br
Uso sob prescrição médica.
Proibida venda ao comércio.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 06 de Outubro de 2022