Este produto é destinado ao tratamento de pacientes picados por jararaca, jararacuçu, urutu, jararaca pintada, caiçaca e demais serpentes do gênero Bothrops. Em casos de acidentes provocados por serpentes de outros gêneros como Crotalus (cascavel), Micrurus (corais verdadeiras) e Lachesis (surucucu pico-de-jaca), o soro antibotrópico (pentavalente) não é indicado. Também não é indicado para o tratamento de envenenamentos por aranhas ou escorpiões.
No organismo humano o veneno de jararaca causa inflamação na região da picada, com dor e inchaço, podendo haver bolhas e necrose. O veneno altera a coagulação do sangue, facilitando a ocorrência de sangramento em qualquer parte do corpo. O veneno pode ainda lesar os rins.
O soro antibotrópico (pentavalente) purificado, quando administrado no paciente picado por espécies de serpentes do gênero Bothrops (jararaca, jararacuçu, cotiara, urutú, caiçaca e outras) age neutralizando o veneno na circulação sanguínea. O resultado do tratamento com a aplicação das doses recomendadas do soro antibotrópico (pentavalente) é mais eficiente quanto mais precocemente essas doses forem administradas. O soro deve ser aplicado por via intravenosa.
O soro antibotrópico (pentavalente) deve ser aplicado por um profissional habilitado, em serviço de saúde e sob supervisão médica. A via de administração é a intravenosa e a dose varia de acordo com a gravidade do quadro, que é definida pela presença e intensidade das manifestações clínicas características do envenenamento por jararaca. A aplicação do soro deve ser feita o mais rápido possível após o acidente.
Atenção: O soro antibotrópico (pentavalente) é o antiveneno específico para o tratamento de picadas por serpentes do gênero Bothrops. Este soro não é indicado em casos de acidentes provocados por outras serpentes (cascavel, corais e surucucu). É importante que, o diagnóstico do acidente botrópico seja feito por médico especializado, através dos sintomas característicos que o acidentado apresenta.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Não há contraindicação relativa à faixa etária.
Não se aplica.
Em caso de dúvidas procure orientação do farmacêutico ou do seu médico ou cirurgião-dentista.
Procurar o serviço de saúde mais próximo de onde ocorreu o acidente para avaliar a necessidade de uso de soro.
Informe ao médico se você já foi tratado (a) com soros heterólogos (antiofídicos, antitetânico, antidiftérico ou antirrábico). Mesmo que não haja nenhum antecedente alérgico, a reação adversa pode ocorrer e o corpo clínico estará pronto para fazer o atendimento no caso de aparecimento.
Informe ao seu médico, cirurgião dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Cada cartucho contém 5 frascos-ampola com 10 mL de soro antibotrópico (pentavalente).
O soro antibotrópico (pentavalente) é apresentado em frasco-ampola contendo 10 mL de solução injetável da fração F(ab`)2 de imunoglobulinas heterólogas, específicas e purificadas, capazes de neutralizar no mínimo 5 mg de veneno-referência de Bothrops jararaca (neutralização determinada em camundongos) por mL de soro. O soro antibotrópico (pentavalente) é produzido a partir do plasma de equinos hiperimunizados, com uma mistura de venenos de cinco espécies de serpentes do gênero Bothrops (B. jararaca, B. alternatus, B. jararacussu, B. moojeni e B. neuwiedi).
Cada mL do soro neutraliza no mínimo 5 mg de veneno-referência de Bothrops jararaca, no total de no mínimo 50 mg de veneno por frasco-ampola com 10 mL.
Via de administração: intravenosa.
Uso adulto e pediátrico.
Fração F(ab´)2 de imunoglobulinas heterólogas que neutralizam, no mínimo, 50 mg de veneno-referência de Bothrops jararaca (soroneutralização em camundongo).
Fenol | 35 mg (máximo) |
Solução fisiológica a 0,85% q.s.p | 10 mL |
Não existem informações de casos e/ou consequências da aplicação de superdoses de soro antibotrópico (pentavalente).
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
Não ingerir líquidos tóxicos ou bebidas alcoólicas.
Não usar medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
A capacidade do soro antibotrópico em neutralizar as atividades tóxicas do veneno é comprovada através de modelos animais de laboratório e pelo uso sistêmico em pacientes. A literatura nacional evidencia, por meio de estudos realizados em hospitais de referência, a eficácia do soro antibotrópico na neutralização dos efeitos sistêmicos do envenenamento em pacientes picados por serpentes do gênero Bothrops. Após 24 horas da soroterapia, espera-se a normalização dos distúrbios de coagulação, quando o antiveneno específico é administrado na dose correta (QMJ 1993;86:315-325; Trans R Soc Trop Med Hyg 1995;89:111-114; Trans R Soc Trop Med Hyg 2004;98:28-42).
O Soro Antibotrópico (Pentavalente) + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Bothrops sp (substância ativa) é uma solução isotônica de imunoglobulinas heterólogas específicas de origem equina (IgG), purificadas por digestão enzimática, não pirogênica. As imunoglobulinas derivam do plasma de cavalos sadios, hiperimunizados com uma mistura de venenos integrais de cinco espécies serpentes do gênero Bothrops procedentes de diferentes regiões do Brasil, dos quais 50% é composta por veneno de Bothrops jararaca, 12,5% B. alternatus, 12,5% B. jararacussu, 12,5% B. moojeni e 12,5% B. neuwiedi. A atividade biológica neutralizante da letalidade dos venenos, exercida pelo Soro Antibotrópico (Pentavalente) + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Bothrops sp, é avaliada pela proteção conferida a camundongos, após inoculação intraperitoneal de misturas de volumes diferentes de soro com quantidade fixa de venenoreferência. O poder neutralizante do Soro Antibotrópico (Pentavalente) + Imunoglobulina Heteróloga Contra Veneno de Bothrops sp deverá ser de no mínimo 5 mg do veneno-referência botrópico por mL de soro.
O plasma equino digerido enzimaticamante pela ação da pepsina, reduz o peso molecular da IgG de 160 kDa para 90 kDa a 100 kDa, eliminando da molécula de IgG a fração Fc, responsável pela ativação do sistema complemento por via clássica. Obtém-se desse modo uma molécula mais pura e menos reatogênica quanto a efeitos de natureza alérgica induzidos no paciente. A atividade neutralizante dos sítios combinatórios das moléculas de imunoglobulina, tratadas pela pepsina mantêm-se inalterada e, ainda, a possibilidade de formação espontânea de agregados proteicos, responsáveis também por reações alérgicas indesejáveis, é substancialmente reduzida. Apesar do elevado grau de purificação do soro continua existindo, em potencial baixo, a possibilidade de indução a reações alérgicas em indivíduos hipersensíveis. Entre as reações indesejáveis o choque anafilático pode ocorrer pela degranulação de mastócitos ou ativação do sistema complemento, embora o choque anafilático letal seja muito raro.
Determina lesões locais (na região da picada) como dor, edema, bolhas e necrose, pela liberação de mediadores da resposta inflamatória e substâncias vasoativas.
Provoca ativação da cascata de coagulação, com consequente consumo de fibrinogênio, podendo ocasionar incoagulabilidade sanguínea. Alterações da função plaquetária também podem ser observadas.
É devida à ação de enzimas sobre o endotélio capilar, podendo causar hemorragia local ou sistêmica. As alterações na região da picada podem evoluir com necrose, podendo requerer, dependendo da intensidade, debridamento cirúrgico e, nos casos mais graves, a amputação de parte do membro acometido.
As ações sistêmicas mais graves provocadas pelos envenenamentos botrópicos são, principalmente, sangramento maciço, choque e insuficiência renal aguda (IRA). As manifestações do envenenamento são relativamente rápidas e a precocidade da aplicação da soroterapia determina o sucesso do tratamento, evitando, inclusive, lesões secundárias graves, entre as quais a Lesão Renal Aguda (LRA) é uma das mais preocupantes.
O soro antibotrópico (pentavalente) somente é encontrado em serviços de saúde de referência para tratamento de pacientes acidentados.
Deve ser armazenado e transportado à temperatura entre +2ºC a +8°C. Não deve ser colocado no congelador ou “freezer”; o congelamento é estritamente contraindicado. Uma vez aberto o frasco-ampola, o soro deve ser usado imediatamente.
O prazo de validade do soro antibotrópico (pentavalente) é de 36 meses a partir da data de fabricação, desde que mantido sob refrigeração à temperatura entre +2ºC a +8°C. Esse prazo é indicado na embalagem e essa condição deve ser respeitada rigorosamente.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
O soro antibotrópico (pentavalente) é uma solução límpida e transparente, ou levemente opalescente. Não deve ser usado se houver turvação ou presença de precipitado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utiliza-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
M.S - 1.2234.0007
Farmacêutico Responsável:
Dra. Patricia Meneguello S. Carvalho
CRF-SP nº 30.538
Registrado e Fabricado por:
Instituto Butantan
Av. Vital Brasil, 1500 – Butantã
CEP: 05503-900 – São Paulo/SP
CNPJ.: 61.821.344/0001-56
Indústria Brasileira
SAC
0800 701 2850
sac@butantan.gov.br
Uso sob prescrição médica.
Proibida venda ao comércio.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 06 de Outubro de 2022