Cloridrato de Moxifloxacino
(41)Preço
Tipo de receita
- Branca 2 vias (Antibiótico - Venda Sob Prescrição Médica mediante Retenção da Receita)
- Branca 2 Vias (Antibiótico - Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)
Classe terapêutica
- Fluorquinolonas Orais
- Fluorquinolonas Injetáveis
- Antiinfeccios Oftalmológicos
- Antibióticos Sistêmicos Simples
Forma farmacêutica
- Comprimido revestido
- Solução injetável
- Solução oftálmica (colírio)
- Suspensão oftálmica (colírio)
Categoria
- Medicamentos
- Antibióticos
- Pneumonia
- Pele e Mucosa
- Bronquite
- Sinusite
- Aparelho Digestivo
- Saúde da Mulher
- Antibiótico Oftalmológico
- Conjuntivite
Dosagem
- 400mg
- 1.6mg/mL
- 5mg/mL
- 40mg
Fabricante
- Eurofarma - Momenta
- Bayer
- Geolab
- Mylan
- Hypofarma
- Nova Química
- Beker
- EMS
- Germed Pharma
- Halex Istar
Princípio ativo
- Cloridrato de Moxifloxacino
Tipo do medicamento
- Genérico
- Similar Intercambiável
- Similar
- Novo
Quantidade
- 7 Unidades
- 250 mL
- 5 Unidades
- 5 mL
- 10 x 250 mL
- 10 Unidades
- 50 Unidades
PraIVA Comprimido 400mg, caixa com 5 comprimidos revestidos
Eurofarma - Momenta
Cloridrato de Moxifloxacino
Cloridrato de Moxifloxacino Comprimido Geolab 400mg, caixa com 5 comprimidos revestidos
Geolab
Cloridrato de Moxifloxacino
Cloridrato de Moxifloxacino Nova Química 400mg, caixa com 7 comprimidos revestidos
Nova Química
Cloridrato de Moxifloxacino
Oftalmox 5mg/mL, caixa com 1 frasco gotejador com 5mL de solução de uso oftálmico
Geolab
Cloridrato de Moxifloxacino
PraIVA Comprimido 400mg, caixa com 7 comprimidos revestidos
Eurofarma - Momenta
Cloridrato de Moxifloxacino
Cloridrato de Moxifloxacino EMS 400mg, caixa com 7 comprimidos revestidos
EMS
Cloridrato de Moxifloxacino
Cloridrato de Moxifloxacino EMS 400mg, caixa com 5 comprimidos revestidos
EMS
Cloridrato de Moxifloxacino
Imoflox 400mg, caixa com 7 comprimidos revestidos
Indisponível
Nova Química
Cloridrato de Moxifloxacino
Cloridrato de Moxifloxacino Hypofarma 1,6mg/mL, caixa com 35 frascos com 250mL de solução de uso intravenoso (embalagem hospitalar)
Indisponível
Hypofarma
Cloridrato de Moxifloxacino
Cloridrato de Moxifloxacino Hypofarma 1,6mg/mL, caixa com 5 frascos com 250mL de solução de uso intravenoso (sistema fechado)
Indisponível
Hypofarma
Cloridrato de Moxifloxacino
Cloridrato de Moxifloxacino Hypofarma 1,6mg/mL, caixa com 1 frasco com 250mL de solução de uso intravenoso (embalagem hospitalar)
Indisponível
Hypofarma
Cloridrato de Moxifloxacino
Bula do Cloridrato de Moxifloxacino
Cloridrato de Moxifloxacino, para o que é indicado e para o que serve?
O Cloridrato de Moxifloxacino é indicado para o tratamento de adultos (com idade igual ou acima de 18 anos) com:
- Infecções das vias respiratórias superiores e inferiores:
- Exacerbações (pioras) agudas de bronquite crônica;
- Pneumonia adquirida na comunidade (PAC) incluindo PAC causada por bactérias resistentes a alguns antibióticos*; sinusite aguda.
- Infecções não complicadas de pele e tecidos moles;
- Doença inflamatória pélvica não complicada (isto é, doenças do trato genital superior feminino, inclusive salpingite e endometrite);
- Infecções complicadas de pele e anexos (incluindo infecções do pé diabético).
- Infecções intra-abdominais complicadas, incluindo infecções polimicrobianas, como abscessos.
*Streptococcus pneumoniae multirresistentes, incluindo isolados conhecidos como S. pneumoniae resistente a penicilina e cepas resistentes a dois ou mais dos seguintes antibióticos: penicilina (CIM ≥ 2μg/mL), cefalosporina de 2a geração (por exemplo, cefuroxima), macrolídeos, tetraciclinas e trimetoprima/sulfametoxazol.
Devem-se considerar as recomendações relacionadas ao uso apropriado de agentes antibióticos.
Quais as contraindicações do Cloridrato de Moxifloxacino?
Hipersensibilidade conhecida ao Cloridrato de Moxifloxacino ou a qualquer componente da fórmula ou a outras quinolonas.
Gravidez e lactação
Este medicamento é contraindicado para pacientes abaixo de 18 anos de idade.
Tipo de receita
Como usar o Cloridrato de Moxifloxacino?
Os comprimidos devem ser deglutidos inteiros, com um pouco de líquido, independentemente das refeições.
Dose (adultos)
A dose recomendada de Cloridrato de Moxifloxacino é de 400 mg uma vez por dia (1 comprimido revestido) para as indicações mencionadas nesta bula e não deve ser ultrapassada.
Duração do tratamento
A duração do tratamento deve ser determinada pela gravidade da indicação ou pela resposta clínica. As recomendações gerais para o tratamento das infecções são as seguintes:
Comprimidos Revestidos
Bronquite
Exacerbação aguda da bronquite crônica - 5 dias.
Pneumonia
Pneumonia adquirida na comunidade - 10 dias.
Sinusite
Sinusite aguda - 7 dias.
Infecções não complicadas da pele e anexos
7 dias.
Doença inflamatória pélvica não complicada
14 dias.
Infecções complicadas da pele e anexos
Duração total do tratamento para o tratamento sequencial (tratamento intravenoso seguido de tratamento oral) - 7 a 21 dias.
Infecções intra-abdominais complicadas
Duração total do tratamento para o tratamento sequencial (tratamento intravenoso seguido de tratamento oral) - 5 a 14 dias.
A duração do tratamento para a indicação dada não deve ser excedida.
O Cloridrato de Moxifloxacino 400 mg comprimidos foi avaliado em estudos clínicos em esquema de até 21 dias de tratamento (em infecções complicadas de pele e anexos).
Informações adicionais para populações especiais
Crianças e Adolescentes
A eficácia e a segurança do Cloridrato de Moxifloxacino em crianças e adolescentes não foram estabelecidas.
Pacientes Geriátricos
Não é necessário ajuste de dose em idosos.
Diferenças étnicas
Não é necessário ajuste de dose em grupos étnicos.
Pacientes com alteração hepática
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com a função hepática alterada.
Pacientes com alteração renal
É desnecessário o ajuste de dose em pacientes com alteração da função renal (inclusive para depuração da creatinina ≤ 30 mL/min/1,73m ) e em pacientes em diálise crônica, isto é, hemodiálise e diálise peritoneal contínua ambulatorial.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Cloridrato de Moxifloxacino?
Seguem abaixo as reações adversas ao medicamento baseadas em todos os estudos clínicos com Cloridrato de Moxifloxacino 400 mg (oral e sequencial [IV/oral]/ somente administração intravenosa) classificadas por categoria de frequência CIOMS III (total de n = 17.951, incluindo n = 4.583 de estudos de terapia sequencial/ intravenosa; posição de maio/2010). As reações adversas classificadas como “comuns“ foram observadas com frequência inferior a 3%, com exceção de náusea e diarreia.
As reações adversas baseadas em relatos pós-comercialização (posição: maio/2010) estão impressas em negrito e em letras maiúsculas.
As reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade, de acordo com cada grupo de frequência. As frequências são definidas como:
- Comum (≥1/100 a < 1/10);
- Incomum (≥1/1.000 a <1/100);
- Rara (≥1/10.000 a <1/1.000);
- Muito rara (< 1/10.000).
Infecções e Infestações
Comum
Superinfecções micóticas.
Distúrbios do Sistema Linfático e Sanguíneo
Incomum
- Anemia;
- Leucopenia(s);
- Neutropenia;
- Trombocitopenia;
- Trombocitemia;
- Tempo de protrombina aumentado/aumento de RNI.
Rara
Nível anormal de tromboplastina.
Muito rara
- Nível de protrombina aumentado/diminuição de RNI;
- Anomalias no valor de protrombina/ RNI.
Distúrbios do Sistema Imunológico
Incomum
- Reação alérgica;
- Prurido;
- Rash;
- Urticária;
- Eosinofilia sanguínea.
Rara
- Reação anafilática/anafilactoide;
- Edema alérgico/angioedema (incl. edema laríngeo, com potencial risco para a vida).
Muito rara
Choque anafilático/anafilactoide (com potencial risco para a vida).
Distúrbios Metabólicos e Nutricionais
Incomum
- Hiperlipidemia;
- Reações de ansiedade;
- Hiperatividade psicomotora / agitação.
Rara
- Hiperglicemia;
- Hiperuricemia;
- Labilidade emocional;
- Depressão (em casos muito raros potencialmente culminando em comportamento autodestrutivo, como ideação de suicídio/ pensamentos suicidas ou tentativas de suicídio);
- Alucinações.
Muito rara
- Hipoglicemia;
- Despersonalização;
- Reações psicóticas (potencialmente culminando em comportamento autodestrutivo, como ideação de suicídio/ pensamentos suicidas ou tentativas de suicídio).
Distúrbios do Sistema Nervoso
Comum
- Cefaleia;
- Tontura.
Incomum
- Parestesia e disestesia;
- Distúrbios do paladar (incl. ageusia em casos muito raros);
- Confusão e desorientação;
- Distúrbios do sono;
- Tremor;
- Vertigens;
- Sonolência.
Rara
- Hipoestesia;
- Distúrbios do olfato (incl. anosmia);
- Sonhos anormais;
- Distúrbio da coordenação (incl. distúrbio da marcha, espec. devido à tontura ou vertigem; em casos muito raros levando a queda com lesões, espec. em idosos);
- Convulsões com diferentes manifestações clínicas (incl. convulsões de grande mal);
- Distúrbio de atenção;
- Distúrbios da fala;
- Amnésia;
- Neuropatia periférica e polineuropatia.
Muito rara
Hiperestesia.
Distúrbios Oculares
Incomum
Distúrbios visuais (especialmente no curso de reações do SNC).
Muito rara
Perda transitória da visão (especialmente no curso de reações do SNC).
Distúrbios do Ouvido e Labirinto
Rara
- Zumbido;
- Deficiência auditiva, incluindo surdez (geralmente reversível).
Distúrbios do Sistema Cardiovascular
Comum
Prolongamento do intervalo QT em pacientes com hipocalemia.
Incomum
- Prolongamento do intervalo QT;
- Palpitações;
- Taquicardia;
- Vasodilatação.
Rara
- Taquiarritmias ventriculares;
- Síncope;
- Hipertensão;
- Hipotensão.
Muito rara
- Arritmias inespecíficas;
- Torsade de pointes*;
- Parada cardíaca*.
*Especialmente nos pacientes com condições próarrítmicas subjacentes graves tais como: bradicardia clinicamente significativa, isquemia miocárdica aguda.
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais
Incomum
Dispneia (incluindo condições asmáticas).
Distúrbios Gastrintestinais
Comum
- Náuseas;
- Vômitos;
- Dores gastrintestinais e abdominais;
- Diarreia.
Incomum
- Diminuição de apetite e de ingestão de alimentos;
- Constipação;
- Dispepsia;
- Flatulência;
- Gastroenterite (exceto gastroenterite erosiva);
- Aumento da amilase.
Rara
- Disfagia;
- Estomatite;
- Colite associada a antibiótico (em casos muito raros associada a complicações com risco para a vida).
Distúrbios Hepatobiliares
Comum
Aumento de transaminases.
Incomum
- Alteração hepática (incl. aumento de LDH);
- Aumento de bilirrubina;
- Aumento da gamaglutamil-transferase;
- Aumento da fosfatase alcalina sérica.
Rara
- Icterícia;
- Hepatite (predominantemente colestática).
Muito rara
Hepatite fulminante potencialmente levando à insuficiência hepática com risco para a vida do paciente (incluindo casos fatais).
Distúrbios da Pele e Tecido Subcutâneo
Muito rara
Reações de pele bolhosa como síndrome de stevens-johnson ou necrólise epidérmica tóxica (potencial risco para a vida).
Distúrbios Musculoesqueléticos, do Tecido Conjuntivo e dos Ossos
Incomum
- Artralgia;
- Mialgia.
Rara
Muito rara
- Ruptura do tendão;
- Artrite;
- Distúrbio da marcha (causado por sintomas musculares, dos tendões ou articulares);
- Exacerbação dos sintomas de miastenia gravis.
Distúrbios Renais e Urinários
Incomum
Desidratação (causada por diarreia ou ingestão reduzida de líquidos).
Rara
- Alteração renal;
- Insuficiência renal (devida à desidratação espec. em idosos com distúrbios renais preexistentes).
Distúrbios Gerais e Condições do Local de Administração
Comum
Reações no local da injeção e infusão.
Incomum
Rara
Edema.
As reações adversas a seguir têm uma frequência maior nos pacientes tratados sequencialmente por via i.v. e oral:
Comum
Aumento de gama-glutamil-transferase.
Incomum
Taquiarritmias ventriculares, hipotensão, edema, colite associada a antibióticos (em casos muito raros associada a complicações com risco para a vida), convulsões com diferentes manifestações clínicas (incluindo convulsões de grande mal), alucinações, alteração renal e insuficiência renal (devido à desidratação, especialmente em idosos com distúrbios renais pré-existentes).
Em casos de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – Notivisa ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Cloridrato de Moxifloxacino com outros remédios?
Para as seguintes substâncias foi comprovada a ausência de interação clinicamente relevante com Cloridrato de Moxifloxacino: atenolol, ranitidina, suplementos de cálcio, teofilina, ciclosporina, contraceptivos orais, glibenclamida, itraconazol, digoxina, morfina, probenecida. Não são necessários ajustes de dose para estes compostos.
Antiácidos, minerais e multivitaminas
A ingestão concomitante de Cloridrato de Moxifloxacino com antiácidos, minerais e multivitaminas pode diminuir a absorção do Cloridrato de Moxifloxacino após administração oral devido à formação de complexos quelados com os cátions multivalentes contidos nestas preparações. Isto pode levar a concentrações plasmáticas consideravelmente mais baixas do que o desejado. Portanto, antiácidos, agentes antirretrovirais (por exemplo, didanosina) e outros produtos contendo magnésio ou alumínio, sucralfato e agentes contendo ferro ou zinco devem ser administrados pelo menos 4 horas antes ou 2 horas após a ingestão de uma dose oral de Cloridrato de Moxifloxacino.
Varfarina
Não se observou interação durante o tratamento concomitante com varfarina sobre a farmacocinética, o tempo de protrombina e outros parâmetros da coagulação.
Alterações na RNI (Razão Normativa Internacional)
São descritos casos de aumento da atividade anticoagulante em pacientes recebendo anticoagulantes concomitantemente com antibióticos, incluindo Cloridrato de Moxifloxacino. A infecção (e o processo inflamatório que a acompanha), a idade e o estado geral do paciente são fatores de risco. Embora os estudos clínicos não tenham demonstrado nenhuma interação entre o Cloridrato de Moxifloxacino e a varfarina, deve-se monitorar a RNI e, se necessário, ajustar a dose do anticoagulante oral de modo apropriado.
Digoxina
A farmacocinética da digoxina não é significativamente alterada por Cloridrato de Moxifloxacino (e vice-versa). Após administração repetida a voluntários saudáveis, o Cloridrato de Moxifloxacino aumentou a Cmáx da digoxina em aproximadamente 30% no estado de equilíbrio sem afetar a ASC ou os níveis mínimos.
Carvão ativo
A administração concomitante de carvão ativo e 400 mg de Cloridrato de Moxifloxacino oral reduziu a disponibilidade sistêmica do fármaco em mais de 80% impedindo a sua absorção in vivo. A aplicação de carvão ativo na fase de absorção inicial impede aumentos adicionais da exposição sistêmica em casos de superdose.
Após a administração intravenosa do fármaco, o carvão ativado apenas reduziu ligeiramente a exposição sistêmica (aproximadamente 20%).
Quais cuidados devo ter ao usar o Cloridrato de Moxifloxacino?
Em alguns casos, podem ocorrer reações alérgicas ou de hipersensibilidade após a primeira administração, e nesse caso o médico deve ser imediatamente contatado.
Em casos muito raros, reações anafiláticas podem progredir até o choque, potencialmente letal, algumas vezes após a primeira administração. Nesses casos, o tratamento com Cloridrato de Moxifloxacino deve ser interrompido e o tratamento médico instituído (por exemplo, para choque).
O Cloridrato de Moxifloxacino mostrou prolongar o intervalo QT do eletrocardiograma de alguns pacientes.
Uma vez que mulheres tendem a apresentar um intervalo QTc basal mais longo em relação aos homens, elas podem ser mais sensíveis aos medicamentos que prolongam QTc. Pacientes idosos também podem ser mais suscetíveis aos medicamentos associados a efeitos sobre o intervalo QT.
Uma vez que a magnitude do prolongamento do intervalo QT pode aumentar com aumento da concentração do fármaco, a dose e a velocidade de infusão (400 mg em 60 minutos) recomendadas não devem ser excedidas. Entretanto, em pacientes com pneumonia não foi observada nenhuma correlação entre as concentrações plasmáticas de Cloridrato de Moxifloxacino e o prolongamento do intervalo QTc.
O prolongamento do intervalo QT pode causar aumento do risco de arritmias ventriculares, inclusive torsades de pointes. Nenhum caso de morbidade ou mortalidade cardiovascular por prolongamento do intervalo QTc ocorreu com o tratamento com o Cloridrato de Moxifloxacino em estudos clínicos com mais de 9.000 pacientes; entretanto, certas condições predisponentes podem elevar o risco de arritmias ventriculares.
Portanto, o tratamento com Cloridrato de Moxifloxacino deve ser evitado, por falta de experiência clínica com o fármaco, nas seguintes populações de pacientes: em pacientes com conhecido prolongamento do intervalo QT, pacientes com hipocalemia não tratada e naqueles em uso de substâncias antiarrítmicas da classe IA (por exemplo, quinidina, procainamida) ou da classe III (por exemplo, amiodarona, sotalol).
O Cloridrato de Moxifloxacino deve ser utilizado com cautela nas seguintes situações, uma vez que um efeito aditivo de Cloridrato de Moxifloxacino sobre o intervalo QT não pode ser excluído: em pacientes tratados concomitantemente com medicamentos que prolongam o intervalo QT, tais como cisaprida, eritromicina, antipsicóticos e antidepressivos tricíclicos; em pacientes com condições vigentes pró-arrítmicas, como bradicardia clinicamente significativa, isquemia miocárdica aguda; em pacientes com cirrose hepática, uma vez que não se pode excluir o prolongamento do intervalo QT preexistente nestes pacientes; em mulheres e pacientes idosos, uma vez que ambos são mais suscetíveis a medicamentos que prolongam o intervalo QTc.
Casos de hepatite fulminante potencialmente levando à insuficiência hepática (incluindo casos fatais) foram relatados com Cloridrato de Moxifloxacino. Os pacientes devem ser orientados a contatar seu médico imediatamente antes de continuar o tratamento com Cloridrato de Moxifloxacino em caso de ocorrência de sintomas relacionados à insuficiência hepática.
Foram relatados casos de reações bolhosas de pele como síndrome de Stevens-Johnson ou necrólise epidérmica tóxica com o uso de Cloridrato de Moxifloxacino. Os pacientes devem ser orientados a consultarem seus médicos imediatamente antes de continuar o tratamento, em caso de ocorrência de reações cutâneas e/ou da mucosa.
O tratamento com quinolonas pode provocar crises convulsivas. As quinolonas devem ser utilizadas com cautela em pacientes com distúrbios conhecidos ou suspeitos do SNC que possam predispor a convulsões ou reduzir o limiar convulsivo.
A ocorrência de colite associada a antibiótico foi registrada com o uso de antibióticos de amplo espectro, incluindo Cloridrato de Moxifloxacino; portanto, é importante considerar esse diagnóstico em pacientes com diarreia grave associada ao uso de Cloridrato de Moxifloxacino. Nessa situação clínica, medidas terapêuticas adequadas devem ser iniciadas imediatamente. Medicamentos inibidores da peristalse são contraindicados em pacientes que apresentem diarreia grave.
O Cloridrato de Moxifloxacino deve ser utilizado com cautela em pacientes com miastenia grave, pois os sintomas podem ser exacerbados.
O tratamento com quinolonas, inclusive Cloridrato de Moxifloxacino, pode produzir inflamação e ruptura de tendões, particularmente em pacientes idosos e nos pacientes em tratamento concomitante com corticosteroides; foram relatados casos que ocorreram até vários meses após o término do tratamento. Ao primeiro sinal de dor ou inflamação, os pacientes devem interromper o tratamento e manter em repouso a(s) extremidade(s) afetada(s).
Quinolonas demonstraram causar reações de fotossensibilidade em pacientes. No entanto, em estudos pré-clínicos e estudos clínicos de fotossensibilidade especialmente desenvolvidos, não foi observada fotossensibilidade com Cloridrato de Moxifloxacino. Além disso, desde o início da comercialização, não houve evidência clínica de que Cloridrato de Moxifloxacino cause reações de fotossensibilidade. No entanto, pacientes devem ser orientados a evitar exposição tanto à irradiação UV quanto à luz solar.
Não é recomendado o tratamento com comprimidos revestidos de 400 mg de Cloridrato de Moxifloxacino em pacientes com doença inflamatória pélvica complicada (por exemplo, associada a abscesso tubo-ovariano ou pélvico), quando o tratamento intravenoso for considerado necessário.
O Cloridrato de Moxifloxacino não é recomendado no tratamento de infecções MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina). Em casos de infecção por MRSA confirmada ou suspeita, deve-se iniciar um tratamento com um agente antibacteriano apropriado.
O Cloridrato de Moxifloxacino pode interferir em cultura (atividade in vitro) de Mycobacterium spp. por supressão do crescimento da micobactéria, levando a resultados falso negativo em amostras de pacientes que estavam tomando Cloridrato de Moxifloxacino.
Casos de polineuropatia sensorial ou sensório motora resultando em parestesia, hipoestesia, disestesia ou fraqueza foram relatados em pacientes que receberam quinolonas incluindo Cloridrato de Moxifloxacino.
Pacientes em tratamento com Cloridrato de Moxifloxacino devem ser orientados a informar ao médico antes de continuar o tratamento se sintomas de neuropatia como dor, sensação de queimação, formigamento, dormência ou fraqueza se desenvolverem.
Reações psiquiátricas podem ocorrer mesmo após a primeira administração de fluoroquinolonas, incluindo Cloridrato de Moxifloxacino. Em casos muito raros, depressão ou reações psicóticas podem evoluir para pensamentos suicidas ou comportamento autodestrutivo como tentativas de suicídio. Casos em que o paciente desenvolve estas reações, Cloridrato de Moxifloxacino deve ser descontinuado e medidas apropriadas devem ser instituídas. Recomenda-se cautela, caso Cloridrato de Moxifloxacino seja utilizado em pacientes psicóticos ou em pacientes com histórico de doença psiquiátrica.
Devido à prevalência generalizada e crescente de infecções por Neisseria gonorrhoeae resitente à fluoroquinolonas, a monoterapia com Cloridrato de Moxifloxacino deve ser evitada em pacientes com doença inflamatória pélvica, salvo se N. gonorrhoeae resitente a fluoroquinolonas puder ser excluída. Caso N. gonorrhoeae resitente à fluoroquinolonas não estiver excluída, deve-se considerar a adição de um antibiótico apropriado que é regularmente ativo contra N. gonorrhoeae (por exemplo, cefalosporina) para à terapia empírica com Cloridrato de Moxifloxacino.
Os pacientes devem ser orientados a procurar um oftalmologista imediatamente em caso de alterações na visão ou algum outro sintoma ocular.
Disglicemia
Assim como com todas as fluoroquinolonas, distúrbios na glicose sanguínea, incluindo tanto hipoglicemia quanto hiperglicemia, foram relatados com Cloridrato de Moxifloxacino.
Em pacientes tratados com Cloridrato de Moxifloxacino, ocorreu disglicemia principalmente em pacientes diabéticos idosos recebendo tratamento concomitante com um agente hipoglicemiante oral (por exemplo, sulfonilureia) ou com insulina. Em pacientes diabéticos, é recomendado cuidadoso monitoramento da glicose sanguínea.
Gravidez
O uso seguro de Cloridrato de Moxifloxacino em mulheres grávidas não foi estabelecido.Foram descritas lesões articulares reversíveis em crianças tratadas com algumas quinolonas, mas este efeito não foi observado entre fetos expostos. Estudos em animais demonstraram toxicidade na reprodução. O risco potencial em humanos é desconhecido.
Consequentemente, o uso de Cloridrato de Moxifloxacino durante a gravidez é contraindicado.
Lactação
Assim como outras quinolonas, Cloridrato de Moxifloxacino demonstrou causar lesões na cartilagem das articulações que suportam peso em animais imaturos.
Dados pré-clínicos indicam que pequenas quantidades de Cloridrato de Moxifloxacino podem ser secretadas no leite humano. Não existem dados disponíveis sobre lactantes.
Portanto, o uso de Cloridrato de Moxifloxacino em lactantes é contraindicado.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e operar máquinas
Fluoroquinolonas, incluindo Cloridrato de Moxifloxacino, podem resultar em uma alteração da habilidade do paciente para dirigir veículos ou operar máquinas devido a reações do SNC e distúrbios na visão.
Qual a ação da substância do Cloridrato de Moxifloxacino?
Resultados de Eficácia
Dados de sensibilidade in vitro
Sensível |
Intermediário | Resistente |
Bactérias Gram-positivas |
- | - |
Gardnerella vaginalis |
- | - |
Streptococcus pneumoniae* inclusive cepas de Streptococcus pneumoniae multirresistentes [MDRSP], incluindo cepas conhecidas como PRSP (S. pneumoniae penicilino-resistente) e cepas resistentes a dois ou mais dos seguintes antibióticos: Penicilina (CIM≥ 2 μg/mL), cefalosporinas de 2a geração (p.ex. cefuroxima), macrolídeos, tetraciclinas e trimetroprima/sulfametoxazol |
- | - |
Streptococcus pyogenes (grupo A)* |
- | - |
Grupo Streptococcus milleri (S.anginosus*, S. constellatus*,e S. intermedius*) |
- | - |
Grupo Streptococcus viridans (S.viridans, S. mutans, S. mitis, S. sanguinis, S. salivarius, S. thermophilus, S. constellatus) |
- | - |
Streptococcus agalactiae |
- | - |
Streptococcus dysgalactiae |
- | - |
Staphylococcus aureus (cepas sensíveis à meticilina)* | - |
Staphylococcus aureus (cepas resistentes a meticilina/ofloxacino)+ |
Staphylococci coagulase negativo (S. cohnii, S. epidermidis, S. haemolyticus, S. hominis, S. saprophyticus, S. simulans) cepas sensíveis à meticilina | - |
Staphylococci coagulase negativo (S. cohnii, S. epidermidis, S. haemolyticus, S. hominis, S. saprophyticus, S. simulans) cepas resistentes à meticilina |
- |
- | - |
- |
Enterococcus faecalis*(somente cepas sensíveis à vancomicina/gentamicina) |
- |
- |
Enterococcus avium* |
- |
- |
Enterococcus faecium* |
- |
*/** A eficácia clínica foi demonstrada para cepas sensíveis em indicações clínicas aprovadas.
+Cloridrato de Moxifloxacino não é recomendado no tratamento de infecções S. aureus resistente à meticilina (MRSA). Em casos de suspeita ou confirmação de infecção devido à MRSA, deve–se iniciar um tratamento com antibiótico apropriado.
Sensível |
Intermediário | Resistente |
Bactérias Gram-negativas |
- | - |
Haemophilus influenzae (incluindo cepas β-lactamase negativas e positivas)* |
- | - |
Haemophilus parainfluenzae* |
- | - |
Moraxella catarrhalis (incluindo cepas β-lactamase negativas e positivas)* |
- | - |
Bordetella pertussis |
- | - |
Legionella pneumophilia |
Escherichia coli* |
- |
Acinetobacter baumanii |
Klebsiella pneumoniae* |
- |
- |
Klebsiella oxytoca |
- |
- |
Citrobacter freundii* |
- |
- |
Enterobacter species (E. aerogenes, E. intermedius, E. sakazaki) |
- |
- |
Enterobacter cloacae* |
- |
- |
Pantoea agglomerans |
- |
- | - |
Pseudomonas aeruginosa |
- |
Pseudomonas fluorescens |
- |
- |
Burkholderia cepacia |
- |
- |
Stenotrophomonas maltophilia |
- |
- |
Proteus mirabilis* |
- |
Proteus vulgaris |
- | - |
- | Morganella morganii |
- |
- | Neisseria gonorrhoeae** |
- |
- |
Providencia species (P. rettgeri, P. stuartii) |
- |
*/** A eficácia clínica foi demonstrada para cepas sensíveis em indicações clínicas aprovadas.
Sensível |
Intermediário |
Resistente |
Anaeróbios |
- | - |
- |
Bacteroides sp (B. fragilis*, B. distasoni*, B. thetaiotaomicron*, B. ovatus*, B. uniformis*, B. vulgaris*) |
- |
Fusobacterium spp |
- |
- |
- |
Peptostreptococcus spp* |
- |
Porphyromonas spp |
- | - |
Prevotella spp |
- | - |
Propionibacterium spp |
- | - |
- |
Clostridium sp* |
- |
*/** A eficácia clínica foi demonstrada para cepas sensíveis em indicações clínicas aprovadas.
Sensível |
Intermediário |
Resistente |
Atípicos |
- | - |
Chlamydia pneumoniae* |
- | - |
Chlamydia trachomatis** |
- | - |
Mycoplasma pneumoniae* |
- | - |
Mycoplasma hominis |
- | - |
Mycoplasma genitalium |
- | - |
Legionella pneumophila* |
- | - |
Coxiella burnettii |
- | - |
*/** A eficácia clínica foi demonstrada para cepas sensíveis em indicações clínicas aprovadas.
A frequência de resistência adquirida pode variar geograficamente e com o tempo para certas espécies. Informações locais sobre a resistência de microrganismos são desejáveis, particularmente no tratamento de infecções graves. A informação acima é fornecida como guia sobre a probabilidade de um microrganismo ser sensível ao Cloridrato de Moxifloxacino.
Comparação dos parâmetros de farmacocinética/farmacodinâmica para administração intravenosa e oral de uma dose única de 400 mg de Cloridrato de Moxifloxacino.
Em pacientes que necessitam de hospitalização os parâmetros de ASC/CIM90 maiores que 125 e Cmáx/CIM90 de 8 - 10 são preditivos a cura clínica (Schentag). Em pacientes ambulatoriais estes parâmetros indiretos geralmente são menores, ou seja, ASC/CIM90 maior que 30 - 40 (Dudley e Ambrose).
A tabela a seguir indica os respectivos parâmetros de farmacocinética/farmacodinâmica para administração intravenosa e oral de 400 mg de Cloridrato de Moxifloxacino calculados a partir de dados de dose única.
Modo de administração |
Intravenoso |
Oral | ||
Parâmetro (mediana) |
ASCI [h] | Cmáx/CIM90 a) | ASCI [h] | Cmax/CIM90 |
CIM90 0,125 mg/L |
313 | 32,5 | 279 |
23,6 |
CIM90 0,25 mg/L |
156 | 16,2 | 140 |
11,8 |
CIM90 0,5 mg/L |
78 | 8,1 | 70 |
5,9 |
a) infusão de 1 hora.
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
Mecanismo de ação
O Cloridrato de Moxifloxacino é um agente antibacteriano 8-metóxi-fluoroquinolônico de amploespectro e ação bactericida com atividade in vitro frente a uma ampla gama de microrganismos gram-positivos e gram-negativos, anaeróbios, bactérias resistentes a ácidos e atípicos, como por exemplo, Chlamydia spp, Mycoplasma spp e Legionella spp.
A ação bactericida resulta da interferência nas topoisomerases II e IV. As topoisomerases são enzimas essenciais que controlam a topologia do DNA e estão envolvidas na replicação, reparo e transcrição do mesmo.
O Cloridrato de Moxifloxacino exibe ação bactericida dependente da concentração. As concentrações bactericidas mínimas são geralmente similares às concentrações inibitórias mínimas.
O Cloridrato de Moxifloxacino é eficaz frente a bactérias resistentes aos antibióticos ß-lactâmicos e macrolídeos. Estudos em modelos animais infectados demonstraram alta atividade in vivo.
Resistência
Os mecanismos de resistência que inativam penicilinas, cefalosporinas, aminoglicosídeos, macrolídeos e tetraciclinas não interferem na atividade antibacteriana do Cloridrato de Moxifloxacino. Não há resistência cruzada entre o Cloridrato de Moxifloxacino e estes agentes. Até o momento, não se observou resistência mediada por plasmídeos.
Parece que o grupamento C8-metoxi contribui para a atividade aumentada e a menor seleção de mutantes resistentes de bactérias Gram-positivas comparado com o grupamento C8-H. A presença do substituinte bicicloamina volumoso na posição C-7 impede o efluxo ativo, um mecanismo da resistência a fluoroquinolonas.
Os estudos in vitro demonstraram que a resistência ao Cloridrato de Moxifloxacino se desenvolve lentamente, por mutações de fases múltiplas. Demonstrou-se uma frequência de resistência muito baixa (10-7 a 10-10). A exposição seriada de microrganismos a concentrações abaixo da concentração inibitória mínima (CIM) demonstrou apenas um pequeno aumento dos valores da CIM.
Foi observada resistência cruzada entre quinolonas. Contudo, alguns microrganismos gram-positivos e anaeróbios resistentes a outras quinolonas são sensíveis ao Cloridrato de Moxifloxacino.
Efeito sobre a flora intestinal em humanos
Em dois estudos com voluntários, foram observadas as seguintes alterações na flora intestinal após a administração oral de Cloridrato de Moxifloxacino. E. coli, Bacilus spp., Bacteroides vulgatus, Enterococci e Klebsiella spp. foram reduzidos, bem como os anaeróbios Bifidobacterium, Eubacterium e Peptostreptococcus. Estas alterações voltaram ao normal dentro de duas semanas. A toxina de Clostridium difficile não foi encontrada.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção e biodisponibilidade
Após a administração oral, o Cloridrato de Moxifloxacino é rápida e quase completamente absorvido.
A biodisponibilidade absoluta é de aproximadamente 91%.
A farmacocinética é linear em doses únicas na faixa de 50 - 1200 mg e até 600 mg administrados uma vez ao dia durante 10 dias. O estado de equilíbrio é alcançado dentro de 3 dias.
Após uma dose oral de 400 mg, são alcançadas concentrações máximas de 3,1 mg/L dentro de 0,5 - 4 h após a administração. As concentrações plasmáticas máxima e mínima no estado de equilíbrio (400 mg uma vez ao dia) foram de 3,2 e 0,6 mg/L, respectivamente.
A administração concomitante de Cloridrato de Moxifloxacino com alimentos prolonga ligeiramente o tempo para alcançar as concentrações máximas em aproximadamente 2 horas e reduz ligeiramente as concentrações máximas em aproximadamente 16%. A extensão da absorção permaneceu inalterada.
Como a ASC/CIM prevê melhor a eficácia antimicrobiana de quinolonas, este efeito não é clinicamente relevante. Portanto, Cloridrato de Moxifloxacino pode ser administrado independentemente das refeições.
Após uma única infusão intravenosa de 400 mg de 1 hora foram alcançadas concentrações plasmáticas máximas de aproximadamente 4,1 mg/L no final da infusão, o que corresponde a um aumento médio de aproximadamente 26% com relação à administração oral.
A exposição ao fármaco em termos de ASC em um valor de aproximadamente 39 mg.h/L é somente um pouco maior comparado com a exposição após administração oral (35 mg.h/L) de acordo com a biodisponibilidade absoluta de aproximadamente 91%.
Após administração intravenosa múltipla (infusão de 1 h), as concentrações plasmáticas máxima e mínima no estado de equilíbrio (400 mg uma vez ao dia) estavam entre 4,1 a 5,9 e 0,43 a 0,84 mg/L, respectivamente.
No estado de equilíbrio, a exposição ao fármaco dentro do intervalo de administração é aproximadamente 30% maior do que após a primeira dose. Em pacientes foram observadas concentrações médias no estado de equilíbrio de 4,4 mg/L no final da infusão de 1 h.
Distribuição
O Cloridrato de Moxifloxacino é distribuído muito rapidamente para o espaço extravascular. A exposição ao fármaco em termos de ASC (ASCnorm = 6 kg.h/L) é elevada, com um volume de distribuição no estado de equilíbrio (Vss) de aproximadamente 2 L/kg.
Na saliva podem ser alcançadas concentrações máximas maiores do que no plasma. Em experimentos in vitro e ex vivo foi determinada uma ligação a proteínas de aproximadamente 45% numa faixa de 0,02 a 2 mg/L independente da concentração do fármaco. O Cloridrato de Moxifloxacino se liga principalmente à albumina sérica. Em decorrência deste valor baixo são observadas concentrações livres máximas > 10 x CIM.
O Cloridrato de Moxifloxacino alcança concentrações elevadas em tecidos como pulmões (fluido epitelial, macrófagos alveolares, tecido biótico), nos seios (seio maxilar e etmoide, pólipos nasais) e lesões inflamadas (fluido de vesículas por cantáridas), onde são obtidas concentrações totais que ultrapassam as concentrações plasmáticas.
Concentrações altas do fármaco livre são medidas no líquido corporal intersticial (saliva, intramuscular, subcutânea). Além disto, foram detectadas altas concentrações do fármaco nos tecidos e fluidos abdominais e no trato genital feminino.
As concentrações máximas e as razões de concentração local vs. plasmática para vários tecidos-alvo forneceram resultados comparáveis para ambos os modos de administração após uma dose única de 400 mg de Cloridrato de Moxifloxacino.
Metabolismo
O Cloridrato de Moxifloxacino sofre biotransformação de Fase II e é excretado pelas vias renal e biliar/fecal na forma de fármaco inalterado, bem como na forma de sulfo-composto (M1) e um glicuronídeo (M2). M1 e M2 são os únicos metabólitos relevantes em humanos e ambos são microbiologicamente inativos.
Não foram observadas interações farmacocinéticas metabólicas in vitro ou em estudos clínicos de Fase I com outros fármacos que sofrem biotransformação de Fase I envolvendo as enzimas do citocromo P-450.
Independente da via de administração, os metabólitos M1 e M2 são encontrados no plasma em concentrações mais baixas do que o composto-mãe. Pesquisas pré-clínicas estudaram adequadamente ambos os metabólitos excluindo deste modo, potenciais implicações com relação à segurança e tolerabilidade.
Eliminação
O Cloridrato de Moxifloxacino é eliminado do plasma com uma meia-vida terminal média de aproximadamente 12 horas. A depuração média aparente total do organismo todo após doses de 400 mg varia entre 179 e 246 mL/min. A depuração renal foi de 24 - 53 mL/min, sugerindo reabsorção tubular parcial do fármaco nos rins. A administração concomitante de ranitidina e probenecida não alterou a depuração renal do fármaco.
O balanço de massa do composto-mãe e dos metabólitos de Fase II de Cloridrato de Moxifloxacino forneceu uma recuperação quase completa de 96 - 98%, independente da via de administração, com nenhuma indicação de metabolismo oxidativo.
Pacientes Geriátricos
A farmacocinética do Cloridrato de Moxifloxacino não é afetada pela idade.
Sexo
Houve uma diferença de 33% na farmacocinética (ASC, Cmáx) do Cloridrato de Moxifloxacino entre homens e mulheres. A absorção do fármaco não foi afetada pelo sexo. Estas diferenças na ASC e na Cmáx foram atribuídas mais a diferenças no peso corporal do que ao sexo. Elas não são consideradas clinicamente relevantes.
Diferenças étnicas
Foram examinadas possíveis diferenças étnicas em caucasianos, japoneses, negros e outros grupos étnicos.
Não puderam ser detectadas diferenças interétnicas clinicamente relevantes no perfil farmacocinético.
Crianças e adolescentes
A farmacocinética do Cloridrato de Moxifloxacino não foi estudada em pacientes pediátricos.
Pacientes com alteração renal
A farmacocinética do Cloridrato de Moxifloxacino não é alterada significativamente pela alteração renal (inclusive para depuração de creatinina < 30 mL/min/1,73 m2) e em pacientes em diálise crônica, ou seja, hemodiálise e diálise peritoneal ambulatorial contínua.
Pacientes com alteração hepática
As concentrações plasmáticas de Cloridrato de Moxifloxacino de pacientes com alteração hepática leve a grave (Child-Pugh A a C) não revelaram diferenças clinicamente relevantes comparado com voluntários saudáveis ou pacientes com função hepática normal, respectivamente.
Dados de segurança pré-clínicos
Em um estudo de tolerabilidade local realizado em cães, não foram observados sinais de intolerância local quando Cloridrato de Moxifloxacino foi administrado intravenosamente. Após injeção intra-arterial foram observadas alterações inflamatórias envolvendo o tecido mole peri arterial sugerindo que a administração intra-arterial de Cloridrato de Moxifloxacino deve ser evitada.
Carcinogenicidade, mutagenicidade
Apesar de estudos convencionais de longo prazo para determinar o potencial carcinogênico do Cloridrato de Moxifloxacino não terem sido realizados, o fármaco foi submetido a vários testes genotóxicos in vitro e in vivo. Além disto, foi realizado um bioensaio acelerado para carcinogênese humana (ensaio de iniciação/promoção) em ratos.
Foram obtidos resultados negativos em 4 linhagens do teste de Ames, no ensaio de mutação HPRT em células de ovário de hamster chinês e no ensaio UDS em hepatócitos primários de ratos.
Como com outras quinolonas, o teste de Ames com TA 102 foi positivo e o teste in vitro nas células v79 de hamster chinês apresentaram anormalidades cromossômicas em altas concentrações (300 mcg/mL). Entretanto, no teste de micronúcleos no camundongo foi negativo. Um ensaio in vivo adicional, o ensaio letal dominante no camundongo, também foi negativo. Conclui-se que os resultados in vivo negativos refletem adequadamente a situação in vivo em termos de genotoxicidade.
Nenhuma evidência de carcinogenicidade foi encontrada em um ensaio de iniciação/promoção em ratos.
ECG
O Cloridrato de Moxifloxacino em concentrações elevadas inibe a corrente de potássio retificadora tardia do coração e pode, consequentemente, prolongar o intervalo QT.
Estudos toxicológicos realizados em cães usando doses orais de ≥ 90 mg/kg levando a concentrações plasmáticas ≥ 16 mg/L causaram prolongamentos do intervalo QT, mas não arritmias. Somente após administração intravenosa cumulativa muito alta de mais de 50 vezes a dose humana (> 300 mg/kg), levando a concentrações plasmáticas de ≥ 200 mg/L (mais de 30 vezes o nível terapêutico após administração intravenosa), foram observadas arritmias ventriculares reversíveis, não fatais.
Artrotoxicidade
É conhecido que as quinolonas causam lesões na cartilagem das maiores articulações diartrodiais em animais imaturos. A menor dose oral de Cloridrato de Moxifloxacino causando toxicidade articular em cães jovens foi quatro vezes maior que a dose terapêutica máxima recomendada (400 mg/pessoa de 50 kg) numa base de mg/kg, com concentrações plasmáticas duas a três vezes maiores que aquelas na dose terapêutica recomendada.
Toxicidade reprodutiva
Estudos reprodutivos realizados em ratos, coelhos e macacos indicam que ocorre transferência placentária do Cloridrato de Moxifloxacino. Estudos em ratos (orais e i.v.) e macacos (oral) não apresentaram evidências de teratogenicidade ou comprometimento da fertilidade após a administração de Cloridrato de Moxifloxacino.
Malformações esqueléticas foram observadas em coelhos que foram tratados com uma dose intravenosa de 20 mg/kg. Este resultado de estudo é consistente com os efeitos conhecidos das quinolonas sobre o desenvolvimento esquelético. Houve um aumento da incidência de abortos em macacos e coelhos em concentrações terapêuticas humanas.
Em ratos, pesos fetais reduzidos, aumento de perda pré-natal, duração da gestação ligeiramente aumentada e atividade espontânea aumentada de alguns filhotes machos e fêmeas foram observados em doses que foram 63 vezes maiores que a dose máxima recomendada numa base de mg/kg com concentrações plasmáticas na faixa da dose terapêutica humana.
Interação Alimentícia: posso usar o Cloridrato de Moxifloxacino com alimentos?
A absorção do Cloridrato de Moxifloxacino não foi alterada pela ingestão de alimentos (incluindo produtos lácteos). Portanto, o Cloridrato de Moxifloxacino pode ser administrado independentemente da ingestão de alimentos.
Não são conhecidas interações entre Cloridrato de Moxifloxacino e álcool ou nicotina.
DCB (Denominação Comum Brasileira)
Fontes consultadas
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Avalox®.
Nomes comerciais
Doenças relacionadas
Especialidades Médicas
Infectologia
Otorrinolaringologia
Pneumologia
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Cloridrato de Moxifloxacino
Ler a bula do Cloridrato de Moxifloxacino completa