Oxibuprocaína é indicado para anestesia do globo ocular em cirurgias leves, retirada de corpos estranhos corneanos e conjuntivais e procedimentos diagnósticos.
Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
A oxibuprocaína não deve ser utilizada em áreas infectadas (infecção concomitante ocular).
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
A dose usual é de 01 (uma) gota no saco conjuntival, ou a critério médico.
Ocasionalmente podem ocorrer reações alérgicas locais. O uso prolongado pode danificar a córnea e retardar a cicatrização ocular.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
Se acidentalmente for ingerido, aconselha-se beber bastante líquido para provocar diluição.
O abuso ou superdose de oxibuprocaína, especialmente na anestesia da mucosa, pode provocar sedação, sonolência, tontura, agitação, confusão, ansiedade, euforia, depressão, desorientação, transtornos auditivos, distúrbios visuais, transtornos da fala, parestesia, contração muscular e em casos graves, convulsões, depressão respiratória e coma. A administração intravascular de oxibuprocaína pode ter efeitos inibitórios no sistema nervoso central.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
O cloridrato de oxibuprocaína é incompatível com acetato de clorexidina. Evitar coadministração com outros produtos oftálmicos contendo acetato de clorexidina como conservante.
O metabolismo de anestésicos locais derivados de ésteres pode ser inibido por anticolinesterases e assim prolongar os efeitos da oxibuprocaína. Anestésicos locais do tipo éster podem aumentar competitivamente a ação bloqueadora neuromuscular de suxametônio.
O uso concomitante de oxibuprocaína e Erva de São João pode levar a um risco aumentado de colapso cardiovascular e/ou atraso no despertar da anestesia.
Na maioria dos pacientes não existe hiperemia visível, piscar de olhos ou lacrimejamento aumentados. Até 0,5 mL de solução a 0,4%, não existe efeito mensurável no tamanho da pupila ou na sua reação à luz, acomodação não é afetada. Sintomas de ação sistêmica não são aparentes até mesmo com 1 mL da solução aplicada.
O olho anestesiado deve ser protegido contra irritação, poeira, corpos estranhos, contaminação bacteriana ou qualquer outra possível agressão.
Os tonômetros embebidos em soluções esterilizantes ou detergentes devem ser cuidadosamente lavados com água destilada esterilizada antes do uso.
Use cautelosamente em pacientes com alergias desconhecidas, doença cardíaca, hipertireoidismo ou que apresentem níveis anormais ou reduzidos de esterases plasmáticas.
O uso prolongado pode resultar em opacificação corneana, seguida de perda da visão ou perfuração corneana. O paciente deve ser orientado para não tocar os olhos enquanto estiver sob o efeito da anestesia.
Categoria de risco: C.
A segurança do uso durante a gravidez e lactação ainda não foi bem estabelecida. Usar somente quando estritamente necessário e quando os benefícios potenciais superarem os riscos potenciais para o feto e lactante.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Deve-se ter cautela quanto a uso de oxibuprocaína em lactantes. Usar somente quando estritamente necessário e quando os benefícios potenciais superarem os riscos potenciais para o feto e lactante.
Estudo com crianças para avaliar a segurança da oxibuprocaína utilizada previamente à cirurgia para estrabismo apresentaram resultados satisfatórios, sendo a mesma bem tolerada. 1
O produto pode ser usado em pacientes acima de 65 anos de idade, desde que observadas as precauções comuns ao produto.
Oxibuprocaína não deve ser aplicado durante o uso de lentes de contato gelatinosas ou hidrofílicas, pois o cloreto de benzalcônio presente na fórmula pode ser absorvido pelas lentes. Por este motivo, os pacientes devem ser instruídos a retirar as lentes antes da aplicação do colírio e aguardar pelo menos 15 minutos para recolocá-las após a administração de Oxibuprocaína.
O uso deste medicamento pode causar visão turva. Os pacientes devem ser aconselhados a não conduzir ou operar máquinas perigosas até que a visão normal seja restaurada.
Em estudo de coorte prospectivo, randomizado e duplo-cego, buscou-se comparar a incidência de náuseas e vômitos no pós-operatório, necessidade de analgésicos e permanência hospitalar após o uso de cloridrato de oxibuprocaína tópico 0,4% ou fentanila intravenoso em crianças submetidas à cirurgia de estrabismo. Os pacientes foram randomizados em 2 grupos; no Grupo T (N = 47) foi administrado gotas de cloridrato de oxibuprocaína 0,4% aplicadas na conjuntiva bulbar/palpebral 5 minutos antes do início do procedimento e posteriormente sobre o reto exposto nos músculos oblíquo superior/inferior após 15 minutos e no término da cirurgia antes do curativo final; no Grupo F (N = 59) foi administrado 2 mg/kg de fentanila 5 minutos antes do início da cirurgia. O escore mediano de dor foi de 2,38 (quartil de 25%; 2,0) no Grupo T e 3,00 (quartil de 25%; 3,00) no Grupo F. A diferença foi significativa (K W P <0,03). Os episódios de náusea e vômito ocorreram em 2 crianças do Grupo T e em 6 do Grupo F. O tempo médio de permanência hospitalar das crianças do Grupo T e do Grupo F foi de 242 e 285 minutos, respectivamente. A diferença não foi estatisticamente significativa (P = 0,22). O uso intraoperatório de gotas tópicas de oxibuprocaína pôde obter melhores resultados analgésicos e reduzir o risco de náuseas e vômitos em comparação com analgésicos opioides intravenosos, reduzindo também o tempo de permanência hospitalar.1
Foi feito um estudo para avaliar experimentalmente a utilidade clínica da oxibuprocaína em comparação com a tetracaína, utilizada como controle. Quatrocentos e oito pacientes com glaucoma foram incluídos, os quais receberam 1 gota de oxibuprocaína 0,4% no olho direito e 1 gota de tetracaína 0,5% no olho esquerdo. Os parâmetros mensurados foram potência e duração da anestesia, início de ação, reações locais aos fármacos, toxicidade sistêmica, efeito no tamanho da pupila e na pressão intraocular, influência na acomodação e sensibilidade. Comparado com a tetracaína, após a instilação da oxibuprocaína, a sensação de irritação foi significativamente menor e o início da anestesia de superfície mais rápido. Não houve toxicidade sistêmica com aplicação tópica de ambos os fármacos no saco conjuntival. As mudanças microscópicas no epitélio da córnea foram significantemente menores após a aplicação de oxibuprocaína do que após a tetracaína. A oxibuprocaína não demonstrou efeito no tamanho da pupila ou em reações, tensão e acomodação. Como conclusão, os experimentos clínicos demonstraram que a oxibuprocaína é menos irritante que a tetracaína, sendo um anestésico de superfície mais eficaz para uso oftálmico que pode ser usado para detecção de glaucoma.2
Referências:
1 Yousafzaif I, Zahoor A, Andrev B, Ahmad N. Comparison of topical oxybuprocaine and intravenous fentanyl in pediatric strabismus surgery. Saudi J Anaesth. 2017 Jan-Mar; 11(1): 67-71.
2 Emmerich R, Carter GZ, Berens C. An experimental clinical evaluation of dorsacaine hydrochloride (benoxinate novesine); report on the instillation of a 0.4-percent solution. Am J Ophthalmol. 1955 Dec;40(6):841-8.
O cloridrato de oxibuprocaína pode ser usado para tonometria, gonioscopia, remoção de corpos estranhos na córnea e para procedimentos cirúrgicos rápidos na córnea ou conjuntiva. Dentro de 60 segundos após instilação única de 0,08 mL de solução a 0,4% produz-se anestesia adequada para tonometria, três gotas instiladas em intervalos de 90 segundos permitem a remoção de corpos estranhos na córnea. O nível de anestesia diminui em 20 a 30 minutos, em uma hora a córnea esta normal.
Os anestésicos oculares são rapidamente absorvidos pelas membranas e pela pele, sendo que a oxibuprocaína é metabolizada por esterases no plasma ocorrendo ao menos a formação de nove metabólitos. A anestesia ocorre de 1 a 15 minutos após a aplicação deste fármaco e pode persistir por cerca de 20 a 30 minutos.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 14 de Março de 2023
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