O Panzyga é uma solução de imunoglobulina (IgG) humana normal (ou seja, uma solução de anticorpos humanos) para administração intravenosa (ou seja, infusão na veia). As imunoglobulinas são componentes normais do sangue humano e contribuem para o sistema de defesa do nosso organismo. O Panzyga contém todas as IgG presentes no sangue humano de pessoas saudáveis. O tratamento correto feito com o Panzyga pode corrigir os níveis de imunoglobulina G baixos para valores normais. O Panzyga tem uma grande variedade de anticorpos que protegem contra várias doenças.
O seu médico irá decidir se necessita de Panzyga e em que dose. O Panzyga é administrado por infusão intravenosa (infusão na veia), por profissionais de saúde. A dose e o regime de doses dependem da indicação e podem necessitar de ser individualizados para cada paciente. Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
A administração de Panzyga em crianças e adolescentes (por via intravenosa) não é diferente da administração nos adultos.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Seu médico é responsável por supervisionar a administração e manter os seus parâmetros laboratoriais dentro dos limites específicos.
Em caso de dúvidas, procure a orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião dentista.
Fale com o seu médico antes de utilizar Panzyga.
Em caso de reação adversa, o médico diminuirá a velocidade de administração ou interromperá a infusão. O tratamento necessário depende do tipo e da gravidade do evento adverso.
Apesar destes cuidados, quando se utiliza medicamentos preparados a partir de sangue ou plasma humano, não é possível excluir totalmente a possibilidade de transmissão de infecções. Isto se aplica também a vírus e outros agentes desconhecidos ou novos capazes de produzir doenças, ou outros tipos de infecções.
As medidas tomadas são consideradas eficazes para os vírus envelopados, tais como o vírus da imunodeficiência humana (HIV), o vírus da hepatite B e o vírus da hepatite C, bem como para os vírus não envelopados, tais como o vírus da hepatite A e o parvovírus B19.
A experiência clínica aponta para a ausência de transmissão da hepatite A ou do parvovírus B19 associada com imunoglobulinas, possivelmente porque os anticorpos contra estas infecções, presentes no medicamento, são protetores.
Recomenda-se que se anote o nome e o número de lote do medicamento a cada vez que recebe uma dose de Panzyga, pois isto permite manter um registro dos lotes usados.
Não existem advertências ou precauções específicas ou adicionais para crianças e adolescentes.
Se estiver grávida ou amamentando,se acha que está grávida ou planeja engravidar, pergunte ao seu médico ou farmacêutico se pode utilizar ou continuar utilizando Panzyga.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
A capacidade de conduzir e utilizar máquinas podem ser afetados por algumas reações adversas associadas ao Panzyga. Os doentes que sofram reações adversas durante o tratamento devem aguardar pela sua resolução antes de conduzir ou operar máquinas.
Panzyga contém sódio: Este medicamento contém no máximo 0,03 mmol (ou 0,69 mg) de sódio por mL. Deve ser levado em consideração nos pacientes com dieta controlada em sódio.
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar reações adversas, embora estas não se manifestem em todas as pessoas.
Informe o seu médico assim que possível se sofrer alguma das reações adversas graves indicadas a seguir (todas elas são muito raras e podem afetar até 1 em cada 10.000 infusões).
Se tiver quaisquer dos sintomas acima, informe o seu médico assim que possível.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Informe também sobre as reações adversas não listadas na bula. Ao comunicar as reações adversas, estará ajudando a fornecer mais informações sobre a segurança desde medicamento.
IgG1 | 65% |
IgG2 | 28% |
IgG3 | 3% |
IgG4 | 4% |
O conteúdo máximo de IgA é de 300 microgramas/mL.
Produzido a partir do plasma humano.
Administração intravenosa.
Uso adulto e pediátrico.
Doses elevadas podem levar à sobrecarga de líquido e hiperviscosidade, particularmente em pacientes de risco, tais como idosos ou pacientes com insuficiência cardíaca ou renal.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento,se possível. Ligue para 0800 722 6001,se você precisar de mais orientações.
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver tomando, se tiver tomado recentemente, ou se puder vir a tomar quaisquer outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica, ou se tiver recebido uma vacina nos últimos três meses.
Após a administração do Panzyga, espere 3 meses até a vacinação com vacinas de vírus vivos atenuados. No caso do sarampo, a diminuição do efeito pode persistir até 1 ano.
O Panzyga contém uma grande variedade de anticorpos diferentes, alguns dos quais podem afetar os resultados dos exames de sangue. Se fizer um exame de sangue após receber o Panzyga, informe a pessoa que coleta o sangue ou o médico de que recebeu imunoglobulina humana normal.
Informe ao seu médico ou cirurgião dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Vários artigos de revisão indicam o uso da imunoglobulina humana (IGH) nas imunodeficiências primárias (IP) com predominância de defeitos de anticorpos (1, 2, 3, 4, 5). No entanto, ao se posicionar sobre a eficácia da IGH na prevenção de infecções intercorrentes nos pacientes com IP, estes autores baseiam-se apenas em outros artigos de revisão (7), nos ensaios que avaliam a eficácia da IGH para imunodeficiências secundárias (6, 8) ou em estudos tipo série de casos (9,10) e ensaios cruzados (11, 12) que comparam doses diferentes sem presença de grupo controle. Da mesma forma, Chapel (1994) (6), ao elaborar documento de consenso diagnóstico e de conduta para as IP no British Medical Journal, faz referência a apenas um artigo sobre estudo não controlado, não randomizado e não específico para as IP (13).
Referências
1. Spickett GP, Misbah AS, Chapel HM. Primary antibody deficiency in adults. Lancet 1991;337:281-4;
2. Bonilla FA, Geha RS. Primary imunodeficiencies. J Allergy Clin Immunol 2003;111:S571-81;
3. Tellier Z, Mouthon L. Les indications thérapeutiques des immunoglobulines intraveineuses. Transfusion clinique et Biologique 2003;10:179-84;
4. Ballow M. Primary immunodeficiency disorders: antibody deficiency. J Allergy Clin Immunol 2001;109:581-91;
5. Haeney M. Intravenous immune globulin in primary immunodeficiency. Clin Exp Immunol 1994;97(suppl I):11-5;
6. Chapel, HM. Consensus on diagnosis and management of primary antibody deficiencies. BMJ 1994; 308:581-5;
7. Pirofski B. Intravenous immune globulin therapy in hypogammaglobulinemia. A review. Am J Med 1984;76(3A):53-60;
8. Mofenson LM, Moye J Jr, Hirschhorns R, Jordan C, Nugent R. Prophylatic intravenous immunoglobulin in HIV-infected children with CD4+ counts of 0.20 x 10(9)/L or more. Effect on viral, opportunistic, and bacterial infections. The National Institute of Child Health and Human Development Intravenous Immunoglobulin Clinical Trial Study Group. JAMA 1992;264(4):483-8;
9. Liese JG, Wintergerst U, Tympner KD, Belohradsky BH. High- vs low-dose immunoglobulin therapy in the long-term treatment of X-linked agammaglobulinemia. Am J Dis Child. 1992 Mar;146(3):335-9 ;
10. Busse PJ, Razvi S, Cunningham-Rundles C. Efficacy of intravenous immunoglobulin in the prevention of pneumonia in patients with common variable immunodeficiency. J Allergy Clin Immunolol 2002;109:1001-4;
11. Roifman CM, Levison H, Gelfand EW. High-dose versus low-dose intravenous immunoglobulin in hypgammaglobulinaemia and chronic lung disease. Lancet 1987;i:1075-7;
12. Pruzanski W, Sussman G, Dorian W, Van T, Ibanez D, Redelmeier D. Relationship of the dose of intravenous gammaglobulin to the prevention of infections in adults with common variable immunodeficiency. Inflammation 1996;20(4):353-9;
13. National Institute of Child Health, Intravenous Immunoglobulin Study Group. Intravenous immune globulin for the prevention of bacterial infections in children with symptomatic human immunodeficiency virus infection. N Engl J Med 1991;325:73-80.
Imunoglobulina Humana é usado para promover a imunização passiva, aumentando a concentração de anticorpos e o potencial da reação antígeno-anticorpo.
Os mecanismos de ação da terapêutica com imunoglobulina são complexos, mas, nos últimos anos, ocorreram importantes avanços nesse conhecimento; os mecanismos predominantes, em cada situação clínica, parecem depender da dose de imunoglobulina e da patogênese da doença em tratamento.
Assim, por exemplo, o mecanismo da atividade da imunoglobulina aumentando o número de plaquetas no tratamento da púrpura trombocitopênica idiopática não está totalmente elucidado. A sugestão é que a imunoglobulina pode saturar os receptores Fc (fragmentos cristalizáveis) em células do sistema reticuloendotelial, diminuindo a fagocitose em mediadores Fc de células de anticorpos encapsulados.
Este bloqueio do receptor Fc pode ocorrer na medula óssea, no baço e em outras partes do sistema reticuloendotelial e pode acontecer através da competição por receptores Fc mediante o aumento das concentrações séricas de IgG ou através de complexos circulantes imunes. Alteração do receptor Fc por IgG ou supressão da produção de anticorpos antiplaquetas também podem estar envolvidos.
Por ser administrada por via intravenosa, não há fase de absorção. A biodisponibilidade da imunoglobulina administrada ao paciente é de 100%.
É de 100% após administração intravenosa. Durante a primeira semana, a distribuição se equilibra em aproximadamente 60% no sangue e 40% no espaço extravascular.
É esperado que na primeira semana de administração da imunoglobulina humana intravenosa ocorra uma rápida queda no nível de IgG sérica.
O pico da concentração plasmática ocorre imediatamente após a administração intravenosa.
A imunoglobulina é um constituinte normal do plasma humano e age como a imunoglobulina natural.
Teste para dose tóxica não pôde ser realizado, pois os modelos animais desenvolveram anticorpos para as proteínas heterólogas.
Foi relatado que a imunoglobulina não está associada à toxicidade embriofetal, oncogênese e que tenha potencial mutagênico.
Não foram descritos sinais de toxicidade aguda em modelos animais.
Conservar na geladeira (2°C - 8°C). Manter o recipiente dentro da embalagem exterior para proteger da luz. Não congelar.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
O medicamento pode ser retirado da geladeira durante um período de 6 meses (sem ultrapassar o prazo de validade) e conservado entre +8°C e +25°C. No fim deste período, o produto não deve voltar à geladeira e deve ser descartado. A data em que o medicamento é retirado da geladeira deve ser anotada na embalagem externa.
Não utilize este medicamento se verificar que a solução está turva, tem depósito ou apresenta cor intensa.
Não descarte o produto no lixo comum ou no esgoto. Pergunte ao seu farmacêutico como descartar os medicamentos que não utiliza mais. Estas medidas ajudam a proteger o meio ambiente.
A solução é transparente ou ligeiramente opalescente e incolor ou amarela pálida.
O pH da solução é 4,5 a 5,0 e a osmolalidade é ≥ 240 mosmol/Kg.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saberse poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
MS 1.3971.0017
Farmacêutico responsável:
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CRF-RJ 11.160
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Av. José Wilker(Ator), 605 – Bloco 1A – Sala 1118 Jacarepaguá
Rio de Janeiro - RJ
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Oberlaaer Strasse 235, A -1100 Viena
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70-72 rue du Maréchal Foch
BP 33, 67381 Lingolsheim Cedex
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Uso restrito a hospitais.
Venda sob prescrição médica.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 16 de Dezembro de 2022