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Sarampo: sintomas, tratamento e vacinação

Definição

O sarampo é uma infecção viral que se caracteriza pela presença de diversos sintomas, como manchas vermelhas na pele e febre. Pode gerar manifestações intensas e complicações graves.

Atinge principalmente crianças, e é uma das principais causas de morte entre elas em todo o mundo, especialmente no grupo abaixo de 5 anos de idade.

Por meio da vacinação, a doença já chegou a ser erradicada no Brasil, porém o vírus causador voltou a circular no ano de 2018 e novos casos surgiram desde então.

Causa

A doença é provocada a partir de um contato com o vírus do tipo Paramyxoviridae. Ele é altamente transmissível, sendo passado de pessoa para pessoa por meio das gotículas de saliva, secreções e até pela respiração.

Sintomas

Os sintomas do sarampo geralmente começam alguns dias depois do contato com o vírus. Na fase inicial, os mais comuns são:

  • Febre;
  • Secreção nasal;
  • Tosse persistente;
  • Mal-estar intenso;
  • Olhos lacrimejando e avermelhados;
  • Manchas brancas no interior da boca.

Depois de alguns dias, a infecção evolui e surgem manchas vermelhas e erupções na pele, primeiro no rosto e pescoço e depois em outras regiões do corpo, podendo alcançar até as mãos e pés.

Riscos e complicações

O maior risco do sarampo é a morte, seja diretamente por conta dele ou em consequência de alguma outra doença que surgiu em sequência. Ele também pode deixar sequelas que duram por toda a vida.

Entre as complicações do sarampo, destacam-se:

  • Diarreias;
  • Problemas nas vias respiratórias;
  • Pneumonia (que atinge 1 em cada 20 crianças com sarampo);
  • Infecção no ouvido ou otite média aguda, que pode provocar a perda da audição (afeta 1 em cada 10 crianças com sarampo);
  • Inflamação cerebral ou encefalite aguda (ocorre de 1 a 4 crianças em cada 1000).

Acredita-se que o próprio vírus alcança essas áreas e provoca as complicações. A doença tende a ser mais grave em recém nascidos, gestantes, pessoas desnutridas ou que possuem condições que comprometem o sistema imunológico.

Tratamento e prevenção

Não existe um tratamento específico para eliminar o vírus contra o sarampo e acabar com a infecção. O que se faz é tratar os sintomas e se alimentar bem, com alta ingestão de líquidos.

As patologias que possam surgir por consequência da infecção, como a pneumonia, devem ser tratadas de modo isolado, seguindo os protocolos para cada uma delas e tomando as medidas mais adequadas para cada caso.

Vacina

O sarampo é uma doença que pode ser prevenida através da vacinação. No programa de imunização brasileiro, estão disponíveis as vacinas tríplice viral e tetraviral, tanto na rede pública, quanto na privada.

A vacina tríplice viral protege contra o sarampo, caxumba e rubéola. O esquema vacinal é o seguinte:

  • Em casos de emergência, tais como em surtos da doença, a vacina é disponibilizada para crianças de 6 a 11 meses, denominada como dose zero;
  • Fora de situações emergenciais, a primeira dose ocorre em crianças que completaram 12 meses de idade;
  • A segunda dose é aos 15 meses, sendo a última dose por toda a vida.

Adultos que não foram imunizados com a tríplice viral conseguem realizar o esquema vacinal. Até os 29 anos de idade, deve receber até duas doses, com intervalo de 30 dias. Dos 30 aos 49 anos de idade, recebem apenas uma dose.

Vale ressaltar que a vacina é contraindicada para gestantes. Pessoas imunocomprometidas serão imunizadas após a avaliação do profissional da saúde, verificando se o benefício supera os riscos.

A vacina tetraviral também protege contra o sarampo, caxumba e rubéola, mas com a adição de proteger contra a varicela. Ela pode ser substituta da vacina tríplice viral, possuindo o seguinte esquema:

  • Em situações de surtos e epidemias, a vacinação pode ser iniciada aos 9 meses de idade, sendo a segunda dose aplicada após 3 meses;
  • Fora desse contexto, crianças com 12 meses devem receber a primeira dose;
  • A segunda dose será aplicada entre 15 meses e 2 anos de idade. 

Para crianças até 12 anos que não foram imunizadas, o esquema vacinal será de duas doses, com intervalo de pelo menos um mês entre elas. 

A aplicação da vacina tetraviral pode ser intercalada com a da vacina tríplice viral, com uma dose de cada imunizante, desde que seja respeitado o intervalo adequado entre as doses.

Por fim, o médico pode indicar analgésicos, antitérmicos e medicamentos para aliviar as coceiras decorrentes do sarampo.

Preocupações comuns

Veja abaixo algumas das principais questões a respeito da doença.

Como é que começa o sarampo?

A primeira manifestação do sarampo é a febre, que pode durar até uma semana, e começa alguns dias depois do contato com o vírus. Alguns outros sintomas podem surgir em conjunto ou logo depois, como mal-estar, tosse e irritação nos olhos.

Quanto tempo dura o vírus do sarampo?

O vírus causador do sarampo, da família Paramyxoviridae, se mantém no organismo por, pelo menos, alguns dias. São 10, em média, até que os primeiros sintomas apareçam. Não há um tratamento para conter a infecção e acabar com o vírus, e sua permanência depende da ação do sistema imunológico.

Qual é o sintoma mais marcante que caracteriza o sarampo?

Uma das manifestações típicas da doença são as manchas e erupções na pele. Elas têm cor avermelhadas e começam no rosto e na parte superior do pescoço. Depois, se espalham pelo corpo, podendo alcançar as extremidades.

Embora esse seja um sintoma marcante, ele aparece depois de vários dias. Outros surgem antes disso, como a febre, tosse, irritações oculares e mal-estar.

Quando o sarampo é perigoso?

O sarampo é uma doença perigosa por si só, especialmente em recém nascidos, gestantes, pessoas que apresentam quadro de desnutrição ou que têm a imunidade comprometida.

Além disso, o risco maior ocorre quando o vírus atinge regiões vitais, como o encéfalo ou o sistema respiratório. Isso porque podem ocorrer graves complicações, deixando sequelas e até podendo levar o paciente ao óbito.

Referências

  • Sarampo — Organização Pan-Americana da Saúde;
  • Sarampo — Ministério da Saúde.

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