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Bula do Citrato de Colina + Metionina

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 19 de Outubro de 2020.

Citrato de Colina + Metionina, para o que é indicado e para o que serve?

Citrato de Colina + Metionina é indicado como suplemento de aminoácidos.

Quais as contraindicações do Citrato de Colina + Metionina?

Citrato de Colina + Metionina está contraindicado em caso de alergia a quaisquer componentes da fórmula, crianças menores que 12 anos, durante a gravidez e lactação. Pacientes com homocistinúria, cirrose e doenças cardiovasculares: informar ao médico antes de iniciar o uso de Citrato de Colina + Metionina.

Informar ao médico se está amamentando.

Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Pacientes Idosos

Podem ter sua sensibilidade alterada com a idade. Recomenda-se o uso sob prescrição médica.

Como usar o Citrato de Colina + Metionina?

Uso oral.

Flaconete

Tomar 2 flaconetes (totalizando 20 mL), 3 vezes ao dia, antes das refeições. Pode ser diluído em água.

Frasco 150 mL

Tomar 2 colheres de sobremesa (totalizando 20 mL), 3 vezes ao dia, antes das refeições. Pode ser diluído em água.

Duração do tratamento

Conforme orientação médica.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Citrato de Colina + Metionina?

Podem ocorrer reações desagradáveis, tais como: náuseas, vômitos, sonolência e desconforto gastrintestinal. Em caso de aparecimento de reações indesejáveis, seu médico deverá ser informado.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Citrato de Colina + Metionina maior do que a recomendada?

Em caso de ingestão acidental de dose muito acima das preconizadas, procurar um médico imediatamente. A ingestão excessiva de colina pode causar hipotensão, com evidência corroborativa de efeitos colaterais colinérgicos (por exemplo: suor e diarréia) e odor corporal piscoso.

Para amenizar os danos até a obtenção do socorro médico é indicado levar o paciente para local com ar fresco e dar para beber bastante água.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Citrato de Colina + Metionina com outros remédios?

A metionina pode diminuir a ação da levodopa. A levodopa é convertida em dopamina e corrige, teoricamente, o defeito bioquímico da doença de parkinson. Uma dieta rica em proteínas e aminoácidos pode interferir negativamente, reduzindo os efeitos terapêuticos da levodopa; alterações na absorção e transporte da levodopa pode contribuir em respostas flutuantes na doença de Parkinson, o chamado fenômeno on-off, ou seja, com o passar do tempo, a duração do efeito da medicação começa a reduzir-se, e o paciente começa a perceber e distinguir claramente os momentos em que seu desempenho funcional é satisfatório, devido ao efeito da medicação ("período ligado"; ou período on) e os momentos em que o desempenho funcional é inferior, devido à interrupção do efeito da levodopa ("período desligado"; ou período off). Apesar de não serem relatadas outras interações medicamentosas, informe seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Quais cuidados devo ter ao usar o Citrato de Colina + Metionina?

Pacientes com homocistinúria, cirrose e doenças cardiovasculares: conversar com o médico antes de iniciar o uso de Citrato de Colina + Metionina.

Pacientes idosos podem ter sua sensibilidade alterada com a idade. Recomenda-se o uso sob prescrição médica.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Este medicamento contém álcool no teor de 3% (v/v).

Qual a ação da substância do Citrato de Colina + Metionina?

Resultados de Eficácia


Citrato de Colina

Através de um estudo no qual foram administradas dietas deficientes de colina a humanos normais (sadios), foi possível verificar que a falta de colina durante longos períodos promove o aumento de substâncias prejudiciais à função hepática, como a alanina aminotransferase (enzima hepática específica, liberada no sangue quando ocorre algum dano nos hepatócitos).1 Outros estudos também comprovaram que a deficiência de colina resulta em disfunção hepática, através do acumulo de triacilgliceróis dentro do hepatócito. Isso ocorre porque a falta de colina promove a diminuição da síntese de fosfatidilcolina, um componente importante do VLDL (lipoproteína de baixa densidade, forma sob a qual os triacilgliceróis são distribuídos para os outros tecidos).2

Metionina

A atividade hepática da metionina foi evidenciada através de um estudo, onde dietas contendo ou não metionina foram administradas a ratas Wistar. As ratas que receberam a dieta rica em metionina apresentaram aumento do nível de glutationa (o principal tiol não protéico que exerce um papel importante na proteção intracelular contra componentes tóxicos) no fígado. E as ratas que receberam dietas deficientes em metionina apresentaram diminuição do conteúdo de glutationa, além de aumento da concentração da enzima gama glutamil transpeptidase (encontra-se em níveis aumentados em casos de doenças hepatobiliares).3

Conforme citado em um estudo sobre a Esteatohepatite Não-Alcoólica, a metionina e a colina possuem papel fundamental na síntese das apoproteínas (proteínas especializadas no transporte dos lipídios no plasma, favorecendo, na sua ausência, o acumulo dos mesmos no fígado) e são precursores essenciais para a síntese hepática de fosfatidilcolina (substância que, junto com o colesterol, perfaz a maioria absoluta dos lipídios secretados na bile). Alem disso, na ausência destes aminoácidos essenciais a β-oxidação mitocondrial de lipídios fica reduzida, contribuindo para a ocorrência de esteatose. É comprovado que, quanto mais deficiente em aminoácidos, maior a velocidade de instalação e gravidade da doença hepática.4

Referências bibliográficas:

1 Zeisel, Steven H.; Costa, Kerry​​​​​​​-Ann da; Franklin, Peter D.; Alexander, Edward A.; Lamont, J. Thomas; Sheard, Nancy F.; Beiser, Alexa. Choline, an essential nutrient for humans. 1991.
2 Zeisel, Steven H. Choline and human nutrition. 1994.
3 Oliveira, I.M.V. De; Fujimori, E.; Pereira V. G.; Castro, V.D. De. DL-methionine supplementation of rice-and-bean diets affects gamma-glutamyltranspeptidase activity and glutathione content in livers of growing rats. 1999.
4 Zamin Jr., Idílio; Mattos, Angelo Alves de; Mattos, Ângelo Zambam de; Migon, Eduardo; Soares, Ernesto e Perry, Marcos Luiz Santos. Modelo Experimental de Esteatohepatite não – alcoólica com Dieta Deficiente em Metionina e Colina. 2009.​​​​​​​

Características Farmacológicas


A colina é indispensável para a síntese de fosfolipídios, como a fosfatidilcolina, que compõe parte das lipoproteínas VLDL. A colina pode ser sintetizada endogenamente, mas isso exige uma reação de transmetilação que envolve metionina. Na falta desses dois aminoácidos, os triglicerídeos não podem ser exportados do fígado através das VLDL e se acumulam.

A metionina é um aminoácido essencial, também formada endogenamente através da metilação da homocisteína, é necessária para a síntese de proteínas e fornecimento de grupamentos metila. É precursora da S-adenosilmetionina, molécula doadora de grupamentos metila em praticamente todas as reações biológicas de metilação, dentre elas a formação de fosfatidilcolina. A metionina também é precursora da cisteína, um dos aminoácidos que compõe a glutationa, molécula que combate os radicais livres gerados por diversas reações, entre elas a oxidação de etanol à acetaldeído. Estudo realizado em ratos demonstrou que a administração de metionina normalizou a atividade de algumas enzimas e aumentou os níveis hepáticos de glutationa.

Fontes consultadas

  • Bula do Profissional do Medicamento Enterofigon®.

Doenças relacionadas

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 19 de Outubro de 2020.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 19 de Outubro de 2020.

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