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Bula do Evkeeza

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 21 de Janeiro de 2025.

Evkeeza, para o que é indicado e para o que serve?

Evkeeza é usado no tratamento de adultos e crianças a partir de 5 anos de idade com colesterol muito alto causado por uma doença chamada hipercolesterolemia familiar homozigótica (HoFH). O Evkeeza é usado com uma dieta com baixo teor de gordura e outros medicamentos para reduzir os níveis de colesterol. A hipercolesterolemia familiar homozigótica ocorre em famílias e geralmente é transmitida pelo pai e pela mãe. As pessoas com essa condição têm níveis extremamente altos de colesterol LDL ("colesterol ruim") desde o nascimento. Esses níveis elevados podem levar a ataques cardíacos, doenças das válvulas cardíacas ou outros problemas em uma idade precoce.

  • Limitações de uso: A segurança e eficácia de Evkeeza não foram estabelecidas em doentes com outras causas de hipercolesterolemia, incluindo aqueles com hipercolesterolemia familiar heterozigótica (HFHe). 
  • Os efeitos de Evkeeza na morbilidade e mortalidade cardiovascular não foram determinados.

Como o Evkeeza funciona?

O evinacumabe, a substância ativa do Evkeeza, liga-se a uma proteína do corpo chamada ANGPTL3 e bloqueia seus efeitos. A ANGPTL3 está envolvida no controle dos níveis de colesterol e bloqueia seu efeito, reduzindo o nível de colesterol no sangue e prevenindo os problemas causados pelos altos níveis de colesterol LDL.

Quais as contraindicações do Evkeeza?

Não use o Evkeeza se: 

  • Você é alérgico ao evinacumabe ou a qualquer um dos ingredientes deste medicamento.

Como usar o Evkeeza?

  • Seu médico lhe administrará uma infusão de Evkeeza em sua veia por meio de uma linha intravenosa (IV) durante 60 minutos. 
  • O Evkeeza deve ser administrado uma vez por mês (a cada 4 semanas). 
  • Se você perder alguma consulta de infusão, fale com o profissional de saúde o mais rápido possível para remarcar. 
  • O profissional de saúde pode diminuir a velocidade da infusão, interromper temporariamente ou interromper permanentemente o tratamento com Evkeeza se você apresentar determinados efeitos colaterais. 
  • Seu médico pode prescrever outros medicamentos para reduzir o colesterol para serem usados com Evkeeza. Use os outros medicamentos prescritos exatamente como o seu médico lhe indicou.

Dose usual

A dose usual do Evkeeza é de 15 mg/kg, administrada por infusão intravenosa (IV) durante 60 minutos, uma vez por mês (a cada 4 semanas).

Siga a orientação de seu médico, sempre respeitando os horários, as doses e a duração do tratamento. 

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

O que devo fazer quando me esquecer de usar o Evkeeza?

Se você esquecer de tomar uma dose de Evkeeza, ligue para o seu médico o mais rápido possível para remarcar a dose.

Em caso de dúvida, procure orientação do farmacêutico, do seu médico ou do seu dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Evkeeza?

Para ajudar a evitar efeitos colaterais e garantir o uso adequado, converse com seu médico antes de tomar o Evkeeza. Fale sobre quaisquer condições de saúde ou problemas que você possa ter, incluindo:

  • Reações alérgicas (hipersensibilidade), incluindo uma reação grave conhecida como anafilaxia. Os sintomas podem incluir inchaço dos lábios, da língua ou da garganta que dificulta a deglutição ou a respiração, além de chiado, tontura ou desmaio. Se você notar qualquer um desses sintomas, informe seu médico imediatamente. 
  • Se você está grávida, acha que pode estar grávida ou planeja engravidar, consulte seu médico antes de tomar Evkeeza. Evkeeza pode prejudicar o feto. Informe ao seu médico se você engravidar enquanto estiver usando Evkeeza. Para pessoas que podem engravidar:
    • Seu médico pode fazer um teste de gravidez antes de iniciar o tratamento com Evkeeza. 
    • Você deve usar um método eficaz de controle de natalidade durante o tratamento e por pelo menos 5 meses após a última dose de Evkeeza. Converse com seu médico sobre os métodos de controle de natalidade que podem ser usados durante esse período.
  • Se estiver amamentando ou planeja amamentar, peça orientação ao seu médico antes de receber o Evkeeza. Não se sabe se o Evkeeza passa para o leite materno. Você e seu profissional de saúde devem decidir se você receberá Evkeeza ou se amamentará.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Evkeeza?

Esses não são todos os possíveis efeitos colaterais que você pode ter ao tomar Evkeeza. Se tiver algum efeito colateral não listado aqui, informe seu médico.

  • Dor abdominal;
  • Dor nas costas;
  • Prisão de ventre;
  • Diminuição da energia;
  • Tontura;
  • Sintomas da gripe;
  • Coceira no local da injeção;
  • Náusea;
  • Dor nas pernas ou nos braços;
  • Corrimento nasal;
  • Fadiga (para pacientes de 5 a 11 anos de idade).

Efeitos colaterais graves e o que fazer em relação a eles

Sintoma / Efeito

Converse com seu profissional de saúde

Pare de tomar o medicamento e procure ajuda médica imediata

Somente se for grave

Em todos os casos

Incomum

 

 

 

Anafilaxia (os sintomas podem incluir inchaço dos lábios, da língua ou da garganta que dificulta a deglutição ou a respiração, além de chiado, tontura ou desmaio)

 

 

X

Se você tiver um sintoma incômodo ou que não esteja listado aqui ou que se torne grave o suficiente para interferir nas suas atividades diárias, informe ao seu médico.

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

Apresentações do Evkeeza

Solução para infusão 150 mg/mL

Um frasco de 2.3 mL do concentrado contém 345 mg de evinacumabe (150 mg/mL). Um frasco de 8 mL do concentrado contém 1,200 mg de evinacumabe (150 mg/mL).

Via de administração: intravenoso (IV).

Uso adulto e pediátrico acima de 5 anos de idade.

Qual a composição do Evkeeza?

Ingrediente Ativo: evinacumabe.

Excipientes: L-prolina; cloridrato de arginina; L-cloridrato de histidine monoidratado; Polissorbato 80; L-histidina; água para injetáveis.

Volume líquido: 2.3 mL de concentrado em um frasco 3 mL vial oo 8 mL de concentrado em um frasco de 20 mL.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Evkeeza maior do que a recomendada?

É improvável que você receba Evkeeza em excesso, pois você será monitorado de perto pelos profissionais de saúde durante a infusão.

Em caso de uso de grande quantidade desse medicamento, procure rapidamente ajuda médica e leve a embalagem ou bula com você, se possível. Ligue para 0800 722 6001 se precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Evkeeza com outros remédios?

Informe o profissional de saúde sobre todos os medicamentos que você toma, incluindo quaisquer medicamentos, vitaminas, minerais, suplementos naturais ou medicamentos alternativos. 

Não foram realizados estudos para testar como o Evkeeza interage com outros medicamentos.

Não use esse medicamento sem o conhecimento de seu médico. Ele pode ser perigoso para sua saúde. 

Informe ao seu médico ou dentista se estiver usando qualquer outro medicamento.

Qual a ação da substância do Evkeeza?

Resultados de Eficácia


Estudos clínicos

Hipercolesterolemia familiar homozigótica (HoFH)

Estudo ELIPSE-HoFH

Esse foi um estudo multicêntrico, duplo-cego, randomizado, controlado por placebo, que avaliou a eficácia e a segurança do evinacumabe em comparação com o placebo em 65 pacientes com HoFH. O estudo consistiu em um período de tratamento duplo-cego de 24 semanas e um período de tratamento aberto de 24 semanas. No período de tratamento duplo-cego, 43 pacientes foram randomizados para receber evinacumabe 15 mg/kg IV a cada 4 semanas e 22 pacientes para receber placebo. Os pacientes estavam em um contexto de outras terapias de redução de lipídios (por exemplo, estatinas, ezetimiba, anticorpos inibidores de PCSK9, lomitapida e aférese de lipoproteínas). O diagnóstico de HoFH foi determinado por testes genéticos ou pela presença dos seguintes critérios clínicos: histórico de colesterol total (CT) não tratado >500 mg/dL (12,93 mmol/L) juntamente com xantoma antes dos 10 anos de idade ou evidência de CT >250 mg/dL (6,47 mmol/L) em ambos os pais. Os pacientes, independentemente do status da mutação, foram incluídos no estudo. Os pacientes foram definidos como portadores de variantes nulas/nulas ou negativas/negativas se as variações resultassem em pouca ou nenhuma função residual de LDLR; as variantes nulas/nulas foram definidas como portadoras de <15% de função de LDL- R com base em ensaios in vitro e as variantes negativas/negativas foram definidas como portadoras de códons de terminação prematuros, variações no local de emenda, mudanças de quadro, inserção/deleções ou variações no número de cópias. Os pacientes que apresentam variantes nulas/nulas ou negativas/negativas correm o maior risco, pois apresentam os maiores níveis basais de LDL-C e têm menor probabilidade de responder a outros medicamentos para redução de lipídios. Nesse estudo, 32,3% (21 de 65) dos pacientes tinham variantes nulas/nulas e 18,5% (12 de 65) dos pacientes tinham variantes negativas/negativas.

O LDL-C médio no basal foi de 255,1 mg/dL (6,61 mmol/L) e no subconjunto de pacientes com variantes nulas/nulas foi de 311,5 mg/dL (8,07 mmol/L) e com variantes negativas/negativas foi de 289,4 mg/dL (7,50 mmol/L). No basal, 93,8% dos pacientes estavam tomando estatinas, 75,4% estavam tomando ezetimiba, 76,9% estavam tomando anticorpos inibidores de PCSK9, 21,5% estavam tomando lomitapida e 33,8% estavam recebendo aférese de lipoproteínas. A idade média no basal era de 42 anos (intervalo de 12 a 75), com 12,3% ≥65 anos; 53,8% eram mulheres, 73,8% brancos, 15,4% asiáticos, 3,1% negros e 7,7% outros ou não informados.

O desfecho primário de eficácia foi a alteração percentual no LDL-C da linha de base até a semana 24. Na semana 24, a diferença de tratamento média de mínimos quadrados (LS) entre o evinacumabe e o placebo na alteração percentual média no LDL-C a partir do basal foi de -49,0% (IC 95%: -65,0% a -33,1%; p <0,0001). Na semana 24, a alteração média LS no LDL-C a partir do basal para os pacientes que receberam Evinacumabe foi de -134,7 mg/dL (-3,48 mmol/L) em comparação com -2,6 mg/dL (-0,07 mmol/L) para os pacientes que receberam placebo (diferença de tratamento -132,1; IC 95%: -175,3 a -88,9; p<0,0001). Para ver os resultados de eficácia, consulte a Tabela 1.

Tabela 1: Efeito do evinacumabe nos parâmetros lipídicos em pacientes com HoFH no Estudo ELIPSE-HoFH

-

Basal (média), mg/dL (mmol/L) (N = 65)

LS Alteração percentual média ou alteração do basal na semana 24

Diferença em relação ao Placebo (IC 95%)

Valor de p

Evinacumabe (N = 43)

Placebo (N = 22)

LDL-C (variação percentual)

255,1 (6,6)

-47,1%

+1,9%

-49% (-65,0 a -33,1)

<0,0001

LDL-C (alteração absoluta) (mg/dL) (mmol/L)

255,1 (6,6)

-134,7 (-3,5)

-2,6 (-0,1)

-132.1 (-175,3 a -88,9) [-3.4 (-4,5 a -2,3)]

<0,0001

ApoB (g/L)

171,4 (1,7)

-41,4%

-4,5%

-36.9% (-48,6 a -25,2)

<0,0001

Não HDL-C

277,8 (7,2)

-49,7%

+2,0%

-51.7% (-64,8 a -38,5)

<0,0001

TC

322,3 (8,3)

-47,4%

+1,0%

-48.4% (-58,7 a -38,1)

<0,0001

TG

123,6 (1,4)

-55,0%

-4,6%

-50.4% (-65,6 a -35,2)

<0,0001 a

HDL-C b

44,4 (1,2)

-29,6%

+0,8%

-

-

a Valor p nominal.
b Os resultados são a alteração percentual média da população de segurança em vez da população de eficácia (evinacumabe, n=44; placebo, n=20); não foram realizados testes estatísticos formais para a população de segurança.
Abreviações: IC = intervalo de confiança; HoFH = hipercolesterolemia familiar homozigótica, ITT = intenção de tratar, LS = mínimos quadrados; N = número de pacientes randomizados.

Após o período de tratamento duplo-cego, 64 dos 65 pacientes randomizados que entraram no período de tratamento aberto receberam Evinacumabe. A alteração percentual média no LDL-C do basal até a semana 48 variou de -42,7% a -55,8%. A Figura 1 mostra a alteração percentual média de LS de LDL-C em relação ao basal para o período de tratamento duplo-cego e a alteração percentual média observada em relação ao basal para os períodos de tratamento aberto em pacientes que estavam tomando Evinacumabe ou placebo durante o período de tratamento duplo-cego.

Figura 1: Alteração percentual média de LS de LDL-C calculada a partir do basal ao longo do tempo até a semana 24 e alteração percentual média observada da semana 28 até a semana 48 no Estudo ELIPSE- HoFH

Na semana 24, 55,8% dos pacientes que receberam evinacumabe obtiveram redução de 50% ou mais no LDL C em relação ao basal, em comparação com 4,5% dos pacientes que receberam placebo (razão de chance 24,2; IC de 95%: 3,0 a 195,6; p=0,0028). Na semana 24, 83,7% dos pacientes que receberam evinacumabe obtiveram redução de 30% ou mais no LDLC em relação ao basal, em comparação com -18,2% dos pacientes que receberam placebo (razão de chance 25,2; IC 95%: 5,7 a 110,5; p<0,0001). Na semana 24, 46,5% dos pacientes que receberam evinacumabe tinham LDL-C <100 mg/dL (2,59 mmol/L) em comparação com 22,7% dos pacientes que receberam placebo (razão de chance 5,7; IC 95%: 1,3 a 24,9; p nominal=0,0203). Na semana 24, 32,6% dos pacientes que receberam evinacumabe atenderam aos critérios do grupo de trabalho alemão de aférese, em comparação com 77,3% dos pacientes que receberam placebo (razão de chance 0,1; IC 95%: 0,0 a 0,3; p nominal=0,0004) [critérios atendidos se o tratamento fosse necessário para prevenção primária de DCV e o LDL-C fosse >160 mg/dL (4,2 mmol/L) ou se o tratamento fosse necessário para prevenção secundária de DCV e o LDL-C fosse >120 mg/dL (3,1 mmol/L)].

Na semana 24, a redução do LDL-C foi semelhante em todas as características do basal (consulte a Figura 2). Os pacientes tratados com evinacumabe que tinham variantes nulas/nulas (n=15) ou variantes negativas/negativas (n=5) obtiveram uma redução semelhante no LDL-C em relação ao basal em comparação com os pacientes que não tinham variantes nulas/nulas (n=28) ou que não tinham variantes negativas/negativas (n=38). A redução no LDL-C em pacientes que receberam evinacumabe foi consistente entre pacientes submetidos (n=14) e não submetidos (n=29) à aférese de lipoproteína. O evinacumabe reduziu o LDL-C em um grau semelhante, independentemente das terapias de redução de lipídios concomitantes (estatinas, ezetimiba, anticorpos inibidores de PCSK9 e lomitapida). O efeito do evinacumabe na morbidade e mortalidade cardiovascular não foi determinado.

Figura 2: Análise de subgrupo - Alteração percentual do basal no LDL-C na semana 24

a As variantes nulas/nulas foram definidas como tendo <15% de função LDL-R com base em ensaios in vitro.
b As variantes negativas/negativas foram definidas como tendo códons de terminação prematuros, variações no local de emenda, mudanças de quadro, inserção/deleções ou variações no número de cópias.

Estudo ELIPSE-OLE

Em um estudo de extensão aberto e multicêntrico em andamento em 116 pacientes com HoFH, os dados disponíveis de 86 pacientes em 24 semanas mostraram uma redução de 43,6% no LDL-C após o tratamento com evinacumabe 15 mg/kg IV a cada 4 semanas, além de outras terapias de redução de lipídios. Os pacientes que entraram após a conclusão do estudo ELIPSE- HoFH apresentaram uma redução de 50,2% no LDL-C em 24 semanas de exposição (n=60), 43,5% em 48 semanas de exposição (n=56) e 40,0% em 96 semanas de exposição (n=48). Os pacientes foram incluídos no estudo independentemente do status da mutação, incluindo pacientes com variantes nulas/nulas ou negativas/negativas.

Pacientes adolescentes (12 a 17 anos de idade) com HoFH

No estudo ELIPSE- HoFH, 1 paciente adolescente recebeu 15 mg/kg IV de evinacumabe a cada 4 semanas e 1 paciente adolescente recebeu placebo, como adjuvante de outras -terapias de redução de lipídios -(por exemplo, estatinas, ezetimiba, anticorpos inibidores de PCSK9 e aférese de lipoproteínas). Ambos os pacientes adolescentes tinham variantes nulas/nulas no LDLR. Na semana 24, a alteração percentual no LDLC -com evinacumabe foi de -73,3% e com placebo foi de +60%.

No estudo ELIPSE-OLE, 14 pacientes adolescentes receberam 15 mg/kg IV de evinacumabe a cada 4 semanas como adjuvante de outras terapias de redução de lipídios (por exemplo, estatinas, ezetimiba, anticorpos inibidores de PCSK9 e aférese de lipoproteínas). Dois pacientes entraram no estudo depois de concluírem o estudo ELIPSE-HoFH e 12 pacientes eram virgens de evinacumabe. O LDL-C médio basal desses pacientes adolescentes foi de 300,4 mg/dL (7,8 mmol/L). A idade média foi de 14,4 anos (variação: 12 a 17 anos), com 64,3% do sexo masculino e 35,7% do sexo feminino. No basal, todos os pacientes tomavam estatina, 71,4% tomavam ezetimiba, 42,9% tomavam inibidor de PCSK9 e 64,3% estavam recebendo aférese de lipoproteína. Quatro (28,6%) pacientes tinham variantes nulas/nulas e 4 (28,6%) pacientes tinham variantes negativas/negativas no gene LDL-R. Na semana 24, a alteração percentual média no LDL-C com evinacumabe foi de -55,4% (n=12).

Pacientes pediátricos (5 a 11 anos de idade) com HoFH

O estudo R1500-CL-17100 é um estudo multicêntrico, de três partes, de braço único, aberto, que avalia a eficácia, a segurança e a tolerabilidade do evinacumabe em pacientes pediátricos (≥5 a 11 anos de idade) com HoFH. O estudo inclui três partes: Parte A, Parte B e Parte C. A Parte A foi um estudo aberto, de dose única, para avaliar a segurança, a PK e a farmacodinâmica (PD) do evinacumabe 15 mg/kg IV em 6 pacientes com HoFH, seguido por um período de observação de 16 semanas para determinar a dose para o restante do estudo. A Parte B foi um período de tratamento aberto, de braço único, com 24 semanas de duração, que avaliou a eficácia e a segurança do evinacumabe 15 mg/kg IV a cada 4 semanas em 14 pacientes com HoFH. A Parte C é um estudo de extensão da Parte A e da Parte B que avalia a segurança em longo prazo do evinacumabe 15 mg/kg IV a cada 4 semanas em 20 pacientes com HoFH. Ele consiste em um período de tratamento de 48 semanas e um período de acompanhamento de 24 semanas (em andamento). Os pacientes da Parte C entraram diretamente da Parte A ou da Parte B.

Os pacientes estavam em qualquer combinação de terapias de redução de lipídios, incluindo estatinas toleradas ao máximo, ezetimiba, lomitapida e aférese de lipoproteínas.

O diagnóstico de HoFH foi determinado por testes genéticos ou pela presença dos seguintes critérios clínicos: histórico de colesterol total (CT) não tratado >500 mg/dL (>13 mmol/L) e TG <300 mg/dL (<7,8 mmol/L) E xantoma tendinoso antes dos 10 anos de idade ou evidência de CT >250 mg/dL em ambos os pais; LDL-C >130 mg/dL; peso corporal ≥15 kg.

Em geral, para os pacientes da Parte A e da Parte B, a média de LDL-C no basal foi de 301,9 mg/dL (7,8 mmol/L).

No basal, 90% dos pacientes estavam tomando estatinas, 95% estavam tomando ezetimiba e 60% estavam recebendo aférese de lipoproteínas.

A idade média no basal era de 9,0 anos (intervalo ≥5 a <12); 40% homens e 60% mulheres; 70% brancos, 5% negros, 10% asiáticos, 5% índios americanos ou nativos do Alasca e 10% outros. O peso corporal médio foi de 37,9 kg e o índice de massa corporal (IMC) foi de 18,8 kg/m2.

Na Parte B, o desfecho primário de eficácia foi a alteração percentual no LDL-C calculado desde a basal até a semana 24. Na semana 24, a alteração percentual média no LDL-C calculado a partir do basal foi de -48,3% (intervalo de confiança de 95%: -68,8% a -27,8%). Para ver os resultados de eficácia, consulte a Tabela 2.

Tabela 2: -Parâmetros lipídicos em pacientes pediátricos (≥5 a 11 anos) com HoFH em outras terapias de redução de lipídios na semana 24

-

LDL-C

ApoB

Não-HDL-C

TC

Lp(a)

Basal (média) (N=14)

263,7 mg/dL 6,8 mmol/L

168,2 mg/dL 1,682 g/L

282,2 mg/dL 7,3 mmol/L

315,5 mg/dL 8,1 mmol/L

158,6 nmol/L

Mudança percentual em relação ao basal (IC 95%)

-48.3 (-68,8 a -27,8)

-41.3 (-58,9 a -23,8)

-48.9 (-68,1 a -29,7)

-49.1 (-64,9 a -33,2)

-37.3 (-42,2 a -32,3)

Na semana 24, a redução do LDL-C com o evinacumabe foi semelhante em todas as características do basal, incluindo idade, sexo, atividade limitada do LDL- R, tratamento concomitante com aférese de lipoproteínas e medicamentos de fundo concomitantes para redução de lipídios (estatinas, ezetimiba e lomitapida).

Segurança não clínica

Toxicologia e/ou farmacologia animal

Em estudos de toxicologia geral de 26 semanas e 13 semanas em macacos e ratos, respectivamente, não houve achados adversos em doses subcutâneas ou intravenosas de até 100 mg/kg, que produziram exposições 18,1 vezes e 3,1 vezes maiores, respectivamente, do que a exposição à dose humana máxima recomendada (MRHD) de 15 mg/kg a cada 4 semanas, com base na AUC. Em estudos com ratos e coelhos jovens, não foram observados achados adversos em doses de até 100 mg/kg em ratos e 300 mg/kg em coelhos.

Carcinogênese, Mutagênese

Não foram realizados estudos de carcinogenicidade com o evinacumabe. O potencial mutagênico do evinacumabe não foi avaliado; entretanto, não se espera que os anticorpos monoclonais alterem o DNA ou os cromossomos.

Comprometimento da fertilidade

Não houve efeitos adversos nos marcadores substitutos de fertilidade (por exemplo, ciclo estral, volume testicular, volume de ejaculação, motilidade espermática ou contagem total de espermatozoides por ejaculação) em um estudo de toxicologia crônica de 6 meses em macacos sexualmente maduros administrados por via subcutânea com 10, 30 ou 100 mg/kg/semana (0,2, 1 e 3 vezes o MRHD com base na AUC, respectivamente) e administrados por via intravenosa com 100 mg/kg/semana (4 vezes o MRHD, com base na AUC). Além disso, não houve patologia anatômica ou achados histopatológicos adversos relacionados ao evinacumabe nos tecidos reprodutivos. As doses administradas representaram exposições sistêmicas até 18,1 vezes -maiores do que a MRHD de 15 mg/kg a cada 4 semanas com base na AUC.

Toxicologia reprodutiva

Em estudos de reprodução animal, o evinacumabe foi administrado por via subcutânea a coelhas grávidas em doses de até 30 mg/kg a cada 3 dias, do 7º dia de gestação até o 19º dia de gestação durante a organogênese. A toxicidade materna (morte neonatal prematura, perda fetal e/ou parto prematuro) foi observada em todas as doses e os achados fetais (tecidos moles e malformações esqueléticas) foram observados em todas as doses, exceto na menor (1 mg/kg). A exposição sistêmica média medida durante o período de gestação em coelhos foi inferior à medida no MRHD de 15 mg/kg a cada 4 semanas. Como o perfil lipídico dos coelhos difere significativamente do dos seres humanos, especialmente durante a gravidez, a relevância clínica desses resultados é incerta.

Não houve efeitos sobre o -desenvolvimento embrionário -quando ratos receberam evinacumabe por via subcutânea em doses de até 100 mg/kg a cada 3 dias, do 6º ao 18º dia de gestação, durante a organogênese. A exposição sistêmica média medida durante o período de gestação em ratos foi inferior à medida no MRHD de 15 mg/kg a cada 4 semanas.

Os dados não clínicos não revelam nenhum risco especial para os seres humanos com base em estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogênico, toxicidade para a reprodução e desenvolvimento em ratos. Os resultados de toxicidade reprodutiva em coelhos são de relação incerta com o risco humano.

Propriedades Farmacológicas


Mecanismo de ação

Grupo farmacoterapêutico: Outros agentes modificadores de lipídios.
Código ATC: C10AX17.
Classe farmacológica estabelecida: Inibidor da proteína 3 semelhante à angiopoietina (ANGPTL3).

O evinacumabe é um anticorpo monoclonal humano recombinante, que se liga especificamente à ANGPTL3 e a inibe. O ANGPTL3 é um membro da família de proteínas semelhantes à angiopoietina que é expressa principalmente no fígado e desempenha um papel proeminente na regulação do metabolismo lipídico ao inibir a lipase de lipoproteína (LPL) e a lipase endotelial (EL). Em estudos genéticos em humanos, indivíduos com mutações de perda de função (LOF) em ANGPTL3 apresentaram níveis mais baixos de LDL-C, colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL-C) e triglicérides (TG) e risco reduzido de doença arterial coronariana (DAC) em comparação com indivíduos sem essas mutações. A inibição do ANGPTL3 pelo evinacumabe leva à redução do LDL-C, HDL-C e TG, refletindo o fenótipo lipídico observado em humanos com ANGPTL3 LOF. O evinacumabe reduz o LDL-C independentemente da presença do receptor de LDL (LDL-R), promovendo o processamento e a eliminação da lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) antes da formação do LDL. O bloqueio de ANGPTL3 por evinacumabe reduz o TG e o HDL-C ao resgatar as atividades de LPL e EL, respectivamente.

Propriedades farmacodinâmicas

O evinacumabe reduziu o LDL-C, o colesterol total (TC), o HDL-C, a apolipoproteína B e o TG em modelos clínicos pré- , incluindo camundongos LDL- R knockout. A administração de evinacumabe em pacientes com HoFH resultou em reduções no LDL-C, CT, HDL-C, apolipoproteína B e TG.

Em um estudo de coorte de base populacional que incluiu mais de 124.000 indivíduos com genética e medições de lipídios circulantes, os portadores heterozigotos de variantes genéticas LOF no ANGPTL3 apresentaram níveis mais baixos de LDL-C (-10,48%), HDL-C (-7,03%) e TG (-30,16%) em comparação com os não portadores. Em um estudo familiar que incluiu 4 indivíduos com variantes genéticas LOF em ambas as cópias do ANGPTL3 e 21 não portadores, os portadores de duas variantes genéticas LOF do ANGPTL3 apresentaram níveis mais baixos de LDL-C (-69,88%), HDL-C (-61,16%) e TG (-84,07%) em comparação com os não portadores. Em 26.846 indivíduos com DAC e 233.127 indivíduos sem DAC de dois grandes estudos de coorte, os portadores heterozigotos de variantes genéticas LOF em ANGPLT3 tiveram 34% menos chances de doença arterial coronariana em comparação com os não portadores.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

O evinacumabe é administrado por via intravenosa a pacientes com HoFH. Com base na modelagem farmacocinética (PK) populacional, no final da infusão em estado estável, a Cmax é de 718±183 mg/L em pacientes adultos após uma dose de 15 mg/kg a cada 4 semanas. O estado estável é atingido após 4 doses e a taxa de acumulação é 2. A concentração média mínima no estado estável é de 266±120 mg/L em pacientes adultos.

Distribuição

O volume de distribuição em estado estacionário estimado pela análise de PK populacional foi de aproximadamente 4,7 L em pacientes adultos, indicando que o evinacumabe é distribuído principalmente no sistema vascular.

Metabolismo

Não foram realizados estudos específicos de metabolismo porque o evinacumabe é uma proteína. Como um anticorpo monoclonal humano IgG4, espera-se que o evinacumabe seja degradado em pequenos peptídeos e aminoácidos por meio de vias catabólicas da mesma forma que a IgG endógena.

Eliminação

A eliminação do evinacumabe é mediada por vias paralelas lineares e não lineares. Em concentrações mais altas, a eliminação do evinacumabe ocorre principalmente por meio de uma via proteolítica não saturável, enquanto em concentrações mais baixas predomina a eliminação não linear saturável mediada pelo alvo ANGPTL3. A meia-vida de eliminação é uma função das concentrações de evinacumabe no soro e não é uma constante.

Após a última dose de estado estável de 15 mg/kg IV a cada 4 semanas, o tempo médio para que as concentrações de evinacumabe diminuam abaixo do limite inferior de detecção (78 ng/mL) é de aproximadamente 20 semanas.

Linearidade da dose

Devido à depuração não linear, foi observado um aumento ligeiramente maior do que o proporcional à dose, com um aumento de 4,3 vezes na área sob a curva de tempo de concentração no estado estável (AUCtau.ss) para um aumento de 3 vezes na dose de 5 mg/kg a 15 mg/kg IV a cada 4 semanas.

Populações especiais

Uma análise de PK populacional realizada com dados de 183 indivíduos saudáveis e 107 pacientes com HoFH sugere que os seguintes fatores não têm efeito clinicamente significativo na exposição do evinacumabe: idade (5 a 75 anos), gênero, peso corporal (20 a 152 kg), raça (branca, asiática, negra e outra). A aférese não pareceu influenciar substancialmente a farmacocinética do evinacumabe.

Pediátrico

Havia 14 pacientes com idades entre 12 e 17 anos com HoFH recebendo evinacumabe na dose de 15 mg/kg IV a cada 4 semanas, as- concentrações mínimas em estado estável estavam, em geral, dentro da faixa observada em pacientes adultos.

Para os 20 pacientes com idade ≥ 5 a 11 anos com HoFH que receberam evinacumabe na dose de 15 mg/kg IV a cada 4 semanas, as concentrações mínimas no estado estacionário e no final da infusão foram menores, mas dentro da faixa observada em pacientes adultos. O pico da concentração de evinacumabe no estado estacionário foi em média 444±111 mg/L.

A farmacocinética do evinacumabe em pacientes pediátricos com menos de 5 anos de idade com HoFH não foi estabelecida.

Insuficiência renal

Não se espera que o evinacumabe sofra eliminação renal significativa. As concentrações mínimas observadas no estado estável foram comparáveis entre pacientes com insuficiência renal leve ou moderada e pacientes com função renal normal. Não há dados disponíveis em pacientes com insuficiência renal grave.

Insuficiência hepática

Não se espera que o evinacumabe sofra eliminação hepática significativa. Não há dados disponíveis em pacientes com insuficiência hepática.

Interações medicamentosas

Não foram realizados estudos de interação medicamentosa com o evinacumabe. Não são conhecidos mecanismos de interação medicamentosa entre o evinacumabe e outros medicamentos para redução de lipídios. Em estudos clínicos, as concentrações de estatinas (atorvastatina, rosuvastatina, sinvastatina) não foram significativamente alteradas em pacientes que tomavam estatinas antes e depois da administração do evinacumabe. As concentrações de evinacumabe foram comparáveis em pacientes com HoFH que tomavam ou não terapia de fundo para redução de lipídios.

Como devo armazenar o Evkeeza?

O Evkeeza será armazenado por profissionais de saúde no hospital ou na clínica. 

Frasco não aberto

  • O prazo de validade do Evkeeza é de 36 meses (frasco fechado). 
  • Armazene o frasco de Evkeeza em um refrigerador (2°C a 8°C). 
  • Armazene na embalagem original para proteger da luz. 
  • Não congelar. 
  • Não agite.

Após a abertura

Depois de aberto, o Evkeeza deve ser diluído e usado imediatamente.

Após a diluição

Se a solução diluída não for usada imediatamente, ela pode ser armazenada:

  • Na geladeira, entre 2°C e 8°C, por no máximo 24 horas, desde o momento da preparação da infusão até o final da infusão, ou;
  • Em temperatura ambiente de até 25°C por não mais de 6 horas, desde o momento da preparação da infusão até o final da infusão.

Número do lote e datas de fabricação e validade: consulte a embalagem. 

Não use medicamentos vencidos. Mantenha-o em sua embalagem original. 

Todos os medicamentos devem ser mantidos fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Evkeeza

Registro: 1.3964.0004

Registrado e Importado por: 
Ultragenyx Brasil Farmacêutica Ltda.
Rua Josefina 200. 1o. andar., cj.115. Vila Progresso
Guarulhos - São Paulo 
CEP.:07093-080 
CNPJ: 27.724.245/0001-18

Produzido por: 
Baxter Pharmaceutical Solutions LLC 
927 South Curry Pike, Bloomington, Indiana 
47403 Estados Unidos da América

SAC
0800-770 44 81

Venda sob prescrição.

Uso restrito a estabelecimentos de saúde.

Quer saber mais?

Consulta também a Bula do Evinacumabe


O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 21 de Janeiro de 2025.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 21 de Janeiro de 2025.

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