Bula do Tertop
Princípio Ativo: Cloridrato de Terbinafina
Classe Terapêutica: Agentes Sistêmicos para Infecções Fúngicas
Tertop, para o que é indicado e para o que serve?
- Onicomicose (infecção fúngica da unha) causada por fungos dermatófitos.
- Tinea capitis.
- Infecções fúngicas da pele para o tratamento de Tinea corporis, Tinea cruris, Tinea pedis; infecções cutâneas causadas por leveduras do gênero Candida (por exemplo, Candida albicans), em que a terapia por via oral geralmente é considerada apropriada, conforme o local, a gravidade ou a amplitude da infecção.
Observação: Tertop não é eficaz no tratamento de pitiríase versicolor.
Como o Tertop funciona?
Tertop apresenta como componente ativo a substância terbinafina, que pertence ao grupo dos medicamentos chamados de agentes antifúngicos (age no combate a fungos). A terbinafina age por inibição de uma enzima presente na membrana das células do fungo, evitando sua ação no organismo. A terbinafina apresenta uma ampla atividade contra fungos que causam doenças na pele, nos cabelos e nas unhas. Quando administrado pela boca, a terbinafina chega ao local da infecção em concentrações suficientes para matar os fungos ou parar seu crescimento.
Quais as contraindicações do Tertop?
Tertop é contraindicado em casos de hipersensibilidade à terbinafina ou a qualquer um dos componentes da formulação.
Tertop é contraindicado em casos de doenças hepáticas.
Como usar o Tertop?
É importante tomar os comprimidos todos os dias e continuar tomando pelo tempo recomendado pelo seu médico. Isso assegura que a infecção será completamente curada e diminui a chance desta retornar depois que você para de tomar os comprimidos. Tertop pode ser ingerido com ou sem alimentos. Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Os comprimidos de Tertop devem ser usados por via oral.
Siga cuidadosamente as instruções do seu médico. Não exceda a dose recomendada. Se tiver a impressão de que o efeito de Tertop está muito forte ou muito fraco, converse com seu médico.
Se você esquecer de tomar Tertop, faça-o assim que se lembrar, a menos que falte menos de 4 horas para a sua próxima dose. Neste caso, espere e tome sua próxima dose no horário usual.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Posologia do Tertop
A duração do tratamento varia de acordo com a indicação, o local afetado e a gravidade da infecção.
Adultos
250 mg (1 comprimido de 250 mg), uma vez ao dia.
Duração recomendada de tratamento em:
Infecções cutâneas
Tinea dos pés (interdigital, plantar/tipo mocassim)
2 a 6 semanas.
Tinea corporis (tinha do corpo), cruris (tinha crural)
2 a 4 semanas.
Candidíase cutânea
2 a 4 semanas.
A cura micológica pode preceder de algumas semanas ao desaparecimento completo dos sinais e sintomas da infecção.
Infecções do couro cabeludo e dos cabelos
Tinea capitis
4 semanas.
A Tinea capitis ocorre principalmente em crianças.
Onicomicose
Para a maioria dos pacientes, a duração do tratamento bem sucedido é de 6 a 12 semanas.
Onicomicose nas unhas das mãos
Na maioria dos casos, 6 semanas de tratamento são suficientes para o tratamento de infecções nas unhas das mãos.
Onicomicose nas unhas dos pés
Na maioria dos casos, 12 semanas de tratamento são suficientes para o tratamento de infecções nas unhas dos pés. Alguns pacientes com pouco crescimento das unhas podem requerer tratamentos mais prolongados. O efeito clínico ótimo é observado alguns meses após a cura micológica e a interrupção do tratamento. Esse efeito se relaciona ao período necessário ao crescimento de tecido ungueal sadio.
Informações adicionais em populações especiais
Insuficiência hepática
Tertop não é recomendado em pacientes com doença hepática crônica ou ativa.
Insuficiência renal
O uso de Tertop não foi adequadamente estudado em pacientes com insuficiência renal e, portanto não é recomendado nesta população de pacientes.
Quais cuidados devo ter ao usar o Tertop?
O uso de Tertop não é recomendado para pacientes com doença hepática crônica ou ativa. Sendo assim, deve-se investigar a presença de doença hepática pré-existente antes de se iniciar o tratamento com Tertop. A ocorrência de hepatotoxicidade pode ocorrer em pacientes com ou sem doença hepática pré-existente.
Casos muito raros de falha hepática grave (alguns fatais ou que requereram transplante hepático) foram relatados em pacientes tratados com terbinafina oral. Na maioria dos casos de falha hepática, os pacientes tinham condições sistêmicas basais graves e a relação causal com a ingestão de terbinafina foi incerta.
Pacientes em tratamento com Tertop devem ser alertados a relatar imediatamente sinais e sintomas como náusea persistente inexplicada, anorexia, fadiga, vômitos, dor na região abdominal superior direita, icterícia, urina escura ou fezes esbranquiçadas.
Pacientes com estes sintomas devem descontinuar o tratamento com Tertop e realizar imediatamente uma avaliação da sua função hepática.
Gravidez
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Os estudos de fertilidade e de toxicidade fetal realizados em animais não evidenciaram reações adversas. Como a experiência clínica em mulheres grávidas é muito limitada, Tertop não deve ser administrado durante a gravidez, a menos que, as potenciais vantagens superem os possíveis riscos.
Amamentação
Mães que utilizam Tertop não devem amamentar, pois a terbinafina é excretada no leite materno.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
Não foram conduzidos estudos para verificar o efeito do tratamento com Tertop sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas. Pacientes que apresentarem vertigem como um efeito adverso devem evitar dirigir ou utilizar máquinas.
Pacientes idosos
Não há evidências de que os pacientes idosos necessitem de doses diferentes ou que apresentem outros efeitos secundários em relação aos pacientes mais jovens.
Quando os comprimidos forem prescritos a pacientes nessa faixa etária, deve-se considerar a possibilidade de diminuição da função hepática ou renal pré-existentes.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Tertop?
Tertop é geralmente bem tolerado. Os efeitos adversos são em geral leves a moderados e transitórios.
As reações adversas a seguir foram observadas nos estudos clínicos ou durante a experiência pós-comercialização.
As reações adversas foram classificadas de acordo com a frequência, sendo a mais frequente descrita primeiro, utilizando-se a seguinte convenção:
- Muito comum: ≥10%;
- Comum: ≥1% a <10%;
- Incomum: ≥0,1% a <1%;
- Rara: ≥0,01% a <0,1%;
- Muito rara: <0,01%, incluindo casos isolados.
Desordens hematológicas e do sistema linfático
Muito raras
Neutropenia, agranulocitose, trombocitopenia, pancitopenia.
Desordens do sistema imune
Muito raras
Reações anafilactóides (incluindo angioedema), lupus eritematoso sistêmico e cutâneo.
Desordens do sistema nervoso
Comuns
Cefaléia.
Incomuns
Alteração do paladar, incluindo perda de paladar, o qual geralmente se restabelece dentro de algumas semanas após a interrupção do medicamento. Foram relatados casos isolados de distúrbios prolongados do paladar. Em poucos casos graves foi observada uma diminuição da ingestão de alimentos com consequente perda significativa de peso.
Muito raros
Vertigem, parestesia e hipoestasia.
Desordens gastrintestinais
Muito comuns
Sintomas gastrintestinais (sensação de plenitude gástrica, perda de apetite, dispepsia, náuseas, dor abdominal leve e diarréia).
Desordens hepatobiliares
Raras
Disfunção hepatobiliar (primariamente de natureza colestática), incluindo casos muito raros de insuficiência hepática grave (alguns com consequências fatais, ou que necessitam transplante hepático). Na maioria dos casos de insuficiência hepática, os pacientes apresentaram graves condições sistêmicas basais e uma associação causal com o tratamento com Tertop foi incerta.
Desordens de pele e subcutâneas
Muito comuns
Reações cutâneas não graves (rash, urticária).
Muito raras
Reações cutâneas graves (por exemplo, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, pustulose exantematosa generalizada aguda (na ocorrência de rash progressivo, o tratamento com Tertop deve ser descontinuado). Erupções psoriasiformes ou exacerbação da psoríase. Queda de cabelo (embora não tenha estabelecido relação causal).
Desordens musculoesqueléticas e de tecido conjuntivo
Muito comuns
Reações musculoesqueléticas (artralgia e mialgia).
Desordens gerais
Muito rara
Fadiga
Qual a composição do Tertop?
Cada comprimido contém:
Cloridrato de terbinafina* 281,28 mg.
*Equivalente a 250 mg de terbinafina base.
Excipientes: hipromelose, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, dióxido de silício coloidal, água purificada.
Apresentaçã do Tertop
Comprimido 250 mg
Cartucho com 14 e 28 comprimidos.
Uso adulto.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Tertop maior do que a recomendada?
Foram relatados poucos casos de superdosagem (até 5 g), promovendo efeitos como cefaléia, náusea, dor epigástrica e vertigem. O tratamento recomendado para quando ocorre superdosagem consiste em eliminar-se a droga, primeiramente por administração de carvão ativado e uso de terapia sintomática de suporte, quando necessário.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Tertop com outros remédios?
Efeitos de outros medicamentos na terbinafina
A depuração plasmática da terbinafina pode ser acelerada por drogas que induzam o metabolismo e pode ser inibida por medicamentos que inibem o citocromo P450. Quando for necessária a administração simultânea desses fármacos, será necessário adaptar a dose de Tertop.
Medicamentos que podem aumentar o efeito ou a concentração plasmática da terbinafina
A cimetidina diminui a depuração da terbinafina em 33%.
Medicamentos que podem diminuir o efeito ou a concentração plasmática da terbinafina
A rifampicina aumenta a depuração da terbinafina em 100%.
Efeito da terbinafina em outros medicamentos
Conforme resultados de estudos realizados in vitro e em voluntários sadios, a terbinafina apresenta potencial insignificante de inibir ou aumentar a depuração dos medicamentos metabolizados pelo sistema do citocromo P450 (por exemplo: terfenadina, triazolam, tolbutamida ou anticoncepcionais orais) com exceção daqueles metabolizados pelo CYP2D6.
A terbinafina não interfere com a depuração de antipirina ou digoxina. Alguns casos de irregularidades menstruais têm sido relatados em pacientes que utilizam TERTOP concomitantemente com anticoncepcionais orais, embora a incidência desses distúrbios permaneça dentro dos limites de incidência básica dos pacientes tratados somente com anticoncepcionais orais.
A terbinafina pode aumentar o efeito ou a concentração plasmática dos seguintes medicamentos
Cafeína
A terbinafina diminui a depuração da cafeína administrada intravenosamente em 19%.
Medicamentos metabolizados predominantemente pela CYP2D6
Estudos in vitro e in vivo demonstraram que a terbinafina inibe o metabolismo mediado pelo CYP2D6. Esses dados apresentam relevância clínica para compostos metabolizados predominantemente por essa enzima, como alguns medicamentos das classes dos antidepressivos tricíclicos, betabloqueadores, inibidores seletivos da recaptação de serotonina, antiarrítmicos das classes 1A, 1B e 1C e inibidores da monoaminoxidase tipo B (IMAO-B), e se esses demonstrarem baixo índice terapêutico.
A terbinafina diminui a depuração da desipramina em 82%.
A terbinafina pode diminuir o efeito ou a concentração plasmática dos seguintes medicamentos
A terbinafina aumenta a depuração da ciclosporina em 15%.
Interação Alimentícia: posso usar o Tertop com alimentos?
Comprimido
A biodisponibilidade do Cloridrato de Terbinafina oral é moderadamente modificada por alimentos (aumento na AUC menor que 20%), mas não o bastante para necessitar ajuste das doses.
Qual a ação da substância do Tertop?
Resultados de Eficácia
Comprimido
Em pesquisas abertas e controladas, o Cloridrato de Terbinafina oral foi efetiva no tratamento de Tinea corporis, Tinea cruris, candidíase cutânea e Tinea pedis do tipo mocassim. A cura clínica completa ou a cura micológica foi reportada em 75% a 90% dos pacientes com Tinea corporis ou Tinea pedis e em 60% a 70% daqueles com candidíase cutânea.
Comparativamente, o Cloridrato de Terbinafina oral foi pelo menos similarmente efetiva à griseofulvina (250 a 500 mg duas vezes ao dia) em infecções por Tinea corporis e Tinea cruris e mais efetiva que essa no tratamento da Tinea pedis do tipo mocassim.
No tratamento de onicomicoses, o Cloridrato de Terbinafina oral também foi efetiva, inclusive existe a descrição de seu uso em caso não responsivo à griseofulvina e cetoconazol. O Cloridrato de Terbinafina oral é considerada o tratamento de escolha para onicomicoses devido aos altos índices de recuperação clínica e micológica.
Pacientes com diagnóstico de onicomicose por Trichophyton rubrum (n = 20) e Trichophyton mentagrophytes (n = 2) foram tratados com 250 mg/dia de Cloridrato de Terbinafina oral por 12 semanas. Após 6 meses, 82% dos pacientes apresentaram remissão clínica e micológica, 4,5% das unhas apresentaram anormalidades apesar de exames micológicos serem negativos e cerca de 14% foram classificados como insucesso de tratamento. Em outro estudo observaram-se excelentes condições de cura, até 2 anos após o tratamento. Na quadragésima oitava semana, a cura micológica foi atingida por cerca de 85% dos pacientes e a cura clínica, com o mínimo de lesões residuais, por cerca de 90% dos 100 pacientes tratados.
Pacientes HIV positivos com infecção por Tinea cruris secundária responderam o Cloridrato de Terbinafina oral em doses entre 125 a 250 mg duas vezes ao dia em 1 a 3 meses.
O Cloridrato de Terbinafina oral pode ser recomendada no tratamento de dermatofitoses por Trichophyton sp ou Microsporum sp também em crianças, sendo que no caso deste último é necessário um tempo de tratamento mais prolongado, de cerca de 6 semanas de duração.
Onicomicoses
A eficácia de Cloridrato de Terbinafina oral no tratamento da onicomicose é ilustrada pela resposta de pacientes com infecções de unha da mão e/ou unha do pé que participaram em três estudos clínicos (SFD301, SF5 e SF1508) controlados com placebo nos Estados Unidos/Canadá.
Os resultados do primeiro estudo de unha do pé, avaliado em 48 semanas (12 semanas de tratamento com 36 semanas de seguimento após a conclusão da terapia), demonstrou cura micológica, definida como a ocorrência simultânea de KOH negativo mais cultura negativa em 70% dos pacientes. Cinquenta e nove por cento (59%) dos pacientes tiveram tratamento eficaz (cura micológica adicionado a 0% de comprometimento da unha ou > 5 mm de crescimento de unhas novas afetadas; 38% dos pacientes demonstraram cura micológica mais cura clínica (0% unha comprometida).
Em um segundo estudo de unha do pé de onicomicose dermatópica, no qual não dermatófitos também foram cultivados, foi demonstrada eficácia similar contra os dermatófitos. O papel patogênico dos dermatófitos não cultivados na presença de onicomicose dermatofítica não foi estabelecido. A importância clínica desta associação é desconhecida.
Os resultados do estudo da unha da mão, tal como avaliado em 24 semanas (6 semanas de tratamento com 18 semanas de seguimento após a conclusão da terapia), demonstrou cura micológica em 79% dos pacientes, o tratamento eficaz em 75% dos pacientes, e cura micológica acrescida cura clínica em 59% dos pacientes.
O tempo médio para o sucesso do tratamento de onicomicose foi de aproximadamente 10 meses para o primeiro estudo de unha do pé e 4 meses para o estudo da unha da mão. No primeiro estudo de unha do pé, para os pacientes avaliados, pelo menos, seis meses após alcançar a cura clínica e pelo menos um ano depois de completar a terapia com Cloridrato de Terbinafina oral, a taxa de recaída clínica foi de aproximadamente 15%.
Infecções fúngicas da pele (Tinea corporis, Tinea cruris, Tinea pedis) e infecções cutâneas causadas por leveduras do gênero Candida (por exemplo, Candida albicans) onde a terapia oral é geralmente considerada apropriada devido ao local, gravidade ou extensão da infecção25
Três estudos multicêntrico, controlado, duplo-cego, randomizado 5OR (estudo 4 semanas), 6-7OR (estudo 4 semanas) e 11-21OR (estudo 6 semanas), avaliaram a eficácia e segurança de Cloridrato de Terbinafina oral para o tratamento da Tinea corporis e cruris.
Dois estudos duplo-cego, placebo controlado (5OR, 6-7OR) avaliaram a eficácia Cloridrato de Terbinafina oral 125 mg duas vezes ao dia em pacientes diagnosticados com Tinea corporis/cruris. Os estudos incluíram um total de 46 pacientes randomizados para Cloridrato de Terbinafina oral e 49 com placebo. Não houve diferença significativa em termos de dados demográficos e história clínica dentro de grupos. A eficácia, demonstrada por testes micológicos negativos e uma redução na sintomatologia clínica, foi avaliada em 4 semanas e no exame de acompanhamento. Em ambos os estudos, a eficácia mínima foi demonstrada em doentes tratados com placebo, em comparação com a eficácia de Cloridrato de Terbinafina oral administrada por via oral, no final do tratamento e no acompanhamento.
O terceiro estudo (11-21OR), 6 semanas, duplo-cego, randomizado, multicêntrico comparou a segurança e eficácia de Cloridrato de Terbinafina oral 125 mg duas vezes ao dia e griseofulvina 250 mg duas vezes ao dia. Cento e vinte e seis (126) pacientes de cada grupo foram incluídos na análise de eficácia. Este estudo mostrou alta taxa de cura micológica, redução dos sinais e sintomas no braço do estudo tratado com Cloridrato de Terbinafina oral e melhora significativa (93-94%) da eficácia global no final do tratamento e no acompanhamento de Cloridrato de Terbinafina oral 125 mg administrado duas vezes ao dia em comparação com 86-87% de eficácia global do comparador.
Em resumo, Cloridrato de Terbinafina oral 125 mg administrado duas vezes ao dia durante o período de 4-6 semanas, demonstrou eficácia estatisticamente superior em comparação com o placebo e griseofulvina fármaco comercializado para o tratamento da Tinea corporis/cruris nos principais estudos de eficácia acima.
Em um estudo de 4 semanas, duplo-cego, placebo controlado SF 00438, Cloridrato de Terbinafina oral 125 mg, duas vezes ao dia, foi comparado com placebo em pacientes com candidíase cutânea. Vinte e dois pacientes foram randomizados para cada braço do tratamento, dos quais 19 foram avaliados, respectivamente. Destes, 29% dos pacientes no grupo de tratamento e de 17% dos pacientes com placebo demonstrou cura micológica no final do tratamento e 67% dos pacientes tratados com Cloridrato de Terbinafina oral tiveram resultados micológicos negativos no final do acompanhamento. Tendo em conta as taxas de resposta acima, 2 semanas de terapia de Cloridrato de Terbinafina oral deve ser a duração mínima do período de tratamento, e aproximadamente metade dos pacientes que necessitam de 3 4 semanas de tratamento para obter a cura.
Dois estudos controlados, duplo-cego, compararam Cloridrato de Terbinafina oral 125 mg administrado duas vezes ao dia com o placebo (39-40OR) e com a griseofulvina 250 mg duas vezes ao dia (20OR) no tratamento da tinea pedis. Ambos os estudos recrutaram pacientes com a doença crônica e recorrente. No estudo de 39-40OR, 65% dos pacientes em Cloridrato de Terbinafina oral relataram cura micológica no acompanhamento considerando que nenhum dos pacientes tratados com placebo responderam. No estudo 20OR, Cloridrato de Terbinafina oral mostrou ser altamente eficaz, com 88% de cura durante o acompanhamento após 6 semanas de terapia em comparação com 45% dos pacientes com griseofulvina. Estes pacientes, quando observados após 10 meses relataram taxa de cura de 94%, em comparação com a eficácia de 30% de griseofulvina na mesma população de pacientes.
Tabela 1 - Principais estudos de eficácia – infecções por Tinea corporis/cruris, Tinea pedis, Candida
Estudo |
Tipo | Medicamento | N°. de pacientes avaliados | Desistência | Resultado micológico negativo % |
Resultados Clínicos |
||
End Rx |
F/up | End Rx |
F/up |
|||||
5OR | 4a semana DB placebo |
Cloridrato de Terbinafina oral 125 duas vezes ao dia |
13 | 4 | 64 | 89 | 54 | 62 |
Placebo |
15 | 2 | 0 | 0 | 0 | 0 | ||
6-7OR | 4a semana DB placebo | Cloridrato de Terbinafina oral 125 duas vezes ao dia | 33 | 8 | 97 | 97 | 85 | 91 |
Placebo |
34 | 6 | 29 | 37 | 12 |
12 |
||
11- 21OR |
6a semana 125 duas vezes ao dia - DB griseofulvina | Cloridrato de Terbinafina oral 125 duas vezes ao dia | 126 | 13 | 95 | 100 | 93 | 94 |
Griseofulvina 250 duas vezes ao dia |
126 | 16 | 88 | 94 | 87 |
86 |
||
SF 00438 |
2a semana DB-placebo | Cloridrato de Terbinafina oral 125 duas vezes ao dia | 19 | 3 | 29 | 67 | 11 | 47 |
Placebo |
19 | 3 | 17 | 47 | 11 |
11 |
||
39- 40OR |
6a semana 125 duas vezes ao dia. DB-placebo | Cloridrato de Terbinafina oral 125 duas vezes ao dia | 23 | 3 | 68 | 77 | 59 | 65 |
Placebo |
18 | 6 | 13 | 0 | 0 | 0 | ||
20OR | 6a semana 125 duas vezes ao dia. DB griseofulvina | Cloridrato de Terbinafina oral125 duas vezes ao dia | 16 | 2 | 94 | 100 | 75 | 88 |
Griseofulvina 250 duas vezes ao dia |
12 | 6 | 27 | 55 | 27 |
45 |
End Rx: final do tratamento.
F/up: acompanhamento.
Referências Bibliográficas
1. Lebwohl et al, 2001 Cutis.
2. Prod Info Lamisil(TM), 2001.
3. Schatz et al, 1995, Clin Experimental Dermatol.
4. Baudraz-Rosselet et al, 1992, Br J Dermatol.
5. van der Schroeff et al, 1992, Br J Dermatol.
6. Goodfield, 1992, Br J Dermatol.
7. Villars & Jones, 1992, Br J Dermatol.
8. White et al, 1991, Br J Dermatol.
9. Hay et al, 1991, J Am Acad Dermatol.
10. Savin & Zaias, 1990, J Am Acad Dermatol.
11. Savin, 1990, J Am Acad Dermatol.
12. del Palacio Hernanz et al, 1990, Clin Exp Dermatol.
13. Savin, 1989, Clin Exp Dermatol.
14. Cole & Stricklin, 1989, Arch Dermatol.
15. Villars & Jones, 1989, Clin Exp Dermatol.
16. Eastcott, 1991, N Z Med J.
17. McClellan et al, 1999, Drugs.
18. Galimberti et al, 1996, Int J Dermatol.
19. De Cuyper & Hindryckx, 1999, Br J Dermatol.
20. Villares & Jones, 1992, Br J Dermatol.
21. Lebwohl et al, 2001, Cutis.
22. Savin et al, 1994, J Am Acad Dermatol.
23. Faergemann et al, 1997, Dermatology.
24. Gupta et al, 2003, Dermatol Clin.
25. 2.5 Clinical Overview - Rationale for changes to Core Data Sheet (CDS) / Product Information - sections Dosage and administration, Clinical pharmacology and Clinical studies. Novartis, 27-Oct-2015.
Creme / Solução Tópica
Estudos foram realizados com o objetivo de comprovar a eficácia e o perfil de segurança das três apresentações de Cloridrato de Terbinafina tópico nas indicações aprovadas, uma ou duas vezes ao dia, durante 1 semana de tratamento.
Dezenove estudos controlados com a apresentação creme 1% comparada ao veículo do produto mostraram resultados positivos do Cloridrato de Terbinafina tópico em pacientes com tinha corporis, tinha cruris, tinha pedis, candidíase e pitiríase versicolor com índices de sucesso variando de 66% a 90%. Tais estudos mostraram superioridade do Cloridrato de Terbinafina tópico em relação ao placebo e eficácia equivalente a antifúngicos como cetoconazol, clotrimazol, bifonazol e econazol.
Oito estudos controlados com a apresentação solução tópica 1% mostraram sua eficácia em pacientes com tinha pedis, tinha corporis, tinha cruris e pitiríase versicolor, mostrando taxas de cura de 68% a 83% não somente em comparação ao placebo, mas também ao clotrimazol. Os índices de recorrência de 5% a 10% foram considerados razoáveis, principalmente devido ao longo período de seguimento dos estudos.
Referências Bibliográficas
1. Terbinafine 1% Cream. Expert Report on Clinical Documentation. Sep 1989. Internaldocument.
2. terbinafine 1% Solution/Spray. Expert Report on Clinical Documentation (Dermatomycoses). Sep 1996. Internal document.
Características Farmacológicas
Comprimido
Grupo farmacoterapêutico
Grupo farmacoterapêutico: agente antifúngico oral (código ATC D01B A02).
Mecanismo de ação
O Cloridrato de Terbinafina oral é uma alilamina com amplo espectro de atividade contra fungos patogênicos da pele, cabelo e unhas, incluindo dermatófitos como Trichophyton (por exemplo, T. rubrum, T. mentagrophytes, T. verrucosum, T. tonsurans e T. violaceum), Microsporum (por exemplo, M. canis), Epidermophyton floccosum e leveduras do gênero Candida (por exemplo, C. albicans) e Malassezia. Em concentrações baixas, o Cloridrato de Terbinafina oral tem ação fungicida contra fungos dermatófitos, bolores e alguns fungos dimórficos. Sua atividade contra leveduras é fungicida ou fungistática, dependendo de sua espécie.
O Cloridrato de Terbinafina oral interfere especificamente em uma etapa inicial da biossíntese dos esteróis fúngicos que acarreta deficiência de ergosterol e acúmulo intracelular de esqualeno, resultando em morte da célula fúngica. O Cloridrato de Terbinafina oral age por inibição da esqualeno epoxidase na membrana celular fúngica. A enzima esqualeno-epoxidase não está vinculada ao sistema do citocromo P450.
Farmacodinâmica
Quando administrado por via oral, o Cloridrato de Terbinafina oral acumula-se na pele, nos cabelos e nas unhas, em níveis associados à atividade fungicida.
Farmacocinética
Absorção:
Após administração oral, o Cloridrato de Terbinafina oral é bem absorvida (> 70%). Uma dose oral única de 250 mg de Cloridrato de Terbinafina oral proporciona uma média de concentrações plasmáticas máximas de 1,3 micrograma/mL, 1,5 horas após a administração.
No estado de equilíbrio (70% do estado de equilíbrio é obtido em cerca de 28 dias), em comparação à dose única, a concentração máxima de Cloridrato de Terbinafina oral foi na média 25% maior e a AUC plasmática aumentou em um fator de 2,3.
Distribuição:
O Cloridrato de Terbinafina oral liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (99%). Difunde-se rapidamente através da derme e se acumula no estrato córneo lipofílico. O Cloridrato de Terbinafina oral também é encontrada na secreção sebácea, atingindo, assim, altas concentrações nos folículos pilosos, pelos e tecidos gordurosos. Há evidências de que o Cloridrato de Terbinafina oral se distribui na placa ungueal dentro das primeiras semanas após o início do tratamento.
Biotransformação / Metabolismo:
O Cloridrato de Terbinafina oral é metabolizada rápida e extensivamente por pelo menos sete isoenzimas CYP, com maior participação das CYP2C9, CYP1A2, CYP3A4, CYP2C8 e CYP2C19. A biotransformação do Cloridrato de Terbinafina oral resulta em metabólitos sem atividade fúngica.
Eliminação:
Os metabólitos são excretados predominantemente na urina. A partir do aumento na AUC plasmática no estado de equilíbrio uma meia-vida efetiva de ~30 horas foi calculada. Administração de doses múltiplas seguida de coleta de sangue estendida revelou uma eliminação trifásica com meia-vida terminal de, aproximadamente 16,5 dias.
Biodisponibilidade:
A biodisponibilidade absoluta do Cloridrato de Terbinafina oral como resultado do metabolismo de primeira passagem é de cerca de 50%.
Populações especiais:
Não foram observadas alterações clinicamente relevantes idade-dependentes nas concentrações plasmáticas do Cloridrato de Terbinafina oral no estado de equilíbrio.
Estudos farmacocinéticos de dose única em pacientes com disfunção renal [clearance (depuração) de creatinina < 50 mL/min] ou com doença hepática pré-existente mostraram que o clearance (depuração) de Cloridrato de Terbinafina oral pode estar reduzido em cerca de 50%.
Dados de segurança pré-clínicos
Em estudos de longo prazo (de até 1 ano) em ratos e cães, não se observaram efeitos tóxicos em nenhuma das espécies com a administração de doses orais de até aproximadamente 100 mg/kg por dia. Durante a administração oral de altas doses, o fígado e provavelmente os rins foram identificados como órgãos-alvo em potencial.
Em estudo de carcinogenicidade oral por 2 anos com camundongos, não se observaram quaisquer resultados anormais ou neoplasias atribuíveis ao tratamento com doses de até 130 mg/kg por dia em machos e de até 156 mg/kg por dia em fêmeas. Em estudo de carcinogenicidade oral com ratos por 2 anos, observou-se maior incidência de tumores hepáticos em machos que receberam os mais altos níveis de dose equivalentes a 69 mg/kg por dia. As alterações que podem estar associadas com a proliferação de peroxissomos mostraram-se específicas das espécies, uma vez que estas não foram observadas em estudos de carcinogenicidade em camundongos ou em outros estudos com camundongos, cães ou macacos.
Durante estudos de altas doses em macacos, observaram-se irregularidades de refração na retina com as doses mais altas (o nível de efeito não tóxico de 50 mg/kg). Essas irregularidades foram associadas à presença de um metabólito do Cloridrato de Terbinafina oral no tecido ocular e desapareceram após a descontinuação do medicamento, não estando associadas a alterações histológicas.
Um estudo de 8 semanas com administração oral em ratos jovens forneceu um nível de efeito não tóxico (NTEL) de aproximadamente 100 mg/kg/dia, sendo um leve aumento do peso do fígado o único achado, enquanto em cães próximos da maturidade a doses ≥ 100 mg/kg/dia (valores de AUC de cerca de 13x (m) e 6x (f) daquelas em crianças) foram observados sinais de distúrbios do sistema nervoso central (SNC), incluindo episódios únicos de convulsões em animais individuais. Achados semelhantes foram observados quando da alta exposição sistêmica após administração intravenosa de Cloridrato de Terbinafina oral em macacos ou ratos adultos.
Uma série-padrão de testes de genotoxicidade in vitro e in vivo não revelaram evidência de potencial mutagênico ou clastogênico.
Não se observaram efeitos adversos na fertilidade nem em outros parâmetros da reprodução em estudos realizados em ratos ou coelhos.
Creme / Solução Tópica
Grupo farmacoterapêutico: antifungico de uso tópico.
Código ATC: D01A E15.
Farmacodinâmica
Cloridrato de Terbinafina tópico é um antifúngico para uso tópico, cujo princípio ativo é uma alilamina, o Cloridrato de Terbinafina tópico. O Cloridrato de Terbinafina tópico apresenta um amplo espectro de atividade nas infecções fúngicas da pele causadas por dermatófitos, tais como o Trichophyton (por exemplo, T. rubrum, T. mentagrophytes, T. verrucosum, T. violaceum), Microsporum canis e Epidermophyton floccosum. Em baixas concentrações ao Cloridrato de Terbinafina tópico é um fungicida contra dermatófitos, fungos filamentosos e alguns fungos dimórficos. Pequenas concentrações de Cloridrato de Terbinafina tópico é fungicida contra dermatófitos, fungos e certos tipos de fungos dimórficos. A atividade contra leveduras é fungicida (por exemplo, Candida albicans, Pityrosporum orbiculare ou Malassezia furfur) ou fungistática, dependendo da espécie.
O Cloridrato de Terbinafina tópico interfere especificamente em uma etapa inicial da biossíntese de esterol do fungo. Isto leva à deficiência de ergosterol e a um acúmulo intracelular de esqualeno, resultando na morte da célula fúngica.
O Cloridrato de Terbinafina tópico age pela inibição da esqualeno epoxidase na membrana celular do fungo.
A enzima esqualeno epoxidase não está vinculada ao sistema citocromo P-450. Cloridrato de Terbinafina tópico não influencia no metabolismo de hormônios ou outras drogas.
Farmacocinética
Menos de 5% da dose é absorvida após a aplicação tópica em humanos; a exposição sistêmica é, desta forma, muito baixa.
Cloridrato de Terbinafina tópico tem tempo de ação longo, menos de 10 % dos pacientes com pé de atleta tratados com Cloridrato de Terbinafina tópico creme por uma semana mostram recorrência ou reinfecção por 3 meses após o tratamento.
Após 7 dias de uso de Cloridrato de Terbinafina creme, as concentrações de Cloridrato de Terbinafina tópico em excesso àquelas necessárias para a atividade fúngica estão disponíveis no estrato córneo infectado por pelo menos 7 dias após a interrupção do tratamento.
Dados de segurança pré-clínica
Em estudos de longo prazo (até 1 ano) em ratos e cachorros, nenhum efeito tóxico marcado foi visto em qualquer uma das espécies até doses orais de aproximadamente 100 mg/kg por dia. Em doses orais altas, o fígado e possivelmente também os rins foram identificados como órgãos alvo em potencial.
Em um estudo de dois anos de carcinogenicidade oral em camundongos, nenhuma descoberta neoplásica ou outra descoberta anormal atribuível ao tratamento foi feita com doses até 130 (homens) e 156 (mulheres) mg/kg por dia. Em um estudo de dois anos de carcinogenicidade oral em ratos no nível de dose mais alto, 69 mg/kg por dia, uma incidência aumentada de tumores hepáticos foi observada nos homens. As mudanças foram apresentadas como sendo específicas da espécie visto que não foram observadas em camundongos ou macacos.
Durante os estudos de dose alta de Cloridrato de Terbinafina tópico em macacos, irregularidades refratárias foram observadas na retina em doses mais altas (o nível de efeito não tóxico foi de 50 mg/kg). Estas irregularidades foram associadas com a presença de um metabólito do Cloridrato de Terbinafina tópico no tecido ocular e desapareceram após a descontinuação do medicamento. Estas irregularidades não foram associadas a mudanças histológicas.
Uma bateria de testes de genotoxicidade in vitro e in vivo, incluindo: ensaio de Ames, avaliação de mutagenicidade em células ovarianas de hamster chinês, teste de aberração cromossômica, intercâmbio de cromátides-irmãs e teste de micronúcleo em camundongo, não revelou nenhuma evidência de um potencial mutagênico ou clastogênico para o medicamento.
Nenhum efeito adverso na fertilidade ou outros parâmetros de reprodução foi observado em estudos em ratos ou coelhos.
Como devo armazenar o Tertop?
Conserve o produto na embalagem original, em temperatura ambiente (15 a 30°C), protegido da luz e da umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho). Não use medicamentos com o prazo de validade vencido.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Tertop
Registro MS – 1.0497.1127
Farm. Resp.:
Ishii Massayuki
CRF-SP n° 4863
União Química Farmacêutica Nacional S/A
Rua Cel. Luiz Tenório de Brito, 90 – Embu-Guaçu – SP
CEP 06900-000
CNPJ 60.665.981/0001-18
Indústria Brasileira
SAC:
0800 11 1559 Venda sob prescrição médica.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Cloridrato de Terbinafina
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 8 de Dezembro de 2023.
Tertop 250mg, caixa com 28 comprimidos
Ofertas Recomendadas
Melhor Oferta
Informe seu CEP para ver se o produto está disponível na sua região.
Quantidade na embalagem