Defina sua localização

Preços, ofertas e disponibilidade podem variar de acordo com a sua localização.


Bula do Trifolium pratense L.

Princípio Ativo: Trifolium pratense L.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 10 de Abril de 2024.

Trifolium pratense L., para o que é indicado e para o que serve?

Trifolium pratense L. é indicado como suplementação alternativa ou complementar à terapia hormonal da menopausa para diminuição da frequência e intensidade dos fogachos, ou seja, alívio dos sintomas vasomotores relacionados à menopausa.

Quais as contraindicações do Trifolium pratense L.?

Hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.

Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Como usar o Trifolium pratense L.?

Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros e sem mastigar, às refeições, com quantidade suficiente de água para que sejam deglutidos.

Posologia do Trifolium pratense L.


Tomar um comprimido de 100 mg (40 mg isoflavonas totais) uma vez ao dia, via oral.

Se necessário, a dose pode ser ajustada de acordo com a avaliação médica dos sintomas clínicos.

A dose máxima recomendada é de quatro comprimidos de 100 mg (160 mg isoflavonas totais) ao dia.

Em caso de esquecimento, o paciente deve fazer uso da medicação na dose habitual no dia seguinte.

Este medicamento não pode ser partido ou mastigado.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Trifolium pratense L.?

  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): alterações gastrointestinais como epigastralgia, náuseas e diarreia; leve sangramento gengival ou epistaxe ou reações de hipersensibilidade, como erupção cutânea, urticária e prurido.

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema Vigimed, disponível no Portal da Anvisa.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Trifolium pratense L. maior do que a recomendada?

Trifolium pratense L. é um fitomedicamento bem tolerado. Não se dispõe até o momento de dados acerca da superdose.

Recomenda-se tratamento sintomático e medidas de suporte e controle das funções vitais.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Trifolium pratense L. com outros remédios?

Tamoxifeno

  • A similaridade estrutural do tamoxifeno com a isoflavona resulta na competição pelos receptores estrogênicos. Portanto, o uso concomitante poderá causar a diminuição da eficácia do tamoxifeno.

Anticoagulantes, agentes trombolíticos e heparina de baixo peso molecular

  • O uso concomitante pode causar um aumento de sangramento.

Contraceptivos com estrogênio

  • O uso concomitante pode causar uma alteração na eficácia contraceptiva, por inibição competitiva da isoflavona.

Quais cuidados devo ter ao usar o Trifolium pratense L.?

Trifolium pratense L. não é indicado para crianças e pacientes do sexo masculino.

Qual a ação da substância do Trifolium pratense L.?

Resultados de Eficácia


Um estudo¹, randomizado e duplo-cego, foi realizado em 30 mulheres saudáveis na pós-menopausa por mais de um ano, que apresentavam pelo menos cinco fogachos por dia e sem tratamento com terapia hormonal. O grupo tratado (15 mulheres) recebeu Trifolium pratense L., contendo 40 mg de isoflavonas extraídas do Trifolium pratense L., e o grupo controle recebeu placebo. Ao final de 16 semanas de tratamento, os autores verificaram uma queda significativa na incidência de fogachos no grupo tratado, em relação ao grupo placebo.

Um estudo², duplo cego, randomizado, placebo controlado, durante 16 semanas, foi realizado com mulheres com mais de 12 meses de amenorreia, comparando-se o placebo com 80 mg de isoflavonas do Trifolium pratense L.. Os resultados mostraram que, enquanto o número de fogachos no grupo placebo manteve-se próximo do valor basal, ocorreu uma redução de cerca de 44% do número de fogachos no grupo tratado com isoflavonas, em relação ao valor basal, 73% das mulheres no grupo tratado com isoflavonas reportaram uma melhora na intensidade das ondas de calor, ao passo que somente 18% de redução na intensidade nos fogachos fomos observados no grupo placebo.

Um estudo³, randomizado, duplo-cego e placebo controlado, foi realizado com 401 mulheres na pré-menopausa, perimenopausa e pós-menopausa, durante três anos. Todas as mulheres tinham história familiar de câncer de mama. O emprego de isoflavonas do Trifolium pratense L. não alterou adversamente a estrutura óssea. As incidências de câncer, de efeitos colaterais e de alterações na densidade da mama foram semelhantes nos dois grupos. Não foram observadas alterações na espessura endometrial nas mulheres na menopausa tratadas com as isoflavonas 40 mg e com placebo. Os níveis plasmáticos de colesterol e de hormônio folículo estimulante não foram diferentes entre os dois grupos estudados. Os autores concluem que o crescente emprego de isoflavonas derivadas do Trifolium pratense L. mostra-se seguro, bem tolerado e não há evidências de efeito estrogênico na estrutura mamária de mulheres com risco de câncer de mama. Concluem, também, que os dados do presente estudo são estimulantes e suportam a tolerabilidade das isoflavonas, baseados em dados epidemiológicos e nas avaliações estruturais estudadas.

Howes e colaboradores4 em uma meta-análise avaliaram os principais ensaios clínicos randomizados, controlados com uso de isoflavonas do Trifolium pratense L. no controle dos fogachos na menopausa. A dose de isoflavona usada na maioria dos estudos foi entre 40 – 80 mg por dia. A porcentagem de redução dos fogachos foi significativamente relacionada com o número de fogachos por dia prévio ao uso de isoflavonas e a dose de isoflavona utilizada. Concluíram que estas substâncias podem exercer redução na frequência de fogachos em mulheres na menopausa e que este efeito benéfico pode ser mais aparente em mulheres apresentando um grande número de fogachos por dia. O resultado do estudo reforça a recomendação da Sociedade Norte Americana de Menopausa que “... para mulheres com fogachos frequentes, clínicos podem considerar a recomendação de ingesta de soja ou isoflavona”.

Referências Bibliográficas

1. Jeri AR. The use of an isoflavone supplement to relieve hot fluhes. Female Patient 2002; 27: 35-7.
2. Van de Weijer PHM, Barentsen R. Isoflavones from red clover (Promensil) significantly reduce menopausal hot flush symptoms compared with placebo. Maturitas 2002; 42:187-93.
3. Powles TJ et al. Red clover isoflavones are safe and well tolerated in women with a family history of breast cancer. Menopause International 2008; 14:6-12.
4. Howes LG et al. Isoflavone therapy for menopausal flushes: A systematic review and meta-analysis. Maturitas 2006; 55:203-11.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

As isoflavonas ocorrem em vários vegetais, mas principalmente na soja e no Trifolium pratense L..

As principais isoflavonas que ocorrem no Trifolium pratense L. são:

  • Genisteina, daidzeina, biochanina A e formononetina. As isoflavonas são polifenóis que, por apresentarem estruturas químicas semelhantes a dos estrógenos, tem afinidade por seus receptores e funcionam como agonistas parciais, ou seja, na ausência ou grande redução plasmática de estrógenos, como ocorre na menopausa, as isoflavonas podem se ligar ao seu receptor, induzindo os efeitos fisiológicos destes hormônios e reduzindo assim os sintomas gerados pela menor concentração plasmática de estrógeno, como acontece na menopausa. Por outro lado, quando são administradas em uma situação em que existe uma concentração fisiológica de estrógenos, as isoflavonas podem se ligar ao receptor do estrógeno, impedindo assim a ligação dos estrógenos com seu receptor, podendo funcionar como um antagonista dos estrógenos.

Farmacocinética

As isoflavonas estão presentes no extrato de Trifolium pratense L. sob a forma de glicosídeos, os quais são hidrolisados na luz intestinal pelas glucosidases intestinais dando origem às respectivas moléculas ativas, as agliconas, que podem ser absorvidas ou metabolizadas no intestino. Por outro lado, após serem absorvidas, a biochanina e a formononetina são demetiladas, formando respectivamente genisteína e a daidzeina. As moléculas ativas, genisteína e daidzeina, podem ser conjugadas no fígado a compostos inativos, os quais são eliminados pela via renal, juntamente com moléculas ativas que não foram conjugadas.

Fontes consultadas

  • Bula do Profissional do Medicamento Promensil®.

Doenças relacionadas

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 10 de Abril de 2024.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 10 de Abril de 2024.

Usamos cookies para melhorar sua experiência na CR. Consulte mais informações em nossa Política de Privacidade.