Remédios para Actinomicose
(29)Preço
Tipo de receita
- Branca 2 vias (Antibiótico - Venda Sob Prescrição Médica mediante Retenção da Receita)
- Branca 2 Vias (Antibiótico - Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)
Classe terapêutica
- Tetraciclinas E Associações
- Cloranfenicois E Associações
- Antiinfeccios Oftalmológicos
Forma farmacêutica
- Cápsula gelatinosa dura
- Comprimido revestido
- Cápsula
- Solução injetável
- Solução oftálmica (colírio)
- Cápsula dura
- Pó para solução injetável
- Pomada dermatológica
Categoria
- Medicamentos
- Antibióticos
- Acne
- Sífilis
- Gonorreia
- Pneumonia
- Sinusite
- Antibiótico Oftalmológico
- Artrite
- Meningite
Dosagem
- 500mg
- 100mg
- 1g
- 1000mg
- 4mg/mL
- 250mg
- 5mg/g
Fabricante
- Prati-Donaduzzi
- Medquímica
- Teuto
- Laboratil
- Blau
- Ranbaxy
- Allergan
- Cifarma
- Fresenius Kabi
- Iquego
Princípio ativo
- Cloridrato de Tetraciclina
- Succinato Sódico de Cloranfenicol
- Cloranfenicol
- Cloridrato de Minociclina
Tipo do medicamento
- Genérico
- Similar
- Similar Intercambiável
- Novo
- Referência
Quantidade
- 100 Unidades
- 8 Unidades
- 10 mL
- 500 Unidades
- 0
- 10 Unidades
- 12 Unidades
- 140 Unidades
- 20 Unidades
- 3.5 g
Actinomicose: o que é, sintomas e tratamento.
O que é?
A actinomicose é uma infecção crônica, predominantemente causada pela bactéria anaeróbica Actinomyces israelii. Esta condição é comumente localizada nos espaços interdentais e gengivais, bem como nas amígdalas e mucosas do trato intestinal e vaginal.
Sua presença nesses locais propicia o desenvolvimento da infecção, que pode se manifestar em diversas formas clínicas e afetar diferentes órgãos do corpo.
A actinomicose pode assumir diferentes formas e sintomas dependendo da localização específica. No contexto da classificação internacional de doenças, o CID (Código Internacional de Doenças) para a actinomicose é o CID 10: A42.
É importante ressaltar que, apesar de sua natureza crônica, a actinomicose é uma condição tratável, geralmente respondendo bem a terapias antibióticas específicas direcionadas à bactéria. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para controlar eficazmente essa infecção e prevenir complicações associadas.
A infecção por actinomicose se instala principalmente quando ocorre uma abertura ou rompimento na superfície dos tecidos, permitindo que os microrganismos alcancem tecidos mais profundos e desprotegidos contra sua presença.
Esta condição, caracterizada por sua diversidade de formas clínicas, pode variar em várias partes do corpo, cada uma apresentando características distintas.
Além da A. israelli a doença pode ser causada pelas espécies:
- A. viscosus;
- A. pyogenes;
- A. naeslundii;
- A. odontolyticus;
- A. meyeri;
- A. viscosus;
- A. bovis.
As áreas mais afetadas frequentemente incluem a região bucal, onde a interação entre a bactéria e os espaços entre dentes e gengiva pode desencadear o início da infecção. Além disso, a atuação do Actinomyces israelii nas amígdalas, no intestino e na vagina pode levar à diversidade clínica da doença.
Causas
A actinomicose não é uma doença contagiosa de pessoa para pessoa. Sua transmissão ocorre quando a bactéria Actinomyces israelii, que normalmente faz parte da microbiota bacteriana normal da boca, garganta, intestino e trato genital, invade tecidos mais profundos devido a uma quebra na integridade da mucosa ou da pele.
A infecção geralmente ocorre quando há uma ruptura na barreira natural do corpo, permitindo que os micro-organismos entrem em tecidos mais profundos.
Tipos
- Cervicofacial: esta variante impacta o rosto, a boca e o pescoço, frequentemente associada a doenças periodontais. A infecção pode se disseminar para áreas como bochechas, língua, garganta, ossos do rosto e pescoço, e, em casos mais graves, pode atingir o cérebro ou as meninges;
- Torácica: afeta a região torácica e é resultado da aspiração de secreções orais contaminadas;
- Abdominal: ocorre quando a bactéria atinge intestinos, apêndice e peritônio, muitas vezes devido a traumas ou rompimentos na mucosa;
- Uterina (ou Pélvica): caracterizada quando uma bactéria atinge e se propaga pelo útero, frequentemente associada a complicações ao dispositivo intra-uterino (DIU);
- Generalizada: Em casos raros, os microrganismos podem entrar na corrente sanguínea, disseminando-se para órgãos como cérebro, pulmões, fígado, coluna vertebral, rins, coração e, nas mulheres, órgãos do sistema reprodutor.
Sintomas
As lesões típicas da actinomicose são caracterizadas por áreas endurecidas, formada por pequenos abscessos interconectados, envoltos por tecido de granulação.
A actinomicose se destaca por sintomas específicos, variando de acordo com a forma de manifestação da doença.
Cervicofacial
Inchaços, geralmente indolor, sob a mucosa oral ou da pele do pescoço. Progressivamente, surgem áreas amolecidas, desenvolvendo-se seios e fístulas que drenam os grânulos de enxofre.
Pode afetar várias regiões, incluindo bochechas, língua, faringe, glândulas salivares, ossos cranianos, meninges ou cérebro, principalmente por extensão direta.
Abdominal
Caracterizado por dor abdominal, febre, vômitos, diarreia ou constipação. Desenvolvimento de massas abdominais que podem causar sinais de obstrução intestinal parcial, com possível drenagem de seios e fístulas para a parede abdominal externa.
Pélvica
Em pacientes que utilizam DIU, manifesta-se com corrimento vaginal e dor pélvica ou na região inferior do abdome.
Torácica
Pode ocorrer perfuração da parede torácica, levando à formação de seios de drenagem crônicos.
Generalizada
Sintomas variados podem ocorrer, como dor dorsal, cefaléia e dor abdominal, dependendo dos órgãos afetados.
A infecção pode disseminar-se para vários órgãos, incluindo corpos vertebrais, cérebro, fígado, rins e órgãos pélvicos em mulheres.
Medicamentos para a Actinomicose |
Medicação
O tratamento efetivo da actinomicose requer uma administração cuidadosa de antibióticos, geralmente através de grandes doses de penicilina e tetraciclina.
Embora a maioria dos pacientes apresente resposta positiva a essa classe de medicamentos, a eficácia é muitas vezes afetada pela lenta reação devido à estrutura das lesões e à sua vascularização limitada. A extensa enduração tecidual demanda tempo para a efetiva erradicação bacteriana e a restauração completa da saúde.
O tratamento com a penicilina visa combater a infecção e promover a recuperação. Devido à persistência da infecção e à possibilidade de outros patógenos coexistentes, a ampliação dos antibióticos para cobrir diversos agentes infecciosos é uma prática comum.
O progresso do tratamento deve ser monitorado de perto, ajustando-se, se necessário, a escolha dos antibióticos com base na resposta clínica e nos resultados de culturas.
Tratamento
Além do emprego de antibióticos, diversas abordagens terapêuticas podem ser consideradas para o tratamento da actinomicose.
Uma delas é a drenagem de abscessos, o procedimento alivia a acumulação de pus e facilita a remoção de material infectado.
A drenagem efetiva contribui para a redução da carga bacteriana, acelerando o processo de cicatrização e minimizando o risco de complicações.
Em casos mais complexos, procedimentos cirúrgicos tornam-se necessários para a remoção de fístulas e abscessos persistentes, permitindo a excisão completa das áreas afetadas e contribuindo para a prevenção de recidivas.
No caso específico da actinomicose pélvica associada ao uso de DIUs, a remoção do dispositivo é um passo crucial no tratamento.
Quando a doença pélvica se estende significativamente, medidas mais invasivas podem ser necessárias. Isso inclui a drenagem de abscessos intra-abdominais, muitas vezes acompanhada de procedimentos como histerectomia e salpingo-ooforectomia.
Essas intervenções são destinadas a controlar a disseminação da infecção e mitigar os danos aos órgãos afetados.
O tratamento da actinomicose muitas vezes envolve uma abordagem interdisciplinar, com a colaboração de cirurgiões, infectologistas e outros profissionais de saúde. A troca de informações entre especialidades garante uma gestão abrangente da condição.
Preocupações comuns
Continue lendo para saber as principais dúvidas sobre o assunto!
O que causa a actinomicose?
A Actinomicose é uma infecção incomum cujo agente etiológico principal é representado por diversas espécies do gênero Actinomyces, com destaque para a Actinomyces israelii.
Estas bactérias, sendo anaeróbicas, têm a capacidade de sobreviver em ambientes com pouco oxigênio e são frequentemente encontradas nos espaços interdentais, na interface, gengiva, amígdalas e nas mucosas do intestino e da vagina.
Como diagnosticar actinomicose?
O diagnóstico preciso da actinomicose combina aspectos clínicos com procedimentos laboratoriais específicos, focando na identificação do agente etiológico, principalmente A. israelii e outras espécies de Actinomyces.
A suspeita inicial da actinomicose muitas vezes surge com base na apresentação clínica do paciente. A confirmação diagnóstica é alcançada por meio de microscopia e cultura.
Amostras obtidas de escarro (preferencialmente por endoscopia), pus ou biópsia são examinadas para identificar a presença do microorganismo ou outras espécies de Actinomyces.
Em casos mais complexos a realização de uma biópsia pode ser necessária. A análise histopatológica da amostra de biópsia permite uma avaliação detalhada dos tecidos, contribuindo para um diagnóstico mais preciso.
A actinomicose pode afetar os animais?
Sim, embora seja mais prevalente em bovinos e suínos, é capaz de afetar cães e gatos. No cenário de interação entre microrganismos e hospedeiros, a actinomicose exibe uma notável capacidade de adaptar-se a diferentes espécies.
Bovinos e suínos devido às suas características e ambientes nos quais são criados, tornam-se frequentemente expostos a condições que propiciam o crescimento das bactérias do gênero Actinomyces.
Frequentemente mantidos em pastagens extensas, onde o contato direto com o solo e a vegetação pode facilitar a exposição a microrganismos presentes no ambiente. A Actinomyces em solo contaminado torna-se uma ameaça potencial.
Referências
- Manuais MSD edição para profissionais (2023)— Actinomicose - Doenças infecciosas ;
- Prof. Ricardo Santiago Gomez (2021)— Actinomicose;
- Minuto Saudável (2022) — Actinomicose: o que causa, como se contrai e tratamentos;
- Rev Odonto (2010)— Actinomicose cervicofacial: relato de caso clínico.