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Remédios para Anemia

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O que é Anemia?

Anemia é uma condição definida quando o organismo apresenta uma quantidade reduzida de glóbulos vermelhos saudáveis ou uma concentração inadequada de hemoglobina no sangue.

A hemoglobina é uma proteína encontrada nas hemácias (células vermelhas do sangue), que são responsáveis por transportar oxigênio dos pulmões para os tecidos. Sendo uma parte extremamente importante para o corpo, as consequências do seu comprometimento são perigosas.

A falta de oxigenação afeta diversos tecidos e órgãos do corpo, resultando em uma variedade de sintomas, como: fadiga, falta de ar, palidez, vertigem, tonturas e batimento cardíaco acelerado. Eles podem variar de leves a intensos, dependendo do tipo e da gravidade da anemia.

Os tipos principais de anemia são:

  • Anemia Ferropriva (ou por carência de ferro);
  • Anemia Perniciosa;
  • Anemia Aplástica;
  • Anemias Hemolíticas;
  • Anemia por doenças crônicas.

A anemia mais frequente é a anemia ferropriva, causada pela carência de ferro. Estima-se que mais de 90% das anemias sejam causadas por deficiência desse nutriente. Ele é fundamental para a produção das hemoglobinas, auxiliando no transporte de oxigênio.

O diagnóstico da doença é geralmente feito por meio de exames de sangue que avaliam a quantidade de glóbulos vermelhos, hemoglobina e outros parâmetros relacionados. Quando identificado o tipo e as razões do distúrbio, é possível  iniciar o tratamento apropriado.

Tipos e causas

As anemias podem ser divididas em alguns tipos conforme a causa.

Anemia ferropriva

A anemia ferropriva é causada pela deficiência de ferro no corpo, um nutriente fundamental para a realização de várias funções básicas do organismo. Por exemplo, ele possibilita que as hemácias desempenhem suas atividades.

Muitos fatores podem provocar essa carência, tais como alimentação inadequada, má absorção de ferro pelo organismo, hemorragias e menstruação com fluxo intenso. Toda vez que os estoques de ferro do organismo estão muito baixos, a anemia ferropriva ou anemia por carência de ferro se desenvolve.

Além dos sintomas clássicos de uma anemia, aparecem também: unhas fracas ou em forma de colher, rachaduras e úlceras nos cantos da boca, língua inchada ou dolorida e vontade de comer gelo ou terra.

A anemia ferropênica é tratada com a introdução nutricional, por administração oral ou parenteral, de compostos com ferro e, se necessário, transfusão de hemácias.

Anemia perniciosa

Na anemia perniciosa há uma incapacidade do organismo de absorver a porção necessária de vitamina B12, causada quando o corpo não produz uma substância chamada “fator intrínseco” em quantidade suficiente.

Fator intrínseco é uma proteína que, ao se ligar à vitamina B12, permite a sua absorção no intestino delgado, sendo importante para a produção de hemácias.

As causas estão associadas a má alimentação, histórico familiar, cirurgias, homocistinúria, certos tipos de tratamentos e algumas doenças digestivas.

A deficiência de vitamina B12 pode manifestar-se através de sintomas como fraqueza muscular, reflexos mais lentos, perda de equilíbrio e dificuldade em manter uma marcha estável. Em casos mais severos, pode levar a confusão mental, perda de memória, depressão e até mesmo demência.

Anemia aplástica

Surge quando há diminuição total das células do sangue produzidas pela medula óssea, em decorrência de danos às células-tronco. Esses danos podem ser por quimioterapia, radioterapia, exposição a substâncias tóxicas, distúrbios autoimunes (por exemplo o lúpus) e infecções virais.

Sintomas específicos deste tipo de anemia incluem: sangramento prolongado, sangramentos nasais frequentes e na gengiva, equimoses espontâneas (quando a pele fica roxa em algumas áreas, mesmo sem sofrer trauma), além do aumento da frequência e da gravidade de infecções.

Anemias hemolíticas

A anemia hemolítica é um grupo de doenças caracterizadas pela destruição acelerada dos glóbulos vermelhos (eritrócitos) no organismo e pela dificuldade da medula óssea em produzir glóbulos vermelhos que, por motivos diferentes, estão sendo destruídos em tempo prematuro. 

Podem ser separadas em: 

  • Hereditária: São anemias causadas por alterações genéticas transmitidas dos pais para os filhos, como por exemplo, a anemia falciforme;
  • Adquirida: Essa forma de anemia ocorre devido a causas adquiridas, como infecções virais, reações transfusionais, certos medicamentos, exposição a toxinas ou doenças autoimunes secundárias. O sistema imunológico é capaz de produzir anticorpos que atacam e destroem os glóbulos vermelhos. 

Anemia por doenças crônicas

Pode ser provocada pela presença de doenças autoimunes, câncer, doenças infecciosas, insuficiência renal crônica, HIV/AIDS, tuberculose e outras patologias. Nessas condições, a pessoa corre risco maior de apresentar uma baixa produção de glóbulos vermelhos.

Sintomas

De modo geral, a anemia tem como principal sintoma o cansaço devido ao menor transporte de oxigênio às células e tecidos. Pacientes com anemia aguda, por exemplo, apresentam como característica principal uma queda na pressão arterial, devido à redução do volume de sangue.

Os sinais clássicos da anemia variam dependendo do tipo e da gravidade da condição, mas alguns sintomas comuns incluem:

  • Fadiga e fraqueza;
  • Palidez;
  • Indisposição;
  • Enfraquecimento dos cabelos e unhas;
  • Falta de ar e dificuldade respiratória;
  • Tontura e vertigem;
  • Cefaleia;
  • Alteração da pressão arterial;
  • Taquicardia (coração acelerado).

É recomendável buscar avaliação médica para obter um diagnóstico adequado e receber o tratamento apropriado.

Complicações

Algumas complicações podem ocorrer quando a anemia não é devidamente tratada. No caso do tipo falciforme, por exemplo, pode haver um impacto em alguns órgãos, causando infarto agudo do miocárdio, doença renal crônica, embolia pulmonar e acidente vascular cerebral.

Além disso, a anemia é capaz de reduzir a qualidade de vida, já que a fadiga, fraqueza e outros sintomas podem ter um impacto significativo na capacidade de realizar atividades diárias, interferindo nas relações sociais e profissionais.

Diagnóstico

O diagnóstico da anemia geralmente envolve exames que permitem analisar a quantidade de hemoglobina e hemácias no sangue. A partir dos valores apontados e da análise dos sintomas, o médico poderá analisar se o caso é um quadro anêmico.

Porém, poderá também ser solicitada uma avaliação completa, incluindo histórico médico, exame físico e diversos testes laboratoriais. Um clínico geral pode fazer o exame e diagnóstico, mas para o tratamento ou para um diagnóstico diferencial, outros especialistas podem colaborar, tais como pediatras, hematologistas e nutricionistas.

Os principais testes laboratoriais são:

  • Contagem de glóbulos vermelhos (hemácias) e hemoglobina;
  • Hematócrito;
  • Contagem de reticulócitos;
  • Exame de esfregaço de sangue periférico;
  • Dosagem de ferritina e outros marcadores de ferro;
  • Dosagem de vitamina B12 e ácido fólico.

Tratamento

O tratamento da anemia pode variar dependendo da causa e da condição, com procedimento personalizado para cada paciente. Porém, na maior parte dos casos, está vinculado em aumentar a ingestão de ferro e vitamina B12 e fazer o uso de suplementos.

Se a anemia for causada por deficiência de ferro, o médico responsável pode prescrever suplementos de ferro de ingestão oral. É fundamental ter a consciência de tomá-los somente com prescrição médica para evitar doses excessivas ou inadequadas.

Quando causada por outras condições, como perda de sangue, úlceras ou sangramento menstrual intenso, é importante tratar a causa subjacente. Isso pode envolver medicações, procedimentos cirúrgicos e outras intervenções.

Se atingir um estágio grave, com baixos níveis de hemoglobina ou quando há risco de complicações graves, pode ser necessário recorrer a transfusões de sangue para repor as células sanguíneas.

Prevenção

Nem todas as formas de anemia podem ser prevenidas, no caso de anemias causadas por alterações autoimunes e genéticas, como a ferropriva e por deficiência de vitamina B12. Porém, existem casos onde o controle é por meio de uma alimentação saudável e suplementação nutricional, quando necessário.

O consumo de uma dieta rica em fontes de ferro, vitamina B12 e ácido fólico fornecem os nutrientes necessários para a produção saudável de glóbulos vermelhos. A vitamina B12 pode ser adquirida em dietas ricas em produtos derivados do leite, cereais, produtos de soja e carnes

A ingestão de ácido fólico (ou vitamina B9) é um outro meio fundamental para prevenir a anemia, e está presente em vegetais verde-escuros folhosos, em ervilhas, feijões, grãos, amendoim, pão, cereais e arroz.

Para evitar a doença, também é importante considerar o consumo de cálcio. No entanto, é recomendado que a ingestão de alimentos ricos em ferro e cálcio seja feita de acordo com as recomendações prescritas por um médico ou nutricionista.


Quais são os primeiros sinais de anemia?

Os primeiros sintomas da anemia podem variar dependendo do tipo e da gravidade da condição, mas são comuns relatos de fraqueza, falta de energia, dificuldade respiratória, tontura, palpitações, dores de cabeça e palidez . 

Quando a anemia é leve, os sintomas são proporcionais à sua intensidade, mas nos casos mais graves, podem ser mais frequentes e intensos. 

Seus sinais também estão relacionados a doenças e outras condições de saúde, deficiências nutricionais, doenças crônicas ou autoimunes, sangramento excessivo, doenças da medula óssea e distúrbios crônicos do fígado.

Quando é que a anemia é grave?

Vários fatores podem influenciar na gravidade da anemia, incluindo a causa subjacente, condição hereditária ou adquirida. Ela também pode estar relacionada à taxa de desenvolvimento da doença e à capacidade do organismo de compensar a deficiência de glóbulos vermelhos. 

Geralmente, a gravidade da anemia é determinada pela concentração de hemoglobina. O quadro preocupante é capaz de ser observado no resultados de exames diagnósticos. No casos das mulheres, o estado é considerado grave se a hemoglobina estiver abaixo de 11 g/dL, e em homens,que 12 g/dL, o que impede a realização de cirurgias.

O que a anemia pode causar se não for tratada?

Se a anemia não for tratada pode causar uma série de problemas e complicações, algumas delas incluem: fadiga e fraqueza crônicas, comprometimento cognitivo, insuficiência cardíaca e aumento do risco de infecções.

Um dos principais pontos é a sensação de cansaço extremo, podendo impedir que a pessoa doente realize tarefas como trabalhar, estudar e outras atividades do dia a dia.

A anemia não tratada em mulheres grávidas pode aumentar o risco de complicações, como parto prematuro, baixo peso do bebê ao nascer e problemas de desenvolvimento fetal.

O que não se pode comer quando se tem anemia?

Quando se tem anemia, é essencial adotar uma alimentação equilibrada e saudável, rica em nutrientes que ajudem a combater a deficiência de glóbulos vermelhos.

De maneira geral, não é recomendado alimentos com baixo teor de ferro ou até mesmo comidas que podem inibir a sua absorção. Isso inclui processados ​​e refinados, como bolos, biscoitos e salgadinhos, refrigerantes, cafés e bebidas alcoólicas.

É indispensável buscar orientação médica ou de um nutricionista para um plano alimentar individualizado, levando em consideração a causa específica da anemia e outras condições de saúde.

Quem tem anemia pode ser vegano?

Com um planejamento cuidadoso na alimentação, é possível uma pessoa vegana suprir as necessidades nutricionais e evitar a anemia. Ao excluir o consumo de produtos de origem animal, arrisca-se não obter certos nutrientes para prevenir ou tratar a anemia, como ferro e vitamina B12. 

Porém, há uma variedade de alimentos para uma dieta vegana saudável que contribui para a prevenção da anemia, por exemplo: vegetais verdes escuro, cereais, aveia, soja, grão de bico, lentilha e ervilha. Além destes, há muitos outros que podem ajudar na síntese de células vermelhas.

Seja uma pessoa vegana ou não, em caso de anemia, é preciso buscar ajuda profissional para complementar a alimentação, possibilitando uma melhora na saúde.

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