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HPV: o que é, sintomas e prevenção

Definição e causas

HPV é a sigla para o Papilomavírus Humano. Ele é responsável pela infecção sexualmente transmissível (IST) mais comum em todo o mundo.

Essa infecção é causada a partir da transmissão do vírus, que geralmente ocorre por via sexual. Em casos mais raros, ele pode ser passado da mãe para o bebê durante o parto.

Sintomas

A infecção por HPV pode ser manifestada por meio de verrugas que aparecem na região genital. Elas podem ser visíveis ou não, com tamanho variado, e se apresentarem de forma única ou múltipla. Em alguns casos, podem causar coceira no local.

Lesões visíveis geralmente não são cancerígenas. As não visíveis, chamadas de subclínicas, podem ter maior risco de evoluírem para um câncer.

Nos homens, os locais mais afetados pelas verrugas são a glande (cabeça do pênis) e no ânus. Já nas mulheres, surgem na vulva, vagina e no colo do útero, além de também no ânus. 

Em ambos, as lesões podem ainda aparecer na boca ou na garganta, embora seja mais raro.

Além disso, há casos assintomáticos em que a pessoa está infectada pelo vírus mas não apresenta nenhum sinal no corpo. Esse fator pode aumentar o risco de transmissão, já que o indivíduo não sabe que é portador do HPV.

O tempo entre a infecção e o início dos sintomas é muito variado. Geralmente, gira em torno de 2 a 8 meses para que as verrugas surjam.

Mas é possível que fiquem até 20 anos sem que apareçam, o que mantém o indivíduo assintomático até que alguma alteração no organismo reduza sua resistência e multiplique o vírus, gerando as verrugas.

Riscos

Dentre os riscos decorrentes da infecção pelo vírus HPV, o principal é o surgimento de câncer desencadeado pelas lesões.

O mais comum é o câncer de colo de útero. Na grande maioria dos casos, ele surge em decorrência de alguns tipos de HPV, principalmente o 16 e 18.

Neste contexto, a realização do exame Papanicolau periodicamente é importante, não para prevenir a infecção, mas para detectar o mais cedo possível a presença de lesões no colo do útero que podem ser cancerígenas.

Câncer nas regiões da garganta, vagina, vulva e ânus também podem ser causados pelo HPV. Ele pode surgir em qualquer lugar em que as verrugas estão, ainda que o mais comum seja no colo de útero.

Diagnóstico

O processo para diagnosticar a presença da infecção por HPV se dá a partir da percepção das lesões. Ao identificá-las, é preciso realizar um exame do tipo PCR para saber qual variação do vírus está presente no corpo.

É necessário também fazer uma biópsia que analisa as lesões para saber se há um câncer se desenvolvendo a partir delas ou se existem chances disso acontecer no futuro.

O exame Papanicolau também é feito nesse momento, assim como outros que examinam a região anal, verificando a presença de lesões na vagina, no colo do útero ou no anus.

Tratamento

Não há tratamento para a infecção por HPV em si. Apesar disso, é comum que o próprio organismo elimine o vírus por meio das ações de defesa do sistema imunológico.

O tratamento foca nas lesões, onde podem ser administrados medicamentos de uso tópico. Elas também podem ser removidas por outros tipos de terapia, como via laser, congelamento, eletrocauterização ou cirurgia.

Prevenção

O HPV é transmitido principalmente por via sexual. Por isso, o uso de preservativos é uma forma de prevenção, tanto o masculino quanto o feminino.

Porém, ainda que ele seja indispensável, já que protege contra outras infecções sexualmente transmissíveis, a camisinha não é capaz de evitar totalmente o contágio. Isso porque as lesões decorrentes da infecção podem se dar em lugares que o preservativo não alcança.

Vacina contra o HPV

A principal forma de evitar a infecção pelo vírus HPV é por meio da vacina. Ela é capaz de evitar a ação dos tipos mais comuns do vírus.

A vacinação contra o HPV faz parte do calendário do Sistema Único de Saúde. Ela é oferecida principalmente a pessoas com idade entre 9 e 14 anos. Alguns outros grupos com idade além dessa também podem ser vacinados.

É possível também tomar a vacina pela rede de saúde privada. Para isso, é importante buscar orientação médica antes.

Os tipos mais comuns do vírus HPV são os 6, 11, 16 e 18, que são os que estão cobertos pela vacinação ofertada pela rede pública. Outras vacinas abrangem tipos variados, e elas podem ser adquiridas pelo próprio paciente.

Medicação

A principal medicação relacionada ao HPV é a preventiva, ou seja, a vacina.

O principal tipo é a vacina quadrivalente, que protege contra o Papilomavírus Humano dos tipos 6, 11, 16 e 18. Estes são os mais comuns e previnem não só a infecção, mas também a evolução para algum tipo de câncer relacionado.

Pode ainda ser utilizada a vacina nonavalente, desenvolvida para abranger o vírus HPV dos tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58.

HPV tem cura?

Sim, a infecção pelo vírus HPV tem cura, mas ela não se dá por meio de medicamentos. Os antivirais disponíveis não são capazes de eliminar o vírus do corpo. É o próprio organismo que, na maioria dos casos, consegue combatê-lo.

Para isso, o sistema imunológico precisa estar fortalecido. As chances são maiores em pessoas mais jovens, e geralmente em até 2 anos o HPV já pode ter sido eliminado.

O HPV é perigoso?

O principal perigo da infecção pelo vírus HPV é o surgimento de câncer a partir das lesões geradas pela IST. Um outro agravante é que ele pode ser transmitido de pessoa para pessoa sem que os envolvidos saibam, já que o portador pode não apresentar sintomas e não saber da existência do HPV em seu organismo.

Referências

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