Osteoporose: o que é, sintomas, tratamento e mais!

O que é e o que causa a osteoporose?

A osteoporose é um distúrbio que acomete os ossos e provoca uma perda de sua densidade mineral. Assim, eles se tornam mais frágeis, já que sua massa vai sendo reduzida, e podem ocorrer quebras com pouco esforço.

Esta é a principal causa de fraturas em pessoas a partir dos 50 anos de idade, e atinge mais mulheres do que homens. A doença não tem cura, mas é possível realizar o tratamento e evitar um agravamento da condição.

A causa da osteoporose geralmente pode estar associada a alguns dos fatores de risco para a redução da massa óssea. Alguns deles são:

• Mais de 60 anos de idade;
• Histórico familiar;
• Menopausa;
• Baixos níveis de testosterona;
• Baixa ingestão de cálcio;
• Presença de doenças como artrite reumatoide, diabetes, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo e doenças digestivas;
• Tratamento contra câncer de mama ou de próstata;
• Tratamento com glicocorticoides;
• Uso de álcool;
• Tabagismo;
• Sedentarismo;
• Períodos de imobilização do osso.

Sintomas

A osteoporose não é uma doença que apresenta sintomas claros. Muitas vezes, o diagnóstico só acontece após uma lesão óssea.

A fratura por fragilidade é a principal manifestação da osteoporose, sendo a vertebral a mais comum, embora em outros locais, como quadril, braço e costela, também seja um indicativo.

Redução de altura, diminuição do peso corporal e quedas frequentes também são possíveis sinais da doença.

Diagnóstico: qual é o exame feito para diagnosticar a osteoporose?

O principal exame utilizado nesse contexto é a densitometria óssea. É um tipo de radiologia que faz a leitura da região do corpo em questão e coleta as informações de densidade mineral do osso. O sistema gera uma imagem e faz um cálculo que é apresentado ao final do exame.

Um acompanhamento médico é essencial, pois, diante de algum sinal da doença ou da presença de fatores de risco, cabe ao profissional da saúde fazer a análise deles e realizar o exame para comprovar a osteoporose ou descartar essa possibilidade.

Quanto antes a condição for detectada, melhor será o tratamento e as chances de manter a qualidade de vida dos pacientes.

Tratamento

O tratamento da osteoporose consiste na junção de medidas medicamentosas e não medicamentosas para evitar o avanço da doença.

Uma das principais medidas é a realização de exercícios físicos, principalmente de sustentação de peso, que, além de fortalecerem a musculatura, contribuem para o aumento da densidade óssea.

Para pacientes já fraturados, o protocolo é engessar a região afetada, repouso e as medicações receitadas pelo médico, que irão auxiliar na reconstrução óssea.

Medicação

O cálcio e vitamina D são substâncias importantes para a saúde óssea. A vitamina D é responsável pela absorção de cálcio no intestino. Por sua vez, o cálcio fornece ao osso rigidez e resistência, complementando o papel da vitamina D na saúde óssea. A combinação destas duas substâncias está disponível em suplementos em várias doses e formas de administração.

Médicos podem indicar tratamentos preventivos para pacientes com predisposição. Os medicamentos geralmente utilizados são alendronato de sódio e ibandronato de sódio, que agem inibindo a reabsorção óssea mediada pelos osteoclastos.

Para mulheres na pós-menopausa, é indicado o uso de terapia de reposição hormonal, pois o estrogênio tem ação de proteção sobre o tecido ósseo.

Qual é o principal risco da osteoporose?

Os principais riscos associados à osteoporose estão relacionados às fraturas, que podem ser graves a ponto de colocar a vida em risco, ou gerar danos físicos irreversíveis.

Além disso, podem causar deformidades, comorbidades, perda de força muscular e redução das atividades diárias.

Tudo isso pode gerar um impacto emocional e social grande, especialmente se há a diminuição da capacidade funcional do paciente.

Prevenção

Existem algumas medidas que podem ser adotadas para reduzir a chance de aparecimento da doença.

Uma das principais é uma dieta rica em cálcio, que é um nutriente fundamental para a manutenção dos ossos. Alimentos que possuem esse mineral em grande quantidade são leite e derivados, verduras com folhas verdes-escuras, peixes, leguminosas e oleaginosas, como castanha-do-pará e noz.

Outro ponto importante é a prática de atividade física. Entre os muitos benefícios oferecidos pelo exercício, está o aumento da resistência física, fator que fortalece a estrutura óssea.

Ao falar de prevenção, também é importante destacar que as quedas devem ser prevenidas para aqueles que já receberam o diagnóstico da doença.

Evitar deixar coisas no chão, utilizar calçados confortáveis e antiderrapantes, instalar corrimãos e barras de segurança são formas de manter um ambiente mais seguro para os pacientes, especialmente quando possuem idade já avançada.

Preocupações comuns

Veja mais algumas dúvidas comuns relacionadas à osteoporose.

Como é a dor da osteoporose?

A doença geralmente não provoca dores, ainda que os ossos estejam afetados. Este é um dos fatores que torna o diagnóstico mais difícil, já que muitas pessoas têm a doença mas não sabem ainda. Neste caso, a dor surge apenas quando há uma fratura óssea.

Como recuperar a perda de massa óssea?

Embora não seja possível alcançar a cura, pode-se melhorar a densidade óssea ou reduzir sua perda, controlando o avanço da doença. A ingestão de cálcio e de vitamina D é uma das formas de fazer isso, assim como a prática de exercícios de fortalecimento.

É importante que todo o tratamento seja acompanhado por profissionais capacitados, que vão indicar a melhor terapia de acordo com cada caso.

Referências

• Manual Brasileiro de Osteoporose (2021) — Editora Científica Clannad;
• Osteoporose (2022) — Sociedade Brasileira de Reumatologia;
• Densitometria óssea: saiba para que serve e como é feita (2023) —  Minuto Saudável.