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    Bula do Fenofibrato Ranbaxy

    Princípio Ativo:Fenofibrato

    Classe Terapêutica:Fibratos

    Karime Halmenschlager Sleiman
    Revisado clinicamente por: Karime Halmenschlager Sleiman.Atualizado em: 24 de Abril de 2025.

    Qual a ação da substância do Fenofibrato Ranbaxy?

    Resultados de Eficácia


    Comprimido / Cápsula

    A eficácia terapêutica do Fenofibrato micronizado, uma vez ao dia, foi avaliada em estudos comparativos e não comparativos em pacientes com dislipidemia IIa, IIb, III ou IV e separadamente em pacientes com diabetes ou síndrome metabólica. A maioria dos estudos incluiu um período sem fármaco ou placebo em conjunção com controle dietético por 1 a 4 meses, antes do início do fármaco ativo.

    Em estudo duplo-cego, controlado por grupo paralelo e placebo, 189 pacientes foram randomizados em 3 grupos:

    • Placebo, Fenofibrato micronizado e Fenofibrato não micronizado 100mg, 3x/dia.

    Depois de 3 meses, a análise “intent-to-treat” indicou sucesso (conforme avaliado pelo número de pacientes que experimentaram redução de colesterol > 15%) significativamente maior no grupo de Fenofibrato micronizado (71,9%) do que com placebo em reduzir o colesterol total (-18%), LDL – colesterol (-22%), triglicérides (-19%) e apolipoproteína B (-24%).

    Os efeitos modificadores de lipídios do Fenofibrato micronizado foram comparados com as estatinas disponíveis incluindo sinvastatina, lovastatina pravastatina e atorvastatina. Estes estudos incluíram duração de tratamento de 2 a 4 meses. Avaliação da mudança dos níveis de lipoproteínas no fim de cada estudo mostrou uma diminuição significativamente maior em comparação aos valores basais dos níveis de triglicérides com Fenofibrato micronizado do que com qualquer estatina em pacientes com ambos os tipos IIa e IIb. O Fenofibrato geralmente levou a um maior aumento no HDL colesterol, particularmente em pacientes do tipo IIb (até 34% com Fenofibrato versus 11% com sinvastatina)4. Fenofibrato micronizado foi geralmente menos efetivo na diminuição do LDL colesterol do que a sinvastatina 20mg e atorvastatina 10mg, mas teve uma eficácia similar à pravastatina 20 a 40mg e lovastatina 20mg.

    Referências Bibliográficas

    1 - Berthezere F. Comparative placebo controlled study of 2 fenofibrate formulations 3x 100mg/day fenofibrate and 1x 200mg/day micronized fenofibrate. Internal report CFEN 88 02 FR 90 02, March 1990.
    2 - Farnier M. Six month, double-blind, comparative trial of fenobibrate 200 M versus simvastatin in patients with primary hyperlipidaemia IIa or IIb. Internal report CFEN 89 04 FR 91 02, October 1991.
    3 - Farnier M, Bonnefous F, Debbas N, Irvine A. Comparative efficacy and safety of micronized fenofibrate and simvastatin in patients with primary type IIa or IIb hyperlipidaemia. Arch Inter Med 1994; 154: 441-449.
    4 - Steinmetz A, Schawarz T, Hehnke U, et al. Multicenter comparison of micronised fenofibrate and simvastatin in patients with primary type Iia or Iib hyperlipoproteinaemia. J Cardiovasc Pharmacol 1996; 27:563-570.
    5 - De Lorgeril M. Single center, double-blind and parallel-group controlled clinical study of cardiac function in coronary patients with dyslipidemia treated for 12 weeks with 200mg/dy micronized fenofibrate or 20mg/day simvastatin. Internal report CFEN 93 05 FR 98 02. November 1998, revised in October 1999.
    6 - De Lorgeril M, Salen P, Bontemps L et al. Effects of lipid-lowering drugs on left ventricular function and exercise tolerance in dyslipidemic coronary patients. J Cardiovasc Pharmacol 1999; 33: 473-478.
    7 - Weisweiler P. Comparison of the efficacy of a 200mg fenofibrate formulation with lovastatin. Internal report CFEN 89 03 WG 90 02, September 1990.
    8 - Vanhaelst L. Multicenter, parallel group, double-blind clinical trial comparing the efficacy and safety of 200mg micronized fenofibrate and 20mg pravastatin administered during 3 or 6 months to patients with type IIa and IIb dyslipidaemis. Internal report CFEN 90 06 EU 98 02, December 1998.
    9 - Ducobu J, Vanhaelst L, Pometta D, et al. A randomized double-blind, comparative, multinational study on lipid-lowering effects of 200mg micronized fenofibrate or 20mg pravastatin in type II dyslipidemic patients. 66th European Atherosclerosis Society, July 13-17, 1996, Florence (Italy).
    10 - Bairaktari ET, Tzallas CS, Tsimihodimos VK et al. Comparison of the efficacy of atorvastatin and micronized fenofibrate in the treatment of mixed hyperlipidaemia. Journal of Cardiovascular Risk 1999; 6: 113-116.
    11 - The effect of 12 weeks treatment with micronized fenofibrate 200mg compared to atorvastatin 10mg on HDL-cholesterol in patients with dyslipidemia. A multi-centre, randomized, open trial. Internal report CFEN 97 04 WO 01 02; November 2001.
    12 - Despres JP, Lemieux I, Salomon H and Delaval D. Effects of micronized fenofibrate versus atorvastatin in the treatment of dyslipidaemic patients with low plasma HDL-cholesterol levels. A 12-week randomized trial. J Intern Med 2002; 251: 490-499.
    13 - Lemieux I, Salomon H, Despres JP. Contribution of apo CIII reduction to the greater effect of 12 week micronized fenofibrate than atorvastatin therapy on triglyceride levels and LDL size in dyslipidemic patients. Ann Med 2003; 35: 442-448.
    14 - Krempf M, Luc G, Le Malicot K, Ansquer J. Effect of fenofibrate and atorvastatin on LDL particle distribution: a randomized study in hypercholesterolemic patients. Abstract: W02.113. Citation: Atherosclerosis Supplements 2004; 5:26.

    Exclusivo comprimido

    O estudo FIELD, trouxe um melhor entendimento dos benefícios clínicos do Fenofibrato, além de representar um marco em relação aos estudos clínicos, porque foi o maior estudo realizado em pacientes com diabetes tipo 2 (n=9795) e sem eventos cardiovasculares prévios (7664, 78%), jamais antes estudados.

    Este estudo avaliou 9795 pacientes com diabetes tipo 2, com um controle glicêmico geral bom, durante 5 anos, que tinham seus níveis de colesterol e de triglicérides normais ou próximos do normal, e, portanto, não haveria a necessidade de um tratamento hipolipemiante. O critério principal de avaliação foi verificar se o uso de Fenofibrato reduziria o número de infarto do miocárdio (fatal ou não fatal). Como critério secundário avaliou-se outros eventos cardiovasculares maiores como, por exemplo, acidente vascular cerebral (AVC), bem como todos os outros eventos cardiovasculares. E, como critério terciário, analisou-se a progressão de doença renal, a necessidade de tratamento com laser de retinopatia (diabetes) e amputações. O Fenofibrato foi associado com 11% de redução no “endpoint” primário (primeiro infarto não fatal ou morte por doença coronariana) (P = 0,16). Os níveis substancialmente maiores de estatina usados no grupo placebo podem ter mascarado alguns efeitos benéficos do Fenofibrato. Porém, quando ajustado para o uso de estatinas, o Fenofibrato foi associado com uma redução de 19% no “endpoint” primário (P = 0,01). Verificou-se também que o Fenofibrato foi associado com uma redução significante de 11% nos eventos coronarianos totais (P = 0,35) e que, quando ajustado para o uso de estatinas, o Fenofibrato foi associado com uma redução de 15% nos eventos coronarianos totais (P = 0,004). O Fenofibrato reduziu significativamente os índices de infarto do miocárdio não fatal em 24% (P = 0,010), a revascularização coronariana em 21% (P = 0,003), os eventos microvasculares (progressão para albuminuria e necessidade de tratamento a laser para retinopatia). O Fenofibrato foi geralmente bem tolerado mesmo em terapias concomitantes (mesmo na combinação Fenofibrato-estatina).

    Um estudo mais recente (ACCORD Lipid) com o Fenofibrato avaliou pacientes com diabetes tipo 2 que receberam tratamento com sinvastatina associado com placebo ou Fenofibrato. Neste estudo, não houve redução de desfechos cardiovasculares com a associação de Fenofibrato à sinvastatina, no entanto os níveis basais de triglicérides não eram muito elevados, o que poderia justificar parte da perda de benefício com o fibrato. Análise de subgrupos deste estudo evidenciou que indivíduos com níveis de triglicérides acima de 204 mg/dL concomitante a níveis de HDL-C abaixo de 34 mg/dL apresentaram benefício como uso de Fenofibrato. Metanálise de 2010 comprovou redução de risco de evento cardiovascular global em 10% e coronariano em 13%, com o uso de fibratos.

    Referências Bibliográficas

    1 - FIELD Study Investigators. Effects of long-term fenofibrate therapy on cardiovascular events in 9795 people with type 2 diabetes mellitus (the FIELD study): randomized controlled trial. Lancet 2005; 366:1849-61.
    2 - Keech AC, Mitchell P, Summanen PA, et al; FIELD study investigators. Effect of fenofibrate on the need for laser treatment for diabetic retinopathy (FIELD study): a randomized controlled trial. Lancet 2007;370:1687-97.
    3 - Burgess D, Hunt D, Li LP, et al; on behalf of the FIELD Investigators. Effects of fenofibrate on silent myocardial infarction, hospitalization for acute coronary syndromes and amputation in type 2 diabetes: the Fenofibrate Intervention and Event Lowering in Diabetes (FIELD) study. Circulation 2007;116 (Suppl II): 838 (abstract 3693).
    4 - Scott R, d’Emden M, Best J, et al; on behalf of the FIELD Investigators. Features of metabolic syndrome identify individuals with type 2 diabetes mellitus at high risk for cardiovascular events and greater absolute benefits of fenofibrate. Circulation 2007;116 (Suppl II): 838 (abstract 3691).
    5 - The ACCORD Study Group. Effects of combination lipid therapy in type 2 diabetes mellitus. N Engl J Med, 2010;362:1563-74.
    6 - Jun M, Foote C, Lv J, et al. Effects of fibrates on cardiovascular outcomes: a systematic review and meta-analysis. Lancet, 2010;375:1875-84.
    7 - The ACCORD Study GroupAbstract 19724: Hypertriglyceridemia and Low HDL-C Predicts Fenofibrate Response in The ACCORD-Lipid Trial. Circulation. 2010; 122: A19724.

    Características Farmacológicas


    Propriedades farmacodinâmicas

    O Fenofibrato é um derivado do ácido fíbrico cujos efeitos de modificação de lipídios relatados em seres humanos são mediados através da ativação dos Receptores Ativados da Proliferação de Peroxissomos (PPARα).

    Através da ativação do PPARα, o Fenofibrato aumenta a lipólise e a eliminação de partículas aterogênicas ricas em triglicérídes do plasma por ativação da lipoproteína lipase e redução da produção da apoproteína CIII. A ativação do PPARα também induz o aumento da síntese das apoproteínas AI e AII.

    Os efeitos supramencionados do Fenofibrato sobre as lipoproteínas levam a uma redução das frações de baixa densidade (VLDL e LDL) contendo a apoproteina B e um aumento das frações de lipoproteínas de alta densidade (HDL) contendo as apoproteinas AI e AII.

    Além disso, pela modulação da síntese e do catabolismo das frações VLDL, o Fenofibrato aumenta a depuração dos LDL e reduz a taxa de LDL pequena e densa. As taxas de LDL pequenas e densas estão frequentemente aumentadas nos pacientes com risco de doença coronária (Perfil Lipídico Aterogênico).

    Nos estudos clínicos com o Fenofibrato, a redução do colesterol total foi de 20 a 25%, a de triglicérides de 40 a 55% e as taxas de colesterol HDL aumentaram de 10 a 30%.

    Nos pacientes hipercolesterolêmicos para os quais as taxas de colesterol LDL diminuíram de 20 a 35%, o efeito global sobre o colesterol leva a uma diminuição da relação colesterol total sobre colesterol HDL, colesterol LDL sobre colesterol HDL ou Apo B sobre Apo AI, que são todos os marcadores do risco aterogênico.

    Os depósitos de colesterol extra vasculares (xantomas tendinosos e tuberosos) podem regredir de modo importante ou até mesmo desaparecer totalmente com o tratamento com Fenofibrato.

    Os pacientes que apresentam altas taxas de fibrinogênio e foram tratados com Fenofibrato mostraram uma redução significativa deste parâmetro, assim como aqueles apresentando taxas elevadas de Lp(a). Outros marcadores de inflamação, tais como a Proteína C-Reativa, são reduzidas com o tratamento com Fenofibrato.

    O efeito uricosúrico do Fenofibrato leva a uma redução de aproximadamente 25% dos níveis de ácido úrico que deve ser um benefício adicional para os pacientes dislipidêmicos com hiperuricemia.

    Um efeito antiagregante plaquetário do Fenofibrato tem sido demonstrado em animais e em um estudo clínico que evidenciou uma diminuição da agregação plaquetária provocada pelo ADP, ácido araquidônico e epinefrina.

    Efeitos do Fenofibrato na redução da progressão das complicações microvasculares em pacientes com diabetes tipo 2 foram comprovados em estudos internacionais randomizados, controlados por placebo.

    Propriedades farmacocinéticas

    Absorção

    As concentrações plasmáticas máximas (Cmax) são obtidas de 4 a 5 horas depois da administração oral. Em caso de tratamento continuo, estas concentrações são estáveis em qualquer indivíduo.

    A administração concomitante de alimento aumenta a absorção do Fenofibrato.

    Distribuição

    O ácido fenofíbrico está fortemente ligado à albumina plasmática (mais de 99%).

    Meia vida plasmática

    A meia vida de eliminação plasmática do ácido fenofíbrico é da ordem de 20 horas.

    Metabolismo e excreção

    Depois da administração oral, o Fenofibrato é rapidamente hidrolisado pelas esterases e se torna o metabólito ativo ácido fenofíbrico. Não é possível detectar Fenofibrato inalterado no plasma. Fenofibrato não é substrato para o CYP3A4. Não há envolvimento do metabolismo microssomal hepático. O medicamento é excretado essencialmente por via urinária. A eliminação do medicamento é quase completa em 6 dias. O Fenofibrato é principalmente excretado sob a forma de ácido fenofíbrico e de seus glucoronídeos conjugados. Nos pacientes idosos, a depuração plasmática aparente total não é modificada. Os estudos de cinética após administração de dose única e tratamento contínuo tem demonstrado a ausência de acumulação do medicamento.

    O ácido fenofíbrico não é eliminado pela hemodiálise.

    Os efeitos do Fenofibrato começam a ocorrer a partir da segunda semana de tratamento e são mantidos durante todo o tratamento.

    Exclusivo comprimido: Fenofibrato 160 mg, comprimidos revestidos de Fenofibrato micronizado é suprabiodisponível (biodisponibilidade aumentada) comparado com o Fenofibrato 200 mg cápsulas.

    Dados de segurança pré-clínica

    Estudos de toxicidade aguda não trouxeram informações relevantes sobre a toxicidade específica do Fenofibrato.

    Em três meses de estudo não clínico em ratos com ácido fenofíbrico oral, , o metabólito ativo do Fenofibrato, a toxicidade músculo esquelética (particularmente para fibras musculares tipo I – ricas em miofibrilas de oxidação lenta) e degeneração cardíaca, anemia e diminuição do peso corporal foram verificados em níveis de exposição ≥ 50 vezes a exposição humana para a toxicidade do esqueleto e > 15 vezes para a cardiomiotoxicidade.

    Úlceras reversíveis e erosões no trato gastrointestinal ocorreram em cães tratados durante 3 meses com exposições de aproximadamente 7 vezes a ASC clínica.

    Os estudos de mutagenicidade sobre o Fenofibrato se mostraram negativos. Em ratos e camundongos, foram observados tumores hepáticos com doses elevadas que foram atribuídas a uma proliferação dos peroxissomos. Estas manifestações são específicas de pequenos roedores e não foram observadas em outras espécies de animais. Ou seja, não há consequência para a utilização terapêutica no homem.

    Estudos nos camundongos, ratos e coelhos não revelaram nenhum efeito teratogênico. Efeitos embriotóxicos foram observados em níveis semelhantes aos da toxicidade materna. Uma prolongação do período de gestação e dificuldades durante o parto foi observada com doses elevadas. Não foram detectados efeitos na fertilidade em estudos de toxicidade reprodutiva não clínicos conduzidos com Fenofibrato, No entanto, hipospermia reversível, vacuolização testicular e imaturidade dos ovários foram observados em estudos de toxicidade dose-repetida com ácido fenofíbrico em cachorros jovens.

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    Consulta também aBula do Fenofibrato

    O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF- PR 39421). Última atualização: 18 de Março de 2025.

    Karime Halmenschlager Sleiman
    Revisado clinicamente por: Karime Halmenschlager Sleiman.Atualizado em: 24 de Abril de 2025.
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