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Bula do Polygonum hidropiper + Hamamelis virginiana + Davilla rugosa + Benzocaína + Epinefrina + Fenol + Mentol + Glicério de amilo

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 26 de Outubro de 2020.

Polygonum hidropiper + Hamamelis virginiana + Davilla rugosa + Benzocaína + Epinefrina + Fenol + Mentol + Glicério de amilo, para o que é indicado e para o que serve?

Este medicamento é destinado ao tratamento de hemorroidas internas ou externas e suas manifestações inflamatórias.

Quais as contraindicações do Polygonum hidropiper + Hamamelis virginiana + Davilla rugosa + Benzocaína + Epinefrina + Fenol + Mentol + Glicério de amilo?

É contraindicado em pacientes com conhecida hipersensibilidade ao medicamento e seus componentes.

Categoria de risco na gravidez D: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Este medicamento é contraindicado para uso em crianças.

Como usar o Polygonum hidropiper + Hamamelis virginiana + Davilla rugosa + Benzocaína + Epinefrina + Fenol + Mentol + Glicério de amilo?

Aplicar o medicamento pela manhã repetindo a aplicação após as evacuações e à noite ao deitar.

No tratamento de hemorroidas internas, usar o aplicador especial que acompanha o produto; retirar o aplicador após o uso e recolocar a tampa na bisnaga. Lavá-lo com água potável e sabão neutro após cada uso. Idosos podem apresentar maior sensibilidade ao produto devido à presença de Benzocaína, Epinefrina, Mentol e Fenol.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Polygonum hidropiper + Hamamelis virginiana + Davilla rugosa + Benzocaína + Epinefrina + Fenol + Mentol + Glicério de amilo?

O Fenol e o Mentol presentes na formulação do produto podem causar, em alguns pacientes hipersensíveis, reações como dermatites alérgicas de contato, e prurido. O mesmo pode ocorrer devido à presença de benzocaína, provocando reações do tipo I. Podem ocorrer reações ocasionais tais como: náusea, vômito, sudorese e irritabilidade.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Polygonum hidropiper + Hamamelis virginiana + Davilla rugosa + Benzocaína + Epinefrina + Fenol + Mentol + Glicério de amilo com outros remédios?

Interação Medicamento-Medicamento

Produz alterações quando em uso concomitante com bentiromida devido à presença de Benzocaína. O uso concomitante com medicamentos bloqueadores alfa-adrenérgicos ou com vasodilatadores pode provocar a diminuição do efeito da Epinefrina.

Interação Medicamento-exame laboratorial e não laboratorial

Interfere com o resultado da função pancreática se houver absorção da Benzocaína.

Quais cuidados devo ter ao usar o Polygonum hidropiper + Hamamelis virginiana + Davilla rugosa + Benzocaína + Epinefrina + Fenol + Mentol + Glicério de amilo?

Pacientes que não toleram os sulfitos podem ser intolerantes a preparações que contenham Epinefrina.

Deve-se avaliar o risco/benefício no caso de hemorroida com hemorragia. O mesmo prevalece para situações onde há infecção local, que pode causar a perda do efeito anestésico local.

Idosos podem apresentar maior sensibilidade ao produto devido à presença de Benzocaína, Epinefrina, Mentol e Fenol.

Em pacientes idosos observar as reações adversas, contraindicações e advertências e só fazer uso do medicamento sob orientação médica.

Não é recomendado o uso em pacientes epiléticos e que tenham distúrbios cardíacos devido à presença de Benzocaína e Epinefrina.

Não é recomendado o uso da pomada durante a gravidez e nem no período de lactação.

Estudos mostram que a Epinefrina pode atravessar a placenta. Em animais demonstrouse efeito teratogênico.

Informe também se está amamentando, pois a Epinefrina pode ser excretada no leite materno produzindo reações adversas no lactente.

Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento após o seu término.

Categoria de risco na gravidez D: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Qual a ação da substância do Polygonum hidropiper + Hamamelis virginiana + Davilla rugosa + Benzocaína + Epinefrina + Fenol + Mentol + Glicério de amilo?

Resultados de Eficácia


Um estudo clínico fase III avaliou a eficácia e segurança do Polygonum hidropiper + Hamamelis virginiana + Davilla rugosa + Benzocaína + Epinefrina + Fenol + Mentol + Glicério de amilo , em 59 indivíduos, sendo 30 do grupo ativo e 29 do grupo placebo. Observou-se que 90% dos voluntários obtiveram uma redução média de 74,5% dos sintomas de hemorroidas. Dada a melhora significativa do sintoma de inchaço e ao perfil de segurança apresentado, é possível afirmar que o medicamento quando administrado aos pacientes adultos com sintomas de doença hemorroidária, mostrou ser seguro e eficaz. (1)

Referência:

(1) Relatório Final de Estudo Clínico Fase III – Avaliação da Eficácia Clínica e da Segurança do Medicamento Pomada de Erva-de-Bicho Adrenalina e Hamamélis Composta Imescard®, Porto Alegre, 2009.

Características Farmacológicas


A Erva-de-bicho (Polygonum hidropiper), devido à presença de taninos em sua composição, possui ação sobre o ingurgitamento hemorroidal. Possui também ação antibiótica, anti-inflamatória e anti-hiperalgésica. (2)

A Hamamélis (Hamamelis virginiana) possui propriedades dessecante e adstringente, graças a sua composição rica em taninos e ácido gálico que agem sobre os vasos sanguíneos. É eficaz para tratamento de hemorroidas, inflamações na boca, faringe e pele, feridas e queimaduras.(3) Tradicionalmente é utilizada como adstringente, anti-inflamatório e hemostático local.(4) Em folhas de Davilla rugosa (Sambaíba) foram isolados os flavonoides miricetina-3-hamnoside, quercetina, quercetina-3-rhamnoside e caempferol.(5) A Davilla rugosa é utilizada como anti-inflamatório, antiúlcera, purgativo, estimulante e tônico.(6)

A Benzocaína atua bloqueando tanto a iniciação como a condução dos impulsos nervosos, mediante a diminuição da permeabilidade da membrana neural aos íons de sódio e desta maneira se estabilizam reversivelmente. Esta ação inibe a fase de despolarização da membrana neuronal, dando lugar a um potencial de ação de propagação insuficiente e ao conseguinte bloqueio da condução.

A Epinefrina atua nos receptores alfa-adrenérgicos da pele, membranas mucosas e vísceras, produzindo vasoconstrição. Esta ação diminui a velocidade de absorção vascular da Benzocaína, localizando deste modo, a anestesia, prolongando a duração da ação anestésica e diminuindo o risco de toxicidade devido à Benzocaína.

O Fenol possui ação antisséptica e desinfetante agindo sobre bactérias gram negativas e positivas, micobactérias e alguns fungos. No entanto, é pouco eficaz contra esporos. É absorvido através da pele e membranas mucosas, sendo metabolizado a fenilglucuronido e sulfato fenil, sendo que pequena porção é oxidada em catecol e quinol, nas quais são muitas vezes conjugadas; a excreção é feita pela urina. (7)

O Mentol possui efeito analgésico local, antisséptico, anti-inflamatório e antipruriginoso. Quando aplicado na pele, produz efeito rubefaciente, causando uma sensação de frescor seguida de efeito analgésico. Após a absorção o Mentol é excretado na urina e na bile na forma de glicuronido.(8)

Referências:

(2)ALVES, A, et al. Polygodial, the fungitoxic component from the Brazilian medicinal plant Polygonum punctatum, 2001.
(3) Heber, D. PDR For Herbal Medicines, 4ª Ed, Thomson, 2007, p. 906-907.
(4) MacKay, D. Hemorrhoids and Varicose Veins: A Review of Treatment Options. Alternative Medicine Review, V.6, N.2, 2001.
(5)Gurni AA, Kubtzki K 1981. Flavonoid chemistry and systematics of the Dilleniaceae. Biochem Syst Ecol 9: 09-114.
(6) Le Cointe P 1934. A Amazônia brasileira. Vol. 3. Belém: Livraria Clássica.
(7)Martindale; The Royal Pharmaceutical Society - The Extra Pharmacopoeia – Thirtyfirst Edition; p. 1724, 1725.
(8) Martindale; The Royal Pharmaceutical Society - The Extra Pharmacopoeia – Thirtyfirst Edition; p. 1140 – 1.142.

Fontes consultadas

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Pomada Imescard.

Doenças relacionadas

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 26 de Outubro de 2020.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 26 de Outubro de 2020.

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