Defina sua localização

Preços, ofertas e disponibilidade podem variar de acordo com a sua localização.


Bula do Colecalciferol + Menaeptenona

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 26 de Outubro de 2020.

Colecalciferol + Menaeptenona, para o que é indicado e para o que serve?

Colecalciferol + Menaeptenona é um medicamento à base de vitamina D + vitamina K, com altas dosagens, indicado no tratamento auxiliar da desmineralização (retirada de minerais) óssea pré e pós-menopausa, do raquitismo, da osteomalácia, da osteoporose e na prevenção de quedas e fraturas em idosos com deficiência de vitamina D.

Quais as contraindicações do Colecalciferol + Menaeptenona?

Colecalciferol + Menaeptenona é contraindicado para os pacientes que apresentam hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da formulação, hipervitaminose D, hipercalcemia, hiperparatireoidismo primário ou osteodistrofia renal com hiperfosfatemia.

Colecalciferol + Menaeptenona também é contraindicado para pacientes que fazem uso de anticoagulantes antagonistas da vitamina K (anticoagulantes cumarínicos: varfarina, fenprocumona, acenocumarol).

Como usar o Colecalciferol + Menaeptenona?

Os comprimidos de Colecalciferol + Menaeptenona devem ser utilizados apenas por via oral.

A quantidade de Colecalciferol + Menaeptenona necessária para prevenção e tratamento da desmineralização óssea (osteoporose) pré- e pós-menopausa, do raquitismo, da osteomalácia e na prevenção de quedas e fraturas em idosos com deficiência de vitamina D depende das concentrações séricas de 25[OH]D.

Sugerem-se as seguintes doses:

Concentração sérica de 25[OH]D < 20 ng/mL

Colecalciferol + Menaeptenona 7.000 UI de vitamina D3 + 100 mcg de vitamina K2

Ingerir 1 comprimido, por via oral, 1 vez por dia durante 6 a 8 semanas. Após esse período, seguir a posologia sugerida para manutenção das concentrações de 25[OH]D.

Concentração sérica de 25[OH]D entre 20 e 30 ng/mL

Colecalciferol + Menaeptenona 7.000 UI de vitamina D3 + 100 mcg de vitamina K2

Ingerir 5 comprimidos por semana, por via oral. Após esse período, seguir a posologia sugerida para manutenção das concentrações de 25[OH]D.

Manutenção da concentração sérica de 25[OH]D > 30 ng/mL

Colecalciferol + Menaeptenona 2.000 UI de vitamina D3 + 100 mcg de vitamina K2

Ingerir 1 comprimido, por via oral, 1 vez ao dia.

Em pacientes que apresentam malabsorção e/ou gastrectomia, a dose e a duração do tratamento dependem da capacidade de absorção de cada indivíduo. Doses elevadas de vitamina D diárias variando de 10.000 a 50.000 UI podem ser necessárias para atingir concentrações séricas adequadas de Vitamina D3. Para essas condições de malabsorção grave, pode ser necessária, após avaliação médica, a ingestão de 1 comprimido, por via oral, uma vez ao dia de Colecalciferol + Menaeptenona 50.000 UI de vitamina D3 + 100 mcg de vitamina K2 até que as concentrações séricas normais da Vitamina D sejam estabelecidas.

A escolha da posologia a ser utilizada deve ficar a critério médico, com base nas concentrações séricas de vitamina D e nas comorbidades apresentadas pelos pacientes.

Este medicamento não pode ser partido, aberto ou mastigado.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Colecalciferol + Menaeptenona?

Vitamina D3

  • Reações incomuns (> 1/1.000 e< 1/100): hipercalciúria;
  • Reações raras (>1/10.000 e <1/1.000): prurido, erupções cutâneas, urticária;
  • Reações cuja frequência não está determinada: tosse, dificuldade de deglutição, tontura, taquicardia, edema de pálpebra, face, lábios ou língua, sensação de aperto no peito, cansaço e fraqueza.

Vitamina K2

  • Reações cuja frequência não está determinada: náusea e dor abdominal.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos – VIGIMED, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Colecalciferol + Menaeptenona maior do que a recomendada?

Os sintomas de intoxicação aguda pela vitamina D3 são devidos à hipercalcemia e incluem confusão mental (que pode evoluir para coma), poliúria, polidipsia, anorexia, arritmias, vômitos e fraqueza muscular. A intoxicação crônica pode causar constipação, nefrocalcinose, desmineralização óssea e dor.

Na ocorrência de superdosagem, a administração de Colecalciferol + Menaeptenona deve ser imediatamente interrompida, instituindo-se tratamento sintomático e de suporte, como administração de soro fisiológico para a manutenção do débito urinário, entre outras, a depender da gravidade da hipercalcemia.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Colecalciferol + Menaeptenona com outros remédios?

Vitamina D3

  • Hidróxido de alumínio: a vitamina D3 pode aumentar as concentrações séricas de alumínio por aumentar sua absorção;
  • Sequestrantes do ácido biliar: podem diminuir as concentrações séricas de vitamina D3 por prejudicarem sua absorção. Por essa razão, os dois medicamentos devem ser administrados com várias horas de intervalo para minimizar o risco potencial de interação;
  • Sais de cálcio: podem aumentar o efeito hipercalcêmico da vitamina D3;
  • Glicosídeos cardíacos: a vitamina D3 pode aumentar o efeito arritmogênico dos glicosídeos cardíacos;
  • Danazol: pode aumentar o efeito hipercalcêmico da vitamina D3;
  • Óleo mineral: pode diminuir as concentrações séricas de vitamina D3 por interferir com sua absorção; os dois medicamentos devem ser administrados com várias horas de intervalo;
  • Flúor: pode aumentar a toxicidade da vitamina D3;
  • Orlistate: pode diminuir as concentrações séricas de vitamina D3 por interferir com sua absorção; os dois medicamentos devem ser administrados com pelo menos duas horas de intervalo;
  • Sucralfato: a vitamina D3 pode aumentar a absorção de alumínio do sulcrafato, aumentando suas concentrações séricas;
  • Diuréticos tiazídicos: podem aumentar o efeito hipercalcêmico da vitamina D3;
  • Outros análogos de vitamina D: podem aumentar a toxicidade da vitamina D3.

Vitamina K2

  • Anticoagulantes cumarínicos (varfarina, fenprocumonam acenocumarol): esses medicamentos antagonizam a atividade da vitamina K, levando à depleção dos fatores de coagulação dependentes da vitamina K. Os pacientes que tomam essa classe de anticoagulantes precisam manter uma ingestão constante de vitamina K com alimentos e suplementos, porque mudanças bruscas na ingestão de vitamina K podem aumentar ou diminuir o efeito anticoagulante;
  • Sequestrantes de ácido biliar: podem diminuir as concentrações séricas de vitamina K por prejudicarem sua absorção. Por essa razão, os dois medicamentos devem ser administrados com várias horas de intervalo para minimizar o risco potencial de interação;
  • Orlistate: pode diminuir as concentrações séricas de vitamina K por interferir com sua absorção.

Quais cuidados devo ter ao usar o Colecalciferol + Menaeptenona?

Colecalciferol + Menaeptenona deve ser administrado com cautela em paciente com insuficiência renal, calculose renal e doença cardiovascular, que apresentam maior risco de dano a órgãos-alvo caso ocorra hipercalcemia.

Colecalciferol + Menaeptenona também deve ser administrado com cautela em pacientes com insuficiência hepática, que têm maior risco de apresentar toxicidade pela vitamina D.

Durante o tratamento com Colecalciferol + Menaeptenona as concentrações plasmáticas de cálcio e de fósforo devem ser medidas periodicamente.

Uso em idosos

Não existem restrições ou cuidados especiais quanto ao uso do produto por pacientes idosos.

Uso durante a gravidez e a lactação

Categoria de risco na gravidez: C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Qual a ação da substância do Colecalciferol + Menaeptenona?

Resultados de Eficácia


Papadimitropoulos e cols. (2002) realizaram uma meta-análise para avaliar a eficácia da vitamina D3 na prevenção da osteoporose; foram incluídos 25 estudos clínicos controlados e randomizados com mulheres na pós menopausa recebendo vitamina D (com ou sem suplementação de cálcio, n=4.017) ou não recebendo vitamina D (n=4.107). A vitamina D reduziu a incidência de fraturas vertebrais [risco relativo (RR) 0,63, intervalo de confiança (IC) de 95% de 0,45-0,88; p=0,01)] e mostrou uma tendência à redução na incidência de fraturas não vertebrais (RR 0,77; IC 95% 0,57-1,04; p=0,09).

Bischoff-Ferrari e cols. (2005) realizaram uma meta-análise para estimar a eficácia da suplementação de vitamina D na prevenção de fraturas de quadril e de fraturas não vertebrais; foram incluídos 12 estudos clínicos controlados e randomizados com indivíduos > 60 anos recebendo vitamina D (com ou sem suplementação de cálcio) versus suplementação de cálcio ou placebo. Cinco estudos avaliaram fraturas de quadril (n = 9.294) e 7 avaliaram risco de fratura não vertebral (n = 9.820). A suplementação oral de vitamina D entre 700 a 800 UI/dia reduziu o risco de fraturas do quadril e de fraturas não vertebrais em idosos.

Kalyani e cols. (2010) realizaram uma meta-análise com o objetivo de avaliar o efeito da terapia com vitamina D na prevenção de quedas em idosos; foram incluídos 10 estudos clínicos randomizados e controlados com indivíduos ≥60 anos que receberam vitamina D versus tratamento com cálcio ou placebo. Na análise agrupada, a terapia com vitamina D (200 -1.000 UI) resultou em redução de 14% (RR de 0,86; IC de 95% de 0,79–0,93; heterogeneidade de 7%) nas quedas em relação ao tratamento com cálcio ou placebo.

Huang e cols. (2015) realizaram uma meta-análise para avaliar o papel da vitamina K2 na prevenção e no tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa; foram incluídos 19 estudos clínicos controlados e randomizados com mulheres saudáveis na pós-menopausa com ou sem osteoporose (n=6.759) que receberam suplementação oral de vitamina K2 (n=3.364) ou uma intervenção sem vitamina K2 ou placebo (n=.3.395). Seis estudos relataram alterações na DMO (desfecho primário) da coluna lombar no seguimento de médio prazo (6 meses), mostrando uma diferença significante neste sítio em favor da vitamina K2 (diferença média de 2,01; IC de 95% de 0,21 a 3,81, p = 0,03). A análise de subgrupos de participantes com osteoporose revelou uma diferença significante em favor da vitamina K2 (diferença média de 2,70; IC de 95% de 1,72 a 3,69, p < 0,00001). No longo prazo (12 meses ou mais), o grupo recebendo vitamina K2 manteve melhor a DMO da coluna lombar em toda a população (diferença média de 1,15; IC 95% de 0,22 a 2,07; p = 0,02), assim como no subgrupo com osteoporose (diferença média de 2,35; IC 95% 1,02 a 3,68; p = 0,0005). Também houve melhora na DMO do antebraço no grupo recebendo vitamina K2 em relação ao grupo controle (diferença média de 0,89; IC 95% 0,39 a 1,39; p = 0,0005).

Referências bibliográficas:

1. Papadimitropoulos E, Wells G, Shea B, Gillespie W, Weaver B, Zytaruk N, Cranney A, Adachi J, Tugwell P, Josse R, Greenwood C, Guyatt G; Osteoporosis Methodology Group and The Osteoporosis Research Advisory Group. Meta-analysis of the efficacy of vitamin D treatment in preventing osteoporosis in postmenopausal women. Endocr Rev. 2002 Aug;23(4):560-9.
2. Bischoff-Ferrari HA, Willett WC, Wong JB, Giovannucci E, Dietrich T, Dawson-Hughes B. Fracture prevention with vitamin D supplementation: a meta-analysis of randomized controlled trials. JAMA. 2005 May 11;293(18):2257-64.
3. Kalyani RR, Stein B, Valiyil R, Manno R, Maynard JW, Crews DC. Vitamin D treatment for the prevention of falls in older adults: systematic review and meta-analysis. J Am Geriatr Soc. 2010 Jul;58(7):1299-310.
4. Huang ZB, Wan SL, Lu YJ, Ning L, Liu C, Fan SW. Does vitamin K2 play a role in the prevention and treatment of osteoporosis for postmenopausal women: a meta-analysis of randomized controlled trials. Osteoporos Int. 2015 Mar;26(3):1175-86.

Características Farmacológicas 


A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel. A vitamina D3 é convertida enzimaticamente no fígado para 25-hidroxivitamina D (25-[OH]D), a principal forma circulante de vitamina D e, em seguida, esse composto é convertido no rim para 1,25-dihidroxivitamina D (1,25-[OH]2D), a forma ativa de vitamina D. A 1,25-[OH]2D liga-se a seu receptor intracelular (receptor de vitamina D) em tecidos-alvo e regula a transcrição de inúmeros genes; sua ação biológica mais importante é promover a diferenciação dos enterócitos e a absorção intestinal de cálcio. Outros efeitos incluem um estímulo (menor) para a absorção de fosfato intestinal, a supressão direta da liberação do paratormônio (PTH), a regulação da função dos osteoblastos e um efeito permissivo da ativação de osteoclastos induzida por PTH e consequente reabsorção óssea.

A vitamina D3 é prontamente absorvida a partir do intestino delgado proximal ou distal após administração oral quando a absorção de gordura é normal. A vitamina D desaparece do plasma com uma meia-vida de 19 a 25 horas, mas é armazenada no tecido adiposo por períodos prolongados. A meia-vida plasmática da 1,25-[OH]2D é estimada entre três e cinco dias em seres humanos.

A vitamina K consiste de um grupo de compostos lipossolúveis estruturalmente relacionados. As duas classes de vitamina K que ocorrem naturalmente são a vitamina K1 (filoquinonas), sintetizada por plantas e a vitamina K2 (menaquinonas), sintetizadas por bactérias, incluindo bactérias intestinais. A vitamina K é um cofator para a conversão enzimática de resíduos de ácido glutâmico (Glu) em ácido gamacarboxilglutâmico (Gla) em proteínas dependentes de vitamina K, tais como os fatores de coagulação (fatores VII, IX, X e protrombina) e as proteínas do tecido mineralizado osteocalcina (proteína Gla óssea) e proteína Gla da matriz. A osteocalcina é a proteína não colagênica mais abundante nos ossos que regula a mineralização, a maturação e a remodelação óssea. Ela possui três resíduos Glu que podem sofrer modificação para resíduos Gla; esses permitem a ligação aos íons cálcio, que é abolida quando os resíduos Gla são descarboxilados para resíduos Glu.

A vitamina K2 é absorvida rapidamente e de forma inalterada a partir do intestino delgado.

Concentrações séricas máximas foram observadas aproximadamente 4 horas após a ingestão, indicando que as doses foram bem absorvidas. Seguiu-se um declínio acentuado nas concentrações séricas e depois uma segunda fase entre 8 a 96 horas na qual a vitamina K2 manteve-se estável por até 4 dias ou mais.

Fontes consultadas

  • Bula do Profissional do Medicamento Inpruv D K®.

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 26 de Outubro de 2020.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 26 de Outubro de 2020.

Usamos cookies para melhorar sua experiência na CR. Consulte mais informações em nossa Política de Privacidade.