Fidegerp é indicado em pacientes com deficiência congênita de proteína C grave para prevenção e tratamento de púrpura fulminante, trombose venosa e para tratamento de necrose cutânea induzida por cumarina.
Fidegerp aumenta temporariamente os níveis de proteína C no corpo. A proteína C desempenha um papel importante na prevenção da formação de muitos coágulos sanguíneos no corpo. Fidegerp é para aqueles pacientes que não produzem proteína C suficiente ou cuja proteína C não funciona corretamente.
Fidegerp permite que o processo de coagulação do seu sangue funcione corretamente.
Não use Fidegerp a menos que seu médico confirme que você tem deficiência congênita de proteína C grave.
Informe o seu médico sobre todas as suas condições médicas.
Alérgico à proteína de camundongo ou heparina.
Se você tem reações do tipo alérgico (erupção cutânea, urticária, coceira, aperto no peito, dificuldade em respirar, aperto na garganta e pressão arterial baixa) à proteína de camundongo ou à heparina, converse com seu médico antes de usar este produto. Fidegerp contém pequenas quantidades de heparina e/ou proteína de camundongo como resultado do processo de fabricação.
Informe o seu médico sobre todos os medicamentos que está administrando, incluindo medicamentos com ou sem prescrição, vitaminas e fitoterápicos. Informe o seu médico se você estiver em uma dieta especial.
Fidegerp é administrado por administração intravenosa (infusão na veia). É administrado sob a supervisão de um médico com experiência na terapia de substituição de fatores/inibidores da coagulação e onde é possível monitorar a atividade da proteína C. A dose, frequência de administração e duração do tratamento variará dependendo da sua condição, idade e peso corporal. O seu médico pode exigir que você faça exames de sangue para ajudar a determinar a dose de Fidegerp que você deve utilizar.
Em casos raros e excepcionais, a infusão subcutânea de 250-350 UI/kg foi capaz de produzir níveis plasmáticos terapêuticos de proteína C terapêutica em pacientes sem acesso intravenoso.
Importante: Contate o seu médico se tiver qualquer problema com este procedimento. Estas instruções destinam-se apenas a ajudar os pacientes que foram instruídos pelo seu médico sobre a forma adequada de auto infundir o produto. Não tente fazer a auto infusão, a menos que tenha sido orientado(a) pelo seu médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Você pode contrair uma doença infecciosa, pois este medicamento é feito a partir de plasma humano.
No entanto, existem etapas na coleta do plasma e na produção de Fidegerp para diminuir essa possibilidade. Por exemplo, os doadores de sangue e plasma são testados para certas infecções virais.
Existem também etapas no processamento do plasma que podem inativar ou remover os vírus.
Fale com o seu médico antes de utilizar Fidegerp se estiver em dieta com baixo teor de sódio ou se tiver problemas nos rins, uma vez que a quantidade de sódio na dose diária máxima de Fidegerp excede 200 mg.
Fidegerp foi estudado em pacientes neonatais e pediátricos e apresentou resultados satisfatórios.
Não há dados suficientes para suportar que pessoas com 65 anos ou mais respondam de forma diferente das pessoas mais jovens.
Informe o seu médico se for gestante ou lactante. O seu médico decidirá se Fidegerp pode ser usado durante a gravidez e/ou amamentação.
Este medicamento não deve ser administrado por gestantes sem orientação médica ou do dentista.
Como todos os medicamentos, Fidegerp pode causar reações adversas, embora nem todas as pessoas as tenham.
Não foram observados anticorpos inibidores de Fidegerp, no entanto, o potencial de desenvolvimento não pode ser descartado.
Também houve relatos individuais, após a comercialização do medicamento, de inquietação, aumento da sudorese e reação no local da injeção.
Se desenvolver qualquer efeito colateral, incluindo algum não listado nesta bula, contate o seu médico.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Via intravenosa.
Uso adulto e pediátrico
Após reconstituição com 5 mL de água para injetáveis, cada frasco-ampola contém 100 UI/mL de proteína C.
Pó liofilizado: cloreto de sódio, citrato de sódio diidratados, albumina sérica.
Diluente: água para injetáveis.
Recomenda-se que seja utilizada a dose e a frequência de administração recomendadas pelo seu médico.
No caso da administração de mais Fidegerp do que o recomendado, informe o seu médico o mais rápido possível.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Não foram realizados estudos de interação medicamentosa com Fidegerp.
Informe o seu médico ou cirurgião-dentista se estiver administrando qualquer outro medicamento.
Não use medicamentos sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
A segurança e eficácia da Proteína C foram avaliadas em um estudo de fase 2/3 em sujeitos com deficiência congênita grave de proteína C para o tratamento de episódios trombóticos agudos, como púrpura fulminante (PF), necrose cutânea induzida por cumarina e outros eventos tromboembólicos vasculares, e para profilaxia de curto ou longo prazo. Dezoito sujeitos com idades entre recém-nascidos e 25 anos de idade participaram do estudo.
O desfecho primário de eficácia foi avaliar se os episódios de PF e/ou outros eventos tromboembólicos foram tratados de forma eficaz, eficaz com complicações ou não tratados de forma eficaz. Dos 18 episódios de PF (6 graves, 11 moderados, 1 leve) tratados com Proteína C para a classificação de eficácia primária, 17 (94,4%) foram classificados como eficazes e 1 (5,6%) foi classificado como eficaz com complicações; nenhum (0%) foi classificado como não eficaz. Quando comparados com as classificações de eficácia para 21 episódios de PF (grupo de controle histórico), os sujeitos com deficiência congênita grave de proteína C foram tratados com mais eficácia com Proteína C do que aqueles tratados com modalidades, como plasma fresco congelado ou anticoagulantes convencionais.
Tabela 1. Comparação das classificações de eficácia primária dos episódios de púrpura fulminante no estudo pivotal de controles históricos do concentrado de proteína C (humano)
- | Concentrado de proteína C (humano) | Controles históricos | |||
Tipo de Episódio | Classificação de eficácia primária | N | % | N | % |
Púrpura Fulminante | Eficaz | 17 | 94,4 | 11 | 52,4 |
Eficaz com complicação | 1 | 5,6 | 7 | 33,3 | |
Não eficaz | 0 | 0,0 | 3 | 14,3 | |
Total | 18 | 100 | 21 | 100 |
Em uma classificação secundária de eficácia, 13 (72,2%) dos 18 episódios de PF tratados com Proteína C foram classificados como excelentes, 4 (22,2%) foram classificados como bons e 1 (5,6%) episódio de FP grave foi classificado como regular; todos foram avaliados como eficazes. Quatro (80%) dos 5 episódios de trombose venosa tiveram classificações de tratamento excelentes, enquanto 1 (20%) foi classificado como bom. A Proteína C também demonstrou ser eficaz na redução do tamanho e do número de lesões cutâneas. As lesões cutâneas não necróticas cicatrizaram ao longo de um período máximo de 12 dias (mediana de 4 dias) e as lesões necróticas da pele cicatrizaram ao longo de um período máximo de 52 dias (mediana 11 dias) após o tratamento com Proteína C.
Alterações na extensão do trombo venoso também foram medidas para os 5 episódios tromboembólicos. A Proteína C preveniu um aumento na extensão do trombo durante 4 (80%) dos episódios tromboembólicos no Dia 3 de tratamento e 1 (20%) episódio no Dia 5 de tratamento. Todos os sete tratamentos de profilaxia de curto prazo com Proteína C estavam livres de complicações dos eventos de PF ou tromboembólicos.
Nenhum episódio de PF ocorreu em quatro participantes, variando de 42 a 338 dias de tratamento profilático de longo prazo com Proteína C. Quando não estavam em tratamento profilático e recebendo Proteína C sob demanda, os mesmos quatro sujeitos apresentaram um total de 13 (mediana de 3) episódios de PF em um intervalo de 19 a 323 dias. O tempo até o primeiro episódio de PF após a saída do tratamento de profilaxia de longo prazo variou de 12 a 32 dias para esses quatro sujeitos. 1
Foi realizado um estudo retrospectivo para obter informações de dosagem e dados dos resultados de tratamento em indivíduos com deficiência congênita grave de proteína C que foram tratados com Proteína C sob um Novo Medicamento Investigacional (IND) de uso emergencial. Onze sujeitos (6 homens e 5 mulheres), com idades entre 2,1 e 23,8 anos participaram deste estudo.
Houve 28 episódios agudos de Púrpura Fulminante (PF)/necrose cutânea induzida por varfarina (WISN) e trombo vascular relatados, nos quais o tempo de resolução variou de 0 a 46 dias. O resultado do tratamento para esses episódios foi classificado como eficaz em todos os casos, exceto em um.
Referências Bibliográficas
1. Manco-Johnson MJ, Bomgaars L, Palascak J, et al. Efficacy and safety of protein C concentrate to treat purpura fulminans and thromboembolic events in severe congenital protein C deficiency. Thromb Haemost. 2016;116(1):58-68.
A proteína C é uma glicoproteína anticoagulante dependente da vitamina K que é sintetizada no fígado. É convertida pelo complexo de trombina/trombomodulina na superfície endotelial em proteína C ativada (PCA). A PCA é uma serina protease com potentes efeitos anticoagulantes, principalmente na presença de seu cofator proteína S. A PCA exerce seu efeito pela inativação das formas ativadas dos fatores V e VIII o que leva à diminuição da formação de trombina. A PCA também demonstrou apresentar efeitos profibrinolíticos.
Em estudos clínicos, a administração intravenosa de Proteína C demonstrou um aumento temporário, aproximadamente meia hora após a administração, nos níveis plasmáticos da PCA.
A atividade plasmática da proteína C foi medida por ensaio cromogênico e/ou coagulação. As concentrações plasmáticas máximas (Cmax) e a área sob a curva (AUC) da concentração plasmática pelo tempo pareceram aumentar de forma linear entre 40 e 80 UI/kg. A recuperação incremental mediana foi de 1,42 [(UI/dL)/(UI/kg)] após administração intravenosa de Proteína C.
As meias-vidas medianas, baseadas no método não compartimental, variaram de 4,9 a 14,7 horas, com mediana de 9,8 horas.
As meias-vidas individuais variaram de 4,4 a 15,8 horas usando um modelo compartimental e um intervalo médio de 4,9 a 14,7 usando o modelo não compartimental.
Em pacientes com trombose aguda, tanto o aumento nos níveis plasmáticos de proteína C quanto a meia-vida podem ser consideravelmente reduzidos.
Não foram realizados estudos ou análises formais para avaliar o efeito de covariáveis como raça e sexo na farmacocinética de Proteína C.
O perfil farmacocinético em pacientes pediátricos não foi formalmente avaliado. Dados limitados sugerem que a farmacocinética de Proteína C pode ser diferente entre crianças muito pequenas e adultos. A exposição sistêmica (Cmax e AUC) pode ser consideravelmente reduzida devido a uma depuração mais rápida, maior volume de distribuição e/ou meia-vida mais curta da proteína C em crianças muito pequenas do que em indivíduos mais velhos. Considerar este fato quando for determinado um regime posológico para crianças. As doses devem ser individualizadas com base nos níveis de atividade da proteína C.
A proteína C contida na Proteína C é um constituinte normal do plasma humano e atua como a proteína C endógena. Portanto, estudos experimentais sobre efeitos tumorigênicos ou mutagênicos, particularmente em espécies heterólogas, não são considerados necessários.
A Proteína C não demonstrou potencial mutagênico no teste de Ames realizado.
Uma vez que os seres humanos tratados com concentrado de proteína C recebem proteína homóloga nativa, não são esperados efeitos adversos no sistema reprodutivo e na prole. Devido à resposta imune a proteínas heterólogas em animais após dosagem repetida e ao risco de reações de incompatibilidade com base em uma reação antígeno-anticorpo, os estudos de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento não seriam representativos para a situação em seres humanos.
Os testes de toxicidade em ratos e camundongos após uma dosagem única de 2.000 UI/kg ou 1.500 UI/kg, respectivamente, não demonstraram efeitos clínicos adversos ou descobertas patológicas graves 14 dias após a dosagem.
A investigação da tolerância à via de injeção demonstrou que Proteína C não resultou em reação local após injeções intravenosas, intraarteriais de 500 UI/kg (5 mL) e injeções paravenosas de 100 UI/kg (1 mL) em coelhos.
Conservar sob refrigeração entre 2°C a 8°C. Não congelar. Proteger da luz.
Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
A solução reconstituída deve ser usada dentro de 3 horas após a reconstituição.
Fidegerp é um pó branco ou creme que é misturado com a água fornecida na embalagem (água estéril para injeção) antes da injeção. Depois de misturar com a água estéril para injeção, a solução é incolor a ligeiramente amarelada e límpida a ligeiramente opalescente e livre de partículas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo o medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
M.S – 1. 0639.0306
Farm. Resp.:
Alex Bernacchi
CRF-SP 33.461
Importado por:
Takeda Pharma Ltda
Rodovia SP 340 S/N, km 133,5 Ed. Adm
Jaguariúna – SP
CNPJ: 60.397.775/0001-74
Fabricado por:
Takeda Manufacturing Áustria AG
Viena, Áustria
Venda sob prescrição médica.
Uso restrito a hospitais.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 13 de Abril de 2023