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Lipidil Micronizado 200mg, caixa com 30 cápsulas

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Isento de Prescrição Médica

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

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Bula do Lipidil Micronizado

Lipidil® é indicado para pacientes com alteração do colesterol (hipercolesterolemia tipo IIa e IIb) e/ou aumento dos níveis de triglicérides (trigliceridemia endógena tipo IV ou associada, tipos IIb e III):

  • Quando a dieta, rigorosamente seguida, demonstrou ser ineficaz;
  • Quando o colesterol sanguíneo, após a dieta, permanece alto e/ou há fatores de risco envolvidos.

O medicamento Lipidil® tem ação na redução do colesterol total, do colesterol LDL, triglicérides totais e triglicérides ricos em lipoproteína, substâncias estas comprovadamente prejudiciais ao sistema cardiovascular.

Lipidil® tem sua ação baseada na diminuição do colesterol ruim (LDL – low density lipoprotein, ou seja, lipoproteína de baixa densidade) e aumento do colesterol bom (HDL – high density lipoprotein, ou seja, lipoproteína de alta densidade). O LDL favorece os processos de enrijecimento de veias e artérias, aumentando o risco cardiovascular, enquanto o HDL favorece os transportes das gorduras do corpo para serem consumidas pelo fígado e posteriormente eliminadas.

O tempo médio estimado para a efetiva ação terapêutica do medicamento é de aproximadamente 6 a 8 semanas.

Lipidil® é contraindicado se você apresentar hipersensibilidade (alergia) ao princípio ativo e aos demais componentes da fórmula.

Lipidil® é contraindicado se você apresentar insuficiência hepática (problemas no fígado) e renal grave (problemas nos rins) e em crianças.

Se você apresentou reações fotoalérgicas ou fototóxicas (alergia ao sol ou luz) durante tratamento com fibratos ou cetoprofeno (anti-inflamatório), não deverá utilizar esse medicamento.

Esse produto é contraindicado se você tem problemas na vesícula, pancreatite (inflamação do pâncreas) aguda ou crônica com exceção de pancreatite aguda causada por hipertrigliceridemia severa.

Este medicamento é contraindicado para uso por crianças.

Você deve ser submetido a uma dieta de redução de gorduras antes de iniciar o tratamento com Lipidil® e deve continuar a dieta durante todo o tratamento.

Se após alguns meses de administração de fenofibrato (exemplo, 3 meses) os níveis de lipídios não forem reduzidos satisfatoriamente, seu médico poderá solicitar terapêutica complementar ou diferentes tratamentos.

Adultos

Tomar 1 cápsula de Lipidil® contendo 200 mg de fenofibrato micronizado a cada 24 horas (1 vez ao dia), durante o almoço ou jantar, fato que determina uma maior quantidade do fármaco disponível no organismo.

Idosos

Não é necessário o ajuste de dose em idosos.

Crianças

Este medicamento é contraindicado.

Pacientes com doenças hepáticas

Pacientes com doenças hepáticas não foram estudados.

A posologia máxima diária recomendada é de 1 cápsula de Lipidil®.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

Se esquecer de usar Lipidil® utilize o medicamento logo que lembrar. Se for quase hora da dose seguinte, não tome a dose faltante, apenas tome a próxima dose no próximo horário. Não dobre a dose.

Em caso de dúvidas, procure a orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Função hepática

Pode ocorrer o aumento de certas enzimas do fígado chamadas transaminases. Quando houver sintomas indicativos de hepatite, como por exemplo, icterícia (pele amarelada) e prurido (coceira), exames laboratoriais podem ser solicitados pelo seu médico para confirmação, e a descontinuação do tratamento com fenofibrato poderá ser considerada.

Pâncreas

Pancreatite (inflamação do pâncreas) tem sido reportada em pacientes que ingerem fenofibrato.

Muscular

Toxicidade muscular, incluindo casos muito raros de rabdomiólise (destruição muscular que pode levar à parada cardíaca), com ou sem falência renal, tem sido reportada com a administração de fibratos ou outros agentes redutores de lipídios. Há incidência do aumento dessas desordens no caso de hipoalbuminemia (queda de albumina, que é um tipo de proteína no sangue) e insuficiência renal prévia.

Toxicidade muscular deve ser suspeitada em pacientes com mialgias difusas (dores musculares), miosite (fadiga e inflamação muscular), cãibras musculares e fraqueza. Se você apresentar um destes sintomas durante o uso de Lipidil®, procure o seu médico imediatamente, pois ele irá avaliar a necessidade de interromper o tratamento.

Se você tiver fatores de pré-disposição para miopatia e/ou rabdomiólise, incluindo idade avançada (acima de 70 anos), com histórico pessoal ou familiar de desordens musculares hereditárias, insuficiência renal, hipotireoidismo (problemas na glândula da tireoide) e ingestão elevada de álcool, pode ocorrer um aumento do risco de desenvolvimento de rabdomiólise. Nesse caso, os riscos/benefícios do tratamento com fenofibrato devem ser cuidadosamente avaliados pelo seu médico.

O risco de toxicidade muscular pode ser aumentado se você utilizar outros fibratos ou o inibidor de HMG-CoA redutase, especialmente em casos de pré-existência de doenças musculares. Consequentemente, a coprescrição de fenofibrato com uma estatina ou outro fibrato deve ser reservada a pacientes com severa dislipidemia combinada e alto risco cardiovascular sem nenhuma história de doenças musculares. Essa terapêutica combinada deve ser utilizada com precaução e o paciente deve ser monitorado cuidadosamente para sinais de toxicidade muscular.

Causas secundárias de hiperlipidemia

Causas secundárias de hiperlipidemia, como diabetes mellitus tipo 2 descontrolada, hipotireoidismo, síndrome nefrótica (doença que afeta os rins caracterizada pela eliminação de proteínas através da urina, com diminuição nos níveis de albumina do plasma), disproteinemia (alteração dos níveis de proteínas plasmáticas no sangue), doença hepática obstrutiva, tratamento farmacológico e alcoolismo, devem ser adequadamente tratadas antes do tratamento com fenofibrato ser considerado.

Se você estiver com hiperlipidemia e ingerir estrógenos (medicamentos à base de hormônios femininos) ou contraceptivos que contêm estrógenos, deverá ser verificado se a hiperlipidemia é de natureza primária ou secundária (possível elevação dos valores de lipídios causada pelo estrogênio oral).

Função Renal

Seu médico poderá solicitar um monitoramento dos níveis de creatina para verificar se a função renal não está sendo prejudicada pela utilização do medicamento.

Este medicamento contém lactose. Se você apresentar raros problemas hereditários de intolerância à galactose (tipo de açúcar), deficiência de lactase ou má absorção de glicose-galactose, não deverá fazer uso deste medicamento.

Efeitos na capacidade de dirigir ou operar máquinas

Lipidil® não influencia na capacidade de dirigir ou operar máquinas.

Gravidez e lactação

Não há dados adequados para o uso de fenofibrato por mulheres grávidas. Estudos em animais não demonstraram nenhum efeito teratogênico (não causa má formação do feto). Efeitos embriotóxicos têm sido apresentados somente quando a dose é tóxica para a paciente grávida. Risco potencial para humanos é desconhecido. Lipidil® somente deve ser utilizado por grávidas após cuidadosa análise do risco/benefício.

Os fibratos (medicamentos utilizados para reduzir colesterol) não estão indicados para mulheres grávidas, a não ser nos casos de hipertrigliceridemia severa (> 10 g/L), não corrigida pela dieta, sob risco de provocar pancreatite aguda (inflamação do pâncreas).

Recomenda-se às mulheres que realmente necessitem receber o medicamento após o parto, que não amamentem.

Não há dados da excreção de fenofibrato e/ou seus metabólitos (substância produzida após metabolismo) no leite.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Se após um período de 3 a 6 meses de tratamento, não se evidenciar uma queda satisfatória nos níveis sanguíneos de lipídios, seu médico deve avaliar a conveniência de uma terapia suplementar ou substitutiva.

  • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): não foram relatadas reações muito comuns até o momento.
  • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): problemas gastrintestinais de moderado a severo como dores abdominais, náusea, vômito, diarreia e flatulência. Aumento das transaminases (enzimas do fígado).
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): cefaleia, tromboembolismo (embolismo pulmonar, trombose venosa profunda), pancreatite, colelitíase (presença ou formação de cálculos biliares), hipersensibilidade cutânea (rash, prurido e urticária), desordens musculares (mialgia, miosite, espasmo muscular e fraqueza), disfunção sexual e aumento da creatinina.
  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): diminuição da hemoglobina (glóbulos vermelhos do sangue), diminuição da contagem de células brancas (células de defesa), hipersensibilidade, hepatite, alopecia (queda de cabelo), reações de fotossensibilidade, aumento de ureia no sangue.
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): não foram relatadas reações muito raras até o momento.

Através dos dados disponíveis não pudemos classificar a reação quanto à frequência, porém há relatos de rabdomiólise, pneumopatia intersticial (doença pulmonar que ocorre no espaço entre as células alveolares e endoteliais), icterícia e complicações da colelitíase (por exemplo: colecistite, colangite e cólica biliar).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Cápsulas

Cada cápsula contém 200 mg de fenofibrato micronizado. Cartucho com 30 cápsulas.

Uso oral.

Uso adulto.

Cada cápsula contém:

Fenofibrato micronizado

200 mg

Excipientes q.s.p.

1 cápsula

Excipientes: laurilsulfato de sódio, lactose, amido, crospovidona, estearato de magnésio.

Não há casos de superdosagem nas doses recomendadas de fenofibrato. Nenhum antídoto específico é conhecido.

Não há um tratamento específico para a superdosagem com fenofibrato. Caso isso ocorra, procurar auxílio médico para tratamento sintomático. Fenofibrato não pode ser eliminado por hemodiálise.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Anticoagulante oral (por exemplo, varfarina)

Fenofibrato micronizado potencializa a ação dos anticoagulantes orais e aumenta o risco de hemorragias. Por isso, seu médico poderá reduzir a dose do anticoagulante para 1/3 da usual no início do tratamento, sendo depois ajustada gradualmente, se necessário.

Ciclosporina (medicamento imunossupressor, utilizado para reduzir rejeição de órgãos transplantados)

Alguns casos graves, reversíveis, de insuficiência da função renal têm sido reportados durante tratamento concomitante de fenofibrato e ciclosporina. A função renal desses pacientes deve ser cuidadosamente monitorada e o tratamento com fenofibrato deve ser interrompido nos casos de alterações graves dos parâmetros laboratoriais.

Inibidores de HMG-CoA redutase (estatinas) e outros fibratos

Risco de exacerbação dos efeitos adversos sobre os músculos é maior se o fenofibrato é utilizado concomitantemente com inibidores de HMG-CoA redutase (por exemplo, lovastatina, sinvastatina, pravastatina) ou outros fibratos (por exemplo, genfibrosila, bezafibrato, ciprofibrato). Assim, se estiver utilizando Lipidil® juntamente com algum destes medicamentos e apresentar sintomas de toxicidade muscular (com dores musculares difusas, fadiga e inflamação muscular, cãibras musculares e fraqueza), procure o seu médico imediatamente.

Glitazonas (medicamento utilizado para diminuir os níveis de açúcar no sangue)

Foram relatados alguns casos de redução paradoxal reversível de HDL-colesterol durante a administração concomitante de fenofibrato e glitazonas. Portanto, recomenda-se monitorar os níveis de HDL-colesterol caso um destes componentes seja adicionado ao outro e ambas as terapias devem ser interrompidas caso o nível de HDL-colesterol estiver muito baixo.

Outras terapias concomitantes

O potencial do fenofibrato/ácido fenofíbrico em afetar o metabolismo de outros fármacos não foi totalmente investigado. Desta forma, interações não podem ser previstas e recomenda-se precaução caso o fenofibrato seja utilizado em combinação com outros medicamentos.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Resultados de Eficácia


Comprimido / Cápsula

A eficácia terapêutica do Fenofibrato micronizado, uma vez ao dia, foi avaliada em estudos comparativos e não comparativos em pacientes com dislipidemia IIa, IIb, III ou IV e separadamente em pacientes com diabetes ou síndrome metabólica. A maioria dos estudos incluiu um período sem fármaco ou placebo em conjunção com controle dietético por 1 a 4 meses, antes do início do fármaco ativo.

Em estudo duplo-cego, controlado por grupo paralelo e placebo, 189 pacientes foram randomizados em 3 grupos:

  • Placebo, Fenofibrato micronizado e Fenofibrato não micronizado 100mg, 3x/dia.

Depois de 3 meses, a análise “intent-to-treat” indicou sucesso (conforme avaliado pelo número de pacientes que experimentaram redução de colesterol > 15%) significativamente maior no grupo de Fenofibrato micronizado (71,9%) do que com placebo em reduzir o colesterol total (-18%), LDL – colesterol (-22%), triglicérides (-19%) e apolipoproteína B (-24%).

Os efeitos modificadores de lipídios do Fenofibrato micronizado foram comparados com as estatinas disponíveis incluindo sinvastatina, lovastatina pravastatina e atorvastatina. Estes estudos incluíram duração de tratamento de 2 a 4 meses. Avaliação da mudança dos níveis de lipoproteínas no fim de cada estudo mostrou uma diminuição significativamente maior em comparação aos valores basais dos níveis de triglicérides com Fenofibrato micronizado do que com qualquer estatina em pacientes com ambos os tipos IIa e IIb. O Fenofibrato geralmente levou a um maior aumento no HDL colesterol, particularmente em pacientes do tipo IIb (até 34% com Fenofibrato versus 11% com sinvastatina)4. Fenofibrato micronizado foi geralmente menos efetivo na diminuição do LDL colesterol do que a sinvastatina 20mg e atorvastatina 10mg, mas teve uma eficácia similar à pravastatina 20 a 40mg e lovastatina 20mg.

Referências Bibliográficas

1 - Berthezere F. Comparative placebo controlled study of 2 fenofibrate formulations 3x 100mg/day fenofibrate and 1x 200mg/day micronized fenofibrate. Internal report CFEN 88 02 FR 90 02, March 1990.
2 - Farnier M. Six month, double-blind, comparative trial of fenobibrate 200 M versus simvastatin in patients with primary hyperlipidaemia IIa or IIb. Internal report CFEN 89 04 FR 91 02, October 1991.
3 - Farnier M, Bonnefous F, Debbas N, Irvine A. Comparative efficacy and safety of micronized fenofibrate and simvastatin in patients with primary type IIa or IIb hyperlipidaemia. Arch Inter Med 1994; 154: 441-449.
4 - Steinmetz A, Schawarz T, Hehnke U, et al. Multicenter comparison of micronised fenofibrate and simvastatin in patients with primary type Iia or Iib hyperlipoproteinaemia. J Cardiovasc Pharmacol 1996; 27:563-570.
5 - De Lorgeril M. Single center, double-blind and parallel-group controlled clinical study of cardiac function in coronary patients with dyslipidemia treated for 12 weeks with 200mg/dy micronized fenofibrate or 20mg/day simvastatin. Internal report CFEN 93 05 FR 98 02. November 1998, revised in October 1999.
6 - De Lorgeril M, Salen P, Bontemps L et al. Effects of lipid-lowering drugs on left ventricular function and exercise tolerance in dyslipidemic coronary patients. J Cardiovasc Pharmacol 1999; 33: 473-478.
7 - Weisweiler P. Comparison of the efficacy of a 200mg fenofibrate formulation with lovastatin. Internal report CFEN 89 03 WG 90 02, September 1990.
8 - Vanhaelst L. Multicenter, parallel group, double-blind clinical trial comparing the efficacy and safety of 200mg micronized fenofibrate and 20mg pravastatin administered during 3 or 6 months to patients with type IIa and IIb dyslipidaemis. Internal report CFEN 90 06 EU 98 02, December 1998.
9 - Ducobu J, Vanhaelst L, Pometta D, et al. A randomized double-blind, comparative, multinational study on lipid-lowering effects of 200mg micronized fenofibrate or 20mg pravastatin in type II dyslipidemic patients. 66th European Atherosclerosis Society, July 13-17, 1996, Florence (Italy).
10 - Bairaktari ET, Tzallas CS, Tsimihodimos VK et al. Comparison of the efficacy of atorvastatin and micronized fenofibrate in the treatment of mixed hyperlipidaemia. Journal of Cardiovascular Risk 1999; 6: 113-116.
11 - The effect of 12 weeks treatment with micronized fenofibrate 200mg compared to atorvastatin 10mg on HDL-cholesterol in patients with dyslipidemia. A multi-centre, randomized, open trial. Internal report CFEN 97 04 WO 01 02; November 2001.
12 - Despres JP, Lemieux I, Salomon H and Delaval D. Effects of micronized fenofibrate versus atorvastatin in the treatment of dyslipidaemic patients with low plasma HDL-cholesterol levels. A 12-week randomized trial. J Intern Med 2002; 251: 490-499.
13 - Lemieux I, Salomon H, Despres JP. Contribution of apo CIII reduction to the greater effect of 12 week micronized fenofibrate than atorvastatin therapy on triglyceride levels and LDL size in dyslipidemic patients. Ann Med 2003; 35: 442-448.
14 - Krempf M, Luc G, Le Malicot K, Ansquer J. Effect of fenofibrate and atorvastatin on LDL particle distribution: a randomized study in hypercholesterolemic patients. Abstract: W02.113. Citation: Atherosclerosis Supplements 2004; 5:26.

Exclusivo comprimido

O estudo FIELD, trouxe um melhor entendimento dos benefícios clínicos do Fenofibrato, além de representar um marco em relação aos estudos clínicos, porque foi o maior estudo realizado em pacientes com diabetes tipo 2 (n=9795) e sem eventos cardiovasculares prévios (7664, 78%), jamais antes estudados.

Este estudo avaliou 9795 pacientes com diabetes tipo 2, com um controle glicêmico geral bom, durante 5 anos, que tinham seus níveis de colesterol e de triglicérides normais ou próximos do normal, e, portanto, não haveria a necessidade de um tratamento hipolipemiante. O critério principal de avaliação foi verificar se o uso de Fenofibrato reduziria o número de infarto do miocárdio (fatal ou não fatal). Como critério secundário avaliou-se outros eventos cardiovasculares maiores como, por exemplo, acidente vascular cerebral (AVC), bem como todos os outros eventos cardiovasculares. E, como critério terciário, analisou-se a progressão de doença renal, a necessidade de tratamento com laser de retinopatia (diabetes) e amputações. O Fenofibrato foi associado com 11% de redução no “endpoint” primário (primeiro infarto não fatal ou morte por doença coronariana) (P = 0,16). Os níveis substancialmente maiores de estatina usados no grupo placebo podem ter mascarado alguns efeitos benéficos do Fenofibrato. Porém, quando ajustado para o uso de estatinas, o Fenofibrato foi associado com uma redução de 19% no “endpoint” primário (P = 0,01). Verificou-se também que o Fenofibrato foi associado com uma redução significante de 11% nos eventos coronarianos totais (P = 0,35) e que, quando ajustado para o uso de estatinas, o Fenofibrato foi associado com uma redução de 15% nos eventos coronarianos totais (P = 0,004). O Fenofibrato reduziu significativamente os índices de infarto do miocárdio não fatal em 24% (P = 0,010), a revascularização coronariana em 21% (P = 0,003), os eventos microvasculares (progressão para albuminuria e necessidade de tratamento a laser para retinopatia). O Fenofibrato foi geralmente bem tolerado mesmo em terapias concomitantes (mesmo na combinação Fenofibrato-estatina).

Um estudo mais recente (ACCORD Lipid) com o Fenofibrato avaliou pacientes com diabetes tipo 2 que receberam tratamento com sinvastatina associado com placebo ou Fenofibrato. Neste estudo, não houve redução de desfechos cardiovasculares com a associação de Fenofibrato à sinvastatina, no entanto os níveis basais de triglicérides não eram muito elevados, o que poderia justificar parte da perda de benefício com o fibrato. Análise de subgrupos deste estudo evidenciou que indivíduos com níveis de triglicérides acima de 204 mg/dL concomitante a níveis de HDL-C abaixo de 34 mg/dL apresentaram benefício como uso de Fenofibrato. Metanálise de 2010 comprovou redução de risco de evento cardiovascular global em 10% e coronariano em 13%, com o uso de fibratos.

Referências Bibliográficas

1 - FIELD Study Investigators. Effects of long-term fenofibrate therapy on cardiovascular events in 9795 people with type 2 diabetes mellitus (the FIELD study): randomized controlled trial. Lancet 2005; 366:1849-61.
2 - Keech AC, Mitchell P, Summanen PA, et al; FIELD study investigators. Effect of fenofibrate on the need for laser treatment for diabetic retinopathy (FIELD study): a randomized controlled trial. Lancet 2007;370:1687-97.
3 - Burgess D, Hunt D, Li LP, et al; on behalf of the FIELD Investigators. Effects of fenofibrate on silent myocardial infarction, hospitalization for acute coronary syndromes and amputation in type 2 diabetes: the Fenofibrate Intervention and Event Lowering in Diabetes (FIELD) study. Circulation 2007;116 (Suppl II): 838 (abstract 3693).
4 - Scott R, d’Emden M, Best J, et al; on behalf of the FIELD Investigators. Features of metabolic syndrome identify individuals with type 2 diabetes mellitus at high risk for cardiovascular events and greater absolute benefits of fenofibrate. Circulation 2007;116 (Suppl II): 838 (abstract 3691).
5 - The ACCORD Study Group. Effects of combination lipid therapy in type 2 diabetes mellitus. N Engl J Med, 2010;362:1563-74.
6 - Jun M, Foote C, Lv J, et al. Effects of fibrates on cardiovascular outcomes: a systematic review and meta-analysis. Lancet, 2010;375:1875-84.
7 - The ACCORD Study GroupAbstract 19724: Hypertriglyceridemia and Low HDL-C Predicts Fenofibrate Response in The ACCORD-Lipid Trial. Circulation. 2010; 122: A19724.

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

O Fenofibrato é um derivado do ácido fíbrico cujos efeitos de modificação de lipídios relatados em seres humanos são mediados através da ativação dos Receptores Ativados da Proliferação de Peroxissomos (PPARα).

Através da ativação do PPARα, o Fenofibrato aumenta a lipólise e a eliminação de partículas aterogênicas ricas em triglicérídes do plasma por ativação da lipoproteína lipase e redução da produção da apoproteína CIII. A ativação do PPARα também induz o aumento da síntese das apoproteínas AI e AII.

Os efeitos supramencionados do Fenofibrato sobre as lipoproteínas levam a uma redução das frações de baixa densidade (VLDL e LDL) contendo a apoproteina B e um aumento das frações de lipoproteínas de alta densidade (HDL) contendo as apoproteinas AI e AII.

Além disso, pela modulação da síntese e do catabolismo das frações VLDL, o Fenofibrato aumenta a depuração dos LDL e reduz a taxa de LDL pequena e densa. As taxas de LDL pequenas e densas estão frequentemente aumentadas nos pacientes com risco de doença coronária (Perfil Lipídico Aterogênico).

Nos estudos clínicos com o Fenofibrato, a redução do colesterol total foi de 20 a 25%, a de triglicérides de 40 a 55% e as taxas de colesterol HDL aumentaram de 10 a 30%.

Nos pacientes hipercolesterolêmicos para os quais as taxas de colesterol LDL diminuíram de 20 a 35%, o efeito global sobre o colesterol leva a uma diminuição da relação colesterol total sobre colesterol HDL, colesterol LDL sobre colesterol HDL ou Apo B sobre Apo AI, que são todos os marcadores do risco aterogênico.

Os depósitos de colesterol extra vasculares (xantomas tendinosos e tuberosos) podem regredir de modo importante ou até mesmo desaparecer totalmente com o tratamento com Fenofibrato.

Os pacientes que apresentam altas taxas de fibrinogênio e foram tratados com Fenofibrato mostraram uma redução significativa deste parâmetro, assim como aqueles apresentando taxas elevadas de Lp(a). Outros marcadores de inflamação, tais como a Proteína C-Reativa, são reduzidas com o tratamento com Fenofibrato.

O efeito uricosúrico do Fenofibrato leva a uma redução de aproximadamente 25% dos níveis de ácido úrico que deve ser um benefício adicional para os pacientes dislipidêmicos com hiperuricemia.

Um efeito antiagregante plaquetário do Fenofibrato tem sido demonstrado em animais e em um estudo clínico que evidenciou uma diminuição da agregação plaquetária provocada pelo ADP, ácido araquidônico e epinefrina.

Efeitos do Fenofibrato na redução da progressão das complicações microvasculares em pacientes com diabetes tipo 2 foram comprovados em estudos internacionais randomizados, controlados por placebo.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

As concentrações plasmáticas máximas (Cmax) são obtidas de 4 a 5 horas depois da administração oral. Em caso de tratamento continuo, estas concentrações são estáveis em qualquer indivíduo.

A administração concomitante de alimento aumenta a absorção do Fenofibrato.

Distribuição

O ácido fenofíbrico está fortemente ligado à albumina plasmática (mais de 99%).

Meia vida plasmática

A meia vida de eliminação plasmática do ácido fenofíbrico é da ordem de 20 horas.

Metabolismo e excreção

Depois da administração oral, o Fenofibrato é rapidamente hidrolisado pelas esterases e se torna o metabólito ativo ácido fenofíbrico. Não é possível detectar Fenofibrato inalterado no plasma. Fenofibrato não é substrato para o CYP3A4. Não há envolvimento do metabolismo microssomal hepático. O medicamento é excretado essencialmente por via urinária. A eliminação do medicamento é quase completa em 6 dias. O Fenofibrato é principalmente excretado sob a forma de ácido fenofíbrico e de seus glucoronídeos conjugados. Nos pacientes idosos, a depuração plasmática aparente total não é modificada. Os estudos de cinética após administração de dose única e tratamento contínuo tem demonstrado a ausência de acumulação do medicamento.

O ácido fenofíbrico não é eliminado pela hemodiálise.

Os efeitos do Fenofibrato começam a ocorrer a partir da segunda semana de tratamento e são mantidos durante todo o tratamento.

Exclusivo comprimido: Fenofibrato 160 mg, comprimidos revestidos de Fenofibrato micronizado é suprabiodisponível (biodisponibilidade aumentada) comparado com o Fenofibrato 200 mg cápsulas.

Dados de segurança pré-clínica

Estudos de toxicidade aguda não trouxeram informações relevantes sobre a toxicidade específica do Fenofibrato.

Em três meses de estudo não clínico em ratos com ácido fenofíbrico oral, , o metabólito ativo do Fenofibrato, a toxicidade músculo esquelética (particularmente para fibras musculares tipo I – ricas em miofibrilas de oxidação lenta) e degeneração cardíaca, anemia e diminuição do peso corporal foram verificados em níveis de exposição ≥ 50 vezes a exposição humana para a toxicidade do esqueleto e > 15 vezes para a cardiomiotoxicidade.

Úlceras reversíveis e erosões no trato gastrointestinal ocorreram em cães tratados durante 3 meses com exposições de aproximadamente 7 vezes a ASC clínica.

Os estudos de mutagenicidade sobre o Fenofibrato se mostraram negativos. Em ratos e camundongos, foram observados tumores hepáticos com doses elevadas que foram atribuídas a uma proliferação dos peroxissomos. Estas manifestações são específicas de pequenos roedores e não foram observadas em outras espécies de animais. Ou seja, não há consequência para a utilização terapêutica no homem.

Estudos nos camundongos, ratos e coelhos não revelaram nenhum efeito teratogênico. Efeitos embriotóxicos foram observados em níveis semelhantes aos da toxicidade materna. Uma prolongação do período de gestação e dificuldades durante o parto foi observada com doses elevadas. Não foram detectados efeitos na fertilidade em estudos de toxicidade reprodutiva não clínicos conduzidos com Fenofibrato, No entanto, hipospermia reversível, vacuolização testicular e imaturidade dos ovários foram observados em estudos de toxicidade dose-repetida com ácido fenofíbrico em cachorros jovens.

Conservar o medicamento em temperatura ambiente (15˚C a 30˚C), proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Caracteríticas do medicamento

As cápsulas de Lipidil® são ovaladas e de cor laranja.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Reg. M.S.: 1.0058.0102

Farm. Resp.:
Dra. C. M. H. Nakazaki
CRF-SP nº 12.448

Fabricado por:
Recipharm Fontaine
Fontaine-les-Dijon - França

Importado e embalado por:
Chiesi Farmacêutica Ltda.
Uma empresa do Grupo Chiesi Farmaceutici S.p.A.
Rua Dr. Giacomo Chiesi nº 151 - Estrada dos Romeiros km 39,2
Santana de Parnaíba - SP
CNPJ nº 61.363.032/0001-46
® Marca Registrada 
Indústria Brasileira

Comercializado por:
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda.
Rua Michigan, 735
São Paulo – SP
CEP 04566-905
CNPJ 56.998.701/0001-16

Abbott Center
Central de relacionamento com o Cliente
0800 703 1050

Venda sob prescrição médica.


Especificações sobre o Lipidil Micronizado

Caracteristicas Principais

Fabricante:

Tipo do Medicamento:

Similar

Necessita de Receita:

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

Principio Ativo:

Categoria do Medicamento:

Classe Terapêutica:

Especialidades:

Endocrinologia

Cardiologia

Nutrologia

Preço Máximo ao Consumidor:

PMC/SP R$ 105,49

Preço de Fábrica:

PF/SP R$ 76,31

Registro no Ministério da Saúde:

1005801020014

Código de Barras:

7896672202452

Temperatura de Armazenamento:

Temperatura ambiente

Produto Refrigerado:

Este produto não precisa ser refrigerado

Bula do Paciente:

Modo de Uso:

Uso oral

Pode partir:

Esta apresentação não pode ser partida

LIPIDIL MICRONIZADO É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE UM MÉDICO OU UM FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO.


A Chiesi é multinacional farmacêutica sediada em Parma (Itália), com 80 anos de experiência e foco em Pesquisa, Desenvolvimento, Produção e Comercialização de medicamentos inovadores nas seguintes áreas terapêuticas: Respiratória, Neonatologia, Doenças Raras e Cuidados Especiais (Special Care).

Com um volume de vendas de mais de € 1,4 bilhão, estamos entre as 50 maiores empresas farmacêuticas do mundo. Nossas fábricas de produção estão localizadas em Parma (Itália), Blois (França) e Santana de Parnaíba (Brasil). Possuindo quatro centros de Pesquisa e Desenvolvimento, em Parma (Itália), Paris (França), Cary (EUA) e Chippenham (Reino Unido), além da empresa dinamarquesa recém-adquirida Zymenex, que, juntos, integram os esforços e avanços em programas pré-clínicos, clínicos e regulatórios.

Estando presentes em 26 países, exportando para mais de 70 ao redor do mundo.

Atualmente, o Grupo Chiesi emprega aproximadamente 4.500 pessoas, das quais 560 são dedicadas a atividades de Pesquisa e Desenvolvimento e 720 trabalham em fábricas de produção na Itália, na França e no Brasil.

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