Niclosamida é indicado no tratamento da teníase (Taenia solium, T. saginata) e da himenolepíase (Hymenolepis nana, H. diminuta).
Niclosamida não deve ser utilizado em casos de hipersensibilidade a niclosamida ou a qualquer componente da fórmula.
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Teníase |
Himenolepíase |
Adultos e crianças acima de 07 anos de idade |
4 comprimidos, em tomada única | 2 comprimidos ao dia, durante 6 dias |
Crianças de 2 a 7 anos de idade |
2 comprimidos, em tomada única | 1 comprimido ao dia, durante 6 dias |
Crianças menores de 2 anos de idade |
1 comprimido, em tomada única | - |
Este medicamento deve ser mastigado ou triturado.
Para crianças, é recomendável triturar bem o comprimido e misturar com pequena quantidade de água para facilitar a administração (Tracy, Webster, 1995).
Em um período de 2 a 3 horas após a administração de Niclosamida recomenda-se o uso de laxantes para facilitar a eliminação do verme.
A dose deverá ser repetida 1 a 2 semanas após a primeira administração da dose única do medicamento, conforme orientação médica.
Não há estudos dos efeitos de Niclosamida administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via oral.
Niclosamida é um medicamento bem tolerado, geralmente, as reações adversas são leves e transitórias não causando a suspensão do tratamento.
Niclosamida é um medicamento que, em consequência da sua baixa absorção, quase não apresenta efeitos adversos ou efeitos irritantes diretos. Não foram observadas reações adversas quando administrado a pacientes debilitados ou em estado de gravidez.
As reações adversas da niclosamida são ocasionais e reversíveis e restringem-se, fundamentalmente, a distúrbios gastrintestinais e dores abdominais.
A freqüência das reações adversas descritas foi determinada com base em estudos e literaturas científicas indexadas que faziam uso da niclosamida.
Ainda não foram relatadas reações adversas com o uso do produto Niclosamida durante o período póscomercialização.
Em caso de dúvidas entrar em contato no Serviço de Atendimento UCI-FARMA pelo 0800 191 291 ou pelo email farmacovigilancia@uci-farma.com.br .
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Devido à baixa absorção da niclosamida pelo trato gastrintestinal, mesmo após a ingestão de altas doses do fármaco, a concentração sérica não será significativa para ocasionar uma superdosagem.
Em caso de administração de altas doses da niclosamida, podem ocorrer sintomas como náuseas, vômitos, cólicas gastrintestinais, diarréia.
O tratamento consiste na realização de medidas usuais de esvaziamento gástrico e de controle dos sintomas.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres que estão amamentando sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Devido à baixa absorção gastrintestinal da niclosamida não é necessário o ajuste da dose em pacientes com disfunção hepática ou renal.
Podem ocorrer alterações como, distúrbios nos exames sanguíneos e distúrbios nos exames de enzimas hepáticas.
Diagnósticos clínicos e laboratoriais específicos devem ser realizados para a identificação do parasita e consequente escolha correta do fármaco para um tratamento eficaz da parasitose.
O paciente deve ser instruído sobre os métodos de profilaxia da parasitose, como condições básicas de higiene pessoal e ambiental.
A niclosamida tem demonstrado ser um agente eficaz e não-tóxico para o tratamento da teníase (Taenia solium, T. saginata) e da himenolepíase (Hymenolepis nana, H. diminuta). O estudo demonstra o resultado da administração de niclosamida em pacientes que apresentavam o quadro clínico de infestação da teníase. Em um total de 81 pacientes adultos com teníase, 47 pacientes receberam de 1 a 2 g do fármaco, em dose única, onde tiveram acompanhamento adequado e o resultado de cura foi comprovado em 46 dos pacientes que utilizaram a niclosamida. Anteriormente, 17 dos pacientes curados com niclosamida haviam sido submetidos a outro tipo de tratamento, sem êxito. Os autores consideraram que os resultados comprovaram que o fármaco é seguro, de simples tratamento, e efetivo contra infecções causadas por Taenia saginata, Diphyllobothrium latimi, e Hymenolepis nana. (Pereira et al; 1970).
No estudo feito por Stürchler , foi realizado o tratamento de com crianças, onde crianças menores de dois anos de idade dose de 500 mg de niclosamida para o tratamento da teníase, para crianças com 34-35 kilos a dose de 1g de niclosamida para o tratamento da teníase. (Stürchler D. 1982).
Niclosamida é ativa contra a maioria dos cestódeos que infectam o organismo humano. É pouco absorvida pelo trato gastrintestinal, por esse motivo sua ação anti-helmíntica é direta e limitada ao conteúdo intestinal. (Tracy, Webster, 1995; Stüchler, 1982).
O mecanismo de ação da niclosamida não está completamente elucidado. Pelos dados disponíveis, supõe-se que o fármaco atue principalmente na respiração e no metabolismo de carboidratos e que a presença do nitrogrupo é fundamental para a atividade. A redução da niclosamida para 2,5’-dicloro-4’- aminosalicilanilida promove a perda das propriedades moluscida e cestocida da molécula, que também se torna ineficaz na dissociação entre a respiração e a fosforilação ligada ao transporte de elétrons (ABREU et al., 2002).
O principal modo de ação da niclosamina pode ser a inibição da fosforilação anaeróbica do difosfato de adenosina (ADP) pela mitocôndria do parasita, processo de obtenção de energia dependente da fixação de CO2. (Tracy E Webster, 1995).
A niclosamida apresenta absorção insignificante pelo trato gastrintestinal, permanecendo por período prolongado em contato com os parasitas intestinais (Tracy, Webster, 1995).
O medicamento é eliminado pela urina e pelas fezes e a sua eliminação ocorre entre 1 a 2 dias após a utilização (Hayews, Laws, 1991).
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 17 de Fevereiro de 2021