Oxamniquina é indicada para o tratamento oral de todas as formas de infecções por S. mansoni incluindo todos os estágios de infecção (fase aguda e a fase crônica com comprometimento hepatoesplênico).
Oxamniquina é contraindicada a pacientes que apresentam hipersensibilidade a Oxamniquina ou a qualquer outro componente da fórmula.
A tolerabilidade de Oxamniquina é maior quando as doses são administradas após a ingestão de alimentos.
A posologia recomendada para o tratamento de S. mansoni é de 15 mg/kg de peso corporal, administrados em dose oral única. O número recomendado de cápsulas, de acordo com o peso corporal, é o seguinte:
Peso Corporal (kg) | Número de Cápsulas (250 mg) |
Até 33 | 2 |
34 - 50 | 3 |
51 - 66 | 4 |
67 - 83 | 5 |
84 - 100 | 6 |
A posologia recomendada para crianças abaixo de 12 anos é de 20 mg/kg de peso corporal, administrados em duas doses de 10 mg/kg em um único dia, com intervalo de 3 a 8 horas entre as doses.
As mesmas orientações dadas aos adultos devem ser seguidas para pacientes idosos.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Caso o paciente esqueça de tomar Oxamniquina no horário estabelecido, deve tomá-lo assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e tomar a próxima. Neste caso, o paciente não deve tomar a dose duplicada para compensar doses esquecidas. O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Oxamniquina geralmente é bem tolerada. A tolerabilidade é maior quando as doses são administradas após a ingestão de alimentos.
Foram relatadas reações transitórias de tontura e sonolência, delírio e alucinações.
Elevações leves e transitórias nos testes laboratoriais foram observadas após o tratamento com a Oxamniquina. Entretanto, esses dados não foram considerados como fármaco-relacionados e não foram clinicamente significantes.
As alterações laboratoriais incluíram raros casos de elevações de grau leve a moderado das enzimas hepáticas mas sem evidência de hepatotoxicidade, mesmo em pacientes com envolvimento hepatoesplênico grave.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - Notivisa ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
O tratamento deve ser sintomático e de suporte em caso de superdosagem.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
A interação com medicamentos ou outras formas de interação com Oxamniquina não foram avaliadas sistematicamente.
Em raras ocasiões, convulsões epileptiformes foram observadas dentro das primeiras horas após a ingestão de Oxamniquina. A maioria destas reações ocorreu em pacientes com história prévia de convulsões. Consequentemente, Oxamniquina deve ser utilizado com cuidado nestes pacientes, sendo que estes devem ficar sob supervisão médica possibilitando o tratamento de uma convulsão caso esta venha ocorrer.
A Oxamniquina apresentou efeito de embriotoxicidade em coelhos e camundongos quando administrada em doses 10 vezes superior à dose mínima recomendada para humanos. Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Assim, a Oxamniquina só deve ser utilizada nestas pacientes quando os potenciais benefícios superarem os potenciais riscos para o feto.
Não se sabe se este fármaco é excretado no leite materno.
Assim, uma vez que muitos fármacos são excretados no leite materno, deve-se ter cautela quando a Oxamniquina for administrada a mulheres em fase de amamentação.
Oxamniquina é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Os pacientes devem ser advertidos de que durante o uso de Oxamniquina pode ocorrer sonolência e tontura. Deve-se ter cautela ao dirigir e operar máquinas durante o uso deste medicamento.
Oxamniquina é um anti-helmíntico que apresenta eficácia no tratamento de todas as formas de infecções por Schistosoma mansoni. Oxamniquina pode ser utilizado no tratamento da esquistossomose como medicação alternativa ao praziquantel. (WHO, 1993; Ferrari et al, 2003).
Oxamniquina é um anti-helmíntico derivado da tetraidroquinolina e é indicado para o tratamento oral das infecções por Schistosoma mansoni.
Os esquistossomos machos são mais suscetíveis que as fêmeas, mas após o tratamento com Oxamniquina, as fêmeas restantes cessam a postura de ovos, perdendo desta maneira o seu significado patológico sob o ponto de vista parasitológico. Estudos em animais com infecções por S. mansoni imaturos demonstraram que a Oxamniquina é altamente ativa na fase imediatamente após a infecção. A Oxamniquina reduz significativamente a postura de ovos de S. mansoni.
A Oxamniquina é bem absorvida após administração oral. As concentrações plasmáticas em humanos alcançam o pico após 1 a 1,5 hora da administração oral de doses terapêuticas, com meia-vida plasmática de 1 a 2,5 horas. É amplamente transformada em metabólitos ácidos inativos, que são excretados abundantemente na urina.
Houve evidência de anormalidades hepáticas em animais, sendo as fêmeas de rato especialmente sensíveis a doses relativamente baixas.
A Oxamniquina apresentou efeitos embriocidas em coelhos e camundongos quando administrada em doses 10 vezes superior à dose mínima recomendada para humanos.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 31 de Janeiro de 2023