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Tiocolchicosídeo

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Este medicamento é destinado ao tratamento adjuvante e em curto prazo de dores de contraturas musculares em patologias agudas da coluna vertebral.

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  • Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)
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  • Medicamentos
  • Relaxante Muscular
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  • Blau
  • Sanofi
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  • Tiocolchicosídeo
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  • Genérico
  • Novo
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  • 2 mL
  • 20 Unidades

Bula do Tiocolchicosídeo

Tiocolchicosídeo, para o que é indicado e para o que serve?

Este medicamento é destinado ao tratamento adjuvante e em curto prazo de dores de contraturas musculares em patologias agudas da coluna vertebral.

Quais as contraindicações do Tiocolchicosídeo?

Tiocolchicosídeo é contraindicado em pacientes que apresentam hipersensibilidade ao Tiocolchicosídeo ou a qualquer outro componente da fórmula, na gravidez e lactação e em pacientes que apresentam hipersensibilidade conhecida à colchicina.

Tiocolchicosídeo não deve ser utilizado em mulheres em idade fértil que não estejam utilizando métodos contraceptivos eficazes.

Categoria de risco na gravidez: X. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas durante todo o período da gestação ou por mulheres que possam ficar grávidas durante o tratamento.

Este medicamento é contraindicado para menores de 16 anos.

Tipo de receita

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

Como usar o Tiocolchicosídeo?

A dose recomendada e máxima é de 8 mg a cada 12 horas (16 mg por dia). A duração do tratamento é limitada a 7 dias consecutivos.

Doses excedentes da recomendada ou tratamento de longo prazo devem ser evitadas.

Tomar os comprimidos com líquido, por via oral.

Não há estudos dos efeitos de Tiocolchicosídeo administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.

Deve-se sempre respeitar o intervalo de 12 horas entre duas administrações consecutivas, em razão da meia vida de eliminação do metabólito SL59.0955, com o objetivo de minimizar a exposição ao referido metabólito.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Tiocolchicosídeo?

  • Reação muito comum ≥ 10%.
  • Reação comum ≥ 1 e < 10%.
  • Reação incomum ≥ 0,1% e < 1%.
  • Reação rara ≥ 0,01% e < 0,1%.
  • Reação muito rara < 0,01%.
  • Desconhecida (não pode ser estimada com os dados disponíveis).

Distúrbios do sistema imunológico

Reações anafiláticas, tais como:

  • Incomum: pruridos.
  • Rara: urticária.
  • Desconhecida: edema angioneurótico.

Distúrbios do sistema nervoso

  • Comum: sonolência.
  • Desconhecida: convulsões.

Distúrbios gastrintestinais

  • Comum: diarreia, gastralgia.
  • Incomum: náusea e vômitos.

Distúrbios hepatobiliares

  • Desconhecida: hepatite citolítica e colestática.

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo

  • Incomum: reações alérgicas na pele.

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Tiocolchicosídeo maior do que a recomendada?

Nenhum sintoma específico de sobredosagem foi relatado em pacientes tratados com Tiocolchicosídeo. Se ocorrer sobredosagem, supervisão médica e medidas sintomáticas de suporte são recomendadas.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Tiocolchicosídeo com outros remédios?

Anti-inflamatórios não-esteroidais ou paracetamol

  • Casos severos (como hepatite fulminante), têm sido reportados em pacientes com uso concomitante de anti-inflamatórios não-esteroidais ou paracetamol. Pacientes devem ser orientados a comunicar qualquer sinal de hepatotoxicidade.

Aplicável a formulações sistemáticas apenas:

  • Benzodiazepínicos: baseado em propriedades farmacodinâmicas do Tiocolchicosídeo, o seu uso pode levar a sintomas de abstinência de benzodiazepínicos (como exacerbação da ansiedade ou insônia).

Quais cuidados devo ter ao usar o Tiocolchicosídeo?

Em caso de diarreia o tratamento com Tiocolchicosídeo deve ser descontinuado.

Gravidez e lactação

Estudos conduzidos em animais mostraram toxicidade reprodutiva, incluindo efeitos teratogênicos.

Não existem dados clínicos suficientes para avaliar a segurança do uso na gravidez. Deste modo, o risco potencial para o embrião e feto é desconhecido. Por consequência, Tiocolchicosídeo é contraindicado na gravidez e em mulheres em idade fértil que não estejam utilizando métodos contraceptivos eficazes.

Como ocorre a passagem de Tiocolchicosídeo para o leite materno, é contraindicado o seu uso durante a amamentação.

Populações especiais

Pacientes Idosos

Não há advertências e recomendações especiais sobre o uso adequado desse medicamento por pacientes idosos.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Não existem dados disponíveis no efeito de dirigir veículos e operar máquinas. Estudos clínicos concluíram que o Tiocolchicosídeo não tem efeito no desempenho psicomotor. Entretanto, geralmente pode ocorrer sonolência e isto deve ser levado em consideração quando dirigir veículos ou operar máquinas.

Atenção diabéticos: Tiocolchicosídeo comprimidos contém açúcar (2,8 mg/comprimido).

Advertências do Tiocolchicosídeo


Em estudos pré-clínicos, um dos metabólitos de Tiocolchicosídeo (SL59.0955) induziu a aneuploidia (ou seja, número desigual de cromossomos nas células em divisão) em concentrações próximas à exposição humana observada em doses de 8 mg duas vezes ao dia por via oral. Aneuploidia é relatada como um fator de risco para teratogenicidade, toxicidade embriofetal/aborto espontâneo, câncer e prejuízo da fertilidade masculina. Como medida de precaução, o uso deste medicamento administrado por via oral em doses maiores que 8 mg a cada 12 horas ou o tratamento por mais de 7 dias não é recomendado.

Foram relatados, pós-comercialização, casos de hepatite citolítica e colestática com o Tiocolchicosídeo. Casos severos, como hepatite fulminante, têm sido reportados em pacientes com uso concomitante de anti-inflamatórios não esteroidais ou paracetamol. Pacientes devem ser orientados a descontinuar o tratamento e comunicar qualquer sinal de hepatotoxicidade.

Tiocolchicosídeo pode desencadear convulsões especialmente em pacientes com epilepsia ou naqueles pacientes com risco de convulsões.

As pacientes devem ser cuidadosamente informadas sobre os riscos potenciais de uma possível gravidez e sobre métodos contraceptivos eficazes a serem seguidos.

Devido à presença de lactose, pacientes com raros problemas hereditários de intolerância a lactose, deficiência em Lapp lactase ou má absorção glicose-galactose não devem tomar este medicamento.

Devido à presença de sacarose, pacientes com problemas raros hereditários de intolerância a frutose não devem tomar este medicamento.

Deve-se sempre respeitar o intervalo de 12 horas entre duas administrações consecutivas, em razão da meia vida de eliminação do metabólito SL59.0955, com o objetivo de minimizar a exposição ao referido metabólito.

Qual a ação da substância do Tiocolchicosídeo?

Resultados de Eficácia


Um estudo placebo-controlado, duplo-cego, randomizado, avaliou a eficácia de Tiocolchicosídeo oral (8 mg, duas vezes ao dia) no tratamento de dor lombar baixa aguda (n = 98) (Marcel et al, 1990a). Tiocolchicosídeo reduziu significativamente a dor, o número de comprimidos analgésicos tomados e a rigidez vertebral, e, melhorou a habilidade de desenvolver atividades rotineiras diárias nos 5 dias após o início da terapia; a opinião subjetiva dos pacientes foi altamente favorável. O medicamento foi bem tolerado neste estudo.

A eficácia e a tolerabilidade do Tiocolchicosídeo foi objeto de um estudo fármaco-epidemiológico aberto (Eandi et al, 1992a) que envolveu 5.212 pacientes internados em Ortopedia e Traumatologia com espasmo muscular e contraturas (45% na coluna lombar, 23% da coluna cervical, 16% membros inferiores, ombros 9%, 7% coluna torácica, 16% de outros sítios). A terapia foi geralmente administrada por via intramuscular, e a duração do tratamento foi de 6 a 10 dias. Avaliações dos investigadores revelaram uma excelente resposta em 40% dos casos, uma boa resposta em 41%, e uma resposta moderada em 12%. Nenhuma eficácia foi relatada em 3,5% dos casos. Os efeitos adversos foram mínimos (cerca de 1% dos pacientes).

Referências Bibliográficas

1. Arienti G, Cavenaghi D, Clementi M, et al: L'impiego topico del tiocolchicoside nella patologia traumatica minore in campo sportivo. Rilievi clinici e termografici. Ortopedia e Traumatologia Oggi 1983a; III:57-63.
2. Eandi M, Genazzani E, Della Pepa C, et al: Ricerca farmacoepidemiologica in fase IV sulla efficacia e tollerabilita del prodotto Muscoril(R). Ortopedia e Traumatologia Oggi 1992a; XII:138-148.
3. Marcel C, Rezvani M, & Revel M: Evaluation of thiocolchicoside administered alone in acute low-back pain. Presse Med 1990a; 19:1133-1136.
4. Pietrogrande V, Cherubino P, Peretti G, et al: Studio policentrico randomizzato, doppio cieco: Muscoril(R) capsule e fiale vs placebo in patologie ortopedico-traumatologiche. Ortopedia e Traumatologia Oggi 1992a; XII:132-137.
5. Ventura R, Leonardi M, Mastropaolo M, et al: Studio clinico sull'uso del tiocolchicoside nella patologia ortopedica. Ortopedia e Traumatologia Oggi 1983; III:64-72.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

O Tiocolchicosídeo é um derivado sulfuroso de um glicósido natural de colchicina. Atua farmacologicamente como miorrelaxante, tanto em seres humanos como em animais.

O Tiocolchicosídeo promove uma atenuação ou supressão considerável da contração de origem central:

  • Na hipertonia espástica, diminui a resistência passiva do músculo estriado e reduz ou suprime o aparecimento da contratura residual.

A sua ação miorrelaxante manifesta-se igualmente sobre os músculos viscerais (notavelmente sobre o útero).

O Tiocolchicosídeo está desprovido de qualquer efeito curarizante e atua por meio do sistema nervoso central e não por uma paralisia da placa motriz.

Estudos realizados em 1980 evidenciaram uma afinidade seletiva do tipo agonista do Tiocolchicosídeo por receptores do GABA, assim como propriedades agonistas glicinérgicas.

Por outro lado, o Tiocolchicosídeo não altera a motilidade voluntária, não provoca paralisia e evita, deste modo, todo risco respiratório.

Finalmente, Tiocolchicosídeo não influi no sistema cardiovascular.

Farmacocinética

Absorção

Após administração oral, o Tiocolchicosídeo não é detectado no plasma. Apenas dois metabólitos são observados: o metabólito farmacologicamente ativo SL18.0740 e um metabólito inativo SL59.0955. Para ambos, a concentração plasmática máxima ocorre uma hora após a administração do Tiocolchicosídeo. Após a administração de dose oral única de 8 mg de Tiocolchicosídeo, a Cmax e AUC do SL18.0740 são cerca de 60 ng/mL e 130 ng.h/mL respectivamente.

Para o SL59.0955 estes valores são muito inferiores:
  • Cmax em torno de 13 ng/mL e AUC varia de 15,5 ng.h/mL (até 3h) a 39,7 ng.h/mL (até 24h).

Metabolismo

Após administração oral, o Tiocolchicosídeo é primeiramente metabolizado para aglicon 3-desmetil tiocolchicina ou SL59.0955. Esta etapa ocorre, principalmente, pelo metabolismo intestinal, explicando a ausência de circulação de Tiocolchicosídeo inalterado por esta via de administração.

SL59.0955 é então glicuro conjugado em SL18.0740 que tem atividade farmacológica equipotente ao Tiocolchicosídeo e, portanto, suporta a atividade farmacológica após a administração oral de Tiocolchicosídeo.

SL59.0955 também é desmetilado em didesmetil-tiocolchicina.

Eliminação

Após administração oral de Tiocolchicosídeo radiomarcado, a radioatividade total é excretada principalmente pelas fezes (79%), enquanto que a excreção urinária representa apenas 20%. Nenhum Tiocolchicosídeo inalterado é excretado pela urina ou pelas fezes. SL18.0740 e SL59.0955 são encontrados na urina e nas fezes, enquanto que a didesmetil-tiocolchicina só é recuperada nas fezes.

Após a administração oral de Tiocolchicosídeo, o metabolito SL18.0740 é eliminado com um t1/2 aparente variando de 3,2 a 7 horas e o metabólito SL59.0955 com um t1/2 médio de 0,8 h.

Dados de segurança não clínica

Farmacologia Animal

O perfil do Tiocolchicosídeo tem sido avaliado “in vitro” e “in vivo” seguido de administração parenteral e oral.

Toxicidade Aguda

Em altas doses, o Tiocolchicosídeo induziu êmese em cães, diarreia em rato e convulsões tanto em roedores quanto em não-roedores após administração por via oral.

Toxicidade Crônica

Tiocolchicosídeo foi bem tolerado, seguido de administração oral, por períodos de até 6 meses tanto em rato quanto em primata não-humano quando administrado em repetidas doses de menos ou igual a 2 mg/kg/dia em rato e menos ou igual a 2,5 mg/kg/dia em primata não-humano e, pela via intramuscular em primata em repetidas doses de até 0,5 mg/kg/dia por 4 semanas.

Após administração repetida, Tiocolchicosídeo induziu problema gastrintestinal (entererite, êmese) por via oral.

Carcinogenicidade

O potencial carcinogênico não foi avaliado.

Genotoxicidade

Tiocolchicosídeo não induziu mutação genética em bactéria (teste Ames), lesões cromossômicas “in vitro” (testes de aberrações cromossômicas em linfócitos humanos) e lesões cromossômicas “in vivo” (micronúcleos intraperitoneais em medula óssea do rato “in vivo”).

O principal metabólito glicuro conjugado, o SL18.0740, não induziu mutação genética em bactéria (teste Ames), no entanto induziu lesões cromossômicas “in vitro” (teste de micronúcleos em e linfócitos humanos “in vitro”) e lesões cromossômicas “in vivo” (teste oral de micronúcleos em medula óssea de rato “in vivo”). O micronúcleo resultou predominantemente da perda cromossômica (micronúcleo centrômero positivo após coloração de centrômero FISH), sugerindo propriedades aneugênicas. O efeito aneugênico de SL18.0740 foi observado em concentrações no teste “in vitro” e em exposições de AUC no plasma do teste “in vivo” maiores (mais de 10 vezes baseada na AUC) do que as concentrações observadas no plasma humano em doses terapêuticas.

O metabólito aglicon (3-desmetil tiocolchicina – SL59.0955) induziu lesão cromossômica “in vitro” (teste de micronúcleo em linfócitos humanos “in vitro”) e lesão cromossômica “in vivo” (teste oral de micronúcleo em medula óssea de rato “in vivo”). O micronúcleo resultou predominantemente da perda cromossômica (micronúcleo centrômero positivo após coloração de centrômero FISH ou CREST), sugerindo propriedades aneugênicas. O efeito aneugênico de SL59.0955 foi observado no teste “in vitro” e nas exposições do teste “in vivo” com concentrações próximas daquelas observadas no plasma humano com doses terapêuticas de 8 mg duas vezes ao dia por via oral.

O efeito aneugênico nas células em divisão pode resultar em células aneuploides. Aneuploidia é uma modificação no número de cromossomos e perda de heterozigosidade, que é reconhecida como fator de risco para teratogenicidade, embriotoxicidade/aborto espontâneo, fertilidade masculina prejudicada, quando afeta células germinativas e câncer quando afeta células somáticas.

Teratogenicidade

Em ratos, a dose de 12 mg/kg de Tiocolchicosídeo causou malformações juntamente com fetotoxicidade (retardo no crescimento, morte do embrião, alteração da taxa de distribuição por sexo). A dose sem efeitos tóxicos foi de 3 mg/kg. Nos coelhos, Tiocolchicosídeo mostrou maternotoxicidade com doses a partir de 24 mg/kg. Além disto, anormalidades menores têm sido observadas (costelas supernumerárias, ossificação retardada).

Prejuízo da fertilidade

Em um estudo de fertilidade em ratos, nenhum prejuízo à fertilidade foi observado com doses de até 12 mg/kg, ou seja, nível de dose que não induz nenhum efeito clínico. O Tiocolchicosídeo e seus metabólitos exercem atividade aneugênica em diferentes concentrações, que é reconhecida como um fator de risco para prejudicar a fertilidade humana masculina.

DCB (Denominação Comum Brasileira)

08626.

Fontes consultadas

  • Bula do Profissional do Medicamento Coltrax®.

Nomes comerciais

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Especialidades Médicas

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