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Benzoato de Alogliptina

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Benzoato de Alogliptina é indicado como adjuvante à dieta e à prática de exercícios para melhorar o controle glicêmico em pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 2 em vários cenários clínicos. Benzoato de Alogliptina não deve ser utilizado para o tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 1 ou para o tratamento da cetoacidose diabética, pois não será eficaz nestas situações.

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Bula do Benzoato de Alogliptina

Benzoato de Alogliptina, para o que é indicado e para o que serve?

Benzoato de Alogliptina é indicado como adjuvante à dieta e à prática de exercícios para melhorar o controle glicêmico em pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 2 em vários cenários clínicos.

Benzoato de Alogliptina não deve ser utilizado para o tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 1 ou para o tratamento da cetoacidose diabética, pois não será eficaz nestas situações.

Quais as contraindicações do Benzoato de Alogliptina?

Benzoato de Alogliptina não deve ser usado por indivíduos que apresentem histórico de reação de hipersensibilidade grave, tais como anafilaxia, angioedema ou reação cutânea grave, ao Benzoato de Alogliptina ou aos demais componentes da fórmula.

Tipo de receita

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

Como usar o Benzoato de Alogliptina?

A dose recomendada de Benzoato de Alogliptina é de 25 mg uma vez ao dia.

Benzoato de Alogliptina pode ser administrado com ou sem alimentos.

Pacientes com insuficiência renal

Não é necessário ajustar a dose de Benzoato de Alogliptina para pacientes com insuficiência renal leve (depuração de creatinina [ClCr] ≥60 mL/min).

A dose de Benzoato de Alogliptina é 12,5 mg uma vez ao dia para pacientes com insuficiência renal moderada (CrCl> 30 a <60 mL/min).

Benzoato de Alogliptina não é recomendado para pacientes com insuficiência renal grave (CrCl ≥15 to <30 mL/min) ou com doença renal crônica terminal (DRT) (CrCl <15 mL/min ou que necessita de hemodiálise) nas doses usuais.Benzoato de Alogliptina não foi estudado em pacientes submetidos à diálise peritoneal.

Uma vez que existe a necessidade de ajustar a dose com base na função renal, a avaliação da função renal é recomendada antes de iniciar o tratamento com Benzoato de Alogliptina e periodicamente depois disso.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Benzoato de Alogliptina?

Resumo do perfil de segurança

A informação fornecida baseia-se num total de 9.405 pacientes com diabetes mellitus tipo 2, incluindo 3.750 pacientes tratados com 25 mg de alogliptina e 2.476 pacientes tratados com 12,5 mg de alogliptina, que participaram em estudos clínicos duplo-cego, controlado por placebo ou substância ativa, mais especificamente num de fase 2 ou em 12 de fase 3. Adicionalmente, foi realizado um estudo de resultados cardiovasculares com 5.380 pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e um evento de síndrome coronariana aguda recente, tendo sido distribuídos aleatoriamente 2.701 pacientes à alogliptina e 2.679 pacientes ao placebo. Estes estudos avaliaram os efeitos da alogliptina no controlo glicêmico e a sua segurança em monoterapia, como terapia inicial associada com a metformina ou uma tiazolidinediona, e como terapia adjuvante (add-on) com metformina, ou uma sulfonilureia, ou uma tiazolidinediona (com ou sem metformina ou uma sulfonilureia), ou insulina (com ou sem metformina).

Numa análise combinada dos dados obtidos a partir de 13 estudos, as incidências globais de eventos adversos, eventos adversos graves e eventos adversos que resultam em descontinuação do tratamento foram comparáveis em pacientes tratados com 25 mg de alogliptina, 12,5 mg de alogliptina, controlo ativo ou placebo.

A reação adversa mais frequente em pacientes tratados com 25 mg de alogliptina foi cefaleia.

A segurança da alogliptina entre os idosos (idade ≥ 65 anos) e não idosos (idade < 65 anos) foi semelhante.

Lista tabelada das reações adversas

As reações adversas encontram-se listadas por classes de sistemas de órgãos e frequência.

As frequências são definidas como:

  • Muito frequentes (1/10);
  • Frequentes (≥1/100, <1/10);
  • Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100);
  • Raros (≥1/10.000, <1/1.000);
  • Muito raros (<1/10.000);
  • Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).

Nos ensaios clínicos pivotais combinados e controlados de fase 3 com alogliptina em monoterapia e como terapia adjuvante envolvendo 5.659 pacientes, observaram-se as reações adversas abaixo listadas (Tabela 11).

Tabela 11: Reações adversas observadas em ensaios clínicos pivotais combinados e controlados de fase 3

Reação adversa

Frequência das reações

Infeções e infestações

Infeções no trato respiratório

Frequentes

Nasofaringite

Frequentes

Doenças do sistema nervoso

Cefaleia

Frequentes

Doenças gastrointestinais

Dor abdominal

Frequentes

Doença de refluxo gastroesofágico

Frequentes

Afeções dos tecidos cutâneos

Prurido

Frequentes

Erupção cutânea

Frequentes

Experiência pós-comercialização

A tabela 12 apresenta as reações adversas adicionais que foram notificadas espontaneamente durante o período pós-comercialização.

Tabela 12: Reações adversas da alogliptina notificadas espontaneamente no período pós comercialização

Reação adversa

Frequência das reações adversas

Distúrbios do sistema imunológico

Hipersensibilidade

Desconhecida

Distúrbios gastrointestinais

Pancreatite aguda

Desconhecida

Distúrbios hepatobiliares

Disfunção hepática, incluindo insuficiência

Desconhecida

Distúrbios dos tecidos cutâneos

Doenças esfoliativas de pele, incluindo Síndrome de Stevens-Johnson

Desconhecida

Angioedema

Desconhecida

Urticária

Desconhecida

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Neste caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos – VIGIMED, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Benzoato de Alogliptina maior do que a recomendada?

As doses mais elevadas de Benzoato de Alogliptina administradas em estudos clínicos foram doses únicas de 800 mg a indivíduos sadios e doses de 400 mg uma vez ao dia por 14 dias em pacientes com diabetes tipo 2 (equivalente a 32 vezes e 16 vezes a dose clínica máxima recomendada de 25 mg, respectivamente). Não foram observados eventos adversos sérios nestas doses.

Caso ocorra a administração de superdose, é razoável instituir o monitoramento clínico necessário e a terapia de apoio, de acordo com o estado clínico do paciente. Conforme a condição clínica observada pelo médico, pode ser razoável iniciar a retirada do medicamento ainda não absorvido do trato gastrintestinal.

A alogliptina é fracamente dialisável; durante uma sessão de 3 horas de hemodiálise, aproximadamente 7% do fármaco foram removidos. Portanto, a hemodiálise provavelmente não será benéfica em uma situação de superdose. Não se sabe se Benzoato de Alogliptina é dialisável por diálise peritoneal.

Em caso de intoxicação, ligar para 0800 722 6001 para informações adicionais sobre como proceder.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Benzoato de Alogliptina com outros remédios?

Benzoato de Alogliptina é excretado primariamente pela via renal. O metabolismo relacionado ao citocromo (CYP) P-450 não é significante. Não foram observadas interações medicamentosas com substratos ou inibidores da CYP testados ou com medicamentos excretados pela via renal.

Quais cuidados devo ter ao usar o Benzoato de Alogliptina?

Geral

Benzoato de Alogliptina não deve ser utilizado em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 ou no tratamento da cetoacidose diabética. Benzoato de Alogliptina não é um substituto da insulina nos pacientes insulino-dependentes.

Utilização com outros medicamentos antihiperglicêmicos e hipoglicemia

Devido ao risco aumentado de hipoglicemia quando é feita associação com uma sulfonilureia, insulina ou terapia de associação com tiazolidinediona mais metformina, pode considerar-se a utilização de uma dose inferior destes fármacos para reduzir o risco de hipoglicemia quando estes medicamentos são utilizados em associação com a alogliptina.

Associações não estudadas

A alogliptina não foi estudada em associação com inibidores do cotransportador de sódio e glicose-2 (SGLT-2) ou análogos do peptídeo glucagon símile 1 (GLP-1) nem formalmente em terapia tripla com metformina e uma sulfonilureia.

Comprometimento renal

Como há necessidade de ajuste posológico nos pacientes com comprometimento renal moderado ou grave, ou doença renal em fase terminal que necessitam de diálise, recomenda-se uma avaliação adequada da função renal antes do início da terapia com alogliptina e periodicamente durante o tratamento.

A experiência em pacientes que requerem diálise renal é limitada. A alogliptina não foi estudada em pacientes submetidos a diálise peritoneal.

Comprometimento hepático

A alogliptina não foi estudada em pacientes com comprometimento hepático grave (> 9 na escala de Child-Pugh) e, portanto, não é recomendada a sua utilização nestes pacientes.

Insuficiência cardíaca

Existe experiência limitada da utilização de alogliptina em ensaios clínicos em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva nas classes funcionais III e IV da New York Heart Association (NYHA), portanto, é recomendada precaução nestes pacientes.

Reações de hipersensibilidade

Foram observadas reações de hipersensibilidade, incluindo reações anafiláticas, angioedema e doenças esfoliativas da pele, incluindo síndrome Stevens-Johnson, com os inibidores da DPP-4, as quais foram notificadas espontaneamente para a alogliptina no período pós-comercialização. Nos estudos clínicos da alogliptina, foram notificadas reações anafiláticas com uma baixa incidência.

Pancreatite aguda

A utilização de inibidores da DPP-4 tem sido associada a um risco de desenvolvimento de pancreatite aguda. Numa análise combinada de dados de 13 estudos, as taxas globais de casos de pancreatite em pacientes tratados com 25 mg de alogliptina, 12,5 mg de alogliptina, controle ativo ou placebo foram 2, 1, 1 ou 0 acontecimentos por 1.000 pacientes-ano, respectivamente. No estudo de resultados cardiovasculares, a taxa de notificações de pancreatite em pacientes tratados com alogliptina ou placebo foi de 3 ou 2 eventos por 1.000 pacientes-ano, respectivamente. Foram notificadas espontaneamente reações adversas de pancreatite aguda no período pós-comercialização. Os pacientes devem ser informados dos sintomas característicos da pancreatite aguda: dor abdominal intensa e persistente, que pode irradiar para as costas. Se houver suspeita de pancreatite, deve interromper-se o tratamento com Benzoato de Alogliptina.

Caso se confirme a pancreatite aguda, não se deve recomeçar o tratamento com Benzoato de Alogliptina. Devem ser tomadas precauções em pacientes com histórico de pancreatite.

Efeitos hepáticos

Foram recebidas notificações de disfunção hepática, incluindo insuficiência hepática, durante o período de póscomercialização. Não foi estabelecida uma relação causal. Os pacientes devem ser observados atentamente para a detecção de possíveis alterações hepáticas. Devem ser efetuados imediatamente testes de função hepática em pacientes com sintomas sugestivos de lesão hepática. Se for detetada uma alteração e não for estabelecida uma etiologia alternativa, considerar a descontinuação do tratamento com alogliptina.

Uso na gravidez e lactação

Categoria “B” de risco para a gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Gestantes

Não foram conduzidos estudos clínicos adequados e bem controlados com Benzoato de Alogliptina em gestantes.

Com base em dados de animais, não se espera que Benzoato de Alogliptina aumente o risco de anormalidades do desenvolvimento.

Uma vez que os estudos de reprodução animal nem sempre são indicativos do risco e da exposição em humanos, Benzoato de Alogliptina, como outros medicamentos antidiabéticos, deverá ser utilizado durante a gestação apenas se claramente necessário.

A alogliptina administrada em coelhas e ratas grávidas durante o período de organogênese não foi teratogênica em doses de até 200 mg/kg e 500 mg/kg ou 149 vezes e 180 vezes, respectivamente,a dose clínica com base na área sob a curva de concentração plasmática-tempo (ASC).

Doses de alogliptina de até 250 mg/kg, (aproximadamente 95 vezes a dose clínica máxima recomendada com base na ASC) administradas em ratas grávidas a partir do 6º dia de gestação até o 20º dia da lactação não prejudicaram o embrião em desenvolvimento ou afetaram de forma adversa o crescimento e desenvolvimento da prole.

Transferência placentária da alogliptina para o feto foi observada depois da administração oral em ratas grávidas.

Lactantes

A alogliptina é excretada no leite de ratas lactantes na proporção de 2:1 em relação ao plasma. Não há informações sobre a excreção da alogliptina no leite humano. Como muitos medicamentos são excretados no leite humano, recomenda-se cautela ao se administrar Benzoato de Alogliptina a lactantes.

Pacientes pediátricos

A segurança e a eficácia do uso de Benzoato de Alogliptina não foram estabelecidas em pacientes pediátricos.

Pacientes idosos

Do número total de pacientes (N = 8507) nos estudos de segurança e eficácia clínicas tratados com Benzoato de Alogliptina, 2064 (24,3%) pacientes tinham > 65 anos e 341 (4%) pacientes tinham > 75 anos. Não foram observadas diferenças gerais na segurança ou na eficácia entre pacientes com > 65 anos e pacientes mais jovens.

Apesar desta e outras experiências clínicas relatadas não terem identificado diferenças nas respostas entre pacientes idosos e mais jovens, não pode ser desconsiderada uma maior sensibilidade de alguns indivíduos de mais idade.

Segurança cardiovascular

Numa análise combinada dos dados de 13 estudos, as incidências globais de morte cardiovascular, infarto do miocárdio não fatal e acidente vascular cerebral (AVC) não fatal foram comparáveis nos pacientes tratados com 25 mg de alogliptina, controle ativo ou placebo.

Além disso, foi realizado um estudo de segurança, prospectivo e randomizado de resultados cardiovasculares, que contou com a participação de 5.380 pacientes com elevado risco cardiovascular subjacente, para examinar o efeito da alogliptina comparativamente ao placebo (quando adicionada ao tratamento padrão) sobre eventos cardiovasculares adversos importantes (MACE), incluindo o tempo até à primeira ocorrência de qualquer evento no composto de morte cardiovascular, infarto do miocárdio não fatal e acidente vascular cerebral (AVC) não fatal em pacientes com um evento coronário agudo recente (15 a 90 dias). No início do estudo, a idade média dos pacientes era de 61 anos, a duração média do diabetes era de 9,2 anos e a média de HbA1c era de 8,0%.

O estudo demonstrou que a alogliptina não aumentou o risco de desenvolver MACE em relação ao placebo [Razão de risco: 0,96; Intervalo de confiança monolateral de 99%: 0-1,16]. No grupo da alogliptina, 11,3% dos pacientes sofreram um MACE relativamente a 11,8% dos pacientes no grupo do placebo.

Houve 703 pacientes que apresentaram um evento do parâmetro de avaliação secundário composto MACE (primeiro evento de morte cardiovascular, infarto do miocárdio não fatal, AVC não fatal e revascularização urgente devido a angina instável). No grupo da alogliptina, 12,7% (344 indivíduos) sofreram um evento do parâmetro de avaliação secundário composto MACE comparado a 13,4% (359 indivíduos) no grupo do placebo [Razão de risco = 0,95; Intervalo de confiança monolateral de 99%: 0-1,14].

Tabela 10. Notificações de MACE em estudo de resultados cardiovasculares

-

Número de pacientes(%)

Alogliptina 25 mg

Placebo

N=2.701

N=2.679

Desfecho composto primário [Primeiro evento de morte CV, IM não fatal e AVC não fatal]

305 (11,3)

316 (11,8)

Morte cardiovascular*

89 (3,3)

111 (4,1)

Enfarte do miocárdio não fatal

187 (6,9)

173 (6,5)

AVC não fatal

29 (1,1)

32 (1,2)

*No geral 153 indivíduos (5,7%) no grupo da alogliptina e 173 indivíduos (6,5%) no grupo do placebo morreram (mortalidade por todo o tipo de causas).

Qual a ação da substância do Benzoato de Alogliptina?

Resultados de Eficácia


Benzoato de Alogliptina foi estudado como monoterapia e em combinação com metformina, sulfonilureia, tiazolidinediona (isoladamente ou em combinação com metformina ou sulfonilureia) ou insulina (isoladamente ou em combinação com metformina).

Um total de 8673 pacientes com diabetes tipo 2 foi randomizado em 10 estudos clínicos de segurança e eficácia, duplo-cegos, controlados por placebo ou ativo, realizados para avaliação dos efeitos de Benzoato de Alogliptina no controle glicêmico. A distribuição racial dos pacientes expostos à medicação do estudo era: 68% caucasianos, 15% asiáticos, 7% negros e 9% outros grupos raciais. A distribuição étnica era 30% hispânicos. Os pacientes tinham idade média de 55 anos (variação de 21 a 80 anos).

Em pacientes com diabetes tipo 2, o tratamento com Benzoato de Alogliptina produziu reduções clinicamente e estatisticamente significativas nos níveis de hemoglobina glicada (HbA1c) em comparação ao placebo. Como é comum para os estudos envolvendo tratamento de diabetes tipo 2, a média de redução da A1C com Benzoato de Alogliptina parece ser relacionada aos níveis de elevação da A1C na linha de base (início) do estudo Benzoato de Alogliptina causou alterações semelhantes ao placebo dos lipídeos séricos no basal.

Pacientes com controle glicêmico inadequado com dieta e exercício

Um total de 1768 pacientes com diabetes tipo 2 participou em três estudos duplo-cegos para avaliar a eficácia e a segurança de Benzoato de Alogliptina em pacientes com controle glicêmico inadequado com dieta e exercício. Todos os três estudos tinham um período de observação de 4 semanas, simples-cego com placebo seguido por um período de tratamento randomizado de 26 semanas. Os pacientes que falharam em atingir os objetivos hiperglicêmicos préespecificados durante o período de 26 semanas de tratamento receberam terapia glicêmica de resgate.

Em um estudo de 26 semanas, duplo-cego, controlado por placebo, um total de 329 pacientes (HbA1c média basal = 8%) foram randomizados para receber Benzoato de Alogliptina 12,5 mg, Benzoato de Alogliptina 25 mg ou placebo uma vez ao dia. O tratamento com Benzoato de Alogliptina 25 mg resultou em melhoras estatisticamente significantes em relação ao valor basal nos níveis de HbA1c e glicemia de jejum (GJ) em comparação ao placebo na semana 26 (Tabela 1). Um total de 8% dos pacientes recebendo Benzoato de Alogliptina 25 mg e 30% daqueles recebendo placebo necessitaram de terapia de resgate glicêmico.

A melhora na HbA1c não foi afetada por gênero, idade ou IMC basal.

A redução média do peso corporal com Benzoato de Alogliptina foi semelhante ao placebo.

Tabela 1: Parâmetros glicêmicos na Semana 26 em um estudo, controlado por placebo, de monoterapia com Benzoato de Alogliptina*.

-

Benzoato de Alogliptina 25 mg

Placebo
HbA1c (%)

N = 128

N = 63
Valor basal (média)

7,9

8,0
Alteração em relação ao valor basal (média ajustada)

-0,6

0
Diferença em relação ao placebo (média ajustada com IC de 95%)

-0,6 (-0,8, - 0,3)

-
% de pacientes (n/N) que atingem HbA1c ≤7%

44% (58/131)

23% (15/64)
Glicemia de jejum (mg/dL)

N = 129

N = 64
Valor basal (média)

172

173
Alteração em relação ao valor basal (média ajustada)

-16

11
Diferença em relação ao placebo (média ajustada com IC de 95%)

-28 (-40, -15)

-

*População de intenção de tratamento, utilizando a última observação durante o estudo.
Médias dos quadrados mínimos ajustadas para tratamento, valor basal, região geográfica e duração do diabetes
p<0,01 comparado ao placebo

Em um estudo de 26 semanas, duplo-cego, controlado por ativo, um total de 655 pacientes (HbA1c média basal = 8,8%) foram randomizados para receber Benzoato de Alogliptina 25 mg isolado, pioglitazona 30 mg isolada, Benzoato de Alogliptina 12,5 mg com pioglitazona 30 mg ou Benzoato de Alogliptina 25 mg com pioglitazona 30 mg uma vez ao dia. A administração concomitante de Benzoato de Alogliptina 25 mg com pioglitazona 30 mg resultou em melhoria estatisticamente significativa na HbA1c e GJ basal comparado o Benzoato de Alogliptina 25 mg isolado e a pioglitazona 30 mg isolada (Tabela 2). Um total de 3% dos pacientes recebendo Benzoato de Alogliptina 25 mg administrado concomitantemente com pioglitazona 30 mg, 11% daqueles recebendo Benzoato de Alogliptina 25 mg isolado e 6% daqueles recebendo pioglitazona 30 mg isolada necessitaram de resgate glicêmico.

A melhora na HbA1c não foi afetada por gênero, idade ou IMC basal.

O aumento médio do peso corporal foi semelhante entre a pioglitazona isolada e Benzoato de Alogliptina quando administrados concomitantemente com pioglitazona.

Tabela 2: Parâmetros glicêmicos na Semana 26 em um estudo controlado por ativo de Benzoato de Alogliptina, pioglitazona e Benzoato de Alogliptina em combinação com pioglitazona*

- Benzoato de Alogliptina 25 mg Pioglitazona
30 mg
Benzoato de Alogliptina 25
mg+
pioglitazona
30 mg
HbA1c (%) N=160 N=153 N=158
Valor basal (média) 8,8 8,8 8,8
Variação do valor basal
(média ajustada)
-1,0 -1,2 -1,7
Diferença de Benzoato de Alogliptina 25
mg (média ajustada com IC
de 95%)
- - -0,8 (-1,0, -0,5)
Diferença da pioglitazona 30
mg (média ajustada com IC
de 95%)
- - -0,6 (-0,8, -0,3)
% de pacientes (nM)
alcançando HbA1C <7%
24% (40/164) 34% (55/163) 63% (103/164)‡
Glicemia de jejum (mg/dL) N=162 N=157 N=162
Valor basal (média) 189 189 185
Variação do valor basal (média ajustada) -26 -37 -50

Diferença de Benzoato de Alogliptina 25 mg (média ajustada com IC de 95%)

- -

-24 (-34, -15)

Diferença da pioglitazona 30 mg (média ajustada com IC de 95%)

- -

-13 (-22, -4)

*População de intenção de tratar usando a última observação do estudo.
Médias dos mínimos quadrados ajustadas para tratamento, região geográfica e valor basal.
p<0,01 comparado com Benzoato de Alogliptina 25 mg ou pioglitazona 30 mg.

Em um estudo de 26 semanas, duplo-cego, controlado por placebo, um total de 784 pacientes inadequadamente controlados com dieta e exercício isolados (HbA1c média basal = 8,4%) foram randomizados para 1 de 7 grupos de tratamento:

  • Placebo, cloridrato de metformina 500 mg ou cloridrato de metformina 1000 mg duas vezes ao dia, Benzoato de Alogliptina 12,5 mg duas vezes ao dia ou Benzoato de Alogliptina 25 mg uma vez ao dia;
  • Benzoato de Alogliptina 12,5 mg em combinação com cloridrato de metformina 500 mg ou cloridrato de metformina 1000 mg duas vezes ao dia.

Ambos os braços de tratamento com administração concomitante (Benzoato de Alogliptina 12,5 mg + cloridrato de metformina 500 mg e Benzoato de Alogliptina 12,5 mg + cloridrato de metformina 1000 mg) resultaram em melhoras significantes na HbA1c e na glicemia de jejum quando comparados com seus regimes individuais de alogliptina e metformina (Tabela 3). Os braços de administração concomitante demonstraram melhoras na glicemia pós-prandial de 2 horas (GPP) comparados com Benzoato de Alogliptina isolado ou metformina isolada (Tabela 3). Um total de 12,3% dos pacientes recebendo Benzoato de Alogliptina 12,5 mg + cloridrato de metformina 500 mg, 2,6% dos pacientes recebendo Benzoato de Alogliptina 12,5 mg + cloridrato de metformina 1000 mg, 17,3% dos pacientes recebendo Benzoato de Alogliptina 12,5 mg, 22,9% dos pacientes recebendo cloridrato de metformina 500 mg, 10,8% dos pacientes recebendo cloridrato de metformina 1000 mg e 38,7% dos pacientes recebendo placebo necessitaram de resgate glicêmico.

A melhora na HbA1c não foi afetada por gênero, idade, raça ou IMC basal.

A redução média do peso corporal foi semelhante entre a metformina isolada e Benzoato de Alogliptina quando coadministrado com metformina.

Tabela 3: Parâmetros glicêmicos na Semana 26 para Benzoato de Alogliptina e metformina isolados e em combinação em pacientes com diabetes mellitus tipo 2*

- Placebo NE
12,5 mg
2x/dia
MET
500 mg
2x/dia
MET
1000 mg
2x/dia
NES
12,5 mg +
MET
500 mg
2x/dia
NES
12,5 mg
+ MET
1000
mg
2x/dia
HbA1c N=102 N=104 N=103 N=108 N=102 N=111
Valor basal (média) 8,5 8,4 8,5 8,4 8,5 8,4
Variação do valor basal (média ajustada) 0,1 -0,6 -0,7 -1,1 -1,2 -1,6
Diferença da metformina
(média ajustada com 95% IC)
- - - - -0,6‡ (-0,9,-0,3) -0,4‡ (-0,7,- 0,2)
Diferença de Benzoato de Alogliptina
(média ajustada com 95% IC)
- - - - -0,7‡ (-1,0,-0,41) -1,0‡ (-1,3,- 0,7)
% de pacientes (n/N) atingindo HbA1c <7% § 4% (4/102) 20% (21/104) 27% (28/103) 34% (37/108) 47%‡ (48/102) 59%‡ (66/111)
Glicemia de jejum (mg/dL) N=105 N=106 N=106 N=110 N=106 N=112
Valor basal (média) 187 177 180 181 176 185
Variação do valor basal (média ajustada) 12 -10 -12 -32 -32 -46
Diferença da metformina
(média ajustada com 95% IC)
- - - - -20‡ (-33,-8) -14‡ (-26,-2)
Diferença de Benzoato de Alogliptina
(média ajustada com 95% IC)
- - - - -22‡ (-35,-10) -36‡ (-49,- 24)
Glicemia de jejum de 2 horas
(mg/dL)
N=26 N=34 N=28 N=37 N=31 N=37
Valor basal (média) 236 272 247 266 261 268
Variação do valor basal (média ajustada) -21 -43 -49 -54 -68 -86
Diferença da metformina
(média ajustada com 95% IC)
- - - - -19 (-49,11) -32‡ (-58,-5)

Diferença de Benzoato de Alogliptina (média ajustada com 95% IC)

- - - - -25 (-53,-3)

-43‡ (-70,- 16)

NES = Benzoato de Alogliptina; MET = cloridrato de metformina.
*População de intenção de tratar usando a última observação durante o estudo antes da descontinuação da medicação do estudo duplo-cego ou terapia de resgate com sulfonilureia para pacientes que necessitaram de resgate.
Médias dos mínimos quadrados ajustadas para tratamento, região geográfica e valor basal.
p< 0,05 quando comparado com metformina e Benzoato de Alogliptina isolados
§ Comparado usando regressão logística
População de intenção de tratar usando dados disponíveis na Semana 26.

Terapia combinada

Terapia combinada com metformina

Um total de 2081 pacientes com diabetes tipo 2 participou de dois estudos de 26 semanas, duplo-cegos, controlados por placebo para avaliar a eficácia e a segurança de Benzoato de Alogliptina como terapia adjuvante à metformina. Em ambos os estudos, os pacientes apresentavam controle inadequado com a metformina na dose de pelo menos 1500 mg por dia ou com a dose máxima tolerada. Todos os pacientes entraram em um período de observação de 4 semanas, simplescego, com placebo antes da randomização. Os pacientes que não atingiram os objetivos hiperglicêmicos préespecificados durante o período de tratamento de 26 semanas receberam terapia de resgate glicêmico.

No primeiro estudo de 26 semanas, controlado por placebo um total de 527 pacientes já recebendo metformina (HbA1c média basal = 8%) foram randomizados para receber Benzoato de Alogliptina 12,5 mg, Benzoato de Alogliptina 25 mg ou placebo. Os pacientes foram mantidos em uma dose estável de metformina (dose mediana = 1700 mg) durante o período de tratamento.

Benzoato de Alogliptina 25 mg em combinação com metformina resultou em melhora estatisticamente significativa em relação ao valor basal nos níveis de HbA1c e glicemia de jejum na semana 26 quando comparado ao placebo (Tabela 4). Um total de 8% dos pacientes recebendo Benzoato de Alogliptina 25 mg e 24% dos pacientes recebendo placebo necessitaram de resgate glicêmico.

A melhora na HbA1C não foi afetada por gênero, idade, IMC basal ou dose basal de metformina.

A redução média do peso corporal foi semelhante entre Benzoato de Alogliptina e placebo quando administrado em combinação com metformina.

Tabela 4: Parâmetros glicêmicos na Semana 26 em um estudo controlado por placebo de Benzoato de Alogliptina como terapia adicional à metformina*

  Benzoato de Alogliptina 25 mg
+ metformina
Placebo
+ metformina
HbA1c (%) N = 203 N = 103
Valor basal (média) 7,9 8,0
Alteração em relação ao valor basal (média
ajustada)
-0,6 -0,1
Diferença em relação ao placebo (média
ajustada com IC de 95%)
-0,5 (-0,7, -0,3) -
% de pacientes (n/N) que atingem HbA1c ≤7% 44% (92/207) 18% (19/104)
Glicemia de jejum (mg/dL) N = 204 N = 104
Valor basal (média) 172 180
Alteração em relação ao valor basal (média
ajustada)
-17 0
Diferença em relação ao placebo (média
ajustada com IC de 95%)
-17 (-26, -9) -

* População de intenção de tratamento, utilizando a última observação durante o estudo.
Médias dos mínimos quadrados ajustadas para tratamento, valor basal, região geográfica e dose basal de metformina.
p < 0,001 em comparação ao placebo.

No segundo estudo de 26 semanas, duplo-cego, controlado por placebo, um total de 1554 pacientes já recebendo metformina (HbA1c média basal = 8,5%) foram randomizados para um de 12 grupos de tratamento duplo-cego:
  • Placebo;
  • 12,5 mg ou 25 mg de Benzoato de Alogliptina isolado;
  • 15 mg, 30 mg ou 45 mg de pioglitazona isolada ou 12,5 mg ou 25 mg de Benzoato de Alogliptina em combinação com 15 mg, 30 mg ou 45 mg de pioglitazona.

Os pacientes foram mantidos em uma dose estável de metformina (dose mediana = 1700 mg) durante o período de tratamento. A coadministração de Benzoato de Alogliptina e pioglitazona resultou em melhora estatisticamente significativa na HbA1c e na GJ comparado ao placebo, o Benzoato de Alogliptina isolado ou à pioglitazona isolada quando adicionados à terapia de base com metformina (Tabela 5, Figura 1). Além disso, as melhoras da HbA1c basal foram comparáveis entre Benzoato de Alogliptina isolado e pioglitazona isolada (15 mg, 30 mg e 45 mg) na Semana 26. Um total de 4%, 5% ou 2% dos pacientes recebendo Benzoato de Alogliptina 25 mg com 15 mg, 30 mg ou 45 mg de pioglitazona, 33% dos pacientes recebendo placebo, 13% dos pacientes recebendo Benzoato de Alogliptina 25 mg e 10%, 15% ou 9% dos pacientes recebendo 15 mg, 30 mg ou 45 mg de pioglitazona isolada necessitaram de resgate glicêmico.

A melhora na HbA1c não foi afetada por gênero, idade ou IMC basal.

O aumento médio do peso corporal foi semelhante entre pioglitazona isolada e Benzoato de Alogliptina quando coadministrado com pioglitazona.

Tabela 5: Parâmetros glicêmicos em um estudo de 26 semanas de Benzoato de Alogliptina, pioglitazona e Benzoato de Alogliptina em combinação com pioglitazona quando adicionados à metformina*

  Placebo NES
25 mg
PIO
15 mg
PIO
30 mg
PIO
45 mg
NES
25 mg
+ PIO
15 mg
NES
25 mg
+ PIO
30 mg
NES
25 mg
+ PIO
45 mg
HbA1C N=126 N=123 N=127 N=123 N=126 N=127 N=124 N=126
Valor basal (média) 8,5 8,6 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 8,6
Variação do valor
basal (média ajustada)
-0,1 -0,9 -0,8 -0,9 -1,0 -1,3 -1,4 -1,6

Diferença da pioglitazona (média ajustada com 95% IC)

- - - - - -0,5‡ (-0,7,- 0,3) -0,5‡ (-0,7,- 0,3) -0,6‡ (-0,8,- 0,4)

Diferença de Benzoato de Alogliptina (média ajustada com 95% IC)

- - - - - -0,4‡ (-0,6,- 0,1) -0,5‡ (-0,7,- 0,3) -0,7‡ (-0,9,- 0,5)
Pacientes (%)
atingindo HbA1C<7%
6%
(8/129)
27%
(35/129)
26%
(33/129)
30%
(38/129)
36%
(47/129)
55%
(71/130)
53%
(69/130)
60%
(78/130)
Glicemia de jejum
(mg/dL)
N=129 N=126 N=127 N=125 N=129 N=130 N=126 N=127
Valor basal (média) 177 184 177 175 181 179 179 178
Variação do valor
basal (média ajustada)
7 -19 -24 -29 -32 -38 -42 -53

Diferença da pioglitazona (média ajustada com 95% IC)

- - - - - -14‡ (-24,- 5) -13‡ (-23,- 3) -20‡ (-30,- 11)
Diferença de Benzoato de Alogliptina (média ajustada com 95% IC) - - - - - -19‡ (-29,- 10) -23‡ (-33,- 13) -34‡ (-44,- 24)

NES = Benzoato de Alogliptina ; PIO = pioglitazona.
*População de intenção de tratar usando a última observação durante o estudo.
Médias dos mínimos quadrados ajustadas para tratamento, região geográfica, dose de metformina e valor basal.
p< 0,01 quando comparado com doses correspondentes de pioglitazona e Benzoato de Alogliptina isolados.

Figura 1: Alteração da HbA1C basal na Semana 26 com Benzoato de Alogliptina e pioglitazona isolados e Benzoato de Alogliptina em combinação com pioglitazona quando adicionados à metformina

População de intenção de tratar usando a última observação realizada no estudo.

* P<0,001 comparado às doses correspondentes de Benzoato de Alogliptina isolado ou pioglitazona isolada

Legenda:
LS Mean Change in A1C (%): Variação na média dos mínimos quadrados da HbA1c (%).
Baseline mean A1C: HbA1C basal média.
Pioglitazone: pioglitazona.

Terapia combinada com tiazolidinediona

Em um estudo de 26 semanas controlado por placebo, um total de 493 pacientes inadequadamente controlados com tiazolidinediona isolada ou em combinação com metformina ou uma sulfonilureia (10 mg) (HbA1c média basal = 8%) foram randomizados para receber Benzoato de Alogliptina 12,5 mg, Benzoato de Alogliptina 25 mg ou placebo. Os pacientes foram mantidos em uma dose estável de pioglitazona (dose mediana = 30 mg) durante o período de tratamento; aqueles que também foram tratados anteriormente com metformina (dose mediana = 2000 mg) ou sulfonilureia (dose mediana = 10 mg) antes da randomização foram mantidos na terapia combinada durante o período de tratamento. Todos os pacientes foram incluídos em um período de observação de 4 semanas, simples-cego, com placebo antes da randomização. Os pacientes que não alcançaram os objetivos glicêmicos pré-especificados durante o período de 26 semanas de tratamento receberam terapia de resgate glicêmico.

A adição de Benzoato de Alogliptina 25 mg uma vez ao dia à terapia com pioglitazona resultou em melhora estatisticamente significativa em relação ao valor basal de HbA1c e glicemia de jejum na Semana 26 em comparação ao placebo (Tabela 7). Um total de 9% dos pacientes que estavam recebendo Benzoato de Alogliptina 25 mg e 12% dos pacientes recebendo placebo necessitaram de resgate glicêmico.

A melhora na HbA1c não foi afetada por gênero, idade, IMC basal ou dose basal de pioglitazona.

Reduções clinicamente significativas na HbA1c foram observadas com Benzoato de Alogliptina comparada com placebo independentemente se os indivíduos estivessem recebendo tratamento concomitante com metformina ou sulfonilureia (-0,2% placebo versus -0,9% Benzoato de Alogliptina) ou pioglitazona isolada (0% placebo versus -0,52% Benzoato de Alogliptina).

O aumento médio do peso corporal foi semelhante entre Benzoato de Alogliptina e placebo quando administrados em combinação com pioglitazona.

Tabela 6: Parâmetros glicêmicos em um estudo de 26 semanas, controlado por placebo, de Benzoato de Alogliptina como terapia adicional à pioglitazona*

- Benzoato de Alogliptina 25 mg + pioglitazona ± metformina ± sulfonilureia

Placebo + pioglitazona ± metformina ± sulfonilureia

HbA1c (%)

N = 195

N = 95

Valor basal (média)

8,0

8,0

Alteração em relação ao valor basal (média ajustada)

-0,8

-0,2

Diferença em relação ao placebo (média ajustada com IC de 95%)

-0,6 (-0,8, -0,4) -

% de pacientes (n/N) que atingem HbA1c ≤7%

49% (98/199)

34% (33/97)

Glicemia de jejum (mg/dL)

N = 197

N = 97

Valor basal (média)

170

172

Alteração em relação ao valor basal (média ajustada)

-20

-6

Diferença em relação ao placebo (média ajustada com IC de 95%)

-14 (-23, -5) -

* População de intenção de tratar, utilizando a última observação durante o estudo.
Médias dos mínimos quadrados ajustadas para tratamento, valor basal, região geográfica, regime terapêutico basal (pioglitazona, pioglitazona+metformina ou pioglitazona+sulfonilureia) e dose basal de pioglitazona.
p < 0,01 em comparação ao placebo.

Terapia combinada com pioglitazona e metformina

Em um estudo de 52 semanas, com comparador ativo, um total de 803 pacientes com controle inadequado (HbA1C média = 8,2%) em um regime atual de pioglitazona 30 mg e pelo menos 1500 mg de metformina por dia, ou a dose máxima tolerada, foram randomizados para receber a adição de Benzoato de Alogliptina 25 mg ou a titulação de pioglitazona de 30 mg para 45 mg depois de período de observação de 4 semanas, simples-cego, com placebo. Os pacientes foram mantidos em uma dose estável de metformina (dose mediana = 1700 mg). Os pacientes que não alcançaram os objetivos hiperglicêmicos pré-especificados durante o período de 52 semanas de tratamento receberam terapia de resgate glicêmico.

Em combinação com pioglitazona e metformina, Benzoato de Alogliptina 25 mg mostrou-se estatisticamente superior em reduzir a HbA1C e a glicemia de jejum comparado com a titulação de pioglitazona de 30 mg para 45 mg na Semana 26 e na Semana 52 (Tabela 8; resultados apenas para a Semana 52). Um total de 11% dos pacientes no grupo de tratamento com Benzoato de Alogliptina 25 mg e 22% dos pacientes no grupo de titulação da pioglitazona necessitaram de resgate glicêmico.

A melhora na HbA1C não foi afetada por gênero, idade, raça, ou IMC basal.

O aumento médio do peso corporal foi semelhante em ambos os braços do tratamento.

Tabela 7: Parâmetros glicêmicos em um estudo de 52 semanas, controlado, de Benzoato de Alogliptina como terapia combinada com pioglitazona e metformina*

- Benzoato de Alogliptina 25 mg + pioglitazona 30 mg + metformina

Pioglitazona 45 mg + metformina

HbA1c (%)

N = 397

N = 394

Valor basal (média)

8,2

8,1

Alteração em relação ao valor basal (média ajustada)

-0,7

-0,3

Diferença em relação a pioglitazona 45 mg + metformina (média ajustada com IC de 95%)

-0,4 (-0,5, -0,3) -

% de pacientes (n/N) que atingem HbA1c ≤7%c

33% (134/404)§

21% (85/399)

Glicemia de jejum (mg/dL)

N = 399

N = 396

Valor basal (média)

162

162

Alteração em relação ao valor basal (média ajustada)

-15

-4

Diferença em relação em relação a pioglitazona 45 mg + metformina (média ajustada com IC de 95%)

-11§ (-16, -6) -

* População de intenção de tratamento, utilizando a última observação durante o estudo.
Médias dos mínimos quadrados ajustadas para tratamento, valor basal, região geográfica, e dose basal de metformina.
Não inferior e estatisticamente superior a metformina+pioglitazona ao nível de significância unicaudal de 0,025.
§ p<0,001 comparado a pioglitazona 45 mg + metformina.

Terapia combinada com sulfonilureia

Um estudo duplo-cego de 26 semanas de duração foi realizado para a avaliar a eficácia e a segurança de Benzoato de Alogliptina como terapia adicional à gliburida em pacientes com diabetes tipo 2. Um total de 500 pacientes inadequadamente controlados com sulfonilureia (HbA1c média basal = 8,1%) foram randomizados para receber Benzoato de Alogliptina 12,5 mg, Benzoato de Alogliptina 25 mg ou placebo. Os pacientes foram mantidos em uma dose estável de gliburida (dose média = 10 mg) durante o período de tratamento. Todos os pacientes foram incluídos em um período de observação de 4 semanas, simples-cego, com placebo antes da randomização. Os pacientes que não alcançaram os objetivos glicêmicos específicos definidos pelo estudo durante o período de 26 semanas de tratamento receberam terapia de resgate glicêmico.

A adição de Benzoato de Alogliptina 25 mg uma vez ao dia à terapia com gliburida resultou em melhoras estatisticamente significativas em relação ao valor basal nos níveis de HbA1c na semana 26 em comparação à adição de placebo (Tabela 8). As melhorias na GJ observadas com Benzoato de Alogliptina 25 mg não foram estatisticamente significativas em comparação com placebo. Um total de 16% dos pacientes que receberam Benzoato de Alogliptina 25 mg e 28% dos que receberam placebo necessitaram de resgate glicêmico.

A melhora dos níveis de HbA1c não foi afetada pelo sexo, idade, IMC basal ou dose basal de gliburida.

O aumento médio do peso corporal foi semelhante entre Benzoato de Alogliptina e placebo quando administrados em combinação com gliburida.

Tabela 8: Parâmetros glicêmicos em um estudo de 26 semanas, controlado por placebo, de Benzoato de Alogliptina como terapia adicional à gliburida*

- Benzoato de Alogliptina 25 mg + gliburida

Placebo + gliburida

HbA1c (hemoglobina glicada) (%)

N = 197

N = 97

Valor basal (média)

8,1

8,2

Alteração em relação ao valor basal (média ajustada

-0,5

0

Diferença em relação ao placebo (média ajustada com IC de 95%)

0,5 (-0,7, -0,3) -

% de pacientes (n/N) que atingem HbA1c ≤7%

35% (69/198)

18% (18/99)

Glicemia de jejum (mg/dL)

N = 198

N = 99

Valor basal (média)

174

177

Alteração em relação ao valor basal (média ajustada )

-8

2

Diferença em relação ao placebo (média ajustada com IC de 95%)

-11 (-22, 1) -

*População de intenção de tratamento, utilizando a última observação durante o estudo.
Médias dos mínimos quadrados ajustadas para tratamento, valor basal, região geográfica e dose basal de gliburida
p < 0,001 em comparação ao placebo.

Terapia combinada com insulina

Um estudo duplo-cego de 26 semanas de duração, com um total de 390 pacientes inadequadamente controlados com insulina isolada (42%) ou em combinação com metformina (58%) (HbA1c média basal = 9,3%) foram randomizados para receber Benzoato de Alogliptina 12,5 mg, Benzoato de Alogliptina 25 mg ou placebo. Os pacientes foram mantidos nos seus esquemas posológicos de insulina (dose média = 55 UI) na randomização e aqueles previamente tratados com insulina em combinação com a metformina (dose média = 1700 mg) antes da randomização continuaram com o regime de combinação durante o período de tratamento. Os pacientes incluídos no estudo podiam estar em uso de insulina de ação rápida, lenta ou ultra-lenta (basal) ou em uso de insulina mista. Os pacientes que não alcançaram os objetivos hiperglicêmicos específicos durante os 26 meses de tratamento receberam terapia de resgate glicêmico.

A adição de Benzoato de Alogliptina 25 mg uma vez ao dia à terapia com insulina resultou em melhoras estatisticamente significativas em relação ao valor basal nos níveis de HbA1c e GJ na semana 26 em comparação à adição de placebo (Tabela 9). Um total de 20% dos pacientes que receberam Benzoato de Alogliptina 25 mg e 40% daqueles que receberam placebo necessitaram de resgate hiperglicêmico.

A melhora dos níveis de HbA1c não foi afetada pelo sexo, idade, IMC basal ou dose basal diária de insulina.

Reduções clínicas significativas de HbA1c foram observadas com Benzoato de Alogliptina comparado ao placebo independentemente se os pacientes também receberem terapia concomitante com metformina e insulina (-0,2% de placebo versus -0,8% de Benzoato de Alogliptina) ou insulina isolada (0,1% de placebo versus 0,7% de Benzoato de Alogliptina).

O aumento médio do peso corporal foi semelhante entre Benzoato de Alogliptina e placebo quando administrados em combinação com insulina.

Tabela 9: Parâmetros glicêmicos em um estudo de 26 semanas, controlado por placebo, de Benzoato de Alogliptina como terapia adicional à insulina*

- Benzoato de Alogliptina 25 mg + Insulina ± metformina

Placebo + Insulina ± metformina

HbA1c (hemoglobina glicada) (%)

N = 126

N = 126

Valor basal (média)

9,3

9,3

Alteração em relação ao valor basal (média ajustada)

-0,7

-0,1

Diferença em relação ao placebo (média ajustada com IC DE 95%)

-0,6 (-0.8, -0.4) -

% de pacientes (n/N) que atingem HbA1c ≤7%

8% (10/129)

1% (1/129)

Glicemia de jejum (mg/dL)

N = 128

N = 127

Valor basal (média)

186

196

Alteração em relação ao valor basal (média ajustada)

-12

6

Diferença em relação ao placebo (média ajustada com IC de 95%)

-18 (-33, -2) -

* População de intenção de tratamento, utilizando a última observação durante o estudo.
Médias dos mínimos quadrados ajustadas para tratamento, valor basal, região geográfica, regime de tratamento basal (insulina ou insulina+metformina) e dose basal diária inicial de insulina.
p < 0,05 em comparação ao placebo.

Características Farmacológicas 


Mecanismo de Ação

Concentrações aumentadas dos hormônios incretina, tais como o peptídio glucagon símile 1 (GLP-1) e o polipeptídio insulinotrópico dependente de glicose (GIP), são liberados na corrente sanguínea a partir do intestino delgado em resposta ao consumo de uma refeição. Estes hormônios provocam a secreção de insulina dependente de glicose pelas células beta pancreáticas, mas são inativados pela enzima DPP-4 dentro de minutos. O GLP-1 também reduz a secreção de glucagon a partir das células alfa pancreáticas, reduzindo a produção hepática de glicose.

Em pacientes que apresentam diabetes tipo 2, há redução dos níveis de GLP-1 mas a resposta da insulina ao GLP-1 é preservada. A alogliptina é um inibidor da DPP-4 que torna mais lenta a inativação dos hormônios incretina, aumentando, dessa forma, suas concentrações na corrente sanguínea e reduzindo as concentrações da glicemia em jejum e pós-prandial de maneira dependente da glicose em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. A alogliptina ligase seletivamente a e inibe a atividade da DPP-4, mas não a atividade da DPP-8 ou da DPP-9 in vitro, em concentrações próximas das exposições terapêuticas.

Propriedades Farmacodinâmicas

A administração de dose única de Benzoato de Alogliptina a indivíduos sadios resultou em inibição máxima da DPP-4 no período de 2 a 3 horas após a administração e excedeu 93% na faixa de doses de 12,5 mg a 800 mg. A inibição de DPP-4 permaneceu acima de 80% após 24 horas para doses de  25 mg. As exposições máxima e total ao GLP-1 ativo durante 24 horas nas doses de Benzoato de Alogliptina de 25 mg até 200 mg foram 3 a 4 vezes mais elevadas com Benzoato de Alogliptina em comparação ao placebo. Em um estudo de 16 semanas, duplo-cego, controlado por placebo, Benzoato de Alogliptina 25 mg causou diminuição do glucagon pós-prandial, enquanto aumentou os níveis de GLP-1 ativo pós-prandial em comparação ao placebo durante um período de 8 horas depois de uma refeição padronizada. Não está claro se estes achados estão relacionados com as variações no controle glicêmico geral em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Neste estudo, Benzoato de Alogliptina 25 mg provocou reduções na glicemia pós-prandial de 2 horas comparado ao placebo (-30 mg/dL versus17 mg/dL, respectivamente).

A administração de doses múltiplas de alogliptina a pacientes que apresentavam diabetes tipo 2 também causou inibição máxima de DPP-4 dentro de 1 a 2 horas e excedeu 93% com todas as doses (25 mg, 100 mg e 400 mg) depois de uma dose única e depois de 14 dias de administração uma vez ao dia. Com estas doses de Benzoato de Alogliptina, a inibição de DPP-4 permaneceu acima de 81% em 24 horas após 14 dias de administração.

Eletrofisiologia cardíaca

Em um estudo randomizado, controlado por placebo, de 4 braços e grupo paralelo, 257 pacientes receberam 50 mg de alogliptina, 400 mg de alogliptina, 400 mg de moxifloxacina ou placebo uma vez ao dia por um total de 7 dias.

Não foi observado aumento no QTc com nenhuma das doses de alogliptina. Com a dose de 400 mg, as concentrações plasmáticas máximas de alogliptina foram 19 vezes maiores que as concentrações máximas depois da dose clínica máxima recomendada de 25 mg.

Propriedades Farmacocinéticas

A farmacocinética de Benzoato de Alogliptina foi estudada em indivíduos sadios e em pacientes que apresentavam diabetes tipo 2.

Após a administração de doses orais únicas de até 800 mg em indivíduos sadios, a concentração plasmática máxima da alogliptina (Tmax mediano) ocorreu 1 a 2 horas após a administração. Na dose clínica máxima recomendada de 25 mg, Benzoato de Alogliptina foi eliminado com meia-vida terminal média (T1/2) de aproximadamente 21 horas.

Após a administração de doses múltiplas de até 400 mg por 14 dias em pacientes que apresentavam diabetes tipo 2, o acúmulo de alogliptina foi mínimo, com aumentos nas exposições total e máxima de 34% e 9%, respectivamente. As exposições total e máxima à alogliptina foram elevadas de modo proporcional com doses únicas e múltiplas de alogliptina entre 25 mg e 400 mg. O coeficiente de variação entre indivíduos para a ASC da alogliptina foi 17%. A farmacocinética de Benzoato de Alogliptina também se mostrou similar em indivíduos sadios e em pacientes que apresentavam diabetes tipo 2.

Absorção

A biodisponibilidade absoluta de Benzoato de Alogliptina é aproximadamente 100%. A administração de Benzoato de Alogliptina com uma refeição rica em lípides não resultou em alteração nas exposições total e máxima à alogliptina. Portanto, Benzoato de Alogliptina poderá ser administrado com ou sem alimentos.

Distribuição

Após uma infusão intravenosa única de 12,5 mg de alogliptina a indivíduos sadios, o volume de distribuição durante a fase terminal foi de 417 litros, indicando que o fármaco é bem distribuído aos tecidos.

Alogliptina apresenta ligação de 20% às proteínas plasmáticas.

Metabolismo

A alogliptina não sofre metabolismo extenso e 60%-71% da dose é excretada como fármaco não metabolizado na urina.

Foram detectados dois metabólitos menores após a administração de uma dose oral de [14C] alogliptina: alogliptina N-desmetilada, M-I (<1% do composto precursor) e alogliptina N-acetilada, M-II (<6% do composto precursor). M-I é um metabólito ativo e um inibidor da DPP-4, similar à molécula precursora; M-II não apresenta qualquer atividade inibidora em relação à DPP-4 ou a outras enzimas relacionadas à DPP. Dados in vitro indicam que a CYP2D6 e a CYP3A4 contribuem para o metabolismo limitado da alogliptina.

A alogliptina existe predominantemente como o enantiômero (R) (>99%) e sofre pouca ou nenhuma conversão quiral in vivo ao enantiômero (S). O enantiômero (S) não é detectável na dose clínica máxima recomendada de 25 mg.

Excreção

A via de eliminação primária da radioatividade derivada da [14C] alogliptina ocorreu por excreção renal (76%), com 13% recuperados nas fezes, atingindo uma recuperação total de 89% da dose radioativa administrada. A depuração renal da alogliptina (9,6 L/h) indica alguma secreção tubular renal ativa e a depuração sistêmica foi 14,0 L/h.

Populações Específicas

Insuficiência renal

Um estudo aberto de dose única foi conduzido para avaliar a farmacocinética da alogliptina na dose de 50 mg em pacientes que apresentavam insuficiência renal crônica, em comparação a controles sadios.

Em pacientes com insuficiência renal leve (clearance de creatinina (CrCl) ≥60 a <90 mL/min), observou-se um aumento aproximado de 1,2 vezes na ASC da alogliptina. Como aumentos dessa magnitude não são considerados clinicamente relevantes, o ajuste de dose para pacientes com insuficiência renal leve não é recomendado.

Em pacientes com insuficiência renal moderada (CrCl) ≥30 a <60 mL/min), observou-se um aumento aproximado de 2 vezes na ASC plasmática. Para manutenção de exposições sistêmicas semelhantes de Benzoato de Alogliptina àquelas observadas em função renal normal, a dose recomendada é de 12,5 mg uma vez ao dia para pacientes com insuficiência renal moderada.

Em pacientes com insuficiência renal grave (CrCl) ≥15 a <30 mL/min) e pacientes apresentando insuficiência renal crônica terminal (CrCl < 15 mL/min ou que requerem diálise), observou-se um aumento aproximado de 3 a 4 vezes na ASC plasmática de alogliptina, respectivamente. Aproximadamente 7% da droga foi removida em sessões de diálise de 3 horas. Benzoato de Alogliptina não recomendado para pacientes com insuficiência renal grave ou com doença renal em fase terminal que necessitam de hemodiálise nas doses usuais.

Insuficiência hepática

A exposição total à alogliptina foi aproximadamente 10% menor e a exposição máxima foi aproximadamente 8% menor em pacientes com comprometimento hepático moderado, em comparação aos indivíduos sadios. A magnitude destas reduções não foi considerada clinicamente significativa. Pacientes que apresentam comprometimento hepático grave (Child-Pugh Grau C) não foram estudados. Deve-se ter cautela ao administrar Benzoato de Alogliptina para pacientes com doença hepática.

Gênero

Não é necessário ajuste da dose de Benzoato de Alogliptina com base no gênero. O gênero não causou qualquer efeito clinicamente significativo na farmacocinética da alogliptina.

Idosos

Não é necessário ajuste da dose de Benzoato de Alogliptina com base na idade. A idade não causou qualquer efeito significativo na farmacocinética da alogliptina.

Crianças

Não foram realizados estudos que caracterizam a farmacocinética da alogliptina em pacientes pediátricos.

Raça

Não é necessário ajuste da dose de Benzoato de Alogliptina com base na raça. A raça (branca, negra e asiática) não causou qualquer efeito clinicamente significativo na farmacocinética da alogliptina.

Dados de segurança pré-clínica

Carcinogênese, Mutagênese e Comprometimento da Fertilidade

Ratos receberam doses de 75, 400 e 800 mg/kg/dia de alogliptina durante dois anos.

Não foram observados tumores relacionados ao fármaco com até 75 mg/kg ou aproximadamente 32 vezes a dose clínica máxima recomendada de 25 mg, com base na exposição da ASC. Em doses maiores (aproximadamente 308 vezes a dose clínica máxima recomendada de 25 mg), uma combinação de adenomas e carcinomas de célula C da tireóide aumentou em ratos machos mas não em fêmeas. Não foram observados tumores relacionados ao fármaco em camundongos depois da administração de 50, 150 ou 300 mg/kg/dia de alogliptina por dois anos ou até aproximadamente 51 vezes a dose clínica máxima recomendada de 25 mg, com base na exposição da ASC.

A alogliptina não foi mutagênica ou clastogênica no teste de Ames com S. typhimurium e E. coli, com e sem ativação metabólica, ou no ensaio citogenético em células de linfoma de camundongo. A alogliptina foi negativa no estudo in vivo de micronúcleo de camundongo.

Em um estudo de fertilidade em ratos, a alogliptina não teve efeitos adversos no desenvolvimento embrionário precoce, acasalamento ou fertilidade em dose de até 500 mg/kg/dia ou aproximadamente 172 vezes a dose clínica máxima recomendada de 25 mg com base na exposição da ASC.

Dados sobre interações medicamentosas

Avaliação in vitro das interações medicamentosas

Estudos in vitro indicam que a alogliptina não é indutora de CYP1A2, CYP2B6, CYP2C9, CYP2C19 e CYP3A4 ou inibidora de CYP1A2, CYP2C8, CYP2C9, CYP2C19, CYP3A4 e CYP2D6 em concentrações clinicamente relevantes.

Avaliação in vivo das interações medicamentosas

Efeitos da alogliptina na farmacocinética de outros fármacos

Em estudos clínicos, a alogliptina não elevou de modo significativo a exposição sistêmica aos fármacos a seguir que são metabolizados pelas isozimas CYP ou que são excretados inalterados na urina (Figura 2). Não é recomendado ajuste da dose de Benzoato de Alogliptina com base nos resultados dos estudos farmacocinéticas descritos.

Figura 2: Efeito da alogliptina na exposição farmacocinética a outros fármacos

* A varfarina foi administrada uma vez ao dia em uma dose estável na faixa de 1 mg – 10 mg. A alogliptina não teve efeito significante no tempo de protrombina (TP) ou na Razão Internacional Normalizada (INR).
** Cafeína (substrato de 1A2), tolbutamida (substrato de 2C9), dextrometorfano (substrato de 2D6), midazolam (substrato de 3A4) e fexofenadina (substrato de P-gp) foram administrados como um coquetel.

Efeitos de outros fármacos na farmacocinética da alogliptina

Não há alterações clinicamente significantes na farmacocinética da alogliptina quando Benzoato de Alogliptina é administrado concomitantemente com os fármacos descritos abaixo (Figura 3).

Figura 3: Efeito de outros fármacos na exposição farmacocinética da alogliptina

Fontes consultadas

  • Bula do Profissional do Medicamento Nesina.

Nomes comerciais

Especialidades Médicas

Endocrinologia

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