Bula do Carbetocina
Princípio Ativo: Carbetocina
Carbetocina, para o que é indicado e para o que serve?
Carbetocina está indicado para a prevenção da hemorragia pós-parto devido à atonia uterina1.
1CID 10 O75.9: Complicações do trabalho de parto e do parto.
Quais as contraindicações do Carbetocina?
Devido à longa duração de ação do Carbetocina quando comparado à ocitocina, as contrações uterinas produzidas pela carbetocina não podem ser interrompidas simplesmente pela suspensão da medicação. Portanto, a carbetocina não deve ser administrada durante o período gestacional. O uso inadequado de carbetocina durante a gravidez mimetiza os sintomas da ocitocina em relação à dosagem, incluindo hiperestimulação do útero com contrações fortes (hipertônicas) e/ou prolongadas (tetânicas), parto trabalhoso, ruptura uterina, lacerações cervicais e vaginais, hemorragia pós-parto útero-placentária, hipoperfusão e desaceleração variável do batimento cardíaco fetal, hipóxia fetal, hipercapnia ou morte. Carbetocina não deve ser utilizado para a indução do trabalho de parto.
A carbetocina não deve ser utilizada em pacientes com histórico de hipersensibilidade à ocitocina, carbetocina ou qualquer outro excipiente da fórmula.
A carbetocina não deve ser utilizada em pacientes com distúrbios cardiovasculares graves, doença renal ou hepática e com epilepsia.
Este medicamento está classificado na categoria X conforme “Categorias de risco de fármacos destinados às mulheres grávidas”: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas.
Como usar o Carbetocina?
Carbetocina só deve ser administrado após o nascimento do bebê. Deve ser administrado o mais rapidamente possível após o parto, de preferência antes da remoção da placenta.
Carbetocina é destinado para utilização única. Não devem ser administradas doses adicionais de Carbetocina . Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser administrado juntamente com outros.
Caso ocorra atonia uterina ou hipotonia persistente e consequente sangramento excessivo, após a administração de Carbetocina , deve ser considerada terapia adicional com outro uterotônico.
Posologia do Carbetocina
Para cesariana eletiva realizada sob anestesia epidural ou raquidiana
Retire 1 mL do frasco-ampola de Carbetocina contendo 100 mcg de carbetocina e administre somente por injeção intravenosa por profissional de saúde em hospital. A administração deve ser feita lentamente durante 1 minuto, somente após a retirada da criança por cesariana eletiva.
Para parto vaginal
Retire 1 mL do frasco-ampola de Carbetocina contendo 100 mcg de carbetocina e administre somente por injeção intramuscular por profissional de saúde em hospital.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Carbetocina?
As reações adversas observadas com o uso de carbetocina durante os estudos clínicos foram do mesmo tipo e frequência que as reações adversas observadas com a ocitocina.
Administração intravenosa*
Sistema | Muito comum > 1/10 | Comum > 1/100 e ≤ 1/10 | Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) |
Distúrbios do sangue e do sistema linfático | --- | Anemia | --- |
Distúrbios do sistema nervoso | Dor de cabeça, tremores | Tontura | --- |
Distúrbios cardiológicos | --- | --- | Taquicardia, bradicardia** , arritmia** , isquemia miocárdica** e prolongamento do intervalo QT** |
Distúrbios vasculares | Hipotensão, rubor | --- | --- |
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino | --- | Dor no peito, dispneia | --- |
Distúrbios gastrointestinais | Náusea, dor abdominal | Gosto metálico, vômito | --- |
Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos | Coceira | --- | --- |
Distúrbios musculoesqueléticos e dos tecidos conjuntivos | --- | Dor nas costas | --- |
Distúrbios gerais e alterações no local de administração | Sensação de calor | Calafrios e dores no local da injeção | --- |
*Baseado em estudos em cesariana.
**Relatados com ocitocina (estrutura semelhante à carbetocina).
Administração intramuscular***
Sistema | Incomum > 1/1,000 e ≤ 1/100 | Raro > 1/10.000 e ≤ 1/1.000 |
Distúrbios do sangue e do sistema linfático | Anemia | --- |
Distúrbios do sistema nervoso | Dor de cabeça, tontura | Tremor |
Distúrbios cardíológicos | Taquicardia | --- |
Distúrbios vasculares | Hipotensão | Rubor |
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino | Dor no peito | Dispneia |
Desordens gastrointestinais | Náusea, dor abdominal, vômito | --- |
Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos | --- | Coceira |
Distúrbios musculoesqueléticos e dos tecidos conjuntivos | Dor nas costas, fraqueza muscular | --- |
Distúrbios renais e urinários | --- | Retenção urinária |
Distúrbios gerais e alterações no local de administração | Calafrios, febre e dor | --- |
***Baseado em estudos sobre parto vaginal.
Nos estudos clínicos, sudorese foi relatada como caso esporádico.
A natureza e a frequência das reações adversas ao medicamento experimentadas pelas participantes do estudo que receberam carbetocina intravenosa foram similares nas pacientes submetidas a cesarianas eletivas ou de emergência.
As reações adversas medicamentosas observadas com a carbetocina durante os ensaios clínicos foram do mesmo tipo e frequência que os acontecimentos adversos observados com ocitocina e placebo quando administrados após cesariana sob anestesia peridural ou raquidiana.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Carbetocina maior do que a recomendada?
Superdosagem de carbetocina pode produzir hiperatividade uterina. Observou-se taquicardia em doses únicas de até 800 microgramas. A hiperestimulação com contrações de forte intensidade (hipertônicas) ou prolongadas (tetânicas) resultantes da superdosagem com ocitocina pode levar a ruptura uterina ou hemorragia pós-parto.
A superdosagem de ocitocina pode levar à hiponatremia e intoxicação hídrica em casos severos, especialmente quando associada com a ingestão concomitante e excessiva de fluidos.
Os sintomas de intoxicação hídrica incluem:
- Dor de cabeça, anorexia, náusea, vômito e dor abdominal.
- Letargia, sonolência, inconsciência e convulsões.
Como a carbetocina é um análogo da ocitocina, a possibilidade de eventos similares não está descartada.
O tratamento da superdosagem de carbetocina consiste em tratamento sintomático e de suporte. Quando os sinais ou sintomas de superdosagem ocorrem, oxigênio deve ser dado à mãe. Em casos de intoxicação hídrica, é essencial restringir a ingestão de líquidos, promover a diurese, corrigir o desequilíbrio eletrolítico e controlar as convulsões que podem eventualmente ocorrer.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Carbetocina com outros remédios?
Durante os estudos clínicos, a carbetocina foi administrada associada a diversos analgésicos, espasmolíticos e agentes utilizados em anestesia epidural e raquidiana e não foi observada nenhuma interação medicamentosa.
Não foram realizados estudos específicos de interação.
A estrutura química da carbetocina é semelhante à da ocitocina, portanto não se deve excluir a ocorrência de interações conhecidas associadas ao uso da ocitocina:
- Hipertensão severa foi reportada nas pacientes que receberam ocitocina 3 a 4 horas após a administração profilática de um vasoconstritor em associação ao bloqueio anestésico caudal.
A combinação de alcaloides de ergot, tais como metilergometrina, tanto com a ocitocina como com a carbetocina, leva a aumento da pressão arterial, aumentando o efeito desses agentes. Caso a ocitocina ou a metilergometrina seja administrada após a carbetocina, existe o risco de efeito cumulativo.
Considerando que as prostaglandinas potencializam o efeito da ocitocina, espera-se que isto também possa ocorrer com carbetocina. Portanto, não é recomendado que prostaglandinas e carbetocina sejam utilizadas em conjunto.
Se forem administradas concomitantemente, a paciente deve ser cuidadosamente acompanhada.
Alguns anestésicos inalatórios, tais como o halotano e o ciclopropano, podem aumentar o efeito hipotensor e diminuir o efeito da carbetocina sobre o útero. Arritmias foram relatadas para a ocitocina durante o uso concomitante.
Alterações em exames laboratoriais
Não há dados disponíveis até o momento que demonstrem que Carbetocina possa alterar resultados de exames laboratoriais.
Quais cuidados devo ter ao usar o Carbetocina?
Carbetocina deve ser utilizado em unidades obstétricas bem equipadas e sob supervisão médica adequada.
O uso de carbetocina em qualquer estágio antes do nascimento do bebê não é apropriado uma vez que a atividade uterotônica (contrações) persiste por várias horas. Isto contrasta com a rápida redução de efeito observada após a interrupção de infusão de ocitocina.
Havendo hemorragia pós-parto vaginal ou uterino persistente após a administração da carbetocina, deve-se determinar a causa da hemorragia. Deve-se levar em consideração a possibilidade de retenção de fragmentos placentários, lacerações perineais, vaginais e do colo do útero, reparo uterino inadequado ou desordens da coagulação sanguínea. A administração de carbetocina deve ser feita utilizando uma única injeção de Carbetocina , intramuscular ou intravenosa. Quando administrada por via intravenosa, deve ser feita lentamente, durante 1 minuto. Algumas pacientes podem não ter uma contração uterina adequada após uma única injeção de Carbetocina . Nesses casos, a administração de Carbetocina não deve ser repetida e, caso persista a hipotonia ou atonia uterina e consequente hemorragia excessiva, deve-se considerar a terapia adicional com outro uterotônico. Não existem dados sobre doses adicionais de carbetocina ou sobre o uso da carbetocina após a ocitocina em caso de atonia uterina persistente.
Estudos em animais demonstraram que a carbetocina possui alguma atividade antidiurética (atividade de vasopressina: <0,025 UI/frasco) e, portanto, a possibilidade de hiponatremia não pode ser excluída, principalmente em pacientes que estão recebendo grandes volumes de fluidos intravenosos. Os primeiros sinais de sonolência, apatia e dor de cabeça devem ser reconhecidos para prevenir convulsões e coma.
A carbetocina deve ser utilizada com cautela em casos de epilepsia, enxaqueca, asma e doenças cardiovasculares ou em qualquer situação em que a adição rápida de água extracelular possa ser prejudicial a um sistema que já esteja sobrecarregado. A decisão de administrar a carbetocina deve ser tomada pelo médico após considerar o benefício potencial que a carbetocina pode trazer nestes casos.
Não foram realizados estudos específicos em mulheres grávidas com diabetes mellitus. Não há dados disponíveis sobre o uso de carbetocina em pacientes com eclâmpsia.
Pacientes com eclâmpsia e pré-eclâmpsia devem ser cuidadosamente monitoradas.
Cuidados e advertências para populações especiais
A indicação do produto não abrange a utilização da medicação para pacientes idosos e crianças.
No desenvolvimento clínico da carbetocina para prevenção da hemorragia pós-parto após o parto vaginal, 151 pacientes entre 12 e 18 anos receberam carbetocina na dose recomendada de 100 μg e 162 receberam ocitocina 10 UI. A eficácia e segurança foram semelhantes nos dois grupos de tratamento.
Não há dados relevantes sobre o uso de carbetocina em crianças com menos de 12 anos de idade.
A segurança e eficácia da carbetocina em adolescentes ainda não foi estabelecida. Apesar dos dados atualmente disponíveis, nenhuma recomendação sobre posologia pode ser feita.
Efeito na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Carbetocina é um medicamento de uso restrito a hospitais, além disso, em razão das condições médicas da paciente, a mesma não terá condições de dirigir veículos e operar máquinas.
Gravidez e lactação
A carbetocina é contraindicada durante a gravidez para a indução do parto.
Foi demonstrado que pequenas quantidades de carbetocina podem ser transferidas do plasma para o colostro ou leite materno em mulheres lactantes, após injeção única. 5 lactantes saudáveis receberam 70 µg de carbetocina por via intramuscular, entre 7 e 14 semanas pós-parto. Quantidades muito pequenas de carbetocina foram detectadas no leite materno. A concentração média no leite materno foi aproximadamente 50 vezes menor do que a concentração no plasma. Nessa situação, a ingestão do medicamento pelo bebê não representa risco a sua saúde, pois acredita-se que a carbetocina seja rapidamente degradada por enzimas no trato gastrintestinal da criança. A amamentação não precisa ser restringida após o uso da carbetocina.
Não foram relatados efeitos significativos na produção de leite materno durante estudos clínicos.
A ocitocina é conhecida por causar a contração das células mioepiteliais em torno dos alvéolos mamários, estimulando, assim, a produção de leite. Não há evidências suficientes para determinar se a carbetocina também pode estimular a produção do leite.
Qual a ação da substância do Carbetocina?
Resultados de Eficácia
A eficácia da carbetocina na prevenção da hemorragia pós-parto cesariana foi estabelecida em um estudo randomizado, controlado, duplo-cego, double dummy, grupos paralelos desenvolvido para estabelecer a eficácia e segurança da carbetocina comparado com ocitocina 25 UI. 659 mulheres grávidas saudáveis submetidas a cesariana sob anestesia peridural receberam injeção IV única em bolus contendo 100 mcg/mL de carbetocina ou infusão IV de 25 UI de ocitocina em 8 h.
O resultado da análise do desfecho primário, sobre a necessidade de intervenção ocitócica adicional, mostrou que foi necessária intervenção ocitócica adicional em 15 (5%) das pacientes que receberam carbetocina 100 mcg IV em comparação com 32 (10%) das pacientes do grupo da ocitocina 25 UI (p = 0,031).1
A eficácia da carbetocina na prevenção da hemorragia pós-parto vaginal foi estabelecida em um estudo randomizado, controlado e duplo-cego. No total, 29.645 pacientes foram randomizadas para receber uma dose única intramuscular de carbetocina 100 mcg ou ocitocina 10 UI imediatamente após o nascimento do recém-nascido (preferencialmente dentro de 1 minuto). Para o desfecho primário de perda sanguínea ≥ 500 mL ou uso de uterotônicos adicionais, taxas semelhantes foram obtidas em ambos os grupos de tratamento (carbetocina: 2135 pacientes, 14,47%; ocitocina: 2122 pacientes, 14,38%; risco relativo [RR] 1,01; 95 % CL: 0,95 a 1,06), demonstrando que a carbetocina era pelo menos tão eficaz quanto a ocitocina em relação ao desfecho primário.2
Referências:
1 Dansereau, J. et al, 1999. Double-blind comparison of carbetocin versus oxytocin in prevention of uterine atony after cesarean section. Int.J. Gyn. Obs. 1999; Mar;180(3 Pt 1):670-6.
2 Widmer, M. et al. Heat-stable carbetocin versus oxytocin to prevent haemorrhage after vaginal birth. New England Journal of Medicine 379.8 (2018): 743-752.
Características Farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Ocitocina e análogos.
Código ATC: H01BB03.
Carbetocina é um nonapeptídeo sintético idêntico à ocitocina. As propriedades clínicas e farmacológicas da carbetocina são similares aos agentes agonistas da ocitocina de ação prolongada. A ocitocina é um hormônio natural da neuro-hipófise.
Como a ocitocina, a carbetocina liga-se seletivamente aos receptores de ocitocina presentes na musculatura lisa do útero, estimulando as contrações uterinas rítmicas, aumentando a frequência das contrações existentes e elevando a tonicidade da musculatura uterina.
No útero pós-parto, a carbetocina é capaz de aumentar a taxa e a força das contrações uterinas espontâneas. O início da contração uterina após a administração de carbetocina via intramuscular ou intravenosa é rápido, com contração firme sendo obtida dentro de 2 minutos.
O número de receptores de ocitocina no útero é muito baixo no útero não-gravídico e aumenta durante a gravidez, atingindo seu pico no momento do parto. Portanto, a carbetocina não tem efeito sobre o útero não-gravídico e tem um potente efeito uterotônico durante a gestação e imediatamente após o parto.
A duração total da ação de uma única injeção intravenosa de carbetocina sobre a atividade uterina é de cerca de uma hora, sugerindo que a carbetocina pode agir por tempo suficiente para prevenir a hemorragia pós-parto no período imediatamente posterior ao parto. Em comparação com a ocitocina, a carbetocina induz uma resposta uterina prolongada quando administrada no pós-parto, em termos de amplitude e frequência de contrações. A carbetocina, quando administrada imediatamente após o parto, como injeção intravenosa única de 100 mcg em mulheres submetidas a cesariana sob anestesia epidural ou raquidiana, mostrou ser significativamente mais eficaz do que o placebo na prevenção da atonia uterina e em minimizar o sangramento uterino.
Uma dose única intravenosa ou intramuscular de 100 mcg de carbetocina administrada após o nascimento da criança mantém a contração uterina adequada, prevenindo a atonia uterina e a hemorragia excessiva.
Propriedades farmacocinéticas
A depuração de carbetocina do corpo (total e renal), o volume de distribuição e a meia-vida de distribuição e eliminação não parecem ser dependentes da dose, enquanto a Cmáx mostra alterações proporcionais com o aumento da dose.
A carbetocina mostra eliminação bifásica após administração intravenosa com farmacocinética linear no intervalo de dose de 400 a 800 microgramas. A meia-vida terminal é de 33 minutos após a administração intravenosa e 55 minutos após a administração intramuscular. Após administração intramuscular, os picos de concentração são atingidos após 30 minutos e a biodisponibilidade é de 77%. O volume médio de distribuição no pseudoequilíbrio (Vz) é de 22 L. A depuração renal da forma inalterada é baixa, com <1% da dose injetada excretada inalterada pelo rim.
Em 5 mulheres lactantes, a concentração plasmática de carbetocina foi detectável por volta de 15 minutos após a administração e o pico máximo de 1035 ± 218 pg/mL dentro de 60 minutos. O pico da concentração no leite foi aproximadamente 56 vezes menor do que no plasma em 120 minutos.
A relação dose-resposta de carbetocina e contração uterina foi avaliada em um ensaio clínico aberto envolvendo 18 gestantes saudáveis submetidas à cesariana eletiva sob anestesia peridural (CLN 6.3.5), onde foi determinada a dose intravenosa de carbetocina necessária para produzir contração tetânica após cesariana. A dose mínima de eficácia foi determinada e definida como a dose que produz a contração uterina adequada em 100% das pacientes. Uma única injeção intravenosa de 100 mcg foi capaz de manter a contração após a cesariana.
Dados de Segurança Pré-Clínica
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para os seres humanos com base em estudos convencionais de segurança farmacológica, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade e tolerância local. Um estudo de toxicidade reprodutiva em ratos, com administração diária do fármaco desde o parto até o dia 21 da lactação, mostrou uma redução no ganho de peso corporal dos filhotes. Não foram observados outros efeitos tóxicos. A indicação não justificou estudos de fertilidade ou embriotoxicidade. Não foram realizados estudos de carcinogenicidade com carbetocina devido à indicação de dose única.
Interação Alimentícia: posso usar o Carbetocina com alimentos?
Interações com alimentos e álcool
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação de Carbetocina com alimentos e álcool.
Fontes consultadas
- Bula do Profissional do Medicamento Duratocin®.
Doenças relacionadas
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 14 de Abril de 2023.