Bula do Cibinqo
Princípio Ativo: Abrocitinibe
Classe Terapêutica: Outros Produtos Anti-inflamatórios Não Esteroidais Dermatológicos
Cibinqo, para o que é indicado e para o que serve?
Cibinqo® (abrocitinibe) é indicado para o tratamento de dermatite atópica moderada a grave, em adultos e adolescentes acima de 12 anos, candidatos à terapia sistêmica, podendo ser utilizado com ou sem a associação de terapias tópicas para dermatite atópica.
Como o Cibinqo funciona?
Cibinqo® é um medicamento destinado aos pacientes com dermatite atópica moderada a grave. Dermatite atópica é uma doença inflamatória, crônica de pele que causa pele seca, coceira e manchas na pele de vários tipos: manchas avermelhadas, com crostas e até pequenas feridas. A doença pode ter diferentes graus de acometimento, podendo ser leve, moderada e grave. No paciente com dermatite atópica, muitas substâncias no corpo do paciente contribuem para que o processo da inflamação e a coceira permaneçam.
Cibinqo® age dentro das células controlando as substâncias que estão relacionadas com a inflamação e com a coceira em pacientes com dermatite atópica moderada a grave, ajudando no controle dos sinais e sintomas da doença.
Cibinqo® pode ser utilizado com ou sem os medicamentos tópicos (aqueles que são utilizados diretamente na pele) para o tratamento da dermatite atópica.
Quais as contraindicações do Cibinqo?
Cibinqo® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade (reação alérgica) conhecida ao abrocitinibe ou a qualquer componente da fórmula.
Como usar o Cibinqo?
A dose inicial recomendada de Cibinqo® é de 100 mg ou 200 mg uma vez ao dia com base nas características individuais do paciente:
- Uma dose inicial de 100 mg uma vez ao dia é recomendada para pacientes com maior risco de tromboembolismo venoso (TEV), evento cardiovascular adverso maior (MACE) e malignidade. Se o paciente não responder adequadamente a 100 mg uma vez ao dia, a dose pode ser aumentada para 200 mg uma vez ao dia (ver abaixo).
- Uma dose de 200 mg uma vez ao dia pode ser apropriada para pacientes que não apresentam maior risco de TEV, MACE e malignidade ou para pacientes com resposta inadequada a 100 mg uma vez ao dia. Após o controle da doença, a dose deve ser reduzida para 100 mg uma vez ao dia. Se o controle da doença não for mantido após a redução da dose, o novo tratamento com 200 mg uma vez ao dia pode ser considerado.
A dose efetiva mais baixa para manutenção deve ser considerada. A descontinuação do tratamento deve ser considerada em pacientes que não apresentam evidência de benefício terapêutico após 24 semanas. Siga a prescrição e recomendações do seu médico.
Cibinqo® pode ser usado com ou sem terapias tópicas medicamentosas para tratamento da dermatite atópica.
Cibinqo® deve ser administrado via oral uma vez ao dia, com ou sem alimentos, aproximadamente no mesmo horário do dia. Para pacientes que sentem náusea durante o tratamento com Cibinqo®, a ingestão com alimentos pode melhorar a náusea.
Engula os comprimidos de Cibinqo® inteiros e intactos com água. Não esmague, corte ou mastigue os comprimidos de Cibinqo®.
O tratamento com Cibinqo® não deve ser iniciado em pacientes com contagem de plaquetas, contagem absoluta de linfócitos, contagem absoluta de neutrófilos ou valor de hemoglobina alterados.
O início da resposta ao medicamento pode ser observado a partir do segundo dia após a primeira dose de 200 mg/dia e a partir do quinto dia após a primeira dose de 100 mg/dia.
Interrupção da dose
Caso o paciente desenvolva uma infecção grave, sepse ou infecção oportunista, deve-se considerar a interrupção de Cibinqo® até que a infecção seja controlada.
A interrupção da administração de Cibinqo® deve ser considerada pelo seu médico para o manejo de alterações nos exames laboratoriais.
Doses esquecidas
Se uma dose for esquecida, os pacientes devem ser orientados a tomar a dose o quanto antes, a não ser que seja menos de 12 horas antes da próxima dose, nesse caso o paciente não deverá tomar a dose esquecida. Depois disso, deve-se retomar a dosagem no horário regular programado.
Interações medicamentosas
Quando a dose recomendada for de 100 mg ou 200 mg de Cibinqo® uma vez ao dia, a dose deverá ser reduzida em 50%, ou seja, 50 mg ou 100 mg uma vez ao dia, respectivamente, em pacientes que estejam tomando fortes inibidores do citocromo P450 (CYP) 2C19 (ex.: fluvoxamina, fluconazol). O uso de Cibinqo® não é recomendado concomitantemente com indutores moderados ou fortes das enzimas CYP2C19/CYP2C9 (por exemplo, rifampicina, apalutamida, efavirenz, enzalutamida, fenitoína).
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal (diminuição da função dos rins)
Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência renal leve.
Em pacientes com insuficiência renal moderada, a dose recomendada de Cibinqo® deve ser reduzida pela metade para 100 mg ou 50 mg uma vez ao dia.
Em pacientes com insuficiência renal grave, 50 mg uma vez ao dia é a dose inicial recomendada. A dose diária máxima é de 100 mg.
Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática (incapacidade do fígado de funcionar adequadamente)
Nenhum ajuste de dose é necessário para pacientes com insuficiência hepática leve ou moderada. Cibinqo® não foi estudado em pacientes com insuficiência hepática grave.
Uso em Idosos
A dose inicial recomendada para doentes com idade ≥ 65 anos é de 100 mg uma vez por dia.
Uso em Crianças
Cibinqo® não é recomendado para crianças com menos de 12 anos de idade. A segurança e a eficácia de Cibinqo® em pacientes pediátricos com menos de 12 anos de idade não foram estabelecidas. Não há dados disponíveis.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Cibinqo?
Se uma dose for esquecida, você deve ser orientado a tomar a dose o quanto antes, a não ser que seja menos de 12 horas antes da próxima dose, caso em que o paciente não deverá tomar a dose esquecida. Depois disso, deve-se retomar a dosagem no horário regular programado.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Cibinqo?
Possibilidade de infecções
Podem ocorrer reações graves, as mais frequentes foram herpes simples (herpes que se manifesta por feridas e bolhas ao redor da boca ou genitais), herpes-zóster (conhecido popularmente como “cobreiro”) e pneumonia (infecção nos pulmões).
Os riscos e benefícios do tratamento com Cibinqo® devem ser cuidadosamente considerados pelo seu médico antes do início do tratamento nos pacientes com infecção crônica ou recorrente, que foram expostos à tuberculose, com histórico de infecção grave ou oportunista, que residiam ou viajaram em áreas endêmicas de tuberculose ou micoses endêmicas ou com condições subjacentes que podem predispor à infecção.
Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados em relação ao desenvolvimento de sinais e sintomas de infecção durante e após o tratamento. O paciente que desenvolver uma nova infecção durante o tratamento com Cibinqo® deve ser submetido a um teste diagnóstico imediato e completo e a terapia adequada, indicada pelo médico, deve ser iniciada. A terapia com Cibinqo® deverá ser interrompida se o paciente não responder à terapia padrão.
A tuberculose foi observada em estudos clínicos com abrocitinibe. Os pacientes devem ser investigados quanto a presença de tuberculose antes de iniciar a terapia com Cibinqo®. O médico deve considerar exames anuais para pacientes que estão em áreas onde há muitos casos de tuberculose. Cibinqo® não deve ser administrado a pacientes com tuberculose ativa. Para pacientes com novo diagnóstico de tuberculose latente ou tuberculose latente prévia não tratada, deve ser iniciada terapia preventiva para tuberculose latente antes de iniciar o tratamento com Cibinqo®.
Foi relatada reativação viral, incluindo reativação do vírus da herpes (ex.: herpes-zóster, herpes simples), em estudos clínicos. Se um paciente desenvolver herpes-zóster, a interrupção temporária do tratamento pode ser considerada até que o episódio se resolva.
A triagem de hepatite viral deve ser realizada de acordo com as diretrizes clínicas antes de se iniciar a terapia e durante a terapia com Cibinqo®. Pacientes com evidência de hepatite B ou hepatite C ativa foram excluídos dos estudos clínicos. Se suspeita de hepatite durante o tratamento com Cibinqo®, um hepatologista (médico especialista em doenças do fígado) deverá ser consultado.
Este medicamento pode aumentar o risco de infecções. Informe ao seu médico qualquer alteração no seu estado de saúde.
Vacinação
Não há dados disponíveis sobre a resposta à vacinação em pacientes recebendo Cibinqo®. O uso de vacinas vivas atenuadas deve ser evitado durante ou imediatamente antes do tratamento. Antes de iniciar Cibinqo®, recomenda-se que os pacientes sejam atualizados sobre todas as imunizações, incluindo vacinações profiláticas (preventivas) contra herpes-zóster, de acordo com as atuais diretrizes de imunização.
Algumas vacinas são contraindicadas para quem está tomando imunossupressor. Antes de tomar qualquer vacina, informe ao profissional de saúde que você está tomando medicamento imunossupressor.
Tromboembolismo venoso (TEV)
Foi relatada trombose venosa profunda [formação de um coágulo sanguíneo (trombo) numa veia profunda, mais comum nos membros inferiores (pernas)] e embolia pulmonar (entupimento de uma veia do pulmão por um coágulo) em pacientes que estavam recebendo inibidores da Janus quinase (JAK) incluindo Cibinqo®. Cibinqo® deve ser usado com cautela em pacientes com risco de trombose venosa profunda e embolia pulmonar. Os fatores de risco que devem ser considerados pelo seu médico para determinar o risco de trombose venosa profunda e embolia pulmonar do paciente são: idade acima ou igual a 65 anos, tabagismo de longo prazo, malignidade atual [excluindo câncer de pele não melanoma (CPNM)], histórico médico de trombose venosa profunda e embolia pulmonar, transtorno protrombótico (alteração no tempo de coagulação do sangue, ou seja, o tempo necessário para estancar um sangramento, por exemplo), uso de contraceptivos hormonais combinados (pílula anticoncepcional) ou terapia de reposição hormonal (medicamentos para menopausa), pacientes submetidos a cirurgias de grande porte e imobilização prolongada.. Os pacientes devem ser reavaliados periodicamente durante o tratamento com abrocitinibe para avaliar alterações no risco de TEV.
Em um estudo com o medicamento tofacitinibe (outro inibidor de JAK) em pacientes com artrite reumatoide de 50 anos ou mais com pelo menos um fator de risco cardiovascular adicional, uma taxa mais alta de TEV dependente da dose, incluindo trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar (EP) foi observada com tofacitinibe em comparação com inibidores de TNF (outra classe de medicamentos utilizada para o tratamento da artrite reumatoide).
Malignidade [excluindo câncer de pele não melanoma (CPNM)]
Linfoma [câncer que se origina nos linfonodos (gânglios)] e outras malignidades (cânceres) foram relatados em pacientes recebendo inibidores de JAK, incluindo abrocitinibe.
Em pacientes com 65 anos de idade ou mais, pacientes que são fumantes atuais de longo tempo ou ex-fumantes por longo tempo, ou com outros fatores de risco de malignidade (por exemplo, malignidade atual ou histórico de malignidade), o abrocitinibe deve ser usado com cautela.
Câncer de pele não melanoma
CPNM foram relatados em pacientes recebendo abrocitinibe. O exame periódico da pele é recomendado para todos os pacientes, particularmente aqueles com risco aumentado de câncer de pele.
Alterações de exames de sangue
O tratamento com Cibinqo® não deve ser iniciado em pacientes com alteração na contagem de plaquetas (células sanguíneas responsáveis pela coagulação do sangue), na contagem absoluta de linfócitos (células de defesa no sangue), na contagem absoluta de neutrófilos (células de defesa no sangue) ou no valor de hemoglobina [substância que fica dentro do glóbulo vermelho (hemácia) do sangue].
Seu médico deve monitorar a contagem de plaquetas e a contagem absoluta de linfócitos 4 semanas após o início da terapia com Cibinqo® e, posteriormente, de acordo com o tratamento de rotina do paciente. Hemograma completo deve ser monitorado antes do início da terapia, 4 semanas após o início da terapia com Cibinqo® e, posteriormente, de acordo com o tratamento de rotina do paciente.
Foi relatado um aumento dependente da dose nos parâmetros lipídicos (gorduras do sangue) séricos. Os parâmetros lipídicos devem ser avaliados antes do início da terapia, 4 semanas após o início da terapia com Cibinqo® e, posteriormente, de acordo com o risco de doença cardiovascular e diretrizes clínicas. O efeito desses aumentos nos parâmetros lipídicos na morbidade e mortalidade cardiovascular não foi determinado. Pacientes com parâmetros lipídicos anormais devem ser monitorados e tratados de acordo com as diretrizes clínicas, devido aos riscos cardiovasculares conhecidos associados à hiperlipidemia. Se o abrocitinibe for escolhido, as intervenções para controlar as concentrações lipídicas devem ser implementadas de acordo com as diretrizes clínicas.
Condições imunossupressoras ou uso de medicamentos imunossupressores
A combinação com medicamentos biológicos, imunossupressores potentes como a ciclosporina ou outros inibidores da Janus quinase (JAK) não foi estudada. Seu uso concomitante com abrocitinibe não é recomendado, pois não pode ser excluído o risco de imunossupressão aditiva.
Eventos Adversos Cardiovasculares Maiores (MACE)
MACE foram observados em pacientes tomando abrocitinibe.
Em um estudo com o medicamento tofacitinibe (outro inibidor de JAK) em pacientes com artrite reumatoide de 50 anos ou mais com pelo menos um fator de risco cardiovascular adicional, uma taxa mais alta de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE), definidos como morte cardiovascular, infarto do miocárdio (IM) não fatal e acidente vascular cerebral não fatal foram observados com tofacitinibe em comparação com os inibidores de TNF (uma outra classe de medicamentos para o tratamento da artrite reumatoide).
Portanto, em pacientes com 65 anos de idade ou mais, pacientes que são fumantes atuais de longo tempo ou ex fumantes por longo tempo e pacientes com histórico de doença cardiovascular aterosclerótica ou outros fatores de risco cardiovascular, o abrocitinibe deve ser usado com cautela.
Idoso
O perfil de segurança observado em pacientes idosos foi semelhante ao da população adulta com as seguintes exceções: uma proporção maior de pacientes com 65 anos de idade ou mais descontinuaram os estudos clínicos e tiveram maior probabilidade de ter eventos adversos graves em comparação com pacientes mais jovens; existem dados limitados em doentes com idade superior a 75 anos.
Uso em pacientes com 65 anos de idade ou mais
Considerando o risco aumentado de eventos cardiovasculares maiores, malignidades, infecções graves e mortalidade por todas as causas em pacientes com 65 anos de idade ou mais, Cibinqo® deve ser usado com cautela nesses pacientes.
Gravidez e Lactação
Mulheres com potencial de engravidar devem ser orientadas a usar métodos contraceptivos (para evitar a gravidez) eficazes durante o tratamento e por 1 mês após a dose final de Cibinqo®. Deve-se considerar o planejamento e a prevenção da gravidez. Cibinqo® não deve ser usado durante a gestação.
Não há dados sobre a presença de Cibinqo® no leite humano, nos efeitos sobre o bebê amamentado nem no efeito sobre a produção de leite. Cibinqo® foi secretado no leite de ratas lactantes. Não se pode excluir riscos a recém-nascidos/bebês e Cibinqo® não deve ser usado durante a lactação.
O uso deste medicamento no período da lactação depende da avaliação e acompanhamento do seu médico.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
Cibinqo® tem efeito sedativo nulo ou insignificante. No entanto, os pacientes que apresentem tonturas após a ingestão de abrocitinibe devem abster-se de conduzir ou utilizar máquinas até que a tontura desapareça.
Atenção: Contém os corantes dióxido de titânio e óxido de ferro vermelho que podem, eventualmente, causar reações alérgicas.
Atenção: Contém lactose monoidratada.
Este medicamento não deve ser usado por pessoas com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência total de lactase ou síndrome de má-absorção de glicose-galactose.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Cibinqo?
As reações adversas encontradas em 1% ou mais dos pacientes que usavam Cibinqo® durante os estudos do medicamento: náusea, vomito, nasofaringite (resfriado comum), dor de cabeça, herpes simples, herpes zoster, acne, fadiga (cansaço), tontura, infecção do trato urinário, impetigo (infecção na pele), dor na garganta, hipertensão, gastroenterite, dermatite de contato, influenza (gripe), dor ou desconforto abdominal, aumento de creatinofosfoquinase (uma enzima presente em músculos e outros locais) e diminuição do número de plaquetas no sangue.
Abaixo, listado as reações adversas por categorias de frequência:
- Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): náusea (enjoo).
- Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): herpes simples, herpes zóster, trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue), cefaleia (dor de cabeça), tontura, vômitos, dor abdominal superior, acne (doença inflamatória das glândulas sebáceas conhecidos como cravos e espinhas), creatinofosfoquinase sérica elevada (enzima do corpo que está presente em músculos e outros locais).
- Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): pneumonia, linfopenia (redução de um tipo de célula de defesa no sangue: linfócito), hiperlipidemia (aumento da concentração de gorduras no sangue), tromboembolismo venoso (entende-se por tromboembolismo venoso duas condições frequentes, que são a trombose venosa profunda e o tromboembolismo pulmonar).
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Apresentações do Cibinqo
Comprimidos revestidos 50, 100 e 200 mg
Embalagem contendo 30 comprimidos revestidos.
Via de administração: uso oral.
Uso adulto e pediátrico acima de 12 anos de idade.
Qual a composição do Cibinqo?
Cada comprimido revestido de Cibinqo® contém o equivalente a 50 mg, 100 mg ou 200 mg de abrocitinibe.
Excipientes: celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásico anidro, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, opadry rosa II, Opadry® (hipromelose, dióxido de titânio, lactose monoidratada, macrogol, triacetina, óxido de ferro vermelho).
Cada comprimido revestido de Cibinqo® 50 mg contém 1,365 mg de lactose monoidratada.
Cada comprimido revestido de Cibinqo® 100 mg contém 2,73 mg de lactose monoidratada.
Cada comprimido revestido de Cibinqo® 200 mg contém 5,46 mg de lactose monoidratada.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Cibinqo maior do que a recomendada?
Cibinqo® foi administrado em estudos clínicos até uma dose oral única de 800 mg. Não há experiência com superdose de Cibinqo®. Não existe um antídoto específico para a superdose de Cibinqo®. Em caso de superdose, o médico deve recomendar que o paciente seja monitorado em relação a sinais e sintomas de reações adversas. O tratamento deve ser sintomático e de suporte.
Dados farmacocinéticos de dose oral única de até 800 mg em voluntários adultos saudáveis indicam que mais de 90% da dose administrada deverá ser eliminada dentro de 48 horas.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Cibinqo com outros remédios?
Outros medicamentos podem interferir no efeito de Cibinqo®, portanto, informe ao seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento.
Informe ao seu médico caso você esteja usando medicamentos contendo fluvoxamina e fluconazol, pois pode ser necessário ajuste de dose de Cibinqo®.
Não é recomendável o uso concomitante de rifampicina durante o tratamento com Cibinqo®.
O uso de Cibinqo® concomitante com probenecida aumenta a exposição do abrocinitibe, no entanto, não é clinicamente significativo e não há recomendação para ajustar a dose.
Não foi observado efeito clinicamente significativo de Cibinqo® em estudos de interação medicamentosa com contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) com os hormônios etinilestradiol e levonorgestrel, ou com medicamentos como a rosuvastatina, metformina, midazolam, cafeína ou efavirenz.
A coadministração de etexilato de dabigatrana com uma dose única de Cibinqo® 200 mg aumentou a concentração de dabigatrana. Deve-se ter cautela no uso concomitante de abrocitinibe com dabigatrana. O efeito do abrocitinibe na farmacocinética desses medicamentos não foi avaliado. Deve-se ter cautela, pois os níveis de alguns substratos, como digoxina, podem aumentar.
Informe seu médico os medicamentos que você está usando.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Qual a ação da substância do Cibinqo?
Resultados de Eficácia
Eficácia e segurança clínica
A eficácia e a segurança de abrocitinibe como monoterapia e em combinação com medicamentos tópicos de base durante 12-16 semanas foram avaliadas em 1.616 pacientes em 3 estudos pivotais randomizados, duplo-cegos, controlados por placebo (MONO-1, MONO-2 e COMPARE). Além disso, a eficácia e segurança de abrocitinibe em monoterapia por mais de 52 semanas (com a opção de tratamento de resgate em pacientes em crise) foi avaliada em 1.233 pacientes em um estudo de indução de Fase 3, retirada randomizada, duplo-cego, controlado por placebo (REGIMEN). Os pacientes nestes 4 estudos tinham de 12 anos de idade ou mais com dermatite atópica moderada a grave, conforme definido pela pontuação da Avaliação global do investigador (IGA) ≥ 3, pontuação do Índice de área e gravidade de eczema (EASI) ≥ 16, envolvimento da área de superfície corporal (BSA) ≥ 10% e Escala de classificação numérica de pico de prurido (PP-NRS) > 4 na consulta de avaliação inicial antes da randomização. Os pacientes que tiveram uma resposta inadequada anterior ou para os quais os tratamentos tópicos eram clinicamente desaconselháveis, ou que receberam terapias sistêmicas foram elegíveis para inclusão.
Todos os pacientes que completaram os estudos iniciais foram elegíveis para se inscrever no estudo de extensão de longo prazo (EXTEND).
Resposta clínica
O tratamento com abrocitinibe 100 mg ou 200 mg uma vez ao dia como monoterapia ou em combinação com terapia tópica medicamentosa de base resultou na melhora dos sinais objetivos de dermatite atópica e do prurido relatado pelo paciente.
Características base
Nos estudos controlados por placebo (MONO-1, MONO-2, COMPARE) e no estudo aberto de indução, retirada randomizada (REGIMEN) em todos os grupos de tratamento, 41,4% a 51,1% eram do sexo feminino, 59,3% a 77,8% eram caucasianos, 15,0 % a 33,0% eram asiáticos e 4,1% a 8,3% eram negros, e a média de idade era de 32,1 a 37,7 anos. Nesses estudos, 32,2% a 40,8% tiveram IGA basal de 4 (dermatite atópica grave) e 41,4% a 59,5% dos pacientes receberam tratamento sistêmico prévio para dermatite atópica. A pontuação média do EASI inicial variou de 28,5 a 30,9, o PP-NRS inicial variou de 7,0 a 7,3 e o Índice de Qualidade de Vida em Dermatologia (DLQI) inicial variou de 14,4 a 16,0.
Estudos de monoterapia
Em ambos os estudos pivotais em monoterapia (MONO-1 e MONO-2), a proporção de pacientes que alcançou resposta IGA e/ou EASI-75 foi significativamente maior em pacientes que receberam abrocitinibe 100 mg ou 200 mg uma vez ao dia em comparação com placebo na Semana 12 (consulte a Tabela 1).
Observou-se uma proporção significativamente maior de pacientes que alcançou PP-NRS4 (definido como uma melhora de ≥ 4 pontos na gravidade de PP-NRS) com abrocitinibe 100 mg ou 200 mg uma vez ao dia em comparação com placebo logo na Semana 2, persistindo até Semana 12. Uma proporção mais alta de pacientes atingiu PP-NRS4 com abrocitinibe 100 mg ou 200 mg uma vez ao dia em comparação com placebo no Dia 6 e no Dia 3 (2 dias após a primeira dose), respectivamente (consulte a Tabela 1).
Tabela 1. Resultados de eficácia de monoterapia com abrocitinibe na Semana 12
MONO-1 | MONO-2 | |||||
CBQ | Placebo | CBQ | Placebo | |||
200 mg 1 x/d N=154 |
100 mg 1 x/d N=156 |
N=77 | 200 mg 1 x/d N=155 |
100 mg 1 x/d N=158 |
N=78 | |
% de respondedores (IC de 95%) |
||||||
IGA 0 ou 1a | 43,8g (35,9; 51,7) |
23,7e (17,0; 30,4) |
7,9 (1,8; 14,0) |
38,1g (30,4; 45,7) |
28,4f (21,3; 35,5) |
9,1 (2,7; 15,5) |
EASI-50b | 75,8k (69,0; 82,6) |
57,7k (49,9; 65,4) |
22,4 (13,0; 31,7) |
79,9k (73,5; 86,2) |
68,4k (61,1; 75,7) |
19,5 (10,6; 28,3) |
EASI-75b | 62,7g (55,1; 70,4) |
39,7g (32,1; 47,4) |
11,8 (4,6; 19,1) |
61,0g (53,3; 68,7) |
44,5g (36,7; 52,3) |
10,4 (3,6; 17,2) |
EASI-90b | 38,6k (30,8; 46,3) |
18,6i (12,5; 24,7) |
5,3 (0,2; 10,3) |
37,7k (30,0; 45,3) |
23,9k (17,2; 30,6) |
3,9 (0,0; 8,2) |
EASI100b | 13,1i (7,7; 18,4) |
6,4h (2,6; 10,3) |
0 (0,0; 4,7) |
7,1h (3,1; 11,2) |
5,2h (1,7; 8,6) |
0 (0,0; 4,7) |
PPNRS4c,d | 57,2g (48,8; 65,6) |
37,7f (29,2; 46,3) |
15,3 (6,6; 24,0) |
55,3g (47,2; 63,5) |
45,2g (37,1; 53,3) |
11,5 (4,1; 19,0) |
PP-NRS (0 ou 1) | 35,4k (27,2; 43,6) |
21,1i (13,9; 28,4) |
3,2 (0,0; 7,5) |
32,4k (24,5; 40,2) |
21,3i (14,5; 28,0) |
5,5 (0,3; 10,7) |
% Mudança em relação à avaliação inicial (IC de 95%) |
||||||
LSM EASI |
-73,5k (-79,1; -68,0) |
-57,5k (-63,1; -51,9) |
-28,4 (-36,5; -20,3) |
-73,3k (-79,7; -66,9) |
-60,0k (-66,5; -53,6) |
-28,6 (-38,4; -18,8) |
LSM PP-NRS |
-56,5k (-63,6; -49,5) |
-39,5i (-46,7; -32,3) |
-19,5 (-30,0; -9,0) |
-56,9k (-64,0; -49,8) |
-43,5j (-50,7; -36,3) |
-20,8 (-31,6; -9,9) |
LSM SCORAD |
-55,1k (-60,1; -50,2) |
-41,5k (-46,5; -36,5) |
-21,6 (-28,7; -14,5) |
-56,2k (-61,2; -51,1) |
-45,8k (-50,9; -40,7) |
-22,7 (-30,4; -15,1) |
Mudança em relação à avaliação inicial (IC de 95%) |
||||||
LSM PSAAD |
-3,2g (-3,6; -2,8) |
-2,2e (-2,6; -1,9) |
-1,1 (-1,7; -0,6) |
-3,0g (-3,3; -2,7) |
-2,4g (-2,8; -2,1) |
-0,8 (-1,3; -0,3) |
Abreviações: CBQ = abrocitinibe; IC = intervalo de confiança; EASI = Índice de área e gravidade de eczema; LSM = Média dos mínimos quadrados; IGA = Avaliação global do investigador; N = número de pacientes randomizados; PP-NRS = Escala de classificação numérica de pico de prurido; PSAAD = Avaliação de prurido e sintomas de dermatite atópica; 1 x/d = uma vez ao dia; SCORAD = Pontuação de dermatite atópica.
a Os respondedores na IGA eram pacientes com pontuação IGA de pele limpa (0) ou quase limpa (1) (em uma escala de 5 pontos) e redução de >2 pontos em relação à avaliação inicial.
b Os respondedores no EASI-50, 75, 90 e 100 eram pacientes com ≥50%, ≥75%, ≥90% e ≥100% de melhora no EASI em relação à avaliação inicial.
c A proporção de respondedores na PP-NRS4 também foi significativamente maior com abrocitinibe 200 mg e 100 mg uma vez ao dia do que o placebo na Semana 2, na Semana 4 e na Semana 8 nos estudos MONO-1 e MONO-2.
d Os respondedores na PP-NRS4 eram pacientes com melhora de ≥4 pontos na PP-NRS, em relação à avaliação inicial.
e p controlado por multiplicidade <0,01 vs. placebo.
f p controlado por multiplicidade <0,001 vs. placebo.
g p controlado por multiplicidade <0,0001 vs. placebo.
h p nominal <0,05 vs. placebo.
i p nominal <0,01 vs. placebo.
j p nominal <0,001 vs. placebo.
k p nominal <0,0001 vs. placebo.
A proporção de pacientes que atingiu EASI-90 ou PP-NRS4 ao longo do tempo nos estudos MONO-1 e MONO2 é mostrada nas Figuras 1 e 2.
Figura 1. Proporção de pacientes que atingiu EASI-90 ao longo do tempo nos estudos MONO-1 e MONO-2
Abreviações: EASI = Índice de área e gravidade de eczema; 1 x/d = uma vez ao dia.
Os respondedores na PP-NRS4 eram pacientes com melhora de ≥ 4 pontos na Escala de classificação numérica de pico de prurido (PP-NRS) em relação à avaliação inicial.
Figura 2. Proporção de pacientes que atingiu PP-NRS4 ao longo do tempo nos estudos MONO-1 e MONO-2
Abreviações: PP-NRS = Escala de classificação numérica de pico de prurido; 1 x/d = uma vez ao dia.
Os respondedores na PP-NRS4 eram pacientes com melhora ≥ 4 pontos na Escala de classificação numérica de pico de prurido (PP-NRS) em relação à avaliação inicial.
Os efeitos do tratamento em subgrupos (ex.: peso, idade, sexo, raça e tratamento imunossupressor sistêmico prévio) nos estudos MONO-1 e MONO-2 foram consistentes com os resultados da população geral do estudo.
Estudo de terapia combinada
No estudo pivotal de terapia combinada (COMPARE), a proporção de pacientes que alcançou resposta IGA ou EASI-75 foi significativamente maior em pacientes que receberam abrocitinibe 100 mg ou 200 mg uma vez ao dia em comparação com placebo na Semana 12 (consulte a Tabela 2).
A proporção de pacientes que atingiu PP-NRS4 com abrocitinibe 100 mg e 200 mg uma vez ao dia foi significativamente maior do que com o placebo no Dia 9 e no Dia 4, respectivamente, e permaneceu significativamente maior do que com o placebo em ambas as doses de abrocitinibe na Semana 2 e na Semana 16.
A proporção de pacientes que atingiu PP-NRS4 com abrocitinibe 200 mg uma vez ao dia foi significativamente maior do que com o dupilumabe já no Dia 4 e permaneceu significativamente maior do que com o dupilumabe na Semana 2. A proporção de pacientes que atingiu PP-NRS4 foi semelhante entre abrocitinibe 100 mg uma vez ao dia e dupilumabe na Semana 2.
Tabela 2. Resultados de eficácia de abrocitinibe com terapia tópica concomitante
Semana 2 | Semana 12 | Semana 16 | ||||||||||
CBQ | PBO N=131 | DUP N=243 | CBQ | PBO N=131 | DUP N=243 | CBQ | PBO N=131 | DUP N=243 | ||||
200 mg N=226 |
100 mg N=238 |
200 mg N=226 |
100 mg N=238 |
200 mg N=226 |
100 mg N=238 |
|||||||
% de respondedores | ||||||||||||
IGA 0 ou 1a | 18,4i | 15,2h | 6,3 | 4,7 | 48,4e | 36,6e | 14,0 | 36,5 | 47,5e | 34,8e | 12,9 | 38,8 |
EASI-50b | 60,5j | 53,1j | 21,9 | 35,7 | 86,3j | 75,3j | 52,7 | 80,9 | 87,3j | 81,2j | 57,3 | 84,1 |
EASI-75b | 30,0j | 25,4i | 10,9 | 14,0 | 70,3e | 58,7e | 27,1 | 58,1 | 71,0e | 60,3e | 30,6 | 65,5 |
EASI-90b | 11,2 h | 8,3g | 2,3 | 2,6 | 46,1j | 36,6 j | 10,1 | 34,9 | 48,9j | 38,0j | 11,3 | 38,8 |
EASI100b | 4,5g | 1,3 | 0 | 0,4 | 12,3i | 8,1h | 1,6 | 6.6 | 13,6h | 12,7h | 4,0 | 5,2 |
PP-NRS4c | 49,1e,f | 31,8d | 13,8 | 26,4 | 63,1j | 47,5i | 28,9 | 54,5 | 62,8j | 47,0h | 28,7 | 57,1 |
PP-NRS (0 ou 1) | 15,0h | 8,9 | 4,6 | 4,6 | 36,9j | 21,1i | 7,4 | 24,9 | 32,0i | 24,7g | 11,7 | 24,2 |
% Mudança em relação à avaliação inicial | ||||||||||||
LSM EASI |
-54,6j | -49,3j | -21,2 | -38,8 | -80,6j | -73,8j | -47,7 | -75,4 | -83,2j | -75,2j | -53,8 | -80,2 |
LSM PP-NRS |
-45,6j | -35,5j | -19,5 | -29,3 | -63,3j | -48,2j | -30,4 | -54,8 | -64,1j | -49,1j | -30,3 | -58,5 |
LSM SCORAD |
-41,7j | -34,6j | -18,1 | -27,7 | -65,2j | -54,2j | -33,5 | -58,4 | -65,4j | -55,6j | -38,8 | -61,9 |
Mudança em relação à avaliação inicial | ||||||||||||
LSM PSAAD |
-2,3j | -1,8j | -0,9 | -1,6 | -3,6j | -2,7j | -1,6 | -3,2 | -3,6j | -2,8j | -1,7 | -3,4 |
Abreviações: CBQ = abrocitinibe; DUP = dupilumabe; EASI = Índice de área e gravidade de eczema; LSM = Média dos mínimos quadrados; PBO = Placebo; PP-NRS = Escala de classificação numérica de pico de prurido; PSAAD = Avaliação de prurido e sintomas de dermatite atópica; SCORAD = Pontuação de dermatite atópica.
a Os respondedores na IGA eram pacientes com pontuação de IGA de pele limpa (0) ou quase limpa (1) (em uma escala de 5 pontos) e redução de ≥ 2 pontos em relação à avaliação inicial.
b Os respondedores no EASI-50, 75, 90 e 100 eram pacientes com ≥ 50%, ≥ 75%, ≥ 90% e ≥ 100% de melhora no EASI, respectivamente, em relação à avaliação inicial.
c Os respondedores na PP-NRS4 eram pacientes com melhora ≥ 4 pontos na PP-NRS, em relação à avaliação inicial.
d p controlado por multiplicidade < 0,001 vs. placebo.
e p controlado por multiplicidade < 0,0001 vs. placebo.
f p controlado por multiplicidade < 0,0001 vs. dupilumabe. A comparação estatística entre as doses de abrocitinibe ou dupilumabe foi realizada apenas na proporção de pacientes atingindo PP-NRS4 na Semana 2.
g p nominal < 0,05 vs. placebo.
h p nominal < 0,01 vs. placebo.
i p nominal < 0,001 vs. placebo.
j nominal < 0,0001 vs. placebo.
A proporção de pacientes que atingiu EASI-90 ou resposta na PP-NRS4 ao longo do tempo no estudo COMPARE é mostrada na Figura 3.
Figura 3. Proporção de pacientes que atingiu A) EASI-90 e B) PP-NRS4 ao longo do tempo no estudo COMPARE
Abreviações: EASI = Índice de área e gravidade de eczema; PP-NRS = Escala de classificação numérica de pico de prurido; 1 x/d = uma vez ao dia.
O EASI-90 foi com base na melhora ≥ 90% no EASI em relação à avaliação inicial.
A resposta PP-NRS4 foi com base na obtenção de pelo menos 4 pontos de melhora na gravidade da Escala de classificação numérica de pico de prurido (PP-NRS).
Os pacientes que receberam dupilumabe e foram posteriormente inscritos no estudo EXTEND foram randomizados para abrocitinibe 100 mg ou 200 mg uma vez ao dia ao entrarem no EXTEND. Entre os respondedores ao dupilumabe no estudo COMPARE, a maioria manteve a resposta 12 semanas após mudar para abrocitinibe [77% e 86% para a resposta IGA (0 ou 1) e 90% e 96% para EASI-75 com 100 mg uma vez ao dia ou 200 mg uma vez ao dia, respectivamente]. Entre os não respondedores ao dupilumabe no estudo COMPARE, uma proporção significativa de pacientes obteve resposta 12 semanas após mudar para abrocitinibe [34% e 47% para a resposta IGA (0 ou 1) e 68% e 80% para EASI-75 com 100 mg uma vez ao dia ou 200 mg uma vez ao dia, respectivamente].
Os efeitos do tratamento em subgrupos (ex.: peso, idade, sexo, raça e tratamento imunossupressor sistêmico prévio) no estudo COMPARE foram consistentes com os resultados da população geral do estudo.
Eficácia de início tardio
Os pacientes elegíveis que concluíram o período de tratamento integral de um estudo inicial (ex.: MONO-1, MONO-2, COMPARE) foram considerados para inscrição no estudo de extensão de longo prazo EXTEND, que permite aos pacientes estender o tratamento com abrocitinibe por pelo menos 92 semanas ou até que o produto comercial esteja disponível em seu país. No EXTEND, os pacientes receberam abrocitinibe com ou sem terapia tópica medicamentosa de base. Os pacientes que tinham sido previamente randomizados para abrocitinibe 100 mg ou 200 mg uma vez ao dia nos estudos iniciais continuaram com a mesma dose no EXTEND e o aspecto cego foi mantido. Pacientes que não haviam sido previamente randomizados para abrocitinibe em um estudo inicial foram randomizados para abrocitinibe 100 mg ou 200 mg uma vez ao dia ao iniciar no EXTEND.
Entre os pacientes que não atingiram a resposta IGA (0 ou 1) após 12 semanas de tratamento com abrocitinibe e entraram no estudo EXTEND, 14% e 22% dos que continuaram com abrocitinibe 100 mg uma vez ao dia no EXTEND atingiram resposta IGA (0 ou 1) na Semana 16 e na Semana 24 (com 4 e 12 semanas adicionais de tratamento), respectivamente, e 19% e 27% dos que continuaram com abrocitinibe 200 mg uma vez ao dia atingiram resposta IGA na Semana 16 e na Semana 24, respectivamente. Entre os pacientes que não atingiram EASI-75 após 12 semanas de tratamento com abrocitinibe e entraram no estudo EXTEND, 32% e 45% dos que continuaram com abrocitinibe 100 mg uma vez ao dia no EXTEND atingiram EASI-75 na Semana 16 e na Semana 24 (com 4 e 12 semanas adicionais de tratamento), respectivamente, e 34% e 54% dos que continuaram com abrocitinibe 200 mg uma vez ao dia atingiram EASI-75 na Semana 16 e na Semana 24, respectivamente.
Eficácia a longo prazo
Entre os pacientes que obtiveram resposta na Semana 12 em um estudo inicial e entraram no estudo EXTEND, a maioria manteve a resposta na Semana 48 do tratamento cumulativo com abrocitinibe em ambas as doses [53% e 57% para resposta IGA (0 ou 1), 69% e 71% para EASI-75 e 52% e 69% para PP-NRS4 com 100 mg uma vez ao dia e 200 mg uma vez ao dia, respectivamente].
Desfechos relacionados à saúde
O tratamento com qualquer uma das doses de abrocitinibe em monoterapia mostrou desfechos relatados pelo paciente significativamente melhores em 12 semanas em comparação com o placebo (consulte a Tabela 3). Uma proporção significativamente maior dos grupos de abrocitinibe teve redução clinicamente significativa na pontuação total do Índice de qualidade de vida em dermatologia (DLQI) (definido como uma melhora de 4 pontos) desde a avaliação inicial até a Semana 12 em comparação com o placebo. Os grupos de abrocitinibe também tiveram uma proporção significativamente maior de pacientes que relatou “nenhum efeito” da doença na sua qualidade de vida (mensurado por uma pontuação de 0 ou 1 no DLQI).
Ambos os grupos tiveram grande melhora nos sintomas de dermatite atópica relatados pelo paciente e nas interrupções do sono, conforme mensurado pela subescala de perda de sono mensurada pela Medida de eczema orientada pelo paciente (POEM), pela Escala de coceira noturna (NTIS) e pela Pontuação de dermatite atópica (SCORAD). Além disso, os sintomas de ansiedade e depressão mensurados pela pontuação total da Escala hospitalar de ansiedade e depressão (HADS) foram significativamente reduzidos nos grupos de abrocitinibe em comparação com o placebo em 12 semanas.
Tabela 3. Resultados dos objetivos adicionais com abrocitinibe em monoterapia na Semana 12
MONO-1 | MONO-2 | |||||
CBQ | Placebo N=77 | CBQ | Placebo N=78 | |||
200 mg 1 x/d N=154 |
100 mg 1 x/d N=156 |
200 mg 1 x/d N=155 |
100 mg 1 x/d N=158 |
|||
LSM SCORAD (subescala de perda do sono) | ||||||
Mediana na avaliação inicial (DP) | 5,9 | 6,0 | 6,5 | 6,2 | 6,2 | 5,7 |
Mudança em relação à avaliação inicial (IC de 95%) | -3,7d (-4,2; -3,3) |
-2,9c (-3,4; -2,5) |
-1,6 (-2,2; -1,0) |
-3,8d (-4,2; -3,4) |
-3,0a (-3,4; -2,6) |
-2,1 (-2,7; - 1,5) |
Melhora de > 4 pontos na NTIS | ||||||
% de respondedores | n/d | n/d | n/d | 57,0d | 42,7d | 12,7 |
DLQI | ||||||
0 ou 1, % de respondedores | 31,9b | 20,2 | 12,1 | 26,6c | 20,3b | 5,7 |
Melhora de ≥ 4 pontos, % de respondedores | 72,6c | 67,2b | 43,6 | 78,1d | 73,3d | 32,3 |
LSM DLQI | ||||||
Média na avaliação inicial (DP) | 14,6 (6,8) | 14,6 (6,5) | 13,9 (7,3) | 14,8 (6,0) | 15,4 (7,3) | 15,0 (7,1) |
Mudança em relação à avaliação inicial (IC de 95%) | -9,1d (-10,3; -8,0) |
-7,0b (-8,1; -5,8) |
-4,2 (-5,9; -2,5) |
-9,8d (-10,7; -8,8) |
-8,3d (-9,3; -7,3) |
-3,9 (-5,3; - 2,4) |
CDLQI | ||||||
Melhoria de ≥ 2,5 pontos, % de respondedores | 83,9a | 73,3 | 53,3 | 93,3c | 56,3a | 12,5 |
LSM-CDLQI | ||||||
Média na avaliação inicial (DP) | 13,2 (5,5) | 11,7 (6,6) | 13,6 (7,0) | 12,9 (5,7) | 13,8 (5,8) | 10,1 (3,8) |
Mudança em relação à avaliação inicial (IC de 95%) | -7,5a (-8,9; -6,0) |
-6,4 (-7,9; -5,0) |
-3,9 (-6,1; -1,7) |
-9,7b (-12,1; -7,4) |
-4,8 (-7,2; -2,5) |
-2,7 (-6,1; 0,8) |
LSM POEM | ||||||
Média na avaliação inicial (DP) | 19,6 (5,9) | 19,5 (6,5) | 19,9 (6,1) | 19,7 (5,7) | 20,9 (5,7) | 19,2 (5,5) |
Mudança em relação à avaliação inicial (IC de 95%) | -10,6d (-11,8; -9,4) |
-6,8b (-8,0; -5,6) |
-3,7 (-5,5; -1,9) |
-11,0d (-12,1; -9,8) |
-8,7d (-9,9; -7,5) |
-3,6 (-5,3; - 1,9) |
LSM HADS (ansiedade) | ||||||
Média na avaliação inicial (DP) | 5,6 (4,0) | 5,9 (4,1) | 6,0 (4,0) | 5,9 (3,9) | 5,5 (4,2) | 6,0 (3,7) |
Mudança em relação à avaliação inicial (IC de 95%) | -2,1b (-2,5; -1,6) |
-1,6 (-2,0; -1,1) |
-1,0 (-1,7; -0,4) |
-1,7a (-2,2; -1,2) |
-1,6a (-2,1; -1,1) |
-0,6 (-1,3; 0,2) |
LSM HADS (depressão) | ||||||
Média na avaliação inicial (DP) | 4,2 (3,7) | 4,1 (3,7) | 3,9 (3,5) | 4,0 (3,7) | 4,1 (4,0) | 4,4 (3,3) |
Mudança em relação à avaliação inicial (IC de 95%) | -1,8d (-2,2; -1,4) |
-1,4b (-1,8; -0,9) |
-0,2 (-0,8; 0,4) |
-1,4d (-1,8; -1,0) |
-1,0c (-1,5; -0,6) |
0,3 (-0,3; 0,9) |
Abreviações: CBQ = abrocitinibe; CDLQI = Índice de qualidade de vida em dermatologia pediátrica; IC = intervalo de confiança; DLQI = Índice de qualidade de vida em dermatologia; HADS = Escala hospitalar de ansiedade e depressão; LSM = Média dos mínimos quadrados; N = número de pacientes randomizados; n/d = não disponível; NTIS = Gravidade da escala de coceira noturna; POEM = Medida de eczema orientada pelo paciente; 1 x/d = uma vez ao dia; SCORAD = Pontuação de dermatite atópica.
a p nominal < 0,05 vs. placebo.
b p nominal < 0,01 vs. placebo.
c p nominal < 0,001 vs. placebo.
d p nominal < 0,0001 vs. placebo.
No estudo COMPARE, uma proporção significativamente maior dos grupos de abrocitinibe teve redução clinicamente significativa na pontuação total do DLQI (definido como uma melhora de 4 pontos) desde o início até a Semana 12 em comparação com o placebo (consulte a Tabela 4). Os grupos de abrocitinibe também tiveram uma proporção significativamente maior de pacientes que relatou “nenhum efeito” da doença na sua qualidade de vida (mensurado por uma pontuação de 0 ou 1 no DLQI).
Ambos os grupos tiveram grande melhora nos sintomas de dermatite atópica relatados pelo paciente e nas interrupções do sono, conforme mensurado pela POEM e pela subescala de perda de sono da SCORAD, respectivamente. Além disso, os sintomas de ansiedade e depressão mensurados pela pontuação total da HADS foram significativamente reduzidos nos grupos de abrocitinibe em comparação com o placebo em 12 semanas.
Tabela 4. Resultados dos objetivos adicionais com abrocitinibe em combinação com terapias tópicas medicamentosas na Semana 12
COMPARE | |||
CBQ | Placebo + Tópico N=131 |
||
200 mg 1 x/d + Tópico N=226 |
100 mg 1 x/d + Tópico N=238 |
||
LSM SCORAD (subescala de perda do sono) | |||
Valores médios na avaliação inicial | 6,4 | 6,1 | 6,0 |
Mudança em relação à avaliação inicial (IC de 95%) | -4,6d (-4,9, -4,3) |
-3,7d (-4,0, -3,4) |
-2,4 (-2,8, -2,0) |
Melhora de > 4 pontos na NTIS | |||
% de respondedores | 64,3d | 54,0c | 34,4 |
DLQI | |||
0 ou 1, % de respondedores | 29,7%d | 21,9%b | 8,6% |
Melhora de ≥ 4 pontos, % de respondedores | 86,4%d | 74,7%c | 56,5% |
LSM DLQI | |||
Média na avaliação inicial (DP) | 16,3 (6,6) | 15,5 (6,4) | 15,2 (6,9) |
Mudança em relação à avaliação inicial (IC de 95%) | -11,0d (-11,7, -10,3) |
-8,7d (-9,4, -8,0) |
-6,2 (-7,1, -5,3) |
LSM POEM | |||
Média na avaliação inicial (DP) | 21,5 (5,3) | 20,9 (5,5) | 20,4 (6,1) |
Mudança em relação à avaliação inicial (IC de 95%) | -12,6d (-13,6, -11,7) |
-9,6d (-10,5, -8,6) |
-5,1 (-6,3, -3,9) |
LSM HADS (ansiedade) | |||
Média na avaliação inicial (DP) | 5,5 (3,8) | 5,3 (3,9) | 5,3 (3,9) |
Mudança em relação à avaliação inicial (IC de 95%) | -1,6c (-2,0, -1,2) |
-1,2a (-1,5, -0,8) |
-0,4 (-0,9, 0,1) |
LSM HADS (depressão) | |||
Média na avaliação inicial (DP) | 3,9 (3,4) | 4,0 (3,3) | 4,1 (3,7) |
Mudança em relação à avaliação inicial (IC de 95%) | -1,6d (-1,9, -1,2) |
-1,3c (-1,6, -0,9) |
-0,3 (-0,7, 0,2) |
Abreviações: CBQ = abrocitinibe; DLQI = Índice de qualidade de vida em dermatologia; HADS = Escala hospitalar de ansiedade e depressão; LSM = Média dos mínimos quadrados; NTIS = Gravidade da escala de coceira noturna; POEM = Medida de eczema orientada pelo paciente; 1 x/d = uma vez ao dia; SCORAD = Pontuação de dermatite atópica; DP = desvio padrão.
a p nominal < 0,05 vs. placebo.
b p nominal < 0,01 vs. placebo.
c p nominal < 0,001 vs. placebo.
d p nominal < 0,0001 vs. placebo.
Indução de fase aberta seguida de retirada randomizada (REGIMEN)
Um total de 1.233 pacientes receberam abrocitinibe em uma fase aberta. Setecentos e noventa e oito (798) respondedores à indução foram randomizados para 200 mg ou 100 mg de medicamento ou placebo.
O tratamento contínuo (200 mg contínuos) e o tratamento de manutenção de indução (200 mg por 12 semanas seguido de 100 mg) tiveram uma probabilidade de prevenir o surto (crise) de 81,1% e 57,4%, respectivamente, versus 19,1% entre os pacientes que retiraram o tratamento (randomizado para placebo) após 12 semanas de indução. Trezentos e cinquenta e um (351) pacientes, incluindo 16,2% de 200 mg, 39,2% de 100 mg e 76,4% dos pacientes com placebo, receberam medicação de resgate de 200 mg abrocitinibe em combinação com terapia tópica.
Tabela 5. Resultados de eficácia do abrocitinibe no REGIMEN
Monoterapia CBQ Indução de fase aberta, Semana 12 200 mg |
|
N=1.233 | |
IGA 0 ou 1a % de entrevistados (IC 95%) |
65,9 (63,3, 68,6) |
EASI-75b % de entrevistados (IC 95%) |
75,6 (73,1, 78,0) |
Melhoria de 4 pontos PP-NRSc % de entrevistados (IC 95%) |
68,3 (65,3, 71,3) |
Abreviaturas: CBQ=abrocitinibe; IC=intervalo de confiança; EASI=Índice de Área e Gravidade do Eczema; IGA=Avaliação Global do Investigador; N=número de pacientes randomizados; PP-NRS=Pico da Escala Numérica de Avaliação do Prurido.
a. Os respondedores de IGA foram pacientes com pontuação IGA de claro (0) ou quase claro (1) (em uma escala de 5 pontos) e uma redução da linha de base de ³ 2 pontos.
b. Os respondedores ao EASI-75 foram pacientes com ≥ 75% de melhora no EASI desde o início.
c. Os respondedores PP-NRS4 foram pacientes com ≥ 4 pontos de melhora no PP-NRS desde o início.
Figura 4. Tempo até crise - definido pelo protocolo
Abrocitinibe usado em monoterapia.
Definição de crise pelo protocolo=Uma perda de pelo menos 50% da resposta EASI na Semana 12 e uma pontuação IGA de 2 ou superior.
Multiplicidade controlada p < 0,0001 200 mg versus placebo; 100 mg versus placebo; 200 mg versus 100 mg.
Uma análise multivariada foi realizada para identificar preditores de diminuir com sucesso a dose de 200 mg para 100 mg e permanecer livre de crises por pelo menos 12 semanas após a diminuição da dose. Nessa análise, os pacientes que não receberam agentes sistêmicos anteriores (OR 1,8, IC 95%: 1,2, 2,6) e pacientes que tiveram ≤ 50% de envolvimento da BSA antes de iniciar abrocitinibe (OR 1,8, IC 95%: 1,2, 2,6) tiveram quase duas vezes mais probabilidade de permanecer livre de crises definidas pelo protocolo do que aqueles que receberam agentes sistêmicos anteriores e que tiveram ˃ 50% de envolvimento da BSA.
População pediátrica
A eficácia e segurança de abrocitinibe como monoterapia foram avaliadas em 2 estudos de Fase 3 randomizados, duplo-cegos, controlados por placebo (MONO-1, MONO-2) que incluíram 124 pacientes com idade entre 12 e 18 anos. A eficácia e a segurança também foram avaliadas em um estudo aberto de indução e retirada randomizada (REGIMEN), que incluiu 246 pacientes com 12 a menos de 18 anos de idade. Nesses estudos, os resultados no subgrupo de adolescentes foram consistentes com os resultados da população geral do estudo.
A eficácia e segurança de abrocitinibe em combinação com terapia tópica medicamentosa de base foi avaliada no estudo TEEN, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo de Fase 3. O estudo incluiu 285 pacientes com 12 a menos de 18 anos de idade com dermatite atópica moderada a grave definida por pontuação IGA ≥ 3, pontuação EASI ≥ 16, envolvimento de BSA ≥ 10% e PP NRS ≥ 4 na consulta inicial antes da randomização. Os pacientes que tiveram uma resposta inadequada prévia ou que receberam terapia sistêmica foram elegíveis para inclusão.
Características base
No TEEN, em todos os grupos de tratamento, 49,1% eram do sexo feminino, 56,1% eram caucasianos, 33,0% eram asiáticos e 6,0% eram pacientes negros. A idade mediana foi de 15 anos e a proporção de pacientes com dermatite atópica grave (IGA de 4) foi de 38,6%.
Tabela 6. Resultados de eficácia de abrocitinibe em adolescentes (TEEN)
TEENd | |||
CBQ | PBO N=96 |
||
200 mg 1 x dia N=94 |
100 mg 1 x dia N=95 |
||
IGA 0 ou 1a % de entrevistados (IC 95%) |
46,2e (36,1, 56,4) |
41,6e (31,3, 51,8) |
24,5 (15,8, 33,2) |
EASI-75b % de entrevistados (IC 95%) |
72,0e (62,9, 81,2) |
68.5e (58,9, 78,2) |
41,5 (31,5, 51,4) |
PP-NRS4c % de entrevistados (IC 95%) |
55,4e (44,1, 66,7) |
52.6 (41,4, 63,9) |
29,8 (20,0, 39,5) |
Abreviaturas: CBQ=abrocitinibe; IC=intervalo de confiança; EASI=Índice de Área e Gravidade do Eczema; IGA=Avaliação Global do Investigador; N=número de pacientes atendidos; PBO=placebo; PP-NRS=Escala Numérica de Avaliação do Pico de Prurido.
a. Os respondedores de IGA foram pacientes com pontuação IGA de claro (0) ou quase claro (1) (em uma escala de 5 pontos) e uma redução da linha de base de ³ 2 pontos.
b. Os respondedores ao EASI-75 foram pacientes com ≥ 75% de melhora no EASI desde o início.
c. Os respondedores PP-NRS4 foram pacientes com ≥ 4 pontos de melhora no PP-NRS desde o início.
d. Abrocitinibe usado em combinação com terapia tópica medicamentosa.
e. Estatisticamente significativo com ajuste para multiplicidade versus placebo.
Referências Bibliográficas
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2. Silverberg JI, Simpson EL, Thyssen JP, Gooderham M, Chan G, Feeney C, Biswas P, Valdez H, DiBonaventura M, Nduaka C, Rojo R. Efficacy and Safety of abrocitinib in Patients with Moderate-to-Severe Atopic Dermatitis: A Randomized Clinical Trial. JAMA Dermatol. 2020 Aug 1;156(8):863-873. doi: 10.1001/jamadermatol.2020.1406. PMID: 32492087; PMCID: PMC7271424.
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4. Blauvelt A, Silverberg JI, Lynde CW, Bieber T, Eisman S, Zdybski J, Gubelin W, Simpson EL, Valenzuela F, Criado PR, Lebwohl MG, Feeney C, Khan T, Biswas P, DiBonaventura M, Valdez H, Cameron MC, Rojo R. abrocitinib induction, randomized withdrawal, and retreatment in patients with moderate-to-severe atopic dermatitis: Results from the JAK1 Atopic Dermatitis Efficacy and Safety (JADE) REGIMEN phase 3 trial. J Am Acad Dermatol. 2022 Jan;86(1):104-112. doi: 10.1016/j.jaad.2021.05.075. Epub 2021 Aug 17. PMID: 34416294.
5. Eichenfield LF, Flohr C, Sidbury R, Siegfried E, Szalai Z, Galus R, Yao Z, Takahashi H, Barbarot S, Feeney C, Zhang F, DiBonaventura M, Rojo R, Valdez H, Chan G. Efficacy and Safety of abrocitinib in Combination With Topical Therapy in Adolescents With Moderate-to-Severe Atopic Dermatitis: The JADE TEEN Randomized Clinical Trial. JAMA Dermatol. 2021 Oct 1;157(10):1165-1173. doi: 10.1001/jamadermatol.2021.2830. Erratum in: JAMA Dermatol. 2021 Oct 1;157(10):1246. PMID: 34406366; PMCID: PMC8374743.
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
Mecanismo de ação
Abrocitinibe é um inibidor da Janus quinase (JAK) 1. As JAKs são enzimas intracelulares que transmitem sinais resultantes da interação do receptor da citocina ou fator de crescimento na membrana celular para influenciar os processos celulares da hematopoiese e a função imunológica das células. Os JAKs fosforilam e ativam Transdutores de Sinais e Ativadores de Transcrição (STATs), os quais modulam a atividade intracelular, inclusive a expressão gênica. A inibição de JAK1 modula as vias de sinalização impedindo a fosforilação e ativação de STATs.
No ensaio bioquímico, o abrocitinibe tem seletividade para JAK1 sobre as outras 3 isoformas JAK2 (28 vezes), JAK3 (> 340 vezes) e tirosina quinase 2 (TYK 2, 43 vezes). Em ambientes celulares, este inibe preferencialmente a fosforilação de STAT induzida por citocina por pares de sinalização envolvendo JAK1 e poupa a sinalização por JAK2/JAK2 ou pares JAK2/TYK2. A relevância da inibição de enzimática seletiva de JAK específicas para efeito clínico não é conhecido atualmente.
Efeitos farmacodinâmicos
O tratamento com abrocitinibe foi associado à redução dose-dependente nos marcadores séricos de inflamação, incluindo proteína C reativa de alta sensibilidade (hsCRP), interleucina-31 (IL-31) e quimiocina do timo regulada por ativação (TARC). Essas alterações retornaram próximo ao valor basal em 4 semanas após a descontinuação do medicamento.
A contagem média absoluta de linfócitos aumentou 2 semanas após o início do tratamento com abrocitinibe e retornou à linha de base no 9º mês de tratamento. A maioria dos pacientes manteve uma contagem absoluta de linfócitos (ALC) dentro do intervalo de referência. O tratamento com abrocitinibe foi associado a um aumento relacionado à dose nas contagens de células B e uma diminuição relacionada à dose nas contagens de células NK. O significado clínico dessas alterações nas contagens de células B e NK é desconhecido.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
Efeitos dos alimentos
O abrocitinibe é bem absorvido, com mais de 91% de extensão de absorção oral e biodisponibilidade oral absoluta de aproximadamente 60%. A absorção oral de abrocitinibe é rápida e as concentrações plasmáticas máximas são atingidas em 1 hora. As concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio de abrocitinibe são alcançadas dentro de 48 horas após a administração uma vez ao dia. A concentrações máxima (Cmáx) e a área sob a curva (ASC) do abrocitinibe aumentaram proporcionalmente até a dose 400 mg. A coadministração de abrocitinibe com uma refeição rica em gorduras não teve efeito clinicamente relevante na exposição ao abrocitinibe (a ASC e a Cmáx aumentaram aproximadamente 26% e 29%, respectivamente, e Tmáx foi prolongado por 2 horas). Em estudos clínicos, abrocitinibe foi administrado independentemente de alimentos.
Distribuição
Após administração intravenosa, o volume de distribuição de abrocitinibe é de cerca de 100 L. Aproximadamente 64%, 37% e 29% do abrocitinibe circulante e seus metabolitos ativos M1 e M2, respectivamente, ligam-se às proteínas plasmáticas. O abrocitinibe e seus metabólitos ativos se distribuem igualmente entre os glóbulos vermelhos e o plasma.
Metabolismo
O metabolismo do abrocitinibe é mediado por várias enzimas CYP: CYP2C19 (~53%), CYP2C9 (~30%), CYP3A4 (~11%) e CYP2B6 (~6%). Em um estudo radiomarcado em humanos, o abrocitinibe foi a espécie circulante mais prevalente, com 3 metabólitos polares mono-hidroxilados identificados como M1 (3- hidroxipropil), M2 (2-hidroxipropil) e M4 (pirrolidinona pirimidina). Dos 3 metabólitos em circulação, M1 e M2 têm perfil inibitório de JAK semelhante ao do abrocitinibe; enquanto o M4 é farmacologicamente inativo. A atividade farmacológica de abrocitinibe pode ser atribuída à exposição não ligada da molécula original (~60%), além de M1 (~10%) e M2 (~30%) na circulação sistêmica. A soma das exposições não ligadas do abrocitinibe, M1 e M2, cada uma expressa em unidades molares e ajustada para potências relativas, é referida como a porção ativa do abrocitinibe.
In vitro, o abrocitinibe ou seus metabólitos não foram inibidores ou indutores significativos das enzimas CYP (CYP2C8, CYP2C9 e CYP2D6) ou de uridina difosfato glucuroniltransferases (UGTs) (UGT1A1, UGT1A4, UGT1A6, UGT1A9 e UGT2B7). O abrocitinibe ou seus metabólitos em concentrações clinicamente significativas não são inibidores do transportador de ânions orgânicos (OAT)3, transportador de cátions orgânicos (OCT)1, proteína de extrusão de compostos de toxina e multidrogas (MATE)1/2K e proteína de resistência ao câncer de mama (BCRP), polipeptídeo transportador de ânions (OATP) 1B1/1B3, bomba de exportação de sais biliares (BSEP), OAT1 ou OCT2.
Eliminação
A meia-vida de eliminação do abrocitinibe é de cerca de 5 horas. O abrocitinibe é eliminado principalmente por mecanismos de depuração metabólica, com menos de 1% da dose excretada na urina em forma inalterada. Os metabólitos do abrocitinibe, M1, M2 e M4 são excretados predominantemente pela urina e são substratos do transportador OAT3.
Populações especiais
Peso corporal, sexo, genótipo, raça e idade
Peso corporal, sexo, genótipo de CYP2C19/2C9, raça, e idade não tiveram efeito clinicamente significativo na exposição ao abrocitinibe.
Adolescentes (entre 12 e 18 anos de idade)
Com base na análise farmacocinética das populações, não houve diferença clinicamente significativa nas exposições médias de abrocitinibe no estado de equilíbrio em pacientes adolescentes comparados a adultos com seus pesos corporais típicos.
População pediátrica (menor de 12 anos de idade)
A farmacocinética de abrocitinibe em pacientes pediátricos com menos de 12 anos de idade ainda não foram estabelecidas.
Insuficiência renal
Em um estudo de insuficiência renal, pacientes com insuficiência renal grave (Taxa de filtração glomerular – (eGFR) < 30 mL/min) e moderada (eGFR de 30 a < 60 mL/min) tiveram aproximadamente 191% e 110% de aumento na ASCinf da porção ativa, respectivamente, em comparação com pacientes com função renal normal (eGFR ≥ 90 mL/min; consulte o item 8. Posologia e Modo de Usar). A farmacocinética do abrocitinibe não foi determinada em pacientes com insuficiência renal leve, no entanto, com base nos resultados observados em outros grupos, espera-se um aumento de até 70% na exposição da porção ativa em pacientes com insuficiência renal leve (eGFR 60 a < 90). mL/min). O aumento de até 70% não é clinicamente significativo, pois a eficácia e segurança de abrocitinibe em pacientes com dermatite atópica com insuficiência renal leve (n=756) foi comparável à população geral nos estudos clínicos de Fase 2 e 3. Com base nesses resultados, não se espera um aumento clinicamente significativo da porção ativa do abrocitinibe em pacientes com insuficiência renal leve (depuração da creatinina de 60 a < 90 mL/min). A taxa de filtração glomerular foi estimada em cada paciente por meio da fórmula de Modificação da dieta na doença renal (MDRD).
Abrocitinibe não foi estudado em pacientes com doença renal terminal em terapia de substituição renal. Em estudos clínicos de Fase 3, abrocitinibe não foi avaliado em pacientes com dermatite atópica com valor basal de depuração da creatinina inferior a 40 mL/min.
Insuficiência hepática
Pacientes com insuficiência hepática leve (Child Pugh A) e moderada (Child Pugh B) tiveram, respectivamente, uma diminuição de cerca de 4% e um aumento de 15% na ASCinf da porção ativa em comparação com pacientes com função hepática normal. Essas alterações não são clinicamente significativas e não há necessidade de ajuste da dose para pacientes com insuficiência hepática leve ou moderada . Em estudos clínicos, abrocitinibe não foi avaliado em pacientes com insuficiência hepática grave (Child Pugh C), nem em pacientes com teste positivo para hepatite C ou hepatite B ativa.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Genotoxicidade
Abrocitinibe não se mostrou mutagênico em ensaios de mutagenicidade bacteriana (ensaio de Ames). Embora abrocitinibe tenha se mostrado aneugênico no ensaio de micronúcleo in vitro TK6, abrocitinibe não é aneugênico nem clastogênico com base nos resultados do ensaio de micronúcleo de medula óssea de rato in vivo.
Carcinogenicidade
Não foram observadas evidências de tumorigenicidade em camundongos Tg.rasH2 de 6 meses que receberam abrocitinibe em doses orais de até 75 mg/kg/dia e 60 mg/kg/dia em fêmeas e machos, respectivamente. No estudo de carcinogenicidade oral de 2 anos, abrocitinibe resultou em uma incidência estatisticamente mais elevada de timomas benignos em ratas com exposição maior ou igual a 2,8 vezes a ASC humana não ligada a dose máxima recomendada em humanos (DMRH) de 200 mg. Não foram observadas evidências de tumorigenicidade relacionada a abrocitinibe após a administração oral de abrocitinibe em ratas com exposição igual a 0,6 vez a ASC humana não ligada a DMRH de 200 mg ou em ratos machos com exposição igual a 14 vezes a ASC humana não ligada a DMRH de 200 mg.
Toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento
Abrocitinibe não teve efeitos na fertilidade de ratos machos ou na espermatogênese em doses de até 70 mg/kg/dia com exposição igual a 26 vezes a ASC humana não ligada a DMRH de 200 mg. Abrocitinibe teve efeitos na fertilidade de ratas fêmea (menor índice de fertilidade, corpos lúteos e locais de implantação) em exposição igual a 29 vezes a ASC humana não ligada a DMRH de 200 mg e maior perda pós-implantação com exposição maior ou igual a 11 vezes a ASC humana não ligada a DMRH de 200 mg. Os efeitos na fertilidade foram revertidos um mês após a interrupção da administração de abrocitinibe. Não foram notados efeitos na fertilidade feminina com exposição igual a 2 vezes a ASC humana não ligada a DMRH de 200 mg.
Não foram observadas malformações fetais em estudos de desenvolvimento embriofetal em ratos ou coelhos. Em um estudo de desenvolvimento embriofetal em coelhas prenhas, a administração oral de abrocitinibe durante os Dias 7 ao 19 de gestação não teve efeitos na sobrevida embriofetal ou no desenvolvimento morfológico fetal em exposição igual a 4 vezes a ASC humana não ligada a DMRH de 200 mg. Abrocitinibe resultou em aumento na incidência de ossificação retardada das falanges dos membros anteriores em exposição igual a 4 vezes a ASC humana não ligada a DMRH de 200 mg.
Em um estudo de desenvolvimento embriofetal em ratas prenhas, a administração oral de abrocitinibe durante os Dias 6 ao 17 de gestação resultou no aumento da letalidade embriofetal com exposição igual a 17 vezes a ASC humana não ligada a DMRH de 200 mg. Não foi observada letalidade embriofetal em ratas prenhas com administração oral de abrocitinibe durante a organogênese em exposição igual a 11 vezes a ASC humana não ligada a DMRH de 200 mg. Abrocitinibe resultou em um aumento na incidência de variações esqueléticas de encurtamento da 13ª costela em exposição maior ou igual a 11 vezes a ASC humana não ligada a DMRH de 200 mg, bem como uma diminuição dos processos ventrais, costelas espessadas e metatarso não ossificado em exposição igual a 17 vezes a ASC humana não ligada a DMRH de 200 mg. Não foram observadas variações esqueléticas em ratos em exposição igual a 4,8 vezes a ASC humana não ligada a DMRH de 200 mg.
Em um estudo de desenvolvimento pré e pós-natal em ratas prenhas, a administração oral de abrocitinibe entre o Dia 6 de gestação até o Dia 21 de lactação resultou em distocia, com parto prolongado, e prole com peso fetal reduzido em exposição igual a 11 vezes a ASC humana não ligada a DMRH de 200 mg e menor sobrevida pósnatal em exposição igual a 17 vezes a ASC humana não ligada a DMRH de 200 mg. Não foi observada toxicidade materna ou de desenvolvimento em genitoras ou proles com exposição igual a 2,4 vezes a ASC humana não ligada a DMRH de 200 mg.
A administração de abrocitinibe em ratos jovens começando no Dia 21 pós-natal e mais velhos (comparável a um humano de 2 anos de idade e mais velho) não foi associada a achados ósseos microscópicos ou macroscópicos. A administração de abrocitinibe em ratos juvenis começando no Dia 10 pós-natal (comparável a um bebê humano com 3 meses de idade) resultou em achados ósseos macroscópicos e microscópicos adversos, incluindo má rotação dos pés, fraturas e/ou anormalidades da cabeça femoral.
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O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 6 de Dezembro de 2024.
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