Bula do Erleada
Princípio Ativo: Apalutamida
Classe Terapêutica: Hormônios Antiandrogênicos Citostáticos
Erleada, para o que é indicado e para o que serve?
Erleada® é indicado para o tratamento de pacientes com:
- Câncer de próstata que se espalhou para outras partes do corpo e que ainda respondem a medicamentos que diminuem a testosterona.
- Câncer de próstata que não se espalhou para outras partes do corpo, após falha à terapia de privação de androgênios (um hormônio sexual).
Como o Erleada funciona?
A apalutamida inibe seletivamente o receptor de andrógenos diminuindo a produção de andrógenos (hormônio sexual). Em modelos de ratos com câncer de próstata, a administração de apalutamida causa diminuição da proliferação de células tumorais e aumento da apoptose (morte de células) levando a uma potente atividade antitumoral.
Quais as contraindicações do Erleada?
Erleada® é contraindicado em mulheres grávidas ou que podem engravidar.
Como usar o Erleada?
A dose recomendada de Erleada® é 240 mg (quatro comprimidos revestidos de 60 mg) admistrados via oral uma vez ao dia. Os comprimidos revestidos devem ser deglutidos inteiros. Erleada® pode ser tomado com ou sem comida.
Os pacientes também devem receber um análogo do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) concomitantemente ou devem ter uma orquiectomia bilateral (retirada cirúrgica dos testículos).
Modificação da dose
Se você apresentar uma toxicidade ≥ de grau 3 (seu médico irá dizer como identificá-lo) ou um efeito adverso intolerável, seu médico suspenderá o uso do produto até que os sintomas melhorem para ≤ Grau 1 ou grau original, então seu médico decidirá retomar com a mesma dose ou dose reduzida (180 mg ou 120 mg), se justificado.
Populações especiais
Pediatria (17 anos de idade e menor)
A segurança e eficácia de Erleada® em crianças não foram avaliadas.
Não há uso relevante de Erleada® em pacientes pediátricos com idade igual ou inferior a 17 anos.
Não é recomendado o uso de apalutamida nesta população.
Idosos (65 anos de idade e mais velhos)
Não foram observadas diferenças gerais de segurança ou eficácia entre idosos e indivíduos mais jovens.
Insuficiência renal
Com base em estudos, não foi observada diferença significativa em indivíduos com insuficiência renal leve a moderada pré-existente em comparação com indivíduos com função renal normal. Não é necessário um ajuste de dose para pacientes com insuficiência renal leve a moderada. Não há dados disponíveis em pacientes com insuficiência renal grave ou renal terminal.
Não é recomendado o uso de apalutamida nesta população.
Insuficiência hepática
Um estudo com indivíduos com insuficiência hepática leve ou moderada versus pacientes saudáveis com função hepática normal, mostrou que a exposição sistêmica de apalutamida e N-desmetil-apalutamida foi semelhante. Não é necessário um ajuste de dosagem para pacientes com insuficiência hepática leve ou moderada. Não há dados disponíveis em pacientes com insuficiência hepática grave.
Não é recomendado o uso de apalutamida nesta população.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Erleada?
Se você esquecer uma dose, tome o mais rápido possível no mesmo dia com um retorno ao horário normal no dia seguinte. Você não deve tomar comprimidos extras para compensar a dose perdida.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
Quais cuidados devo ter ao usar o Erleada?
Eventos cardiovasculares Isquêmicos e Eventos Cerebrovasculares Isquêmicos
Eventos cardiovasculares isquêmicos e eventos cerebrovasculares isquêmicos ocorreram em pacientes que receberam Erleada®. Seu médico deverá monitorar os sinais e sintomas para doença cardíaca isquêmica e eventos cerebrovasculares isquêmicos, e otimizar o gerenciamento de fatores de risco, como hipertensão, diabetes ou dislipidemia.
Quedas e fraturas
Quedas e fraturas ocorreram em pacientes que receberam Erleada®. Seu médico irá realizar uma avaliação quanto ao risco de fratura e queda e a necessidade do uso de agentes inibidores da reabsorção óssea.
Convulsão
Erleada® deverá ser interrompido se você desenvolver uma convulsão durante o tratamento.
Ocorreram convulsões em 0,2% dos pacientes que receberam Erleada® em estudos clínicos.
Reações Adversas Cutâneas Severas (SCAR)
Reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) e síndrome de Stevens-Johnson (SSJ)/necrólise epidérmica tóxica (NET) ocorreram raramente em pacientes utilizando Erleada®. Caso você desenvolva erupção cutânea grave ao longo do corpo, geralmente com febre e linfonodos inchados e efeitos nas células sanguíneas e órgãos (DRESS), erupção cutânea grave ou descamação da pele, bolhas e/ou feridas na boca (SSJ/NET), o uso de Erleada® o seu tratamento deve ser interrompido imediatamente e o seu médico deve ser avisado prontamente.
Fertilidade
A fertilidade masculina provavelmente será prejudicada pelo tratamento com a apalutamida.
Gravidez, aleitamento materno e fertilidade
Erleada® está contraindicado em mulheres que estão ou podem engravidar. Com base em sua ação, Erleada® pode causar dano fetal quando administrado durante a gravidez. Não há dados disponíveis com o uso de Erleada® durante a gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Contracepção
Erleada® pode ser prejudicial para um feto em desenvolvimento. Se você tiver relações sexuais com parceiras mulheres que possam engravidar, use preservativo juntamente com outro método anticonceptivo altamente eficaz durante o tratamento e durante 3 meses após a última dose de Erleada®.
Amamentação
Não há dados sobre a presença de apalutamida ou seus metabólitos no leite humano, sobre o efeito sobre o bebê amamentado ou o sobre efeito na produção de leite.
Infertilidade
Erleada® pode prejudicar a fertilidade nos homens com potencial reprodutivo.
Efeitos na capacidade de conduzir e usar máquinas
Não foram realizados estudos sobre os efeitos da Erleada® sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Não é esperado que Erleada® afete a capacidade de dirigir ou operar máquinas.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Erleada?
Dentro de cada agrupamento de freqüência, os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de seriedade.
- Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): fadiga (cansaço), artralgia (dor articular), erupção cutânea, ondas de calor, hipertensão, diarreia, queda, fratura e perda de peso.
- Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): espasmos musculares, prurido (coceira), paladar alterado, hipercolesterolemia (alto nível de colesterol no sangue), hipertrigliceridemia (alto nível de triglicérides [um tipo de gordura] no sangue), doença cardíaca isquêmica (doença no coração causada pelo baixo fluxo de sangue para o coração), eventos cerebrovasculares isquêmicos (derrame ou mini derrame causado pelo baixo fluxo de sangue para parte do cérebro) e hipotireoidismo (baixa produção dos hormônios da tireoide).
- Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): convulsão.
Dados de pós-comercialização
Em adição as reações adversas apresentadas reportadas durante os estudos clínicos, as reações a seguir foram reportadas durante o monitoramento de mercado. Como essas reações foram relatadas voluntariamente em uma população de tamanho incerto, nem sempre é possível estimar com segurança sua frequência ou estabelecer uma relação causal com a exposição ao medicamento.
- Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): diminuição de apetite e doença intersticial pulmonar (inflamação nos dos pulmões que podem levar a danos permanentes).
- Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): Reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (erupção cutânea severa ao longo do corpo, geralmente com febre e linfonodos inchados, e efeitos nas células do sangue e órgãos), síndrome de Stevens-Johnson/necrólise epidérmica tóxica (SSJ/NET - erupção cutânea severa ao longo do corpo com bolhas e descamação da pele, incluindo úlceras na boca, garganta, nariz, olhos e órgãos sexuais, na qual febre e sintomas parecidos com gripe podem surgir antes dos sintomas de erupções cutâneas severas. SSJ/NET pode ser de risco à vida, com erupção, bolhas e descamação da pele afetando grande extensão do corpo.
- Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): síndrome das pernas inquietas (sentimento de desconforto, com uma necessidade irresistível de mover as suas pernas, e as vezes os braços e outras partes do seu corpo).
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
Apresentações do Erleada
Comprimidos revestidos 60 mg
Em frasco com 120 comprimidos revestidos.
Uso oral.
Uso adulto.
Qual a composição do Erleada?
Cada comprimido contém:
60 mg de apalutamida.
Excipientes: acetato e succinato de hipromelose, croscarmelose sódica, celulose microcristalina, celulose microcristalina silicificada, estearato de magnésio, dióxido de silício, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, talco, óxido de ferro amarelo, óxido de ferro preto.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Erleada maior do que a recomendada?
Não existe um antídoto específico conhecido para a sobredosagem de apalutamida. Não foram observadas toxicidades limitantes de dose a 480 mg por dia (o dobro da dose diária recomendada).
É aconselhável entrar em contato com um centro de controle de intoxicação para obter as últimas recomendações para o gerenciamento de uma overdose.
Tratamento
No caso de uma sobredosagem, a administração de Erleada® deve ser interrompida, realize medidas gerais de suporte até a toxicidade clínica diminuir ou ser resolvida.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Erleada com outros remédios?
Medicamentos que inibem CYP2C8, CYP3A4 (enzimas hepáticas)
O efeito da coadministração de Erleada® com gemfibrozil (inibidor forte de CYP2C8) e Erleada® com itraconazol (inibidor forte de CYP3A4) foi estudado. No entanto, nenhum ajuste de dose inicial é necessário, seu médico pode considerar reduzir a dose de Erleada® com base na tolerabilidade.
Medicamentos que induzem CYP3A4 ou CYP2C8 (enzimas hepáticas)
Os efeitos dos indutores de CYP3A4 ou CYP2C8 na apalutamida não foram avaliados in vivo. As simulações sugerem que a rifampicina (indutor forte CYP3A4 e indutor moderado de CYP2C8) podem diminuir a concentração máxima atingida após a administração e a absorção total de apalutamida.
Agentes de redução de ácido
Não se espera que os agentes de redução de ácido afetem a solubilidade e a biodisponibilidade da apalutamida.
Medicamentos que afetam os transportadores
A apalutamida é completamente absorvida após administração oral, P-gp (um transportador) não limita a absorção de apalutamida e, portanto, não se espera que a inibição ou a indução de transportadores afetem a biodisponibilidade da apalutamida.
Efeito de Erleada® em Enzimas Metabolizadoras de Medicamentos
Erleada® é um forte indutor de CYP3A4 e CYP2C19, e um indutor fraco de CYP2C9 (enzimas hepáticas). O uso concomitante de Erleada® com medicamentos que são principalmente metabolizados por essas enzimas pode resultar em menor exposição a esses medicamentos. O seu médico substituirá estes medicamentos sempre que possível ou avaliará a perda de eficácia se a medicação for continuada. Se for administrado com varfarina, seu médico deve monitorar a Relação Internacional Normalizada (INR) durante o tratamento Erleada®.
A administração concomitante de Erleada® com medicamentos que são substratos de UGT (uma enzima hepática) pode resultar em menor exposição a esses medicamentos. Seu médico deve ter cuidado quando os substratos de UGT são coadministrados com Erleada® e irá avaliar a perda de eficácia.
Efeito da apalutamida em Proteínas Transportadoras de medicamentos
O uso concomitante de Erleada® com medicamentos que são substratos das proteínas transportadoras de medicamento, P-glicoproteína (P-gp), proteína de resistência ao câncer de mama (BCRP) e polipéptido de transporte de ánions orgânicos 1B1 (OATP1B1), pode resultar em menor exposição desses medicamentos. O seu médico deve ter cuidado quando os substratos de P-gp, BCRP ou OATP1B1 são coadministrados com Erleada® e irá avaliar a perda de eficácia se a medicação for continuada.
Hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH)
Em pacientes com mCPSC recebendo acetato de leuprorrelina (um análogo de GnHR) co-administrado com apalutamida, os dados de farmacocinética indicaram que a apalutamida não teve efeito aparente na exposição da leuprorrelina no estado estacionário.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Qual a ação da substância do Erleada?
Resultados de Eficácia
Um total de 1207 pacientes com câncer de próstata não metastático resistente à castração (nm-CRPC) foram randomizados 2:1 para receber Apalutamida por via oral em uma dose de 240 mg ao dia em combinação com ADT (terapia de privação androgênica ou castração medicamentosa ou cirúrgica) ou placebo com ADT (terapia de privação androgênica) em um estudo clínico, multicêntrico, duplo-cego, Estudo 1 (ARN-509-003). Pacientes envolvidos apresentavam tempo de duplicação (PSADT) do Antígeno Prostático Específico (PSA) ≤ 10 meses. Na triagem, todos os pacientes foram avaliados para exclusão de metástases com cintilografia óssea com tecnécio-99m e tomografia computadorizada (TC) da pelve, abdome, tórax e crânio. Todos os pacientes que não haviam sido castrados cirurgicamente receberam ADT continuamente durante o estudo. Setenta e três por cento (73%) dos pacientes receberam tratamento anterior de anti-androgênio de primeira geração; 69% dos pacientes receberam bicalutamida e 10% dos pacientes receberam flutamida. Corticoides sistêmicos não foram permitidos na inclusão do estudo. Os resultados de PSA foram cegados e não foram utilizados para descontinuação do tratamento. Os pacientes randomizados para ambos os braços deveriam continuar o tratamento até a progressão da doença definida pela revisão cega centralizada de imagem (BICR), início de um novo tratamento, toxicidade inaceitável ou retirada do paciente do estudo. Após confirmação por BICR do desenvolvimento de doença metastática à distância, os pacientes receberam como opção acetato de abiraterona para o primeiro tratamento subsequente após a descontinuação do tratamento no estudo.
As seguintes características demográficas e características basais da doença foram equilibradas entre os braços do tratamento. A mediana de idade foi de 74 anos (intervalo 48-97) e 26% dos pacientes tinham 80 anos de idade ou mais. A distribuição racial foi 66% caucasiana, 5,6% negra, 12% asiática e 0,2% outra. Setenta e sete por cento (77%) dos pacientes em ambos os braços de tratamento teve cirurgia prévia ou radioterapia da próstata. A maioria dos pacientes apresentava uma pontuação Gleason de 7 ou superior (81%). Quinze por cento (15%) dos pacientes tinham linfonodos pélvicos < 2 cm na entrada no estudo. Todos os indivíduos envolvidos foram confirmados como não metastáticos por revisão centralizada cega de imagem e tinham um “performance status ECOG” (Eastern Cooperative Oncology Group) de 0 ou 1 no início do estudo.
A sobrevida livre de metástase (MFS) é definida como o tempo desde a randomização até o momento da primeira evidência de metástase óssea ou de partes moles à distância confirmado pelo BICR ou morte devido a qualquer causa, o que ocorrer primeiro. O tratamento com Apalutamida aumentou significativamente o MFS. Apalutamida diminuiu o risco de metástase à distância ou morte em 72%. A mediana de sobrevida livre de metástase para Apalutamida foi de 41 meses e foi de 16 meses para o placebo.
Figura 1: Curva de Kaplan-Meier de sobrevida livre de metástase (MFS) no estudo 1
Figura 2: Sobrevida livre de metástases por subgrupos no estudo 1
Todos indivíduos = população de intenção de tratamento.
A análise não estratificada é apresentada na Figura 2.
Os indivíduos tratados com Apalutamida e ADT mostraram melhora significativa em relação aos tratados apenas com ADT para os seguintes desfechos secundários: tempo para metástases (TTM), sobrevida livre de progressão (PFS) e tempo para progressão sintomática. Além disso, a sobrevida global (OS) e o tempo para início da quimioterapia citotóxica também foram melhorados.
NR = Não alcançado.
1 p valor do teste log-rank estratificado.
2 Valor p real – 0,00000356; portanto, o limite de eficácia do tipo OBF de 0,00008 é cruzado na avaliação interina de progressão sintomática.
O tratamento com Apalutamida diminuiu significativamente o risco de progressão sintomática em 55% em comparação com o placebo. O valor de p observado (0,00000356) cruzou o limite de eficácia de Obrien-Fleming (OBF) (p = 0,00008) para significância.
Figura 3: Gráfico de Kaplan-Meier de tempo para progressão sintomática; População de intenção de tratamento no Estudo 1
A sobrevida global foi maior para Apalutamida do que para placebo com uma relação de risco (HR) de 0,700 (IC de 95%: 0,472-1,038). O valor de p foi 0,0742 que não atingiu o valor pré-especificado para significância estatística. Trinta e nove por cento (39%) dos indivíduos tratados com Apalutamida e 70% dos indivíduos tratados com placebo descontinuaram o tratamento no estudo. Uma maior proporção (80%) dos indivíduos tratados com placebo recebeu terapia subsequente em comparação com indivíduos tratados com Apalutamida (56%). A Sobrevida livre de progressão secundária (PFS-2, definida como o tempo até a progressão da doença após a primeira terapia subsequente ou morte) foi maior para os indivíduos tratados com Apalutamida em relação aos tratados com placebo (HR = 0,489; IC de 95%: 0,361-0,662; p <0,0001).
Características Farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
Mecanismo de ação
A Apalutamida é um inibidor seletivo de receptor de androgênio (AR), administrado por via oral, que se liga diretamente ao domínio de ligação do AR. A Apalutamida impede a translocação nuclear do AR, inibe a ligação no DNA, impede a transcrição mediada por AR e não possui atividade agonista do receptor androgênico em estudos pré-clínicos. Em modelos de ratos com câncer de próstata, a administração de Apalutamida causa diminuição da proliferação de células tumorais e aumento da apoptose levando a uma potente atividade antitumoral. O principal metabolito, a N-desmetil-apalutamida, exibiu um terço da atividade in vitro da Apalutamida.
Efeitos farmacodinâmicos
Efeito no intervalo QT / QTc e eletrofisiologia cardíaca O efeito da Apalutamida 240 mg uma vez ao dia no intervalo QT foi avaliado em indivíduos com CPRC em um estudo QT dedicado. Não houve diferença maior que 20 ms na variação média do intervalo QT a partir da linha de base, com base no método de correção Fridericia, em todos os pontos no estado de equilíbrio.
Propriedades farmacocinéticas
Após a repetição das doses diárias, a exposição à Apalutamida (Cmax e área sob a curva [ASC]) aumentou de forma proporcional à dose em toda a faixa de doses de 30 a 480 mg. Após a administração de 240 mg uma vez por dia, o estado de equilíbrio de Apalutamida foi alcançado após 4 semanas e a proporção média de acumulação foi aproximadamente 5 vezes em relação a uma dose única. No estado de equilíbrio, os valores médios (CV%) Cmax e ASC para a Apalutamida foram de 6 μg/mL (28%) e 100 μg.h/mL (32%), respectivamente. As flutuações diárias nas concentrações plasmáticas de Apalutamida foram baixas, com uma relação média entre de pico até vale de 1,63. Foi observado um aumento na depuração aparente (CL/F) com dose repetida, provavelmente devido à indução do próprio metabolismo da Apalutamida.
No estado de equilíbrio, os valores médios (CV%) Cmax e ASC para o principal metabolito ativo, N-desmetilapalutamida, foram de 5,9 μg/mL (18%) e 124 μg.h/mL (19%), respectivamente. N-desmetil-apalutamida é caracterizada por um perfil de concentração plana no tempo no estado de equilíbrio com uma relação média de pico até o vale de 1,27. A proporção média (CV%) do metabolito de ASC/fármaco-mãe para N-desmetil-apalutamida após administração de dose repetida foi de cerca de 1,3 (21%). Com base na exposição sistêmica, a potência relativa e as propriedades farmacocinéticas, a N-desmetil-apalutamida provavelmente contribuiu para a atividade clínica da Apalutamida.
Absorção
Após a administração oral, o tempo médio para atingir a concentração plasmática máxima (tmax) foi de 2 horas (intervalo: 1 a 5 horas). A biodisponibilidade oral média absoluta é de aproximadamente 100%, indicando que a Apalutamida é completamente absorvida após a administração oral.
A administração de Apalutamida em indivíduos saudáveis em condições de jejum e após uma refeição rica em gordura não resultou em mudanças clinicamente relevantes no Cmax e ASC. O tempo mediano para atingir tmax foi atrasado cerca de 2 horas com alimentos.
Distribuição
O volume aparente médio de distribuição no estado de equilíbrio da Apalutamida é de cerca de 276 L. O volume de distribuição da Apalutamida é maior do que o volume da água corporal total, indicando uma distribuição extravascular extensiva.
A Apalutamida e a N-desmetil-apalutamida são 96% e 95% ligadas a proteínas plasmáticas, respectivamente, e principalmente ligam-se a albumina sérica independente da concentração.
Metabolismo
Após administração oral única de 240 mg de Apalutamida marcada com 14C, a Apalutamida, o metabolito ativo, a N-desmetil-apalutamida e um metabólito de ácido carboxílico inativo representaram a maioria da 14C-radioatividade no plasma, representando 45%, 44% e 3%, respectivamente, do total 14C-AUC.
O metabolismo é a principal via de eliminação da Apalutamida. É metabolizado principalmente por CYP2C8 e CYP3A4 para formar N-desmetil-apalutamida. A apalutamide e a N-desmetil-apalutamida são ainda metabolizados para formar o metabólito de ácido carboxílico inativo pela carboxilesterase. A contribuição de CYP2C8 e CYP3A4 no metabolismo da Apalutamida é estimada em 58% e 13% após a dose única, mas muda para 40% e 37%, respectivamente, no estado de equilíbrio.
Eliminação
A Apalutamida, principalmente sob a forma de metabólitos, é eliminada principalmente através da urina. Após uma única administração oral de Apalutamida radiomarcada, 89% da radioatividade foi recuperada até 70 dias após a dose: 65% foi recuperado na urina (1,2% da dose como Apalutamida inalterada e 2,7% como N-desmetilApalutamida) e 24% foi recuperado nas fezes (1,5% de dose como Apalutamida inalterada e 2% como N-desmetil-apalutamida).
O CL/F da Apalutamida é 1,3 L/h após administração única e aumenta para 2,0 L/h no estado de equilíbrio após uma dose única diária. A meia-vida efetiva média para a Apalutamida em indivíduos é de cerca de 3 dias no estado de equilíbrio.
População especial
Os efeitos da insuficiência renal, insuficiência hepática, idade, raça e outros fatores extrínsecos na farmacocinética da Apalutamida estão resumidos na Figura 4.
Figura 4: Efeitos de fatores intrínsecos/extrínsecos e outros medicamentos em Apalutamida
a Os parâmetros de Farmacocinética (PK) (Cmax e ASC) são para a Apalutamida, exceto nos estudos de interação do fármaco, onde são para porções ativas (isto é, Apalutamida não ligada + N-desmetil-apalutamida não ligada ajustada a potência).
b O grau de insuficiência renal foi determinado com base em eGFR utilizando a equação do estudo da modificação da dieta na doença renal (MDRD); normal (≥90 mL/ min/1,73m2 ), leve (60-89 mL/min/1,73m2 ), moderada (30-59 mL/min /1,73m2 ).
c Os dados incluíram 2 indivíduos com insuficiência renal grave (≤ 29 mL/min/1,73m2 ).
d O grau de comprometimento hepático foi determinado com base na classificação Child-Pugh; leve (Child-Pugh A), moderado (Child-Pugh B).
e Uma análise de PK da população demonstrou que a insuficiência hepática leve (com base nos critérios do Instituto Nacional do Câncer) não influencia a exposição da Apalutamida.
f Efeitos na PK no estado de equilíbrio de porções ativas com base em simulações
Não foram observadas diferenças clinicamente significativas na farmacocinética da Apalutamida e da N-desmethyl apalutamide em indivíduos com insuficiência renal leve (eGFR 60-89 mL/min/1,73m2 ) ou moderada (eGFR 30-59 mL/min/1,73m2 ), insuficiência hepática leve (Child-Pugh A) ou moderada (Child-Pugh B), idade variando de 18 a 94 anos ou entre diferentes raças.
O efeito potencial de insuficiência renal grave ou doença renal terminal (eGFR ≤ 29 mL/min/1,73m2 ) não foi estabelecido devido a dados insuficientes. Os dados clínicos e farmacocinéticos não estão disponíveis para pacientes com insuficiência hepática grave (Child-Pugh Classe C).
Como devo armazenar o Erleada?
Erleada® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC) em sua embalagem original. Não descartar o agente dissecante. Proteger da luz e da umidade.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Válido por 6 semanas após aberto.
Aspecto físico
Os comprimidos revestidos de Erleada® 60 mg são amarelados a verde acinzentados, de forma oblonga com marcação "AR 60" de um lado do comprimido.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Erleada
MS- 1.1236.3419
Farm. Resp.:
Erika Diago Rufino
CRF/SP nº 57.310
Registrado por:
Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 2041, São Paulo – SP
CNPJ 51.780.468/0001-87
Fabricado por:
Janssen Ortho LLC - Gurabo, Porto Rico – EUA.
Importado por:
Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
Rodovia Presidente Dutra, km 154 - São José dos Campos – SP
CNPJ 51.780.468/0002-68
® Marca Registrada.
Venda sob prescrição médica.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Apalutamida
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 6 de Dezembro de 2024.
Erleada 60mg, caixa com 120 comprimidos revestidos
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