Bula do Finastec
Princípio Ativo: Finasterida
Finastec, para o que é indicado e para o que serve?
Seu médico prescreveu Finastec porque você apresenta uma condição conhecida como hiperplasia prostática benigna (HPB), ou seja, sua próstata, localizada próximo da bexiga, aumentou de tamanho, causando dificuldades pra a passagem da urina.
Como Finastec funciona?
Finastec é um inibidor da 5-alfa-redutase.
Finastec causa regressão da hipertrofia (aumento do tamanho) da próstata.
Finastec diminui o volume aumentado da próstata e alivia os sintomas urinários.
Finastec ajuda a reduzir o risco de desenvolvimento de uma incapacidade de urinar repentina (retenção urinária aguda) e de necessidade de cirurgia.
O que é a próstata?
A próstata é uma glândula que existe somente no homem.
Ela é do tamanho de uma noz e está localizada abaixo da bexiga.
A próstata envolve a uretra – um tubo que transporta a urina da bexiga até o orifício de saída do pênis e sua principal função é produzir fluído para o sêmen (líquido que
transporta o esperma).
O que é HPB?
A HPB é um aumento benigno da próstata, comum em homens com mais de 50 anos de idade.
Como a próstata está próxima da bexiga e envolve parte da uretra, seu aumento pode prejudicar a capacidade de urinar.
Uma pessoa com HPB pode apresentar alguns sintomas, como necessidade de urinar com frequência (principalmente à noite), sensação de urgência para urinar, dificuldade em começar a urinar, fluxo urinário fraco ou interrompido ou sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga.
Em alguns homens, a HPB pode causar problemas graves, incluindo infecções urinárias, incapacidade repentina de urinar, bem como necessidade de cirurgia.
Por essa razão, o homem com sintomas de HPB deve consultar seu médico.
Quais as contraindicações do Finastec?
Você não deve tomar Finastec se:
Apresentou casos de hipersensibilidade a qualquer componente do produto.
A condição para a qual Finastec é indicado ocorre somente em homens.
Mulheres e crianças não devem tomar Finastec.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres e crianças.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Como usar o Finastec?
Tome um comprimido revestido de Finastec diariamente, com ou sem alimentos.
Siga as orientações de seu médico.
Lembre-se que leva muitos anos até que sua próstata aumente o suficiente para causar sintomas de HPB.
Da mesma forma, Finastec pode tratar seus sintomas e controlar a doença apenas se você continuar o tratamento por um longo período.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O que devo fazer seu eu me esquecer de usar Finastec?
Tente tomar Finastec conforme a prescrição médica.
No entanto, se você deixou de tomar uma dose, deverá tomar a dose seguinte como de costume, isto é, na hora regular e sem duplicar a dose.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico, ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Finastec?
Informe seu médico sobre quaisquer problemas médicos e alergias que esteja apresentando ou tenha apresentado.
A HPB desenvolve-se ao longo de um extenso período de tempo.
Alguns pacientes apresentam melhora dos sintomas logo no início do tratamento, porém outros podem precisar tomar Finastec por pelo menos seis meses até que essa melhora seja observada. Percebendo ou não qualquer melhora ou alteração dos sintomas, a terapia com Finastec pode reduzir o risco de incapacidade repentina de urinar, bem como de necessidade de cirurgia.
O paciente deve consultar seu médico regularmente para realização de exames periódicos e avaliação de seu progresso.
Embora a HPB não seja um câncer e não cause câncer, as duas condições podem existir ao mesmo tempo.
Apenas o médico pode avaliar seus sintomas e suas possíveis causas.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Finastec?
Como qualquer medicamento, Finastec pode provocar efeitos inesperados ou indesejáveis, denominados efeitos adversos.
No entanto, estes efeitos não são comuns e não afetam a maioria dos homens.
Os efeitos adversos comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento) decorrentes do uso de finasterida podem incluir:
Impotência (incapacidade de obter ereção) ou menos desejo de manter relação sexual.
Alguns homens podem apresentar (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento) também alterações ou problemas com a ejaculação, como diminuição da quantidade de sêmen liberado durante o ato sexual (esta diminuição, porém, parece não interferir com a função sexual normal).
Em alguns casos, estes efeitos colaterais desaparecem com a continuidade do tratamento com finasterida.
Caso persistam, geralmente desaparecem com a interrupção do tratamento.
Além disso, alguns homens podem apresentar (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento) inchaço e/ou sensibilidade nas mamas.
Alguns homens também reportaram:
Reações alérgicas (como erupções cutâneas, coceira, urticária e inchaço dos lábios, língua, garganta e da face); dor nos testículos; incapacidade de ter ereção que continuou após a descontinuação do tratamento; problemas com a ejaculação que continuou após a descontinuação do tratamento; infertilidade masculina e/ou baixa qualidade do sêmen, que melhora após
descontinuação do tratamento; depressão; diminuição do desejo sexual que continuou após a descontinuação do tratamento; em raros casos câncer de mama masculino.
Informe seu médico imediatamente se apresentar estes ou quaisquer outros sintomas incomuns.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Finastec
Gravidez e Amamentação:
Finastec é indicado somente para homens.
Finastec é indicado apenas para o tratamento de homens com HPB.
Mulheres grávidas ou em idade fértil não devem tomar Finastec nem devem manusear comprimidos quebrados ou esfarelados deste medicamento.
Essa precaução é necessária porque, quando uma mulher grávida de um feto do sexo masculino absorve o ingrediente ativo de Finastec por via oral ou pela pele, o feto pode nascer com anomalias nos órgãos sexuais.
Portanto, consulte um médico caso uma mulher grávida entre em contato com o ingrediente ativo de Finastec.
É importante ressaltar, porém, que o contato com o ingrediente ativo de Finastec só é possível quando se manipula comprimidos quebrados ou esfarelados do medicamento.
Por serem revestidos, os comprimidos de Finastec impedem o contato direto com o ingrediente ativo quando estão em sua forma original.
Uso Pediátrico:
Finastec não é indicado para o uso em crianças.
Dirigir ou Operar Máquinas:
Finastec não afeta a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Qual a composição do Finastec?
Cada comprimido revestido contém:
Finasterida | 5mg |
Excipientes q.s.p* | 1 comprimido revestido |
*Croscarmelose sódica, amido, estearato de magnésio, povidona, lactose, laurilsulfato de sódio, hipromelose, macrogol, talco, dióxido de titânio e corante laca azul FD&C nº2.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Finastec maior do que a recomendada?
Se você tomar muitos comprimidos, entre em contato com seu médico imediatamente.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.
Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Finastec com outros remédios?
Comprimido 1mg
Não foram identificadas interações medicamentosas de importância clínica. A Finasterida parece não afetar o sistema enzimático ligado ao citocromo P450, responsável pela metabolização de medicações. Os compostos que foram testados em homens incluíram propranolol, digoxina, gliburida, varfarina, teofilina e antipirina e não foram verificadas interações.
Embora não tenham sido realizados estudos específicos de interação, doses de Finasterida de 1mg ou mais foram utilizadas em estudos clínicos concomitantemente com inibidores da ECA, paracetamol, alfabloqueadores, benzodiazepínicos, betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, nitratos, diuréticos, antagonistas H2, inibidores da HMG-CoA redutase, inibidores da síntese de prostaglandina (AINEs) e quinolonas, sem evidência de interações adversas clinicamente significativas.
Comprimido 5mg
Não foram identificadas interações medicamentosas de importância clínica. A Finasterida é metabolizada principalmente via citocromo P450 3A4, mas não parece afetar significativamente o sistema. Embora do risco da Finasterida afetar a farmacocinética de outros medicamentos seja estimado como pequeno, é provável que os inibidores e indutores do citocromo P450 3A4 afetem a concentração plasmática de Finasterida. No entanto, com base nas margens de segurança estabelecidas, qualquer aumento devido ao uso concomitante de tais inibidores é improvável que tenha significado clínico. Os compostos que foram testados no homem incluíram propranolol, digoxina, glibenclamida, varfarina, teofilina e fenazona e não foram encontradas interações clinicamente significativas.
Exames Laboratoriais
Efeitos sobre os Níveis de PSA
As concentrações séricas de PSA estão correlacionadas com a idade do paciente e o volume da próstata e este está correlacionado com a idade do paciente. Ao se avaliar o teste de PSA, deve-se ter em mente que os níveis de PSA diminuem em pacientes tratados com Finasterida. Na maioria dos pacientes, observa-se rápida redução nos níveis de PSA nos primeiros meses de terapia, que, a partir daí, estabilizam-se em um novo valor basal; os valores pós-tratamento aproximam-se da metade dos valores anteriores ao tratamento. Desse modo, em pacientes típicos tratados com Finasterida durante pelo menos seis meses, os valores do PSA devem ser duplicados para comparação com a variação normal em pacientes não tratados.
A porcentagem de PSA livre (razão PSA livre/total) não é diminuída significativamente pela Finasterida, que permanece constante mesmo sob a influência do medicamento. Quando a porcentagem de PSA livre é utilizada como auxiliar na detecção do câncer de próstata, não é necessário ajuste para seu valor.
Qual a ação da substância do Finastec?
Resultados de Eficácia
Comprimido 1mg
Estudos em Homens
A eficácia de Finasterida foi demonstrada em três estudos que incluíram 1.879 homens de 18 a 41 anos de idade com perda de cabelo leve a moderada, porém não completa, na área do vértex e frontal/intermediária. Nesses estudos, o crescimento capilar foi avaliado através da utilização de quatro medidas, incluindo contagem de cabelos, classificação de fotografias da cabeça por um painel de dermatologistas especialistas, avaliação do pesquisador e autoavaliação feita pelo paciente.
Nos dois estudos em homens com perda de cabelo no vértex, o tratamento com Finasterida continuou por 5 anos, período durante o qual os pacientes apresentaram melhora nos primeiros três meses de uso, em comparação tanto com o período basal como com o placebo. O tratamento com Finasterida durante 5 anos resultou em estabilização da perda de cabelo em 90% dos homens, com base na avaliação fotográfica, e em 93%, com base na avaliação do pesquisador. Além disso, foi relatado aumento do crescimento de cabelos por 65% dos homens que receberam Finasterida com base na contagem de cabelos (versus 0% no grupo placebo), por 48% com base na avaliação fotográfica (versus 6% no grupo placebo) e por 77% com base na avaliação do pesquisador (versus 15% no grupo placebo). Em contrapartida, no grupo placebo, observou-se perda de cabelo gradual ao longo do tempo em 100% dos homens com base na contagem de cabelos (versus 35% dos homens que receberam Finasterida), em 75% com base na avaliação fotográfica (versus 10% dos homens que receberam Finasterida) e em 38% com base na avaliação do pesquisador (versus 7% dos homens tratados com Finasterida).
Além disso, a autoavaliação feita pelos pacientes demonstrou aumento significativo na densidade do cabelo, diminuição na perda de cabelo e melhora da aparência do cabelo durante 5 anos de tratamento com Finasterida. Enquanto as avaliações do cabelo, em comparação com o período basal, foram melhores em homens tratados com Finasterida por 2 anos e diminuíram de forma gradual subsequentemente (por exemplo, aumento de 88 fios de cabelo em uma área representativa de 5,1 cm2 em 2 anos e aumento de 38 fios de cabelo em 5 anos), a perda de cabelo no grupo placebo piorou progressivamente em comparação com o período basal (redução de 50 fios de cabelo em 2 anos e 239 fios de cabelo em 5 anos). Assim, com base nessas quatro medidas, a diferença entre os grupos de tratamento continuou aumentando ao longo de 5 anos dos estudos.
Um estudo com duração de 12 meses, que incluiu homens com perda de cabelo na área frontal/intermediária, também demonstrou melhora significativa no crescimento e na aparência do couro cabeludo, conforme as mesmas medidas descritas acima.
Um estudo controlado por placebo, de 48 semanas de duração, desenhado para determinar o efeito de Finasterida nas fases do ciclo de crescimento capilar (fase de crescimento [anágena] e fase de repouso [telógena]) na calvície do vértex, incluiu 212 homens com alopecia androgênica. No período basal e em 48 semanas, a contagem total de cabelos, na fase telógena e na fase anágena, foi obtida em uma área-alvo de 1 cm² do couro cabeludo. O tratamento com Finasterida aumentou o número de cabelos na fase anágena, enquanto os homens do grupo placebo perderam cabelos nesta fase. Em 48 semanas, os homens tratados com Finasterida mostraram aumento real na contagem total de cabelos e na fase anágena, de 17 e 27 cabelos, respectivamente, em comparação com o placebo. Esse aumento na contagem de cabelos na fase anágena, em comparação com a contagem total de cabelos, levou a uma melhora real na razão anágena/telógena de 47%, em 48 semanas, em homens tratados com Finasterida, comparado ao placebo. Esses dados fornecem evidências diretas de que o tratamento com Finasterida promove a conversão de folículos capilares para a fase de crescimento ativo.
Em resumo, esses estudos demonstraram que o tratamento com Finasterida aumenta o crescimento capilar e previne a perda de cabelo adicional em homens com alopecia androgênica.
Estudos em Mulheres
A falta de eficácia foi demonstrada em mulheres pós-menopausadas com alopecia androgênica, tratadas com Finasterida, em um estudo controlado por placebo de 12 meses de duração (n= 137). Essas mulheres não apresentaram melhora nos parâmetros de contagem de cabelo, autoavaliação feita pela paciente, avaliação pelo pesquisador ou nas classificações baseadas em fotografias padronizadas, em comparação com o grupo placebo.
Comprimido 5mg
Os dados dos estudos descritos a seguir, que demonstram redução do risco de retenção urinária aguda e cirurgia, melhora dos sintomas relacionados à HPB, aumento das velocidades máximas de fluxo urinário e redução do volume da próstata, sugerem que Finasterida reverte a progressão da HPB em homens com próstata aumentada.
Finasterida, na dose de 5 mg/dia, foi avaliado inicialmente em pacientes com sintomas de HPB e próstatas aumentadas ao exame de toque retal em dois estudos fase III, de 1 ano, randômicos, duplocegos e controlados com placebo, e em suas extensões em regime aberto de 5 anos de duração. Dos 536 pacientes distribuídos originalmente de modo randômico para receber 5 mg/dia de Finasterida, 234 completaram a terapia adicional de 5 anos e foram disponibilizados para análise. Os parâmetros de eficácia foram escore dos sintomas, velocidade máxima de fluxo urinário e volume da próstata.
Finasterida foi avaliado adicionalmente no estudo PLESS, um estudo de 4 anos, multicêntrico, duplocego, randômico e controlado com placebo, que avaliou o efeito da terapia com 5 mg/dia de Finasterida sobre os sintomas de HPB e sobre os eventos urológicos relacionados à HPB (intervenção cirúrgica [por exemplo, ressecção transuretral da próstata e prostatectomia] ou retenção urinária aguda com necessidade de cateterização). Foram distribuídos de modo randômico para o estudo 3.040 pacientes (1.524 para a Finasterida e 1.516 para o placebo), com idades entre 45 e 78 anos, com sintomas moderados a graves de HPB e próstata aumentada ao exame de toque retal, dos quais 3.016 foram avaliáveis quanto à eficácia. Um total de 1.883 pacientes (1.000 do grupo Finasterida, 883 do grupo placebo) completaram o estudo de 4 anos. Também foram avaliados a velocidade máxima de fluxo urinário e o volume da próstata.
Efeito sobre a retenção urinária aguda e necessidade cirurgia
No estudo PLESS, de 4 anos, 13,2% dos pacientes tratados com placebo apresentaram necessidade de cirurgia ou retenção urinária aguda com necessidade de cateterização, em comparação com 6,6% dos pacientes tratados com Finasterida, representando uma redução de 51% do risco de cirurgia ou de retenção urinária aguda em 4 anos. Finasterida reduziu o risco de cirurgia em 55% (10,1% para o placebo versus 4,6% para Finasterida) e reduziu o risco de retenção urinária aguda em 57% (6,6% para o placebo versus 2,8% para Finasterida). A redução do risco ficou evidente entre os grupos de tratamento na primeira avaliação (4 meses) e foi mantida pelos 4 anos do estudo (veja as Figuras 1 e 2).
A Tabela 1 a seguir apresenta as taxas de ocorrência e a redução do risco de eventos urológicos durante o estudo.
Figura 1: Porcentagem de Pacientes Submetidos à Cirurgia para HPB, Incluindo RTUP*
RTUP: Ressecção Transuretral da Próstata.
Figura 2: Porcentagem de Pacientes com Desenvolvimento de Retenção Urinária Aguda (Espontânea e Precipitada)
Tabela 1: Taxas de redução urológicos e redução do risco por Finasterida durante 4 anos
Porcentagem de pacientes |
|||
Eventos urológicos |
Placebo (n= 1.503) | Finasterida (n= 1.513) |
Redução do risco |
Cirurgia ou retenção urinária aguda |
13,2% | 6,6% |
51%* |
Cirurgia† |
10,1% | 4,6% |
55%* |
RTUP |
8,3% | 4,2% |
49%* |
Retenção urinária aguda |
6,6% | 2,8% |
57%* |
†Cirurgia relacionada à HPB.
* p< 0,001.
Efeito sobre o escore dos sinomas
Nos dois estudos fase III, de 1 ano de duração, a média do escore de sintomas totais diminuiu em relação à fase inicial logo na 2ª semana. Em comparação com o placebo, observou-se melhora significativa dos sintomas no 7º e no 10º meses destes estudos. Embora tenha sido observada melhora precoce dos sintomas urinários em alguns pacientes, um estudo terapêutico, de pelo menos 6 meses, foi em geral necessário para avaliar se uma resposta benéfica no alívio dos sintomas foi alcançada. A melhora dos sintomas de HPB manteve-se durante todo o primeiro ano e por mais outros 5 anos nos estudos deextensão.
Os pacientes do estudo PLESS, de 4 anos, apresentavam sintomas moderados a graves na fase inicial (média de aproximadamente 15 pontos, em escala de 0 a 34 pontos). Entre aqueles que permaneceram na terapia durante os 4 anos do estudo, foi observada melhora de 3,3 pontos no escore dos sintomas com Finasterida em comparação com uma melhora de 1,3 ponto observada no grupo placebo (p< 0,001). Ficou evidente uma melhora do escore dos sintomas no 1º ano nos pacientes tratados com Finasterida e esta melhora continuou até o 4º ano. Em contrapartida, os pacientes que receberam placebo apresentaram melhora no escore de sintomas no primeiro ano, porém apresentaram piora após este período. Os pacientes com sintomas moderados a graves na fase inicial tiveram tendência a apresentar melhora superior de escore dos sintomas.
Efeito sobre a velocidade máxima de fluxo urinário
Nos dois estudos fase III, de 1 ano de duração, a velocidade máxima de fluxo urinário aumentou de forma significativa na 2ª semana, em comparação com a fase inicial. Comparado com o placebo, observou-se aumento significativo no 4º e no 7º meses. Este efeito manteve-se durante todo o primeiro ano e por mais 5 anos dos estudos de extensão. No estudo PLESS, de 4 anos, houve uma nítida separação entre os grupos de tratamento em relação à velocidade máxima de fluxo urinário a favor de Finasterida no 4º mês, que se manteve durante todo o estudo. A média da velocidade máxima de fluxo urinário na fase inicial foi de aproximadamente 11 mL/s nos dois grupos de tratamento. Entre os pacientes que permaneceram na terapia durante todo o estudo e apresentaram dados avaliáveis de fluxo urinário, Finasterida aumentou a velocidade máxima de fluxo urinário em 1,9 mL/s em comparação com um aumento de 0,2 mL/s observado no grupo placebo.
Efeito sobre o volume da próstata
Nos dois estudos fase III, de 1 ano de duração, a média do volume da próstata na fase inicial variou de 40 a 50 cc. Nos dois estudos, o volume da próstata foi reduzido de forma significativa em comparação com a fase inicial e com o placebo na primeira avaliação (3 meses). Este efeito manteve-se durante todo o primeiro ano e por mais 5 anos dos estudos de extensão.
No estudo PLESS, de 4 anos, o volume da próstata foi avaliado anualmente por ressonância magnética (RMI) em um subgrupo de pacientes (n= 284). Nos pacientes tratados com Finasterida, o volume da próstata foi reduzido, tanto em comparação com a fase inicial como com o tratamento com placebo durante todo o período de 4 anos do estudo. Dos pacientes do subgrupo de RMI, que permaneceram em terapia durante todo o estudo, Finasterida diminuiu o volume da próstata em 17,9% (de 55,9 cc na fase inicial para 45,8 cc após 4 anos) em comparação com um aumento de 14,1% (de 51,3 cc para 58,5 cc) do grupo placebo (p< 0,001).
Volume da próstata como indicador da resposta terapêutica
Uma metanálise que combinou dados de 1 ano de sete estudos duplo-cegos e controlados com placebo, com desenhos semelhantes, envolvendo 4.491 pacientes com HPB sintomática, demonstrou que, nos pacientes tratados com Finasterida, a magnitude da resposta dos sintomas e o nível de melhora da velocidade máxima de fluxo urinário foram maiores em pacientes com próstata aumentada (aproximadamente >40 cc) na fase inicial.
Outros estudos clínicos
Os efeitos urodinâmicos da Finasterida no tratamento da obstrução da vazão da bexiga decorrente de HPB foram avaliados por meio de técnicas invasivas, em um estudo duplo-cego e controlado com placebo, de 24 semanas de duração, que envolveu 36 pacientes com sintomas moderados a graves de obstrução urinária e velocidade máxima de fluxo urinário <15 mL/s. Os pacientes tratados com 5 mg de Finasterida demonstraram alívio da obstrução, conforme evidenciado através da melhora significativa da pressão detrusora e do aumento da média de velocidade de fluxo, em comparação com aqueles que receberamplacebo.
Um estudo duplo-cego e controlado com placebo, de um ano de duração, avaliou por ressonância magnética o efeito da Finasterida sobre o volume das zonas periféricas e periuretrais da próstata em 20 homens com HPB. Os pacientes tratados com Finasterida, ao contrário dos que receberam placebo, apresentaram redução significativa (11,5 ± 3,2 cc [SE]) do tamanho total da glândula, em grande parte em razão de uma redução (6,2 ± 3 cc) do tamanho da zona periuretral. Uma vez que a zona periuretral é responsável pela obstrução do fluxo, esta redução pode ser responsável pela resposta clínica benéfica observada nessespacientes.
Características Farmacológicas
Comprimido 1mg
Farmacologia clínica
Mecanismo de Ação
A Finasterida é um inibidor competitivo e específico da 5α-redutase do tipo II, capaz de formar lentamente com esta um complexo enzimático estável. O turnover desse complexo é extremamente lento (t1⁄2 a 30 dias). A Finasterida não tem afinidade pelo receptor de androgênio e não possui efeitos androgênicos, antiandrogênicos, estrogênicos, antiestrogênicos ou progestagênicos. A inibição dessa enzima bloqueia a conversão periférica da testosterona ao androgênio diidrotestosterona (DHT), resultando em reduções significativas das concentrações séricas e teciduais de DHT. A Finasterida produz rápida redução dos níveis séricos de DHT, alcançando supressão significativa no período de 24 horas após a administração.
Os folículos capilares contêm a 5α-redutase do tipo II. Em homens com alopecia androgênica, a área calva possui folículos capilares miniaturizados e quantidades aumentadas de DHT. A administração de Finasterida a esses homens diminui as concentrações de DHT no soro e no couro cabeludo. Além disso, homens com deficiência genética de 5α-redutase do tipo II não apresentam alopecia androgênica. Esses dados e os resultados dos estudos clínicos comprovam que a Finasterida inibe o processo responsável pela miniaturização dos folículos capilares do couro cabeludo, levando à reversão do processo de calvície.
Absorção
Em relação a uma dose intravenosa de referência, a biodisponibilidade oral da Finasterida é de aproximadamente 80%. A biodisponibilidade não é prejudicada pelos alimentos. A concentração plasmática máxima da Finasterida é alcançada aproximadamente 2 horas após a ingestão, e a absorção é completa depois de 6 a 8 horas.
Distribuição
A ligação às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 93%. O volume de distribuição da Finasterida é de aproximadamente 76 litros. Após a administração de múltiplas doses, ocorre pequeno acúmulo de Finasterida no plasma. Em estado de equilíbrio, após uma dose de 1mg/dia, a concentração plasmática máxima de Finasterida atingiu em média 9,2ng/mL, alcançada 1 a 2 horas após a dose; a AUC(0-24 h) foi de 53ng.h/mL.
A Finasterida foi detectada no liquor (líquido cefalorraquidiano - LCR), mas a medicação parece não se concentrar preferencialmente no LCR. Uma quantidade muito pequena de Finasterida também foi detectada no líquido seminal de indivíduos sob uso de Finasterida.
Metabolismo
A Finasterida é metabolizada principalmente pela subfamília 3A4 do sistema enzimático do citocromo P450. Após uma dose oral de Finasterida marcada com C14 em homens, foram identificados dois metabólitos da Finasterida que possuem apenas uma pequena fração da atividade inibitória da 5α-redutase da Finasterida.
Eliminação
Após uma dose oral de Finasterida marcada com C14 em homens, 39% da dose foram excretados na urina na forma de metabólitos (para todos os efeitos, não se encontrou medicamento inalterado na urina) e 57% da dose total foram excretados nas fezes. A depuração plasmática é de aproximadamente 165mL/min. A taxa de eliminação da Finasterida diminui um pouco com a idade. A meia-vida terminal média é de aproximadamente 5 a 6 horas em homens de 18-60 anos de idade e de 8 horas em homens com mais de 70 anos de idade. Esses achados não possuem importância clínica e, portanto, não servem como base para a redução da dose em pacientes idosos.
Farmacodinâmica
A Finasterida não apresentou efeito sobre os níveis circulantes de cortisol, hormônio estimulante da tiroide ou tiroxina, nem efeito sobre o perfil lipídico do plasma (por exemplo, colesterol total, lipoproteínas de baixa densidade, lipoproteínas de alta densidade e triglicérides) ou sobre a densidade mineral óssea. Em estudos clínicos, com a Finasterida, não foram detectados efeitos significativos no hormônio luteinizante (LH), hormônio folículo estimulante (FSH), estradiol ou prolactina. O estímulo do hormônio de liberação da gonadotrofina (GnRH) nos níveis de LH ou FSH não foi alterado, indicando que o controle regulatório do eixo hipofisário-testicular não foi afetado.
O nível de testosterona circulante aumentou aproximadamente 10-15% comparado com o placebo, entretanto mantendo-se dentro do nível fisiológico. Não houve efeito nos parâmetros do sêmen em homens tratados com Finasterida 1mg/dia por 48 semanas. A Finasterida parece ter inibido tanto o metabolismo do esteroide C19 como o do C21 e, consequentemente, parece ter apresentado efeito inibitório sobre as atividades hepática e periférica da 5α-redutase tipo II. Os níveis séricos dos metabólitos da DHT – androstenediol glicuronida e androsterona glicuronida – também apresentaram redução significativa. Este padrão metabólico é semelhante ao observado em indivíduos com deficiência genética de 5α-redutase tipo II, que apresentam níveis acentuadamente diminuídos de DHT e que não sofrem de calvície de padrão masculino.
Comprimido 5mg
Finasterida, um composto sintético 4-azasteróide, é um inibidor específico da 5α-redutase tipo II, uma enzima intracelular que metaboliza a testosterona no andrógeno mais potente, a diidrotestosterona (DHT). Na hiperplasia prostática benigna, o aumento da glândula prostática depende da conversão da testosterona em DHT dentro da próstata. Finasterida é altamente eficaz na redução da DHT circulante e intraprostática. A Finasterida não tem afinidade pelo receptor androgênico.
Em estudos clínicos de pacientes com sintomas moderados a graves de HPB, próstata aumentada em exame retal digital e baixos volumes urinários residuais, a Finasterida reduziu a incidência de retenção aguda de urina de 7/100 para 3/100 ao longo de quatro anos, e a necessidade de cirurgia (RTUP ou prostatectomia) de 10/100 para 5/100. Estas reduções foram associadas a uma melhora de 2 pontos no escore de sintomas QUASI-AUA (variação de 0-34), uma regressão sustentada no volume da próstata de aproximadamente 20% e um aumento sustentado na taxa de fluxo urinário.
Terapia médica de sintomas prostáticos
O Medical Therapy of Prostatic Symptoms (MTOPS) foi um estudo de 4 a 6 anos em 3.047 homens com HPB sintomática que foram randomizados para receber Finasterida doxazosina 4 ou 8 mg/dia*, combinação de Finasterida e doxazosina 4 ou 8 mg/dia* ou placebo. O endpoint primário foi o tempo até à progressão clínica da HPB, definida como um aumento confirmado ≥ 4 pontos em relação aos valores iniciais no escore dos sintomas, retenção urinária aguda, insuficiência renal relacionada à HPB, infecções recorrentes do trato urinário ou urossepsis, ou incontinência. Comparado ao placebo, o tratamento com Finasterida, doxazosina ou terapia combinada resultou em uma redução significativa no risco de progressão clínica da HPB de 34 (p = 0,002), 39 (p <0,001) e 67% (p <0,001), respectivamente. A maioria dos eventos (274 de 351) que constituíram a progressão da HPB foram aumentos confirmados de 4 pontos ou mais no escore de sintomas; o risco de progressão do escore de sintomas foi reduzido em 30 (IC 95% 6 a 48%), 46 (95% IC 25 a 60%) e 64% (IC 95% 48 a 75%) com finasterida, doxazosina e terapia combinada, respectivamente, em comparação ao placebo. A retenção urinária aguda foi responsável por 41 dos 351 eventos de progressão da HPB; o risco de desenvolver retenção urinária aguda foi reduzido em 67 (p = 0,011), 31 (p = 0,296) e 79% (p = 0,001) nos grupos finasterida, doxazosina e terapia combinada, respectivamente, em comparação ao placebo. Apenas os grupos de finasterida e terapia combinada foram significativamente diferentes do placebo.
* Titulado de 1 mg a 4 ou 8 mg, conforme tolerado durante um período de 3 semanas.
Farmacocinética
Após dose oral de 14C-finasterida em homens, 39% da dose foi excretada na urina na forma de metabólitos (praticamente, não foi excretado nenhum fármaco na forma inalterada na urina) e 57% da dose total foram excretados nas fezes. Foram identificados dois metabolitos que possuem apenas uma pequena fração da atividade de alfa-redutase tipo II da Finasterida.
Em relação a uma dose intravenosa de referência, a biodisponibilidade oral da Finasterida é de aproximadamente 80%. A biodisponibilidade não é afetada pela presença de alimentos. São atingidas concentrações plasmáticas máximas de Finasterida aproximadamente duas horas após a administração e a absorção é completa após seis a oito horas. A taxa de ligação a proteínas plasmáticas é de aproximadamente 93%. O clearance plasmático e o volume de distribuição da Finasterida são de aproximadamente 165 mL/min e 76 litros, respectivamente.
A velocidade de eliminação da Finasterida é ligeiramente diminuída em idosos. A meiavida média é prolongada, passando de aproximadamente 6 horas, em homens entre 18 e 60 anos, para 8 horas, em homens com mais de 70 anos de idade. Este achado não representa significância clínica e, consequentemente, não é recomendada redução da dose.
Em pacientes com insuficiência renal crônica, cujos clearance de creatinina variaram de 9 a 55 mL/min, a disposição de uma dose única de 14C-finasterida não foi diferente da de voluntários saudáveis. A taxa de ligação a proteínas também não foi diferente em pacientes com insuficiência renal. Uma parte dos metabólitos, que normalmente é excretada por via renal, foi excretada nas fezes. Portanto, parece que a excreção fecal aumenta proporcionalmente conforme reduz a excreção urinária dos metabólitos. Não é necessário ajuste de dose para pacientes com insuficiência renal não dialisados.
Não há dados disponíveis em pacientes com insuficiência hepática.
Verificou-se que a Finasterida atravessa a barreira hematoencefálica. Pequenas quantidades de Finasterida foram recuperadas no fluido seminal dos pacientes tratados.
Dados pré-clínicos de segurança
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, com base em estudos convencionais de toxicidade de dose repetida, genotoxicidade e potencial carcinogênico. Estudos de toxicologia reprodutiva em ratos machos demonstraram redução dos pesos da próstata e da vesícula seminal, redução da secreção das glândulas genitais acessórias e redução do índice de fertilidade (causada pelo efeito farmacológico primário da Finasterida). A relevância clínica desses achados não é clara.
Tal como ocorre com outros inibidores da 5-alfa-redutase, observou-se femininização de fetos de ratos machos com a administração de Finasterida no período de gestação. A administração intravenosa de Finasterida em macacas rhesus prenhes em doses até 800 ng/dia durante todo o período de desenvolvimento embrionário e fetal não resultou em anormalidades em fetos do sexo masculino. Esta dose é cerca de 60-120 vezes superior à quantidade estimada no sêmen de um homem que tomou 5 mg de Finasterida e ao qual uma mulher pode ser exposta através do sêmen. Na confirmação da relevância do modelo Rhesus para o desenvolvimento fetal humano, a administração oral de 2 mg/g/dia de Finasterida, (exposição sistêmica (AUC) de macacos foi ligeiramente superior (3x) à dos homens que tomaram 5 mg de Finasterida, ou aproximadamente 1-2 milhões de vezes a quantidade estimada de Finasterida no sêmen) para macacas prenhes resultou em anormalidades genitais externas em fetos do sexo masculino. Nenhuma outra anormalidade foi observada em fetos masculinos e nenhuma anormalidade relacionada à Finasterida foi observada em fetos femininos em qualquer dose.
Como devo armazenar o Finastec?
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).
Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade:
Vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas
Comprimido circular, de cor azul celeste e isento de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Finastec
Registro M.S. nº 1.5584.0355
Farm. Responsável:
Dr. Marco Aurélio Limirio G. Filho - CRF-GO nº 3.524
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.
VPR 1 - Quadra 2-A - Módulo 4 - DAIA
Anápolis - GO
CEP 75132-020
www.neoquimica.com.br
C.N.P.J.: 05.161.069/0001-10
Indústria Brasileira.
No do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide cartucho.
Venda sob prescrição médica.
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Consulta também a Bula do Finasterida
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 6 de Fevereiro de 2024.
Finastec 5mg, caixa com 30 comprimidos revestidos
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