Bula do Gonapeptyl Daily
Princípio Ativo: Acetato de Triptorrelina
Classe Terapêutica: Hormônios Liberadores De Gonadotrofina
Gonapeptyl Daily, para o que é indicado e para o que serve?
Gonapeptyl® Daily é destinado para uso em técnicas de reprodução assistida (FIV e/ou ICSI). Nestes procedimentos, a ocorrência da ovulação antes do previsto reduz a possibilidade de ocorrer a gestação.
Gonapeptyl® Daily impede o aumento repentino de LH (que pode causar a liberação prematura de óvulos) prevenindo a ovulação prematura.
Como o Gonapeptyl Daily funciona?
A triptorrelina, componente ativo do Gonapeptyl® Daily, é uma substância sintética que possui função semelhante (análoga) ao hormônio natural de liberação de gonadotropina (GnRH). A injeção de Gonapeptyl® Daily resulta inicialmente na estimulação da liberação de LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio folículo estimulante) pela hipófise. O aumento dos níveis de LH e de FSH nas mulheres leva, a princípio, ao aumento da concentração de estrógeno (hormônio sexual feminino) no sangue. A administração contínua de agonista de GnRH resulta na inibição da hipófise em secretar LH e FSH, o que leva a queda na concentração de estradiol (hormônio sexual produzido pelos folículos ovarianos) no sangue.
Estes efeitos são reversíveis, isto é, o bloqueio deixa de existir se o medicamento for descontinuado.
O uso de Gonapeptyl® Daily pode prevenir o aumento repentino de LH e desta forma prevenir a ovulação prematura.
Quais as contraindicações do Gonapeptyl Daily?
Não use Gonapeptyl® Daily se você:
- Apresentar alergia (hipersensibilidade) à triptorrelina, a qualquer outro componente da fórmula, ao hormônio liberador de gonatropina (GnRH) ou a outros análogos de GnRH (medicamentos similares ao Gonapeptyl® Daily);
- Estiver grávida ou amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Este medicamento é contraindicado para uso por homens.
Como usar o Gonapeptyl Daily?
A primeira injeção deste medicamento deve ser feita sob supervisão médica.
Caso o seu médico tenha recomendado que você mesma administre as demais injeções do medicamento, siga corretamente as instruções que receber e considere os seguintes cuidados:
- Remova a película de proteção da embalagem e retire a seringa do seu leito;
- Mantenha a seringa com a ponta de proteção para cima;
- Remova a ponta protetora;
- Com cuidado e devagar, empurre o êmbolo até que a primeira gota apareça na ponta da agulha;
- Faça a assepsia do local onde será feita a aplicação com um algodão ou gaze embebido em álcool;
- Levante uma prega de pele da parede inferior do abdômen entre o polegar e o dedo indicador;
- Insira toda a agulha e aperte o êmbolo da seringa lentamente para injetar todo o seu conteúdo líquido;
- Retire a seringa com a agulha e libere a prega de pele abrindo os seus dedos;
- É aconselhado variar o local da injeção;
- Após a administração de Gonapeptyl® Daily a seringa não deve ser reutilizada.
Gonapeptyl® Daily 0,1 mg deve ser aplicado por via subcutânea e administrado uma vez ao dia na parte inferior do abdômen.
Após a primeira injeção, recomenda-se que a paciente permaneça sob supervisão médica por 30 minutos para garantir que não ocorra reação alérgica ou pseudorreação alérgica. As injeções podem ser administradas pela própria paciente contanto que a mesma esteja ciente dos sintomas que indicam hipersensibilidade, as consequências de tal reação e a necessidade de intervenção médica. O local de injeção deve variar para evitar a ocorrência de lipoatrofia (perda do tecido subcutâneo).
Para a indicação de tratamento de supressão dos níveis de gonadotropinas endógenas em medicina reprodutiva, deve-se aplicar Gonapeptyl® Daily, por via subcutânea, na dose de 0,1 mg diária, cinco a sete dias antes da menstruação. É necessária a confirmação da supressão da hipófise (downregulation) através da mensuração dos níveis de estradiol circulantes.
A extensão da supressão na forma de hipogonadismo é determinada com base nos níveis de estrógenos circulantes. Quando os níveis de estradiol estiverem abaixo de 50 pg/mL, a estimulação com gonadotropinas exógenas (por exemplo, Menopur®) pode ser iniciada.
Gonapeptyl® Daily, por via subcutânea, na dose de 0,1 mg diária, deve continuar sendo aplicado, associado ao uso das gonadotropinas exógenas até que se obtenham três ou mais folículos maiores ou iguais a 17 mm de diâmetro.
Monitoramento terapêutico
Testes regulares de níveis hormonais incluindo estradiol e exames de ultrassom são aconselhados durante o tratamento de reprodução assistida. No caso de estimulação excessiva do ovário, a administração de gonadotropinas deve ser reduzida ou interrompida.
O limite máximo diário de administração é de 0,1 mg/dia em dose única ou a critério médico.
Interrupção do tratamento
Não interrompa o tratamento sem a orientação do seu médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Gonapeptyl Daily?
Caso ocorra esquecimento de administração, entrar em contato com o médico.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Gonapeptyl Daily?
Deve-se ter cautela quando Gonapeptyl® Daily é administrado concomitantemente a medicamentos que afetam a secreção de gonadotropinas (LH e FSH) pela hipófise. O médico deverá monitorar a dosagem hormonal da paciente.
O uso de agonistas de GnRH pode causar uma redução de densidade óssea. Em homens, dados preliminares sugerem que o uso de biofosfonatos podem neutralizar efetivamente agonistas de GnRH induzindo perda mineral óssea. Cuidados especiais devem ser adotados para pacientes que apresentam fatores de risco para osteoporose (por exemplo: abuso crônico de álcool, tabagismo, terapia de longo prazo com medicamentos que reduzem a densidade mineral óssea, anticonvulsivantes ou corticoides, histórico familiar de osteoporose ou desnutrição).
Raramente, o tratamento com agonistas de GnRH pode revelar a presença prévia de um adenoma não diagnosticado das células da hipófise. Estas pacientes podem apresentar apoplexia da hipófise caracterizada por súbita dor de cabeça, vômitos, deficiência visual e oftalmoplegia.
Existe um risco aumentado de depressão em pacientes em tratamento com agonistas de GnRH, como a triptorrelina. Alterações de humor, incluindo depressão foram relatadas. As pacientes com depressão conhecida devem ser informadas e tratadas adequadamente conforme o surgimento dos monitoradas durante o tratamento.
Deve ser confirmado se a paciente potencialmente fértil não está grávida antes de iniciar o tratamento com Gonapeptyl® Daily.
Redução da densidade óssea
O uso de agonistas de GnRH pode causar redução na densidade óssea em média 1% ao mês durante o período de tratamento de 6 meses. Cada 10% de redução na densidade óssea está associada a um aumento, de duas a três vezes, no risco de ocorrência de fraturas ósseas. Por essa razão, o tratamento sem terapia de reposição não deve exceder o período de 6 meses de duração. Na maioria das mulheres, é conhecido que a reposição da perda óssea decorrente do tratamento ocorre entre 6 – 9 meses após o seu término.
Não há dados específicos para pacientes com osteoporose ou com fatores de risco para osteoporose (por exemplo: abuso crônico de álcool, tabagismo, terapia de longo prazo com medicamentos que reduzem a densidade mineral óssea, como anticonvulsivantes ou corticoides, histórico familiar de osteoporose ou desnutrição, tal como anorexia nervosa). Uma vez que a redução da densidade óssea pode ser prejudicial a estas pacientes, o tratamento com triptorrelina pode ser avaliado individualmente de acordo com a paciente e deve ser iniciado apenas se os benefícios do tratamento sobrepuserem os riscos, após avaliação médica cuidadosa. Deve-se considerar, a critério médico, a adoção de medidas adicionais para inibir a perda mineral óssea.
Durante as técnicas de reprodução assistida
Maior cuidado (utilizando monitoramento clínico e ultrassonográfico) deve ser tomado aos primeiros sinais de estimulação ovariana, principalmente se a manifestação for induzida usando-se gonadotropinas exógenas. Sinais clínicos de estimulação ovariana moderada e grave incluem hipovolemia (diminuição do volume sanguíneo), taquicardia (aumento da frequência cardíaca), hipotensão (diminuição da pressão arterial), oligúria (diminuição do volume da urina), desidratação, ascite (acúmulo de líquido no abdômen), efusão pleural (líquido na pleura) e comprometimentos da função renal e da coagulação, o que, dependendo da gravidade, pode levar a hospitalização.
Recomenda-se o monitoramento por ultrassonografia, que deve ser realizada durante o período da gravidez (dentro das primeiras 4 semanas).
O uso de Técnicas de Reprodução Assistida (TRA) está associado ao aumento no risco de ocorrência de múltiplas gestações, abortos, gravidez ectópica (gravidez que ocorre fora do útero) e malformação congênita. Estes riscos também são possíveis quando Gonapeptyl® Daily é utilizado como complemento na terapia de estimulação ovariana controlada, podendo também aumentar o risco de síndrome de estimulação ovariana - SHEO (resposta exagerada dos ovários formando múltiplos cistos ovarianos associados a certos sinais e sintomas) e de cistos ovarianos.
O recrutamento folicular induzido pelo uso gonadotropinas seguido de tratamento com agonistas de GnRH pode estar aumentado em uma minoria de pacientes predispostas, especialmente em casos de síndrome do ovário policístico.
Assim como outros análogos de GnRH, existem relatos de síndrome do ovário policístico associados com o uso de triptorrelina em combinação com gonadotropinas.
Síndrome de hiperestimulação ovariana (SHEO)
A SHEO é uma situação distinta do aumento ovariano não complicado. É uma síndrome que pode se manifestar com graus crescentes de severidade, compreendendo o aumento do ovário, dos níveis de esteroides sexuais no sangue e da permeabilidade vascular, que pode resultar no acúmulo de líquidos peritonial, pleural e raramente no pericárdio.
Os seguintes sintomas podem ser observados em casos severos de SHEO:
- Dor abdominal, distensão abdominal, alargamento ovariano severo, aumento de peso, dispneia, oligúria e sintomas gastrointestinais incluindo náusea, vômito e diarreia. A avaliação clínica pode revelar hipovolemia, hemoconcentração, desequilíbrio hidro-eletrolítico, ascite, hemoperitôneo, derrame pleural, desconforto respiratório agudo e eventos tromboembólicos.
Resposta ovariana excessiva ao tratamento com gonadotropinas raramente origina uma SHEO, ao menos que o hCG seja administrado para induzir a ovulação. Portanto, em casos de SHEO é recomendado não administrar hCG e recomendar à paciente que não tenha relações sexuais ou utilize método contraceptivo de barreira durante pelo menos 4 dias. A SHEO pode progredir rapidamente (de 24 horas a alguns dias) para se tornar um evento clínico grave, portanto, as pacientes devem ser monitoradas por pelo menos duas semanas após a administração de hCG.
A SHEO pode ser mais severa e prolongada se ocorrer gravidez. Na maioria dos casos, a SHEO ocorre depois de tratamentos hormonais descontinuados e atinge sua gravidade máxima por volta de 7 a 10 dias após o tratamento. Normalmente, a SHEO regride espontaneamente com o início da menstruação.
Se ocorrer SHEO severa, o tratamento com gonadotropina deve ser interrompido se estiver em andamento, caso persistir, a paciente deve ser hospitalizada e terapia específica para SHEO deve ser iniciada, por exemplo, com infusões intravenosas de soluções eletrolíticas ou de coloides e heparina.
Esta síndrome apresenta alta incidência em pacientes com ovário policístico.
O risco de SHEO é aumentado com o uso de agonistas de GnRH em combinação com gonatropinas.
Cistos ovarianos
Podem ocorrer cistos ovarianos durante a fase inicial do tratamento com o agonista do GnRH. Normalmente, os cistos são assintomáticos e não funcionais.
Fertilidade
Mulheres com potencial gravidez/contracepção em homens e mulheres
Com a exceção do uso de triptorrelina para tratamentos de infertilidade, métodos de contracepção nãohormonais devem ser utilizados durante a terapia até o retorno da menstruação.
Gravidez
Este medicamento está classificado na categoria D conforme “Categorias de risco de fármacos destinados às mulheres grávidas”. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
A triptorrelina não deve ser utilizada durante a gravidez porque o uso concomitante deste tipo de medicação (agonistas de GnRH) está associado a um risco teórico de abortamento ou anormalidades fetais. Dados limitados sobre uso de triptorrelina durante a gravidez não demonstram um risco aumentado de más-formações congênitas. No entanto, estudos de acompanhamento de longo prazo para avaliar o desenvolvimento são limitados. Dados de animais não indicam efeitos diretos ou indiretos com respeito à gravidez ou ao desenvolvimento pós-natal, porém há indícios de retardo no desenvolvimento do feto e do parto. Baseado em efeitos farmacológicos indesejáveis, problemas na gravidez e com o feto não podem ser excluídos, sendo assim, Gonapeptyl® Daily não deve ser utilizado durante a gravidez.
Quando a triptorrelina é usada no tratamento de infertilidade, não há evidências clínicas que sugiram uma relação causal entre o seu uso e a ocorrência de anormalidades no desenvolvimento dos óvulos ou no desfecho da gravidez.
Caso a paciente fique grávida, o tratamento com Gonapeptyl® Daily deve ser interrompido imediatamente.
Lactação
Não existem informações a respeito da excreção de triptorrelina no leite materno. Por conta do potencial de reações adversas pela triptorrelina em lactentes, a amamentação deve ser suspensa antes e durante seu uso.
Efeito na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não foram realizados estudos sobre o efeito na capacidade de dirigir e de usar máquinas. No entanto, devido ao perfil farmacológico de Gonapeptyl® Daily é provável que não ocorra nenhuma influência ou que esta seja insignificante na habilidade de dirigir e operar máquinas.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Gonapeptyl Daily?
Como todo medicamento, Gonapeptyl® Daily poderá causar eventos adversos, embora nem todas as pacientes apresentem queixas.
Os eventos adversos mais frequentemente relatados durante a fase inicial do tratamento foram dor de cabeça, eritema (vermelhidão) no local da injeção e cistos ovarianos. A formação de cistos ovarianos foi reportada durante a fase inicial do tratamento com Gonapeptyl® Daily. Quando usado para o tratamento de infertilidade podem ser observadas síndrome da hiperestimulação ovariana, aumento dos ovários, dispneia (falta de ar), dores abdominais e pélvicas (na parte inferior do abdômen).
Não foram observadas reações anafiláticas (reações alérgicas sistêmicas graves) nos estudos clínicos, somente muito poucos casos de hipersensibilidade foram relatados no período pós-comercialização.
Se você mesma for administrar as injeções, deve estar ciente que podem ocorrer reações alérgicas (coceira, reação cutânea, febre).
Resumo das reações adversas de acordo com o Sistema de classificação por órgãos do MedDRA, baseado nas frequências de reações adversas relatadas em estudos clínicos com Gonapeptyl® Daily em mulheres para downregulation e prevenção de picos prematuros de LH (N=2.155).
Reação Comum (≥1/100 a <1/10)
- Desordens do sistema nervoso: dor de cabeça.
- Desordens do sistema reprodutivo e mamário: ovário policístico*.
- Desordens gerais e nos locais de administração: eritema (vermelhidão) no local da injeção.
Reação Incomum (≥1/1000 até <1/100)
- Desordens do sistema imune: hipersensibilidade.
- Desordens psiquiátricas: humor alterado** e depressão**.
- Desordens vasculares: ondas de calor.
- Desordens respiratórias, torácicas e mediastinais: dispneia.
- Desordens gastrointestinais: náusea e dor abdominal.
- Desordens da pele e do tecido subcutâneo: hiperidrose (transpiração aumentada) e erupção cutânea.
- Desordens musculoesqueléticas e de tecidos conectivos: dor músculo esquelética.
- Desordens do sistema reprodutivo e mamário: síndrome de hiperestimulação ovariana e dor na mama.
- Desordens gerais e nos locais de administração: dor e inflamação no local da injeção e fadiga.
Reação Rara (≥1/10.000 a <1/1.000)
- Desordens psiquiátricas: medo.
- Desordens da pele e do tecido subcutâneo: prurido (coceira) e bolha.
- Desordens do sistema reprodutivo e mamário: dores pélvicas e corrimento vaginal.
- Desordens gerais e nos locais de administração: descoloração e irritação no local de injeção e cisto.
Reação com frequência desconhecida***
- Desordens oculares: visão embaçada e deficiência visual.
- Desordens gastrointestinais: desconforto abdominal.
- Desordens da pele e do tecido subcutâneo: urticária e angioedema (inchaço sob a pele). Desordens do sistema reprodutivo e mamário: ovário aumentado.
- Desordens gerais e nos locais de administração: reações no local de injeção (HLT) 1 .
* Cistos ovarianos podem ocorrer durante a fase inicial do tratamento com agonistas de GnRH. São geralmente assintomáticos e não funcionais.
** Essa frequência é baseada na periodicidade de efeitos comuns da classe de agonistas de GnRH.
*** As frequências destes eventos adversos não podem ser estimadas com os dados disponíveis.
1 As reações no local de injeção com termo de alto nível (HLT) incluem várias reações no local de aplicação que foram relatadas pós comercialização na avaliação do acetato de triptorrelina.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Gonapeptyl Daily
No caso das pacientes com insuficiência renal e/ou hepática, a triptorrelina possui uma meia-vida média de 7 a 8 horas, comparada a 3 a 5 horas nas pacientes sadias. Estudos clínicos indicaram que o risco de acúmulo de triptorrelina é baixo nas pacientes com insuficiências hepática e renal graves. Apesar da exposição prolongada em pacientes com insuficiência renal e hepática grave, espera-se que a triptorrelina não esteja presente na circulação sanguínea no momento da transferência do embrião.
Apresentações do Gonapeptyl Daily
Solução injetável de 0,1 mg/mL
Embalagens contendo 7 seringas com 1 mL cada.
Via subcutânea.
Uso adulto.
Qual a composição do Gonapeptyl Daily?
Cada 1 mL de solução injetável contém:
0,1 mg de triptorrelina (na forma de acetato de triptorrelina) (equivalente a 95,6 mcg de triptorrelina base livre).
Excipientes: cloreto de sódio, ácido acético glacial e água para injetáveis.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Gonapeptyl Daily maior do que a recomendada?
A superdosagem pode resultar na duração prolongada da ação. Em caso de superdosagem, o tratamento com Gonapeptyl® Daily deve ser temporariamente interrompido.
Nenhuma reação adversa foi relatada decorrente de superdosagem.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Gonapeptyl Daily com outros remédios?
Não foram realizados estudos formais de interações medicamentosas. Existe a possibilidade de interações medicamentosas com medicamentos comumente utilizados, incluindo fármacos que liberam histamina.
A administração de triptorrelina junto com outros medicamentos que afetam a secreção hipofisária de gonadotropinas deve ser realizada com precaução e recomenda-se o monitoramento dos níveis hormonais da paciente.
Gonapeptyl® Daily não deve ser misturado a outros medicamentos, pois não foram realizados estudos de compatibilidade.
Interações com alimentos e álcool
Não há dados sobre a interação de Gonapeptyl® Daily com alimentos e álcool.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Qual a ação da substância do Gonapeptyl Daily?
Resultados de Eficácia
Microcápsula + Injetável
Neoplasia Maligna de Próstata
A eficácia da triptorrelina foi comparada com a do leuprolida em 67 pacientes com CA de próstata não adequados para cirurgia. Triptorrelina 3,75 mg foi administrada por via intramuscular a 33 pacientes e leuprolida 3,75 mg por via subcutânea a 34 pacientes, ambos a cada 4 semanas por 3 meses. O PSA e a testosterona plasmática foram medidos antes, 24 e 72 horas após cada injeção do GnRHA. Durante o tratamento o nível de PSA caiu de forma idêntica em ambos os grupos. No mês 2, a testosterona foi <1,0 nmol/L em 77% e 48% dos pacientes que receberam triptorrelina e leuprolida, respectivamente (P=0,02). Depois de 24 e 72 horas da injeção do GnRHA, 77% dos pacientes com triptorrelina e 56% dos com leuprolida tinham testosterona <1,0 nmol/L (P<0,05). Os resultados mostraram que a triptorrelina induziu maior redução da testosterona do que a leuprolida.1
A eficácia e a tolerância das administrações intramuscular e subcutânea da triptorrelina foram avaliadas no tratamento de pacientes com CA de próstata avançado.Um total de 52 pacientes foi tratado (25 recebeu injeção SC e 27 injeção IM) a cada 4 semanas por 6 meses. A testosterona foi medida como principal parâmetro. Após 28 dias, ambas as formas de administração reduziram os níveis iniciais de testosterona de 2,3 ng/mL para níveis de estado de equilíbrio (steady state) abaixos de 1,2 ng/mL, mantendo esta completa supressão pelo período completo do estudo (168 dias). A tolerabilidade foi boa e bem aceita pelos pacientes com as duas formas de administração. Os efeitos adversos foram poucos e previsíveis, geralmente relacionados com a redução da concentração de testosterona. Não foi observado acúmulo de triptorrelina. Os dois modos de uso, IM e SC, foram eficazes e seguros no tratamento de pacientes com CA de próstata avançado.2
Um total de 80 pacientes com CA de próstata avançado ou metastático participaram de um estudo multicêntrico de um ano, randomizado, prospectivo, aberto para avaliar a eficácia da triptorrelina em comparação com castração cirúrgica (pulpectomia); 40 pacientes em cada grupo. A média de idade dos pacientes foi de 71,22±8,25 anos. No mês 1, 38 pacientes estavam castrados (testosterona plasmática <0,5 ng/mL) no grupo pulpectomia versus 35 no grupo triptorrelina. O seguimento médio foi de 38,8±26 meses com triptorrelina e 36,3±25 meses com pulpectomia. A sobrevida média foi de 37,5±9 meses com a triptorrelina e 33±3 meses com a pulpectomia. Com 3 anos de seguimento, não foi vista diferença significatnte entre os grupos. O estudo demonstrou que a castração é obtida rapidamente com a triptorrelina (<2 meses) e é mantida durante todo o período de tratamento.3
1 Kuhn JM, Abourachid H, Brucher P, et al. A randomized comparison of yhe clinical and hormonal effects of two GnRH agonists in patients with prostate cancer. Eur Urol 1997;32(4):397-403.
2 Klippel KF, Winkler CJ, Jocham D, et al. [Effectiveness and tolerance of 1 dosage forms (subcutaneous and intramuscular) of decapeptyl depot in patients with advanced prostate carcinoma]. Urologe A 1999;38(3):270-5.
3 Botto H, Rouprêt M, Mathieu F, Richard F. [Multicentre randomized trial comparing triptorelin medical castration versus surgical castration in the treatment of locally advanced or metastatic prostate cancer]. Prog Urol 2007;17(2):235-9.
Leiomioma de útero
O tratamento de mulheres com triptorrelina antes da histerectomia para leiomiomas aumentou a proporção daquelas mulheres que puderam fazer o procedimento transvaginal ao invés do abdominal.
Cento e vinte e três mulheres menopausadas com volume uterino equivalente a 12 e 16 semanas de gestação foram aleatoriamente designadas para receber tratamento cirúrgico imediato ou para serem tratadas com 3 injeções de triptorrelina de depósito de 3,75mg, separadas por 28 dias, antes da cirurgia.
A percentagem de cirurgias via vaginal que puderam ser realizadas no grupo de tratamento cirúrgico imediato foi de 16%. Naquelas mulheres designadas ao pré-tratamento, a avaliação inicial mostrou que 12% eram elegíveis para o procedimento transvaginal. Depois do tratamento com triptorrelina, 53% eram passíveis da realização do procedimento transvaginal (p< 0,0001). Esta redução de 37% no risco de uma cirurgia abdominal indica que 3 mulheres precisam ser tratadas com triptorrelina para evitar uma cirurgia abdominal1.
1 Vercellini P, Crosignani PG, Imparato E, et al: Treatment with a gonadotrophin releasing hormone agonist before hysterectomy for leiomyomas: results of a multicentre, randomised controlled trial. Br J Obstet Gynaecol 1998; 105(11):1148-1154.
Endometriose
A triptorrelina foi significantemente mais efetiva que o placebo em aliviar a dor associada à endometriose. Mulheres com endometriose de leve à moderada foram randomizadas para receber triptorrelina 3,75 mg ou placebo intramuscular a cada 28 dias, de maneira duplo-cega, por 24 semanas. A redução na dor foi significantemente maior no grupo da triptorrelina que no grupo placebo (p< 0,001). A área média de lesões por endometriose foi reduzida em 45% no grupo da triptorrelina, mas não se alterou no grupo placebo. Oitenta por cento das pacientes no grupo da triptorrelina teve eventos adversos, especialmente rubor, comparado aos 33% do grupo placebo1.
A triptorrelina de depósito em injeção intramuscular de 3,75 mg, utilizada a cada 4 ou 6 semanas, foi efetiva no tratamento da endometriose na medida do alívio dos sintomas subjetivos, através do score revisado da Sociedade Americana de Fertilidade (rAFS), assim como na redução de endometrioma ovariano. A melhora dos sintomas dolorosos ocorreu após o primeiro mês de tratamento na maioria das pacientes, e virtualmente em todas após 8 semanas. Em 21 de 25 pacientes recebendo a laparoscopia de “second-look”, o score sAFS foi reduzido de uma média pré-tratamento de 43,44 para uma média póstratamento de 22,30 (p<0,001). Em 8 de 9 pacientes com endometriona ovariano, o diâmetro médio foi reduzido de 3,44 para 2,6 (p<0,05)2.
1 Bergqvist A, Bergh T, Hogstrom L, et al: Effects of triptorelin versus placebo on the symptoms of endometriosis. Fertil Steril 1998; 69(4):702-708
2 Choktanasiri W, Boonkasemsanti W, Sittisomwong T, et al: Long-acting triptorelin for the treatment of endometriosis. Int J Gynaecol Obstet 1996; 54:237-243.
Puberdade Precoce
A administração de triptorrelina de depósito nas doses de 50 a 100 mcg/kg ou 3,75 mg a cada 25 ou 28 dias tem sido benéfica no tratamento da puberdade precoce central em meninos e meninas1,2,3,4 .
Em uma série de 15 meninas (idade média de 8,2 anos), com puberdade precoce central, tratadas por 2 anos com injeções intramusculares de triptorrelina (3,75 mg) a cada 4 semanas, o desenvolvimento das mamas regrediu ao normal em 1/3 e foi detido em outro terço. Entretanto, não houve efeito no desenvolvimento dos pêlos pubianos. As complicações psicológicas maiores e o constrangimento sobre as diferenças físicas dos pares melhoraram em 40% com o tratamento5 .
A redução do LH no plasma, do FSH e do estrógeno ou testosterona para níveis pré-puberais ocorreu depois de aproximadamente 1 mês de tratamento e permaneceram nestes níveis durante toda a terapia.
Nas meninas, a supressão gonadal foi correlacionada com uma diminuição no tamanho dos seios e a cessação da menstruação e do desenvolvimento dos pelos pubianos; nos meninos, os pelos pubianos diminuíram com a estabilização ou a regressão do volume testicular6,7 . A triptorrelina foi administrada por até 5 anos6 .
1Bergqvist A, Bergh T, Hogstrom L, et al: Effects of triptorelin versus placebo on the symptoms of endometriosis. Fertil Steril 1998; 69:702-708
2Choktanasiri W, Boonkasemsanti W, Sittisomwong T, et al: Long-acting triptorelin for the treatment of endometriosis. Int J Gynaecol Obstet 1996; 54:237-243
3Lin JF, Sun CX, & Zheng HM: Gonadotropin-releasing hormone agonists and laparoscopy in the treatment of adenomyosis with infertility. Chin Med J (Engl) 2000; 113(5):442-445.
4Santoni S, Calzolari S, Ingrassia I, et al: L'analogo D-Trp-6-LH-RH associato ad un contraccettivo orale per il trattamento dell'endometriosi. G It Ost Gin 1995; 4:252-254.
5Xhrouet-Heinrichs D, Lagrou K, Heinrichs C, et al: Longitudinal study of behavioral and affective patterns in girls with central precocious puberty during long-acting triptorelin therapy. Acta Paediatr 1997; 86:808-815.
6Swaenepoel C, Chaussain JL, & Roger M: Long-term results of long-acting luteinizing-hormonereleasing hormone agonist in central precocious puberty. Horm Res 1991; 36:126-130.
7Oostdijk W, Hummelink R, Odink RJH, et al: Treatment of children with central precocious puberty by a slow-release gonadotropin-releasing hormone agonist. Eur J Pediatr 1990; 149:308-313.
Injetável
Estudos comprovam que:
Os análogos do GnRH usados durante a hiperestimulação ovariana controlada (HOC) influenciam os resultados de FIV nas pacientes com resultado prévio desfavorável. Um estudo de 728 pacientes com ciclos consecutivos falhos de FIV comparou o grupo que fez uso de agonista do GnRH triptorrelina (n=384) com o grupo que utilizou antagonista do GnRH (n=344). Este estudo concluiu que as pacientes do grupo triptorrelina (agonista do GnRH) mostrou taxa de gravidez clínica significativamente maior (20,8%) versus o grupo antagonista do GnRH (14,5%).1
A utilização dos análogos do GnRH na hiperestimulação ovariana controlada (HOC) pode influenciar a receptividade endometrial. Estudo envolvendo 712 ciclos FIV em pacientes sob hiperestimulação ovariana controlada com antagonista ou agonista do GnRH com transferência de pelo menos um embrião de alta qualidade. O estudo mostrou espessamento endometrial significativamente maior e taxa de gravidez mais elevada no grupo agonista do GnRH.2
Os análogos do GnRH influenciam os resultados de FIV de pacientes portadores da síndrome dos ovários policísticos (SOP) e submetidas a hiperestimulação ovariana controlada (HOC). Um estudo de 152 ciclos de pacientes com SOP mostrou taxa de gravidez significativamente maior, 36% no protocolo com agonista de GnRH triptorrelina (n=50) compara com 19,6% no protocolo com agonista do GnRH (n=102).3
Referência bibliográfica:
1 Orvieto R. e col., GnRH agonist versus GnRH antagonist in controlled ovarian hyperstimulation: their role in patients with na unfavorable prognosis apriori. Fertil Steril. 2009; 91:1378-80.
2 Orvieto R. e col., GnRH agonist versus GnRH antagonist in ovarian stimulation: the role of endometrial receptivity. Fertil Steril. 2008; 90:1294-6.
3 Orvieto R. e col., What is the preferred GnRH analogue for polycyst ovary syndrome patients undergoing controlled ovarian hyperstimulation for in vitro fertilization? Fertil Steril. 2009; 91: 1466-8.
Características Farmacológicas
Microcápsula + Injetável
Propriedades farmacodinâmicas
A triptorrelina, ingrediente ativo de Acetato de Triptorrelina, é um análogo sintético do hormônio liberador de gonadotropina (GnRH).
O GnRH é um decapeptídeo que é sintetizado pelo hipotálamo e regula a biossíntese e liberação das gonadotropinas LH e FSH pela hipófise. A triptorrelina estimula com maior intensidade a pituitária a secretar LH e FSH quando comparada com a gonadorrelina, uma vez que apresenta maior duração de ação. A injeção de Acetato de Triptorrelina inicialmente resulta em uma estimulação da liberação de LH e FSH pela hipófise. O aumento dos níveis de LH e FSH vão, inicialmente, levar a um aumento das concentrações séricas de testosterona, em homens, e de estrógenos, em mulheres. Depois de prolongada estimulação, a hipófise torna-se refratária, a liberação de gonadotropinas decresce, resultando na diminuição dos esteroides sexuais para níveis menopausais ou de castração. Esses efeitos são reversíveis.
Nas mulheres, findo o tratamento, a função ovariana é recuperada. A ovulação e a menstruação se restabelecem em aproximadamente 58 e 70 dias respectivamente, após o término da terapia.
Terapeuticamente, leva a uma redução do crescimento de tumores de próstata sensíveis à testosterona em homens, e na redução da endometriose e de miomas uterinos dependentes de estrógeno em mulheres. Com relação aos miomas uterinos, o máximo benefício do tratamento é observado em mulheres anêmicas (hemoglobina inferior ou igual a 8 g/dL).
Em crianças com puberdade precoce, a concentração de estradiol ou testosterona decresce até níveis pré-puberais. Leva a uma suspensão ou até mesmo regressão dos sinais puberais e ao aumento da predição da altura na fase adulta.
Propriedades farmacocinéticas
Após a administração intramuscular de Acetato de Triptorrelina, as concentrações plasmáticas de triptorrelina são determinadas pela lenta degradação do polímero poli(ácido glicólico, ácido lático). O mecanismo inerente a essa forma de administração permite uma liberação lenta da triptorrelina do polímero.
Depois de aplicações I.M. e S.C. de Acetato de Triptorrelina, é registrado um rápido aumento na concentração de triptorrelina no plasma, com pico máximo nas primeiras horas. Então a concentração de triptorrelina decai notadamente dentro de 24 horas. No quarto dia o valor atinge o segundo pico máximo, caindo abaixo do limite de detecção em uma biexponencial após 44 dias. Depois da injeção S.C. o aumento de triptorrelina é mais gradual e em concentrações um tanto quanto menores do que aquelas após injeção I.M.. Depois de injeções subsequentes S.C., o declínio da concentração de triptorrelina torna-se mais longo, com valores caindo abaixo do limite de detecção, após 65 dias.
Durante o tratamento com Acetato de Triptorrelina por um período acima de 6 meses e uma administração a cada 28 dias, não houve evidências de acúmulo de triptorrelina em ambos os modos de administração.
Os valores de triptorrelina plasmática, relacionados à aplicação anterior, diminuíram para aproximadamente 100 pg/ml antes da próxima aplicação I.M. ou S.C., (valores médios) e isto leva-nos a assumir que a proporção de triptorrelina, não disponível sistemicamente, é metabolizada no local da injeção, por exemplo, por macrófagos.
Na hipófise, a triptorrelina disponível sistemicamente é inativada por clivagem N-terminal via piroglutamil-peptidase e uma endopeptidase neutra. No fígado e rins, a triptorrelina é degradada a peptídeos biologicamente inativos e aminoácidos.
40 minutos depois do término de uma infusão de 100µg de triptorrelina (por 1 hora) 3-14% da dose administrada já foi eliminada pelos rins.
Para pacientes com função renal comprometida, a adaptação e individualização da terapia com triptorrelina não é necessária, considerando o significado subordinado da eliminação renal e da ampla faixa terapêutica da triptorrelina.
Biodisponibilidade
Homens
A biodisponibilidade sistêmica do componente ativo, triptorrelina, a partir de um Depot intramuscular é 38,3% nos primeiros 13 dias. A liberação adicional é linear de 0,92% da dose diária em média. A biodisponibilidade após aplicação SC é 69% em relação à disponibilidade IM.
Mulheres
Após 27 dias de teste, 35,7% da dose aplicada puderam ser detectados em média, com 25,5% sendo liberada nos primeiros 13 dias e a liberação adicional sendo linear a 0,73% da dose diária em média.
Geral
Cálculos dos parâmetros cinéticos modo-dependente (t1/2, Kel, etc.) não são aplicáveis em apresentações com uma liberação prolongada do componente ativo tão acentuada.
Injetável
Propriedades farmacodinâmicas
A triptorrelina, componente ativo do Acetato de Triptorrelina, é um decapeptídeo sintético análogo do hormônio natural de liberação de gonadotropina (GnRH).
O GnRH é sintetizado no hipotálamo e regula a biossíntese e a liberação das gonadotropinas LH (hormônio luteinizante) e do FSH (hormônio folículo estimulante) pela hipófise. A triptorrelina estimula muito mais a secreção de LH e FSH pela hipófise, em comparação à gonadorrelina, e possui uma ação mais prolongada.
O aumento dos níveis de LH e de FSH nas mulheres leva, inicialmente, ao aumento na concentração de estrógeno sérico. A administração contínua de agonista de GnRH resulta na inibição da hipófise em secretar LH e FSH. Esta inibição leva a redução da esteroidogênese levando a queda na concentração de estradiol sérico a níveis de pós-menopausa ou castração.
Não foi estabelecido o exato tempo de duração da ação de Acetato de Triptorrelina, porém a supressão hipofisária é mantida por pelo menos 6 dias após a interrupção da administração.
O uso de Acetato de Triptorrelina para a indução da downregulation (supressão hipofisária) pode prevenir o aumento repentino de LH e desta forma prevenir a ovulação prematura e/ou a luteinização folicular. O uso de agonistas de GnRH para downregulation reduz as taxas de ciclos cancelados e aumenta as taxas de gravidez em ciclos de Técnicas de Reprodução Assistida (TRA).
Após a descontinuação de Acetato de Triptorrelina, é esperada a queda nos níveis de LH circulante, sendo que os níveis basais de LH retornam em aproximadamente duas semanas.
Propriedades farmacocinéticas
Os dados farmacocinéticos sugerem que após a administração subcutânea de Acetato de Triptorrelina a biodisponibilidade sistêmica da triptorrelina é próxima a 100%. A meia-vida de eliminação da triptorrelina é de 3 a 5 horas, indicando que a triptorrelina é eliminada dentro de 24 horas. O metabolismo de peptídeos de cadeia pequena e de aminoácidos ocorre primeiramente no fígado e nos rins. A triptorrelina é excretada principalmente pela urina.
Estudos clínicos indicam que é baixo o risco de acúmulo de triptorrelina em pacientes com disfunção severa hepática e renal.
Dados pré-clínicos de segurança
Em ratos tratados com triptorrelina por longos períodos de tempo, foi detectado um aumento de tumores hipofisários. Sabe-se que os análogos de LHRH induzem tumores hipofisários em roedores devido à regulação específica do sistema endócrino desses animais que é diferente da regulação em humanos.
A influência da triptorrelina sobre anormalidades hipofisárias em humanos é desconhecida e a observação oriunda dos ratos não é considerada relevante para os humanos.
A triporrelina não é teratogênica, mas existem indicações de retardo no desenvolvimento fetal e no parto em ratos.
Os dados pré-clínicos não revelam riscos especiais para humanos com base nos estudos de toxicidade de doses repetidas e de genotoxicidade.
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Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após a administração da injeção, a seringa não deverá ser reutilizada.
Características do medicamento
Cada seringa possui solução injetável incolor e transparente.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
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SAC
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Venda sob prescrição médica.
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Consulta também a Bula do Acetato de Triptorrelina
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 6 de Novembro de 2024.
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