Bula do Insulina Lispro
Princípio Ativo: Insulina Lispro
Insulina Lispro, para o que é indicado e para o que serve?
Insulina Lispro é indicado no tratamento de pacientes com diabetes mellitus para o controle da hiperglicemia.
Quais as contraindicações do Insulina Lispro?
Insulina Lispro é contraindicado durante episódios de hipoglicemia e também aos pacientes que apresentem hipersensibilidade à Insulina Lispro ou a qualquer componente da fórmula.
Como usar o Insulina Lispro?
O início rápido da atividade de Insulina Lispro permite que sua administração seja feita mais próxima a uma refeição (até 15 minutos antes) quando comparado à insulina regular (30 minutos antes da refeição). Em casos especiais, Insulina Lispro pode ser administrado imediatamente após a refeição.
Insulina Lispro pode ser administrado em combinação com uma insulina de ação mais prolongada, ou com sulfonilureias orais sob supervisão médica.
Insulina Lispro deve ser administrado por via subcutânea incluindo o uso em bombas de infusão subcutânea contínua. Se necessário, a insulina lispro pode ser administrada por via intravenosa sob supervisão médica.
A administração subcutânea deve ser na parte superior dos braços, coxas, nádegas ou no abdome. Alternar os locais de injeção, de maneira que o mesmo local não seja utilizado aproximadamente, mais que uma vez por mês. Tomar cuidado para que não seja atingido nenhum vaso sanguíneo ao injetar Insulina Lispro. Os pacientes devem ser orientados quanto às técnicas apropriadas de injeção.
Estudos em crianças com diabetes mellitus usando Insulina Lispro mostraram um melhor controle da glicemia pós-prandial mantendo um perfil de segurança semelhante quando comparado com crianças usando insulina humana regular.
Na presença de insuficiência hepática ou renal, as necessidades de insulina podem diminuir.
Entretanto, o início mais rápido da ação de Insulina Lispro e sua duração de ação mais curta comparados à insulina humana regular são mantidos em pacientes com insuficiência renal ou hepática.
Exclusivo Refil/Humalog® KwikPen
Para prevenir uma possível transmissão de doença, cada refil deve ser utilizado por um único paciente, mesmo que a agulha da caneta para administração de insulina seja trocada.
Exclusivo Refil/Frasco
Insulina Lispro por via subcutânea não deve ser misturado a nenhuma preparação de insulinas exceto insulina NPH.
Exclusivo Humalog® KwikPen
Instruções de Uso Humalog® KwikPen
Por favor, leia as instruções antes de usar.
Leia as instruções de uso antes de você começar a aplicar sua insulina e toda vez que adquirir outra KwikPen. Talvez possua novas informações. Esta informação não substitui a discussão com seu médico sobre sua condição médica ou tratamento.
KwikPen é uma caneta pré-preenchida descartável contendo 3 mL (300 unidades) de insulina U-100. Você pode injetar múltiplas doses usando uma caneta. A caneta dispensa 1 unidade por vez. Você pode injetar de 1 a 60 unidades de insulina em uma única injeção.
Se sua dose for maior que 60 unidades, você precisará se aplicar mais de uma injeção.
O êmbolo se move apenas um pouco com cada injeção, e você poderá não observar que este se move. O êmbolo irá apenas alcançar o final do refil quando você usar todas as 300 unidades da caneta.
Não compartilhe sua caneta com outras pessoas, mesmo se a agulha for trocada. Não reuse ou compartilhe agulhas com outras pessoas. Você pode transmitir ou contrair uma infecção delas.
Esta caneta não é recomendada para pessoas com deficiência total ou parcial de visão, sem a assistência de uma pessoa adequadamente treinada no uso do produto.
Partes da KwikPen
Partes da Agulha da Caneta (agulhas não incluídas)
Como reconhecer sua KwikPen
- |
Humalog |
Cor da Caneta |
Azul |
Seletor de Dose |
Burgundy (vinho) |
Rótulos |
Branco com uma faixa Burgundy |
Itens necessários para sua injeção:
- KwikPen contendo sua insulina;
- Agulha compatível com a KwikPen (Agulhas para caneta da marca BD [Becton, Dickinson and Company] são recomendadas);
- Um pedaço de algodão embebido em álcool.
Preparação da sua caneta:
- Lave suas mãos com sabão e água;
- Verifique a caneta para ter certeza de que está aplicando o tipo certo de insulina. Isto é extremamente importante se você usa mais de 1 tipo de insulina;
- Não use sua caneta após a data de validade impressa no rótulo. Após você iniciar o uso da caneta, jogue fora a caneta depois do tempo de uso especificado na bula;
- Sempre use uma nova agulha para cada injeção a fim de prevenir infecções e agulhas obstruídas.
- Puxe a tampa da caneta para removê-la. Não remova o rótulo. Limpe o lacre de borracha com um pedaço de algodão embebido em álcool.
- Verifique a aparência da insulina. Insulina Lispro deve ser límpida e incolor. Não use se estiver turva, colorida ou possuir partículas ou aglomerados.
- Selecione uma nova agulha. Remova o protetor de papel da cápsula externa da agulha.
- Empurre a tampa da agulha em direção à caneta e rosqueie a agulha até firmar.
- Puxe a cápsula externa da agulha. Não a jogue fora. Puxe a cápsula interna da agulha e jogue fora.
Regule sua caneta:
Regule antes de cada injeção.
- Regular sua caneta significa remover o ar da agulha e do refil que pode ter sido coletado durante o uso normal e assegura que a caneta está funcionando corretamente;
- Se você não regular antes de cada injeção, você pode receber uma dose bem maior ou bem menor de insulina.
- Para regular sua caneta, gire o seletor de dose para selecionar 2 unidades.
- Segure sua caneta com a agulha apontada para cima. Bata levemente no suporte do refil para levar as bolhas de ar ao topo.
- Continue segurando sua caneta com a agulha apontada para cima. Empurre o seletor de dose até parar e até que o “0” apareça no visor de dose. Segure o seletor de dose e conte lentamente até 5. Você deve ver a insulina na ponta da agulha.
- Se você não ver a insulina, repita os passos de regulagem, mas não mais do que 4 vezes.
- Se você ainda não vê a insulina, troque a agulha e repita os passos de regulagem.
Pequenas bolhas de ar são normais e não irão afetar sua dose.
Selecionando sua dose:
- Você pode aplicar de 1 a 60 unidades em uma única injeção;
- Se a sua dose for maior do que 60 unidades, você precisará aplicar mais de uma injeção;
- Se você precisar de ajuda para decidir como dividir sua dose, pergunte ao seu médico;
- Você deve usar uma nova agulha para cada injeção e repetir o passo de regulagem;
- A caneta não permitirá que você selecione mais do que o número de unidades restantes na caneta;
- Se você precisar injetar mais do que o número de unidades restantes na caneta, você pode injetar a quantidade restante em sua caneta e usar uma nova caneta para aplicar o resto da sua dose, ou adquirir uma nova caneta e injetar a dose completa;
- É normal ver uma pequena quantidade de insulina restante na caneta que você não pode injetar.
- Gire o seletor de dose para selecionar o número de unidades que você precisa injetar. O indicador de dose deve se alinhar com sua dose.
A caneta dispensa 1 unidade por vez.
O seletor de dose faz um clique quando você o gira.
Não dispense sua dose pela contagem de cliques, pois você pode dispensar a dose errada.
A dose pode ser corrigida girando o seletor de dose em qualquer direção até a correta dose se alinhar com o indicador de dose.
Os números pares são impressos no indicador.
Os números ímpares, após o número 1, são mostrados sob a forma de linhas. Sempre verifique o número no visor de dose para ter certeza de que você dispensou a dose correta.
Sempre verifique o número no visor de dose para ter certeza de que você dispensou a dose correta.
Aplicando sua injeção:
- Injete sua insulina conforme demonstrado pelo seu médico;
- Mude (alterne) o local da aplicação para cada injeção;
- Não tente mudar sua dose durante a injeção.
- Escolha o local de injeção. Sua insulina é injetada debaixo da pele, (subcutaneamente) na área do estômago, nádegas, parte superior das pernas e braços. Limpe sua pele com um pedaço de algodão embebido em álcool e deixe o local da aplicação secar antes de injetar sua dose.
- Insira a agulha na pele. Empurre o seletor de dose até o final. Continue a segurar o seletor de dose e conte lentamente até 5 antes de remover a agulha.
Não tente injetar sua insulina virando o seletor de dose. Você Não receberá sua insulina virando o seletor de dose.
- Puxe a agulha da pele. Uma gota de insulina na ponta da agulha é normal. Isso não afetará sua dose. Verifique o número no visor de dose.
Se aparecer “0” no visor de dose, você recebeu a dose completa selecionada.
Se não aparecer “0” no visor de dose, não selecione novamente. Insira a agulha na pele e termine sua injeção.
Se você ainda não acha que recebeu a dose completa selecionada para sua injeção, não inicie novamente ou repita essa injeção. Monitore sua glicemia como instruído pelo seu médico.
Se você normalmente precisa aplicar 2 injeções para sua dose completa, certifiquese de aplicar sua segunda injeção.
O êmbolo se move apenas um pouco com cada injeção, e você talvez não note que este se mova.
Se você vir sangue depois de tirar a agulha da pele, pressione levemente o local de injeção com um pedaço de gaze ou algodão embebido em álcool. Não esfregue a área.
Após sua injeção
- Cuidadosamente, recoloque a cápsula externa na agulha.
- Desrosqueie a agulha tampada e jogue-a fora, conforme descrito abaixo. Não guarde a caneta com a agulha acoplada para prevenir vazamento, entupimento da agulha e entrada de ar na caneta.
- Recoloque a tampa da caneta alinhando o clipe da caneta com o indicador de dose e a empurre em direção à caneta.
Descarte de Canetas e Agulhas:
- Coloque as agulhas usadas em um recipiente para objetos perfurocortantes ou recipiente de plástico duro com uma tampa de segurança. Não jogue fora agulhas diretamente em seu lixo doméstico;
- A caneta usada pode ser descartada em seu lixo doméstico após você ter removido a agulha;
- Não recicle o recipiente para objetos perfurocortantes quando estiver cheio;
- Pergunte ao seu médico sobre opções para descartar o recipiente para objetos perfurocortantes de forma adequada;
- As instruções sobre manuseio da agulha não devem substituir as recomendações locais, médicas ou institucionais.
Armazenamento da sua Caneta
Canetas não usadas:
- Guarde as canetas não usadas no refrigerador entre 2°C a 8°C;
- Não congele sua insulina. Não a use se estiver congelada;
- Canetas não usadas podem ser usadas até a data de validade impressa no rótulo, se a caneta estiver em refrigeração.
Caneta em uso:
- Guarde a caneta que você está usando em temperatura ambiente (até 30°C) e longe de calor e luz;
- Jogue fora a caneta que você está usando após o tempo especificado na bula, mesmo que ainda possua insulina restante.
Informações gerais sobre segurança e uso eficaz da sua caneta:
- Mantenha sua Caneta e Agulhas longe do alcance de crianças;
- Não use sua caneta se alguma parte estiver quebrada ou danificada;
- Tenha sempre uma caneta extra em caso de perda ou danos da sua.
Solução de problemas:
- Se você não conseguir remover a tampa da caneta, gire-a levemente para frente e para trás para realinhá-la e, então, puxe a tampa da caneta;
- Se o seletor de dose estiver duro de empurrar:
- Empurrar o seletor de dose mais lentamente facilitará a injeção;
- Sua agulha pode estar obstruída. Coloque uma nova agulha e regule a caneta;
- Você pode ter poeira, comida ou líquidos dentro da caneta. Jogue fora a caneta e substitua por uma nova.
Se você tiver dúvidas ou problemas com sua KwikPen, contate Lilly SAC 0800 701 0444 ou consulte seu médico. Para mais informações a respeito da sua KwikPen e insulina, visite www.lilly.com.br
Posologia do Insulina Lispro
O médico determinará qual a dose de Insulina Lispro a ser usada, de acordo com as necessidades metabólicas de cada paciente, hábitos alimentares e outras variáveis de estilo de vida.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Insulina Lispro?
Estudos clínicos comparando a Insulina Lispro com a insulina humana regular não demonstraram diferenças na frequência de eventos adversos entre ambos os tratamentos.
Eventos adversos emergentes do tratamento durante os estudos clínicos de Insulina Lispro em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (eventos adversos com frequência ≥ 5%):
Síndrome da gripe, faringite, rinite, dor de cabeça, dor, tosse aumentada, infecção, náusea, lesão acidental, procedimento cirúrgico, febre, dor abdominal, astenia, bronquite, diarréia, disminorréia, mialgia e infecção do trato urinário.
Eventos adversos emergentes do tratamento durante os estudos clínicos de Insulina Lispro em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (eventos adversos com frequência ≥ 5%):
Dor de cabeça, dor, infecção, faringite, rinite, síndrome da gripe e procedimento cirúrgico.
Reação Comum (> 1/100 e < 1/10) associados com uso de insulina:
- Organismo como um todo: reações alérgicas;
- Pele e estruturas: reação no local da injeção, lipodistrofia, prurido e erupção cutânea;
- Outros: hipoglicemia.
A hipoglicemia é uma das reações adversas mais frequentes da terapia com insulinas, experimentadas pelos pacientes com diabetes. A hipoglicemia grave pode levar à perda da consciência e, em casos extremos, à morte.
Iniciação do uso de insulina e intensificação do controle da glicose
A intensificação ou a melhora rápida no controle da glicose tem sido associada ao distúrbio de refração oftalmológica reversível transitório, a piora da retinopatia diabética e a dor neuropática periférica aguda. No entanto, o controle da glicose a longo prazo diminui o risco de retinopatia diabética e de neuropatia.
Lipodistrofia
O uso prolongado da insulina, incluindo Insulina Lispro, pode causar lipodistrofia no local da injeção ou da infusão da insulina. A lipodistrofia inclui lipo-hipertrofia (espessamento do tecido adiposo) e lipoatrofia (estreitamento do tecido adiposo) e pode afetar a absorção da insulina. Alternar os locais da injeção de insulina ou de infusão dentro da mesma região para reduzir o risco de lipodistrofia.
Ganho de peso
O ganho de peso pode ocorrer com a terapia de insulina, incluindo Insulina Lispro, e foi atribuído aos efeitos anabolizantes da insulina e à diminuição da glucosúria.
Edema periférico
A insulina, incluindo Insulina Lispro, pode causar retenção de sódio e edema, especialmente em pacientes com controle metabólico previamente ruim e que melhoraram através da intensificação da terapia com insulina.
Reações adversas com infusão subcutânea contínua de insulina (CSII)
Os eventos adversos no local da infusão mais frequentemente relatados foram eritema e reação no local da infusão.
Reações alérgicas
Alergia local
Como com qualquer terapia com insulina, os pacientes que usam Insulina Lispro podem apresentar vermelhidão, inchaço ou prurido no local da injeção. Estas reações menores geralmente desaparecem em poucos dias ou semanas, mas em alguns casos, pode levar a descontinuação do Insulina Lispro. Em alguns casos, estas reações podem estar relacionadas a outros fatores, tais como irritação causada por substâncias para limpeza da pele ou técnicas inadequadas de injeção.
Alergia sistêmica
Alergia severa, potencialmente fatal, generalizada, incluindo anafilaxia, pode ocorrer com qualquer insulina, incluindo Insulina Lispro. A alergia generalizada à insulina pode causar erupção cutânea em todo o corpo (incluindo prurido), dispneia, chiado, queda na pressão sanguínea, pulso acelerado e sudorese. Reações localizadas e mialgias generalizadas foram relatadas com metacresol injetado, que é um excipiente em Insulina Lispro.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos - VIGIMED, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Insulina Lispro com outros remédios?
As necessidades de insulina podem aumentar se o paciente estiver tomando outras drogas hiperglicemiantes, tais como contraceptivos orais, corticosteroides ou se estiverem sob terapia de reposição de hormônio tireoidiano. As necessidades de insulina podem ser diminuídas na presença de medicamentos, tais como agentes antidiabéticos orais, salicilatos, antibióticos sulfas, alguns antidepressivos (inibidores da monoaminoxidase), inibidores da enzima conversora de angiotensina, bloqueadores do receptor da angiotensina II, bloqueadores beta–adrenérgicos, inibidores da função pancreática (por exemplo, octreotideo) e álcool.
Bloqueadores beta-adrenérgicos podem mascarar os sintomas de hipoglicemia em alguns pacientes.
Em pacientes com diabetes tipo 2 usando as doses máximas de sulfonilureias, os estudos mostraram que a adição de Insulina Lispro reduz significativamente a HbA1c comparado com pacientes que continuaram o tratamento só com sulfonilureia.
O médico deve ser consultado quando utilizar outros medicamentos além da Insulina Lispro.
Não foram estudados os efeitos da mistura de Insulina Lispro com insulinas de origem animal.
O consumo de bebidas alcoólicas pode causar hipoglicemia em usuários de insulina.
Nenhum estudo clínico foi conduzido com o propósito de investigar a possível interação entre Insulina Lispro e fitoterápicos, nicotina, exames laboratoriais e não laboratoriais.
Quais cuidados devo ter ao usar o Insulina Lispro?
Insulina Lispro difere das demais insulinas porque tem uma estrutura única, um início de ação muito rápido e atividade de curta duração.
Pacientes recebendo Insulina Lispro poderão requerer alteração da dose em relação às outras insulinas usadas anteriormente.
Hipoglicemia
A hipoglicemia é a reação adversa mais comum que se observa com as insulinas, incluindo Insulina Lispro. Os primeiros sintomas de hipoglicemia podem ser diferentes ou menos pronunciados sob certas condições, tais como longa duração do diabetes, controle mais intenso do mesmo e uso de medicamentos.
A hipoglicemia grave pode causar convulsões, pode trazer risco a vida ou até causar a morte.
A hipoglicemia pode prejudicar a capacidade de concentração e o tempo de reação; isso pode colocar o paciente e outros indivíduos em risco, em situações nas quais essas habilidades são importantes (por exemplo, dirigir ou operar máquinas).
A hipoglicemia pode ocorrer de repente, os sintomas podem ser diferentes em cada indivíduo e podem mudar ao longo do tempo no mesmo indivíduo. A consciência sintomática da hipoglicemia pode ser menos pronunciada em pacientes com diabetes há muitos anos, em pacientes com neuropatia diabética, que fazem uso de medicamentos que bloqueiam o sistema nervoso simpático (por exemplo, betabloqueadores) ou em pacientes que sofrem de hipoglicemia recorrente.
Pacientes cuja glicemia é muito melhorada, por exemplo por intensificação da terapia com insulina, podem não apresentar alguns ou todos os sintomas alarmantes de hipoglicemia e devem ser advertidos sobre essa possibilidade.
Alguns pacientes que apresentaram reações hipoglicêmicas após a transferência de uma insulina de origem animal para uma insulina humana, relataram que os sintomas alarmantes precoces de hipoglicemia foram menos pronunciados ou diferentes dos experimentados com suas insulinas prévias. A não correção das reações hipoglicêmicas ou hiperglicêmicas pode causar perda da consciência, coma ou morte.
A utilização de doses inadequadas ou a interrupção do tratamento, especialmente em pacientes com diabetes tipo 1, pode levar à hiperglicemia e cetoacidose diabética, condições estas que são potencialmente letais.
Fatores de risco para a hipoglicemia
O risco de hipoglicemia após uma injeção está relacionado à duração da ação da insulina e, em geral, é maior quando o efeito de redução da glicose da insulina é máximo. Como com todas preparações de insulina, o tempo de efeito de redução da glicose do Insulina Lispro pode variar em diferentes indivíduos ou em momentos diferentes no mesmo indivíduo, e depende de muitas condições, incluindo a área da injeção, bem como o fornecimento e a temperatura do sangue no local da injeção. Outros fatores que podem aumentar o risco de hipoglicemia incluem alterações no padrão de refeição (por exemplo, conteúdo de macronutrientes ou cronograma das refeições), mudanças no nível de atividade física ou mudanças na medicação. Pacientes com insuficiência renal ou hepática podem apresentar um maior risco de hipoglicemia.
Estratégias de mitigação de riscos para hipoglicemia
Pacientes e cuidadores devem ser educados para reconhecer e gerenciar a hipoglicemia. O auto monitoramento da glicose tem um papel essencial na prevenção e manejo da hipoglicemia. Em pacientes com maior risco de hipoglicemia e pacientes que reduziram a sensibilidade sintomática da hipoglicemia, é recomendável aumentar a frequência do monitoramento da glicose sanguínea.
Hiperglicemia ou hipoglicemia devido à alterações na terapia com insulina
Qualquer mudança de insulina deverá ser feita cautelosamente e somente sob supervisão médica, com aumento da frequência do monitoramento da glicose sanguínea. Alterações na concentração, tipo (regular, NPH, 70/30, etc.), espécie (bovina, suína, humana, mista, análoga), método de fabricação (insulina derivada de ADN* recombinante versus animal), fabricante ou método de administração pode afetar o controle glicêmico e predispor à hipoglicemia ou hiperglicemia. Essas mudanças podem resultar na necessidade de uma alteração na dose prescrita de Insulina Lispro.
Hipoglicemia devido a erros de medicação
Confusões acidentais entre os produtos contendo insulina basal e outras insulinas, particularmente insulinas de ação rápida, foram relatados. Para evitar erros de medicação entre Insulina Lispro e outras insulinas, instruir os pacientes a sempre verificar o rótulo da insulina antes de cada injeção.
Reações de hipersensibilidade
Alergia severa, potencialmente fatal, generalizada, incluindo anafilaxia, pode ocorrer com produtos contendo insulina, incluindo Insulina Lispro. Se ocorrerem reações de hipersensibilidade, interromper o tratamento com Insulina Lispro; seguir tratamento padrão de cuidados e monitorar até que os sinais e sintomas se resolvam.
Hipocalemia
Todos os produtos contendo insulina, incluindo Insulina Lispro, levam à troca de potássio do espaço extracelular para o espaço intracelular, possivelmente levando a hipocalemia.
A hipocalemia não tratada pode causar paralisia respiratória, arritmia ventricular e morte.
Monitorar os níveis de potássio em pacientes com risco de hipocalemia, se indicado (por exemplo, pacientes que usam medicamentos para baixar o potássio, pacientes que tomam medicamentos sensíveis a concentrações séricas de potássio).
Doenças ou alterações emocionais
As necessidades de Insulina Lispro podem aumentar durante uma doença ou alterações emocionais.
Mudança nas atividades ou na dieta
Poderá ser necessário um ajuste da dose se os pacientes aumentarem sua atividade física ou mudarem a dieta habitual.
Retenção de fluido e insuficiência cardíaca devido ao uso de uma tiazolidinediona (TZD) em combinação com insulina
O uso de TZD em combinação com insulina está associado com o aumento do risco de edema e insuficiência cardíaca, especialmente em pacientes com doença cardíaca subjacente.
Tiazolidinedionas (TZDs) são agonistas dos receptores de peroxissoma ativado por proliferador (PPAR)-gama, e podem causar retenção de líquidos relacionados com a dose, particularmente quando usado em combinação com insulina. A retenção de líquidos pode levar ou exacerbar a insuficiência cardíaca. Pacientes tratados com insulina, incluindo Insulina Lispro e um agonista de PPAR-gama devem ser observados para sinais e sintomas de insuficiência cardíaca. Caso seja desenvolvida a insuficiência cardíaca, esta deve ser gerenciada de acordo com os padrões de cuidado atuais e a descontinuação ou a redução da dose do agonista PPAR-gama deve ser considerada.
Carcinogênese, mutagênese e danos à fertilidade
Como ocorre com a insulina humana, estudos em animais realizados com Insulina Lispro, com um ano de duração, não produziram efeitos proliferativos ou tumores nos órgãos e tecidos, quando doses subcutâneas muito altas foram administradas nos testes de toxicidade crônica. Nos estudos em animais, não houve evidência de danos à fertilidade induzidos pela Insulina Lispro.
Uso durante a gravidez (categoria B) e amamentação
A experiência de estudos clínicos em pacientes gestantes é limitada. Dados de um grande número de gestantes expostas à Insulina Lispro não indicam qualquer evento adverso na gravidez ou na saúde de fetos/recém-nascidos. É fundamental manter um controle adequado da paciente tratada com Insulina Lispro (diabetes mellitus tipo 1 ou gestacional) durante toda gravidez. As necessidades de insulina geralmente diminuem durante o primeiro trimestre e aumentam durante o segundo e terceiro trimestres. As pacientes devem informar o médico se estiverem grávidas ou se pretendem engravidar. O monitoramento cauteloso do controle da glicose, assim como da saúde geral é essencial em pacientes grávidas com diabetes. Aquelas que estiverem amamentando, podem necessitar de ajustes de doses, de dieta ou ambos. Muitas drogas, incluindo a insulina humana, são excretadas no leite humano; porém, não se sabe se a Insulina Lispro é excretada no leite humano em quantidades significativas.
O uso de Insulina Lispro em crianças menores de 3 anos não foi estudado. O uso deste medicamento nesta população específica deve ser sob supervisão médica.
Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas ou amamentando, sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
As pacientes com diabetes que estiverem grávidas ou amamentando podem necessitar de um ajuste de dose de insulina ou na dieta.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Não há nenhum efeito conhecido sobre a capacidade de dirigir automóveis ou de operar máquinas, quando se utiliza a dose terapêutica correta de insulina. A capacidade de concentração e reação do paciente pode estar prejudicada por decorrência de uma hipoglicemia. Isso pode constituir um risco em situações onde essas habilidades são de especial importância (por exemplo, dirigir automóvel ou operar máquinas). Os pacientes devem ser avisados para tomar cuidado e evitar a hipoglicemia enquanto dirigem, isso é particularmente importante para os que têm sinais alarmantes de hipoglicemia reduzidos ou ausentes, ou têm episódios frequentes de hipoglicemia. Nessas circunstâncias, devese considerar a possibilidade de não dirigir.
Este medicamento pode causar doping.
Uso em idosos
De um número total de 2.834 pacientes em oito estudos clínicos de Insulina Lispro, 12% (n=338) tinham 65 anos ou mais. A maioria deles eram pacientes com diabetes tipo 2. Os valores de HbA1c e taxas de hipoglicemia não diferiram com a idade. Estudos de farmacocinética/farmacodinâmica para verificar o efeito da idade na ação de Insulina Lispro não foram realizados.
Uso em crianças
Em um estudo cruzado de 9 meses com crianças pré-púberes (n=60), de 3 a 11 anos, controle glicêmico comparável, medido pelo nível de HbA1c, foi alcançado independente do grupo de tratamento: insulina humana regular 30 minutos antes das refeições 8,4%, Insulina Lispro imediatamente antes das refeições 8,4%, Insulina Lispro imediatamente após as refeições 8,5%.
Em um estudo cruzado de 8 meses com adolescentes (n=463), de 9 a 19 anos, controle glicêmico comparável, medido pelo nível de HbA1c, foi alcançado independente do grupo de tratamento: insulina humana regular 30 a 45 minutos antes das refeições 8,7% e Insulina Lispro imediatamente antes das refeições 8,7%. A incidência de hipoglicemia foi semelhante nos três regimes de tratamento. Ajuste da insulina basal pode ser requerido.
Insuficiência renal ou hepática
Na presença de insuficiência renal ou hepática, as necessidades de insulina podem diminuir.
Pacientes com insuficiência renal
Alguns estudos com insulina humana mostraram níveis aumentados de insulina circulante em pacientes com insuficiência renal. Em um estudo de 25 pacientes com diabetes tipo 2 e uma ampla variação da função renal, as diferenças farmacocinéticas entre Insulina Lispro e insulina humana regular foram geralmente mantidas.
Entretanto, a sensibilidade dos pacientes à insulina mudou, com uma resposta aumentada à insulina com a diminuição da função renal. Monitoramento cuidadoso da glicose e ajustes de dose de insulina, incluindo Insulina Lispro, podem ser necessárias em pacientes com disfunção renal.
Pacientes com insuficiência hepática
Alguns estudos com insulina humana mostraram níveis aumentados de insulina circulante em pacientes com insuficiência hepática. Em um estudo de 22 pacientes com diabetes tipo 2, a função hepática prejudicada não afetou a absorção subcutânea ou a disposição geral da Insulina Lispro quando comparado a pacientes sem história de disfunção hepática. Neste estudo, a Insulina Lispro manteve sua absorção e eliminação mais rápidas quando comparada à insulina humana regular. Monitoramento cuidadoso da glicose e ajustes de dose de insulina, incluindo Insulina Lispro, podem ser necessárias em pacientes com disfunção hepática.
Exclusivo Refil/Frasco
Hiperglicemia e cetoacidose devido ao mau funcionamento do dispositivo de bomba
O mau funcionamento da bomba de insulina ou do conjunto de infusão de insulina, ou a degradação da insulina podem levar rapidamente à hiperglicemia e à cetoacidose. É necessária uma rápida identificação e correção da causa da hiperglicemia ou da cetoacidose. Podem ser necessárias injeções subcutâneas provisórias de Insulina Lispro. Pacientes que usam a terapia contínua de bomba de infusão de insulina subcutânea devem ser treinados a administrar a insulina por injeção e ter uma terapia de insulina alternativa disponível em caso de falha na bomba.
Qual a ação da substância do Insulina Lispro?
Resultados de Eficácia
Em estudos cruzados abertos de 1.008 pacientes com diabetes tipo 1 e 722 pacientes com diabetes tipo 2, a Insulina Lispro reduziu a glicose pós-prandial comparada com insulina humana regular.
A significância clínica da melhora da hiperglicemia pós-prandial não foi estabelecida.
Em estudos paralelos de 12 meses em pacientes com diabetes tipos 1 e 2, HbA1c não diferiu entre os pacientes tratados com insulina humana regular e aqueles tratados com Insulina Lispro.
Hipoglicemia
Enquanto a taxa geral de hipoglicemia não diferiu entre pacientes com diabetes tipos 1 e 2 tratados com Insulina Lispro comparado com insulina humana regular, pacientes com diabetes tipo 1 tratados com Insulina Lispro tiveram menos episódios hipoglicêmicos entre meianoite e 6 horas da manhã. A menor taxa de hipoglicemia no grupo tratado com Insulina Lispro pode ter sido relacionada a níveis mais altos de glicemia noturna, como refletido por um pequeno aumento nos níveis médios de glicemia em jejum.
Insulina Lispro em combinação com agentes sulfonilureia
Em um estudo de 2 meses em pacientes com hiperglicemia em jejum apesar da dose máxima de sulfonilureias (SU), os pacientes foram randomizados a um de três regimes de tratamento: Humulin NPH ao deitar junto com SU, Insulina Lispro três vezes ao dia antes das refeições junto com SU, ou Insulina Lispro três vezes ao dia antes das refeições e Humulin NPH ao deitar. A combinação de Insulina Lispro e SU resultou na melhora da HbA1c acompanhado de um ganho de peso.
Características Farmacológicas
Descrição
A Insulina Lispro é um análogo da insulina humana derivada de ADN* recombinante, uma droga de ação rápida na redução da glicose no sangue. Foi criada pela inversão dos aminoácidos nas posições 28 e 29 da cadeia B da insulina. Insulina Lispro consiste de cristais de insulina zíncica lispro dissolvidos em um líquido claro.
Não foi adicionado ao Insulina Lispro nada que modifique a velocidade ou duração de sua ação.
Atividade antidiabética
A atividade primária da insulina, incluindo a Insulina Lispro, é a regulação do metabolismo de glicose. Além disso, todas as insulinas possuem diversas ações anabólicas e anticatabólicas sobre muitos tecidos do organismo. No músculo e outros tecidos (exceto o cérebro), a insulina causa um rápido transporte intracelular de glicose e aminoácidos, promove o anabolismo e inibe o catabolismo de proteínas. No fígado, a insulina promove a captação e o armazenamento da glicose em forma de glicogênio, inibe a gliconeogênese e promove a conversão do excesso de glicose em gordura.
A Insulina Lispro tem mostrado ser equipotente à insulina humana em base molar. Estudos realizados em voluntários sadios e em pacientes com diabetes mostraram que a Insulina Lispro possui um início de ação e um pico mais rápido e uma duração mais curta da atividade hipoglicemiante que a insulina humana regular. Uma unidade de Insulina Lispro tem o mesmo efeito de diminuir a taxa de glicose do que uma unidade de insulina humana regular, mas o efeito da Insulina Lispro é mais rápido e mais curto. O início mais rápido da atividade da Insulina Lispro, aproximadamente 15 minutos após a sua administração, está relacionado diretamente com a velocidade de absorção mais rápida. Isso permite que a Insulina Lispro seja administrada mais próxima a uma refeição (até 15 minutos antes) quando comparada com a insulina regular (30 a 45 minutos antes). Em casos especiais, a Insulina Lispro pode ser administrada imediatamente após a refeição. A Insulina Lispro exerce seu efeito rapidamente, com uma duração mais curta de sua atividade, até 5 horas. A velocidade de absorção da Insulina Lispro e consequentemente, o início de sua atividade, podem ser afetados pelo local de injeção e outras variáveis. A atividade hipoglicemiante da Insulina Lispro é comparável com a da insulina humana regular quando administradas a voluntários sadios por via intravenosa.
O início mais rápido da ação da Insulina Lispro e sua duração de ação mais curta comparados à insulina humana regular são mantidos em pacientes com insuficiência renal ou hepática.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção e biodisponibilidade
A Insulina Lispro é tão biodisponível quanto a insulina humana regular, com uma taxa absoluta de biodisponibilidade entre 55% a 77%, inclusive com doses entre 0,1-0,2 UI/Kg.
Estudos em voluntários sadios e em pacientes com diabetes tipo 1, demonstraram que a Insulina Lispro é absorvida mais rapidamente do que a insulina humana regular (UI-100). A Insulina Lispro foi absorvida em uma velocidade consistentemente mais rápida do que a insulina humana regular em voluntários sadios do sexo masculino, recebendo 0,2 UI/Kg de insulina humana regular ou Insulina Lispro nos tecidos subcutâneos abdominal, deltoide ou femoral, que são os três locais mais usados pelos pacientes com diabetes para aplicação de insulina. Após a administração abdominal de Insulina Lispro, os níveis séricos da droga são maiores e a duração da ação é levemente menor que quando aplicada na região deltoide ou na coxa.
Distribuição
Quando administrado por via intravenosa como injeções em bolus de dose de 0,1 e 0,2 UI/Kg em dois grupos separados de indivíduos sadios, o volume de distribuição médio de Insulina Lispro pareceu diminuir com o aumento da dose (1,55 L/Kg e 0,72 L/Kg, respectivamente). Em contraste, para a insulina regular humana o volume de distribuição é comparável entre os dois grupos de dose (1,37 L/Kg e 1,12 L/Kg, respectivamente).
Metabolismo
Estudos sobre o metabolismo humano não foram realizados. Porém, estudos em animais indicam que o metabolismo da Insulina Lispro é idêntico ao da insulina humana regular.
Excreção
Quando a Insulina Lispro é administrada por via subcutânea, sua meia-vida é mais curta, comparada à insulina humana regular (1 versus 1,5 horas, respectivamente). Quando administradas por via intravenosa, a Insulina Lispro e a humana regular mostraram excreção dosedependente idênticas, com uma meia-vida de 51 e 55 minutos em 0,1 UI/Kg e 0,2 UI/Kg, respectivamente.
Interação Alimentícia: posso usar o Insulina Lispro com alimentos?
Alterações na alimentação podem afetar a dose usual de Insulina Lispro.
Fontes consultadas
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Humalog.
Doenças relacionadas
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 13 de Fevereiro de 2020.